Tiradentes, tão vivo quanto Elvis?

Deputado questiona morte do inconfidente: “Após seu suposto enforcamento e esquartejamento, Joaquim José da Silva Xavier embarcou para a França”

O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) agitou as redes sociais ao questionar a histórica morte de Tiradentes. Segundo o parlamentar, Joaquim José da Silva Xavier não teria sido enforcado, mas escapado para a França e, depois, voltado ao Brasil.

Diz a postagem:

“Tiradentes | Após seu suposto enforcamento e esquartejamento, Joaquim José da Silva Xavier embarcou para a França, onde viveu muito bem, criando até família. Anos depois, voltou ao Brasil, por sugestão de D. João VI, e montou uma “botica”, no Rio de Janeiro.

É curioso que sua existência nunca tenha sido divulgada durante o Brasil Imperial. Naquela época existia imprensa livre e majoritariamente republicana.

A menção à sua figura surge com ares de mito após o Golpe Militar de 1889. Como era alferes, ou tenente, foi convenientemente alçado a herói militar da Independência, ou da República, uma vez que era esse o objetivo dos inconfidentes.

Registros da época atestam sua saída do Brasil antes de sua execução, pois recebeu o perdão real. A Verdade sempre aparece.”

Elvis também não morreu

hoax lembra a crença de muitos fãs de Elvis Presley que creem que o cantor não morreu em 1977, mas que moraria em algum local desconhecido, como uma ilha perdida.

Em tempos de redes sociais, a viralização de conteúdos deste tipo gera engajamento e audiência para os autores e para as plataformas, mesmo que eles sejam sabidamente enganosos ou ofensivos.

Como a postagem não foi feita em 1º de abril e não tem tom irônico, é preciso destacar a verdade histórica. O texto contradiz com os registros históricos.

Historiadores não têm dúvidas sobre a execução de Tiradentes em 1792 como um fato comprovado e sua elevação a herói nacional como um movimento político da República para consolidar o regime.

A morte de Joaquim José da Silva Xavier

Documentos históricos e evidências robustas asseguram a realidade de seu martírio, solidificado na memória nacional e marcado pela data de 21 de abril de 1792, feriado nacional em sua homenagem. Seu nome está inscrito no Livro dos Heróis da Pátria desde 1992.

A teoria conspiratória postula que Tiradentes teria sido secretamente perdoado e enviado à França, onde viveria tranquilamente até decidir voltar ao Brasil, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. No entanto, tal suposição colide frontalmente com registros históricos fidedignos e a lógica das circunstâncias da época.

Primeiro, a ausência de documentos que corroborem a presença de Tiradentes na França ou qualquer outro local após 1792. A história, amplamente documentada por testemunhos e registros oficiais, narra sua execução em praça pública na capital, Rio de Janeiro, onde foi enforcado e posteriormente esquartejado, como era a praxe para crimes de alta traição naquele período.

Infâmia

A morte de Tiradentes foi oficializada com infâmia lançada sobre sua memória e descendentes. Seu sangue foi usado na certidão de óbito. A cabeça foi exposta em Vila Rica (MG) e se perdeu com o tempo, enquanto os restos do corpo foram espalhados pelos locais onde proclamou seus ideais revolucionários. A residência de Tiradentes foi destruída e o chão salgado, para que “nada nascesse lá”.

Além disso, a logística para uma suposta fuga, disfarce e retorno ao Brasil seriam extremamente complexos e improváveis, dado o contexto da vigilância portuguesa e as dificuldades de deslocamento do século XVIII.

O motivo pelo qual Tiradentes teria forjado sua morte também é questionável; ele era um líder do movimento pela independência do Brasil, e a sua execução transformou-o em um ícone de resistência e liberdade.

Silêncio

Outro aspecto a considerar é o silêncio que o cercaria caso estivesse vivo durante o Império do Brasil. Em uma época de imprensa ativa e liberdade de expressão relativamente maior, a ausência de qualquer menção à sua figura sugere que, de fato, ele havia sofrido o destino que a história reconhece.

A influência de Tiradentes como mártir da Inconfidência Mineira é um evento tão arraigado na consciência nacional que tentativas de reescrever sua história encontram um sólido muro de fatos. A conspiração parece ignorar o peso dos documentos históricos que relatam com detalhes sua execução e morte, assim como a importância simbólica de seu legado para a nação.

Em resumo, embora teorias conspiratórias possam provocar curiosidade, a verdade sobre Tiradentes permanece inalterada e corroborada por provas concretas. A história, tal como conhecida e celebrada no feriado de 21 de abril, confirma Tiradentes como uma figura que sacrificou sua vida em prol da independência do Brasil, e não como um sobrevivente de sua própria lenda.

A execução de Tiradentes foi um evento crucial na história brasileira, marcando o início da luta pela independência do país. Que Tiradentes e Elvis descansem em paz.

 

FONTE O ANTAGONISTA

Postagens insinuando desvios de recursos na saúde revoltam vereadores e internauta será convocado na CPI da Covid-19

Os vereadores de Lafaiete fizeram criticaram ontem (28) as postagens em grupos nas redes sociais de um internauta com nome Dyogho Silva em que ele cita que a prefeitura teria recebido o valor de R$ 15 milhões para combater a pandemia. Ele informou que está elaborando um dossiê completo e divulgará sua investigação a população lafaietense. “Vai ter muita coisa no ventilador. Cadê o dinheiro”, insinua a postagem citando nomes de vários vereadores e outras lideranças.

Repercussão

O Presidente da Casa Legislativa, o Vereador João Paulo Pé Quente (DEM) solicitou que a Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI da Covid-19 ouça Dyogho Silva. “Ele tem provas. Que a CPI convoque este cidadão já que disse que sabe de muita coisa. Quem sabe ele vai ajudar a CPI esclarecer diversas situações?. Sei que a CPI quer encerrar seus trabalhos, mas este é um caso excepcional”.

O Vereador Pastor Angelino (PL) informou que vai acionar judicialmente o internauta citando que ele está denegrindo a imagem do Legislativo. “Tomara que ele tenha informações que possam trazer a verdade a população. Não tenho rabo preso”.

O Presidente da CPI, o Vereador André Menezes (PP) salientou que colocará em votação dos 5 membros da comissão para que ele seja ouvido e seu depoimento será transmitido ao vivo pelas redes sociais. “Se ele quer palco, terá. Todos os dias recebemos denúncias, mas optamos por encerrar a CPI, mas ele será ouvido”.
“É lamentável esta postagem. Deixo aqui abertas minhas contas bancárias. Não compactuo com coisas erradas. Meu filho e minha mulher me cobraram sobre esta postagem. Somos pessoas de bem”, completou Renato Pelé (PODE).

Tréplica

Novamente hoje (29), Dyogho postou mensagem nas redes sociais. “Na data de ontem os nossos vereadores me citaram na sessão. Vão me convidar pra ir “ajudar” (termo ironicamente usado por eles possivelmente) a resolver o caso da CPI DO COVID em Lafaiete. Está no relatório da câmara, só falta a população toda ficar sabendo!

Aguardem que iremos divulgar, vai ser ótimo colocar toda a população a parte de tudo que envolveu a perda de vidas, famílias, e deixou muita gente doente fisicamente e guardem esse número: R$ 41.560.943,99”.

Instagram e Facebook vão inserir rótulos em postagens sobre eleições

Objetivo é rebater notícias falsas com informações oficias do TSE

O Facebook anunciou nesta terça-feira (26) que, a partir das próximas semanas, vai inserir rótulos em postagens sobre eleições com redirecionamento de usuários para a página da Justiça Eleitoral na internet. A medida também valerá para o Instagram, rede social que pertence ao conglomerado controlado pelo Facebook. A novidade faz parte de um trabalho conjunto com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater desinformação e ameaças à integridade do processo eleitoral.     

“A integridade das eleições é uma prioridade para nós e temos trabalhado nos últimos anos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil para proteger o processo democrático, identificando e agindo contra ameaças e ajudando as pessoas a terem acesso a informações confiáveis sobre a votação. Como parte do nosso trabalho com o TSE para a eleição presidencial de 2022, iremos direcionar as pessoas usando o Facebook e o Instagram no Brasil para informações oficiais sobre o sistema de votação e artigos rebatendo desinformação sobre o processo eleitoral”, diz o comunicado.

Segundo a plataforma, nas próximas semanas, usuários no Brasil começarão a ver um rótulo em postagens nas plataformas que tratam de eleições e serão direcionados a uma página do site da Justiça Eleitoral. 

De acordo com a empresa, desde 2016 o número de funcionários que atuam na área de segurança e integridade das plataformas foi quadruplicado, passando para mais de 40 mil pessoas. As redes sociais atuaram no ano passado, durante as eleições municipais, estabelecendo regras de transparência da publicidade de candidatos. 

“Removemos mais de 140 mil peças de conteúdo do Facebook e do Instagram no Brasil pela violação de nossas políticas de interferência na votação antes do primeiro turno da eleição e cerca de 3 milhões de pessoas com mais de 16 anos elegíveis ao voto no país clicaram para ver mais informações sobre a eleição nos dias que antecederam a votação. Em 2018, lançamos no Brasil nossas ferramentas de transparência para propaganda política e eleitoral e, desde 2020, qualquer pessoa ou organização precisa passar por um processo de autorização confirmando identidade e endereço no país para veicular anúncios sobre esses temas. Desde então, anúncios sobre política ou eleições ficam armazenados publicamente na nossa Biblioteca de Anúncios por um período de sete anos”, informou o comunicado. 

Ainda segundo o comunicado, durante a campanha eleitoral de 2020 foram rejeitados cerca de 250 mil anúncios sobre política ou eleições que não continham o rótulo “Propaganda Eleitoral” ou “Pago por” direcionados a pessoas no Brasil, os chamados conteúdos impulsionados.

O comunicado informa ainda que o WhatsApp, outra plataforma pertencente ao Facebook, já havia lançado, no ano passado, em parceria com o TSE, um chatbot (conta automatizada) para ajudar na circulação de dados oficiais sobre o processo eleitoral e a votação. Além disso, o aplicativo de mensagens disponibilizou um canal de comunicação específico com o TSE para denunciar contas suspeitas de realizar disparos em massa, o que não é permitido nos Termos de Serviço do aplicativo e nem pela legislação eleitoral.

FONTE O TEMPO

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