Por que as garrafas de vinho têm um “buraco” no fundo?

Câmara cobra segurança e questiona empreendimento do Mart Minas na BR 040; vereador é contra contorno rodoviário

“Quantas vidas ainda serão ceifadas para que se tomem medidas na BR 040?”. Assim desabafou o Vereador João Paulo Pé Quente (sem partido) na reunião da Câmara sobre a falta de segurança na rodovia ao longo do trecho que corta Lafaiete. “Quando vão resolver esta situação? A população é refém uma rodovia que já matou dezenas em Lafaiete. Vão esperar mais óbitos?”, emendou.
Os constantes acidentes na rodovia geraram um inflamado debate entre os vereadores após a morte da idosa Clarice na noite da última quinta-feira (3) no km 631 em Lafaiete, a altura do Bairro Carijós. Ela morreu após atropelamento por um caminhão quando voltava do Supermercado Mart Minas. Seu neto, de nome Yan, ainda está internado no Hospital e Maternidade São José em estado grave.

Sem segurança

O trecho é palco constante de diversos acidentes em função do trânsito e movimentação de pessoas ao entorno do hipermercado. São comuns manobras, cruzamento irregulares e travessia de populares na pista. Em outra situação, caminhões para fugir do radar passam pela pista de rolamento em alta velocidade.
Um internauta enviou um vídeo de uma carreta atravessando a pista. Os carros foram obrigados a parar evitar um acidente. As cenas são recorrentes no trecho.

Repercussão

O Vereador Pedro Américo (PT) lembrou à época, em 2019, no início da construção do Mart Minas. “Não fui contra a geração de empregos como falaram, mas cobrei segurança no local. Muitas pessoas lotaram esta Casa pedindo pela abertura do empreendimento, mas cobrei uma passarela no local ou uma trincheira. O resultado está aí. Fui muito criticada porque não concordava com a maneira que construíram o supermercado, sem qualquer segurança”.

Sem contorno

O Vereador Sandro José (PROS) remeteu a situação como “blá blá blá” em torno do tema. “Cadê o Ministério Público Federal para acionar a Via 040 por homicídio culposo? Foi o que aconteceu com a idosa”, questionou. “Não adianta passarela pois o povo não passa nela”.
Ele alertou que caso seja construída a contorno rodoviária para retirada de circulação de veículos em Lafaiete, e economia da cidade terá impactos. “Será um dano para nossa cidade e aos cofres públicos. Lafaiete vai perder se esta avenida for construída e como os comerciantes que dependem da rodovia vão perder”.
Vado Silva (DC) considerou na instalação do Mart Minas não observaram por investimentos em segurança, faixa de pedestres, passarela e outras medidas de segurança. “Isso não foi a primeira vez. Deveriam exigir maior segurança e investimentos à época da instalação do Mart Minas. Assim o que adianta o progresso? Para ceifar vidas? Tudo em nome dos empregos?. Tudo foi mal planejado e era uma tragédia anunciada”.
O Vereador Erivelton Jayme (Patriotas) assinalou que há um abaixo assinado virtual, encabeçado pelo Instituto “Sonho de Rua”, pedindo medidas para conter acidentes na BR 0 ao longo da rodovia em Lafaiete.
Já a Vereadora Damires Rinarlly (PV) enviou ofício a concessionária Via 040 cobrando “providências para que sejam adotadas medidas de segurança pela concessionária BR-040”.

Moradores do Bairro Topázio: “o drama de viver em meio ao bairro, lama e buracos. Até quando?”, questionam

Uma obra inconclusa vem trazendo transtornos aos moradores do Bairro Topázio, em Lafaiete (MG). Com previsão de término em agosto de 2022, eles convivem com a incerteza e passam pelo tormento do barro, lama, crateras e outras mazelas de uma obra que viria para trazer conforto e infra estrutura.
Inconformados com o atraso, um grupo de mais de 20 moradores ocuparam o plenário da Câmara para buscar o apoio dos vereadores. Eles relatam que quando chove “nem a pé é possível andar”. Segundo ele, o barro invade as residências.
Antes de concluída, a obra já apresenta problemas estruturais como bueiros e rede pluvial estourados deteriorando ainda mais a obra. “Do jeito que lá vai o andamento da obra é desperdício de dinheiro público”, informaram.
Eles também cobraram informações sobre o andamento da construção da infra estrutura do bairro. “Carro não entra ou não sai do bairro. Se precisarmos de uma ambulância para socorrer algum morador não sabemos como vai chegar a casa do paciente. É uma situação desconfortável para nossas família termos que conviver com esta realidade. Gostaria que uma autoridade passasse um dia ou algumas horas conosco para vivenciar o nosso drama”, criticaram os moradores.
Na sessão, o Vereador Pastor Angelino (PP) apresentou um requerimento cobrando informações sobre o serviço de drenagem pluvial, execução o serviço dos meios fios e sarjetas. Segundo ele, as obras não respeitaram o prazo prevista de início de calçamento e conclusão da infra estrutura do bairro. O vereador solicitou cópia de contrato entre a prefeitura e a empresa Nexus Construtora e Incorporadora. “Em quase dois anos em que estou aqui o que se ouvem reclamações são sobre creche do bela Vista, obra no Topázio, Geraldo Plaza e ponte Josefina Martins, inclusive esta foi concluída”, criticou o Vereador Renato Pelé ( PODEMOS).

O outro lado

A Prefeitura informou a nossa reportagem o atraso se deveu ao alinhamento de custo na planilha e que a obra está a pleno vapor.

Ação em Varginha foi ‘legítima defesa’, diz secretário de segurança de MG

Reposta foi dada após o Conselho Estadual de Direitos Humanos questionar o resultado da operação em ofício endereçado à Sejusp

O Secretário de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Grecco afirmou em documento enviado ao Conselho Estadual de Direitos Humanos (Conedh) nesta quarta-feira (3), que os policiais que atuaram na ação realizada em Varginha, no Sul de Minas, no último fim de semana, que resultou na morte de 26 suspeitos de integrarem uma quadrilha fortemente armada, “agiram nos exatos limites da legítima defesa”. 

Após a operação em Varginha, o Conedh enviou um ofício à Secretaria de Justiça de Segurança Pública (Sejusp) pedindo explicações quanto ao resultado da operação. Na resposta, Grecco pontuou que as colocações feitas pelo conselho causaram estranheza. “Causa estranheza as colocações trazidas por esse  Conselho, diante da realidade deste tipo de criminalidade que está assolando o país, que ficou conhecida como Novo Cangaço, ou Domínio de Cidades”, diz o documento.

“Ao contrário do que foi exposto no referido ofício, em nenhum momento foi exaltada a morte dos criminosos que, certamente, entre a madrugada do dia 1 a 2 de novembro, praticariam uma série de atrocidades na cidade de Varginha, caso a polícia não tivesse, através de sua inteligência, levantado com antecedência seu plano de dominar brutalmente o município”, completa. 

No documento, Grecco ainda destaca que os suspeitos estavam fortemente armados com armas e munições de grosso calibre, além de granadas, pistolas e explosivos, o que pode ser considerado um arsenal de guerra.

O secretário ainda destaca que caso a ação não fosse executada, os suspeitos poderiam realizar em Varginha uma ação criminosa semelhante à que foi vista em Araçatuba, em São Paulo, em agosto deste ano, onde civis foram feitos de escudo humano. 

“Ao chegarem no local, os policiais foram imediatamente identificados pelo grupo, que deu início aos disparos com suas armas de fogo, tendo sido repelidos pelas forças de segurança, que agiram nos exatos limites da legítima defesa”, pontuou o secretário.

Provocação

No texto, o secretário estadual ainda questionou se o conselho agiu em 2017, quando o policiail militar Cabo Marcos Marques da Silva, foi morto na cidade de Santa Margarida, na região da Zona da Mara, em julho de 2017, após levar um tiro de fuzil.

“Alguma medida foi tomada por esse E. Conselho com relação ao Policial
Militar Cabo Marcos Marques da Silva, morto na cidade de Santa Margarida em julho de 2017, após tomar um tiro de fuzil quando da fuga dos criminosos que ali praticaram o Novo Cangaço? A família do referido policial foi, de alguma forma, assistida pelos senhores? Em caso positivo, qual foi a medida tomada para abreviar o sofrimento daqueles que perderam um ente querido? Queremos crer que a preocupação do Conselho não seja seletiva, e que não limite o conceito de direitos humanos somente à ação de criminosos”, diz o texto.

Conedh

Conforme noticiou O Tempo, além de enviar o ofício à Sejusp, o Conedh enviou o mesmo documento para a Ouvidoria do Estado e para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). No texto, o conselho destacou a notícia do confronto na mídia e disse que chamou a ateção o fato de ter ocorrido um confronto altamente armado no qual uma das partes foi “totalmente eliminada”.

“Também nos surpreende o registro midiático de declarações exaltadas de agentes públicos louvando o ‘resultado’ da operação, com intuito duvidoso, como se fosse prática exitosa, regular e legítima no Estado Democrático de Direito suposta estratégia de eliminação de adversários em confrontos”, trouxe o ofício. 

Nesta quinta-feira (4), o Conedh divulgou uma nota sobre a resposta do secretário de Justiça e Segurança Pública. No texto, o conselho pontuou que as alegações “apontam a falta de fundamentos objetivos na interlocução de questão relevante e de interesse público” e que não assusta “o uso reiterado da tentativa de desqualificar o interlocutor, no caso o Conselho” e que os “argumentos com populismo penal saltam aos nossos olhos”.

“Reafirmamos a posição deste Conselho: não fazemos pré-julgamento; estamos buscando esclarecer os fatos e o fazemos em nome da sociedade e por dever de ofício e, por fim, aguardaremos as investigações dos órgãos de controles como determina a lei”, diz a nota.

MPMG

Na manhã desta quinta-feira (4), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que foi instaurado um Procedimento Investigatório Criminal (PIC)  para acompanhar a ação das polícias militar e rodoviária federal na ação em Varginha e que o procedimento vai seguir em segredo de Justiça.

Segundo a última nota divulgada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (3), dos 26 suspeitos mortos na ação, os corpos de 22 foram identificados, sendo que a metade deles são de Minas Gerais.

Veja a nota do Conedh na íntegra:

A resposta do Senhor Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais a este Conselho é reativa e insuficiente quanto às solicitações expressas no Ofício 80-A/2021 (do CONEDH).

As alegações apontam a falta de fundamentos objetivos na interlocução de questão relevante e de interesse público. Não nos assusta o uso reiterado da tentativa de desqualificar o interlocutor, no caso o Conselho. Argumentos com populismo penal saltam aos nossos olhos.

Reafirmamos a posição deste Conselho: não fazemos pré-julgamento; estamos buscando esclarecer os fatos e o fazemos em nome da sociedade e por dever de ofício e, por fim, aguardaremos as investigações dos órgãos de controles como determina a lei.

Reafirmamos que não há autorização constitucional e legal, no Brasil, para
qualquer tipo de execução, seja por parte de infratores, seja por parte de agentes do Estado. A segurança pública existe para proteger a vida e, em nenhuma hipótese, para promover a morte. O poder responsável pela execução da justiça se chama “judiciário”.

Esperamos que o Ministério Público, representante da sociedade e responsável pelo controle externo da atividade policial, continue nas apurações e esclareça à sociedade os fatos ocorridos.

O Conselho, serenamente, continuará cumprindo seus deveres legais e éticos.

FONTE O TEMPO

Lafaiete X Barbacena: vereadores questionam Macro Centro-Sul sobre diferença de doses recebidas

“Manda quem pode, cala quem não pode”. Assim reagiu o Vereador Sandro José (PROS) ao se referir a grande diferença entre vacinas recebidas entre as cidades de Barbacena e Lafaiete.

“Quem fala mais alto, ganha a discussão. Temos que questionar essa centralização de vacinas na Macro em Barbacena e cobrar explicações. É de uma grande irresponsabilidade com as demais cidades”, disparou.

Segundo sua argumentação, a diferença é desproporcional inclusive entre as cidades de mesmo porte como Coronel Fabriciano, Itabira e São João Del Rei, como populações bem idênticas a Lafaiete e Barbacena. (veja quadro abaixo).

Cidade Doses recebidas1 Dose 2 Dose Dose ÚnicaProporção da Vacinação Total AplicadaPopulaçãoÚltimo Preenchimento
Barbacena 118.79176.39931.4552.87593,20%110.729138.20402/08/2021
Conselheiro Lafaiete92.67753.13619.7871.20979,99%74.132129.60627/07/2021
Coronel Fabriciano82.58247.48819.9602.20984,30%69.657110.29002/08/2021
Itabira 99.39950.79317.8972.18071,30%70.870120.90402/08/2021
Itabirito39.75922.6176.9481.28177,58%30.84652.44623/07/2021
Mariana 43.60627.5449.3881.64488,46%38.57661.28830/07/2021
Ouro Preto 71.03646.51517.4913.86995,55%67.87574.55831/07/2021
Ponte Nova59.11734.07014.3463.39487,64%51.81059.87530/07/2021
São João Del Rei85.20351.00617.4994.07385,18%72.57890.49730/07/2021

A diferença do número de habitantes entre as duas cidades é de menos de 9 mil, mas em relação às vacinas chega a casa de mais de 26 mil doses a mais recebidas por Barbacena.

Nossa reportagem usou, para critério da reportagem, os dados atualizados no dia 3 de agosto no site vacina minas, do Governo do Estado.
O Presidente da Câmara, o Vereador João Paulo Pé Quente (DEM) reagiu e solicitou o o envio de um ofício a Macro e a Secretaria de Estado cobrando explicações. “É um absurdo, uma vergonha”, pontuou.

A Secretaria Municipal de Saúde de Lafaiete, assim como a promotoria, da curadoria de saúde pública, também já fez estes questionamentos ao Estado, mas ainda sem uma resposta convincente.

Macro

Nossa reportagem questionou a direção da Macro Centro-Sul a respeito da diferença de doses recebidas. “Esta demanda deverá ser direcionada ao Nível Central da Secretaria de Saúde do Estado, uma vez que recebemos planilha com os quantitativos somente para a dispensação para Municípios”.

Nossa redação enviou perguntas a Secretaria de Estado da Saúde sobre os critérios usados na distribuição de vacinas e aguarda respostas.

Deputado Glaycon Franco pede novos esclarecimentos sobre enfrentamento ao novo coronavírus em Minas

Os hospitais filantrópicos estão preparados para receber pacientes infectados pela COVID-19? Existem equipamentos de proteção individual (EPI’s) suficientes para os funcionários?

Para responder a estas e outras perguntas, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promoveu, nesta quarta-feira, 13 de maio, a 11ª Reunião Especial para discutir as implicações decorrentes da pandemia do novo coronavírus. Como das vezes anteriores, o encontro foi realizado virtualmente, por meio de videoconferência, e foram convidados a compor a mesa de debates, entre outros: Fábio Baccheretti Vitor, presidente da FHEMIG (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais); Maurício Abreu Santos, presidente da FUNED (Fundação Ezequiel Dias); e Kátia Regina Oliveira Rocha, presidente da FEDERASSANTAS (Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais).

Como conhecedor das dificuldades enfrentadas diariamente pelos hospitais para prestar atendimento digno e de qualidade à população, principalmente no interior, o deputado estadual Glaycon Franco se sentiu à vontade para fazer questionamentos pontuais em busca de alternativas capazes de impedir que a inesperada demanda causada pela pandemia provoque o colapso da saúde pública em Minas. Desde que ingressou no Legislativo Estadual, Glaycon escolheu a saúde do Alto Paraopeba, Vale do Piranga e Território das Vertentes como prioridade e tem tido atuação fundamental em momentos cruciais, socorrendo, por meio da destinação de Emendas Parlamentares, instituições que estiveram prestes a fechar as portas por absoluta falta de recursos financeiros.

Uma das preocupações expressas em vários momentos pelo deputado é com a estruturação dos hospitais da rede FHEMIG para que estejam efetivamente preparados para atuar no combate à Covid-19 quando for atingido o pico de casos da doença no estado. Em contato frequente com os gestores destas instituições, particularmente na região da qual é representante, Glaycon está ciente de que a rede ainda não está abastecida dos insumos necessários. Ele constatou, principalmente, a falta de equipamentos de proteção individual para os servidores e que os quadros funcionais não estão completos. A Macrorregião  Centro-sul de saúde de Minas Gerais, que abrange quase um milhão de habitantes, conta com apenas um hospital geral credenciado à rede FHEMIG, localizada em Barbacena e onde a insuficiência de pessoal e insumos foi constatada pelo parlamentar em visita recente.

Diante desse quadro, Glaycon Franco perguntou ao presidente da entidade que providências estão sendo tomadas para regularizar o abastecimento, com especial atenção à disponibilização de EPIs.

Fábio Baccheretti assegurou que, embora seja uma realidade mundial, a falta de EPIs não é problema para a rede FHEMIG, pelo menos, neste momento. O hospital da Macrorregião Centro-sul, sediado em Barbacena, encontra-se adequadamente provido de máscaras cirúrgicas, óculos, aventais e outros itens indispensáveis à atividade médica. Contudo, a hiperinflação dos preços dos equipamentos de proteção individual preocupa a entidade. Como exemplo, ele citou o preço da máscara cirúrgica, que subiu de apenas 19 centavos para até R$4,50 a unidade. Baccheretti também admitiu que o risco de desabastecimento futuro não está descartado porque, por mais que se desburocratize e agilize o processo de compra, os fornecedores alegam não ter mais produtos em estoque e começam a atrasar o fornecimento.

Glaycon questionou também de que maneira a rede FHEMIG vai agir para manter completo o quadro de pessoal, levando-se em conta que alguns servidores podem ter que se afastar do trabalho em decorrência de eventual contaminação pelo novo coronavírus, com necessidade de substituição em caráter emergencial.

De acordo com Fábio Baccheretti Vitor, a rede FHEMIG está atenta à necessidade de suprir o quadro de médicos, enfermeiros e assistentes, tanto que abriu, em seu site, uma página exclusiva para contratações destinadas a completar e ampliar as equipes.

Outro alerta feito pelo deputado foi sobre a situação reportada por especialistas, que consideram baixos os níveis de testagem para o novo coronavírus em Minas Gerais. Glaycon Franco quis saber do presidente da Fundação Ezequiel Dias quantos exames a estrutura da instituição tem capacidade para fazer diariamente e se a quantidade é suficiente para dar segurança à implementação das políticas públicas baseadas nos resultados das testagens.

Em resposta, Maurício Abreu apresentou dados, segundo os quais a FUNED começou testando uma média de 200 amostras ao dia, número que saltou rapidamente para 600 e hoje está ao redor de duas mil análises diárias, com os exames feitos pela rede de apoio. Para isso, a Fundação conta com a colaboração de quatro laboratórios credenciados e duas universidades. Segundo o presidente, outras cinco universidades encontram-se em fase de credenciamento. Maurício Abreu declarou que o objetivo da FUNED é distribuir, ao máximo, a demanda, a fim de agilizar os resultados.

Por fim, o deputado questionou se existe risco de faltarem insumos para a coleta de material e realização dos exames.

Maurício Abreu corroborou a preocupação do deputado dizendo que o risco da falta de insumos para coleta de material e exames não está descartada, já que a demanda mundial é imensa e muitos fornecedores já não têm os produtos para pronta entrega. Contudo, até o momento, a Fundação Ezequiel Dias não enfrentou nenhum problema que impactasse os testes realizados em Minas. Preventivamente, a Fundação avalia alternativas, como a coleta de outros tipos de amostras corpóreas, como a saliva, na impossibilidade de avaliar o muco nasal.

Os vários anos de dedicação à medicina, atendendo prioritariamente às camadas mais carentes da população, permitiram ao deputado Glaycon Franco avaliar com propriedade o papel preponderante exercido pelas Santas Casas na saúde pública de Minas Gerais. Conforme ressaltou o deputado na Reunião Especial desta quarta-feira, com grande comprometimento, estas instituições seculares têm oferecido uma contribuição valiosa ao povo mineiro. Por isso, Glaycon perguntou à presidente da FEDERASSANTAS se o estado tem apoiado os hospitais filantrópicos. Ele quis saber qual foi a contribuição do Governo Estadual para amparar os serviços das Santas Casas, que, certamente, estão sendo ampliados em razão do avanço da pandemia de COVID-19.

Emocionada pelo reconhecimento, Kátia Oliveira Rocha reclamou da lentidão com que os recursos tem chegado aos hospitais filantrópicos. Segundo ela, recursos enviados no início do ano pelo Ministério da Saúde continuam retidos pela burocracia estadual e não foram entregues até hoje aos hospitais. A presidente da FEDERASSANTAS apelou aos deputados para que fiquem atentos, a fim de que os auxílios destinados por meio de emendas parlamentares cheguem efetivamente as instituições beneficiadas.

Glaycon Franco questiona presidente da CEMIG sobre benefícios para hospitais filantrópicos

A importância da manutenção dos investimentos da Cemig e do tratamento diferenciado aos consumidores durante a pandemia do novo coronavírus foi o principal assunto debatido no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na última quarta-feira (06). A 10ª Reunião Especial, que aconteceu de maneira remota, contou com a presença do atual diretor-presidente da companhia, Reynaldo Passanezi Filho.

Glaycon Franco (deputado estadual PV/MG)/REPRODUÇÃO

Durante a reunião, Passanezi trouxe algumas notícias positivas; dentre elas, a confirmação de que os consumidores residenciais que utilizam até 220 kWh terão as tarifas pagas pela União durante o período de três meses. Além disso, reiterou que os cortes de serviços emergenciais permanecerão suspensos até o fim de junho.

Os problemas enfrentados pela área da saúde em relação ao fornecimento e uso da energia elétrica foi o assunto que dominou a conversa entre o presidente da CEMIG e os parlamentares. O deputado Glaycon Franco, que acompanha a situação de muito perto, perguntou a Reinaldo Passanezi quais são as políticas desenvolvidas pela companhia em prol dos hospitais filantrópicos no estado, já que estes são os que mais têm sofrido com a diminuição de arrecadação em consequência da suspensão das cirurgias eletivas, procedimentos que estão entre os que mais geram recursos para as instituições. Em resposta, Passanezi afirmou que a CEMIG tem garantido o fornecimento ininterrupto de energia às instituições públicas de saúde e para as instituições privadas filantrópicas, trabalhando com um plano de contingência e colocando geradores próximos aos hospitais. Além disso, do ponto de vista financeiro, o presidente afirmou que a companhia permitiu o diferimento dos prazos de vencimento das contas de energia elétrica por seis meses.

Outro ponto levantado pelo presidente da Cemig foram as ações sociais da empresa relacionadas à pandemia da Covid-19. Ele citou as medidas de proteção aos funcionários da empresa e a doação de R$ 5 milhões para apoio à área de saúde. Além disso, a companhia promove uma campanha de envio das contas de energia por e-mail, oferecendo uma retribuição de 5 reais ao consumidor que a ela aderir.

Considerando que energia elétrica e água são essenciais para o funcionamento dos estabelecimentos de saúde, o deputado tem empreendido algumas ações para facilitar o fornecimento destes insumos às instituições.

Vereador Sandro José questiona Vale sobre retirada de alunos, cobra laudo e explicações; ele defendeu que imóvel seja tombado e mantido sob a guarda da comunidade

Repercutiu ontem (10) na Câmara de Lafaiete a suspensão das atividades na Escola Meridional, em Lafaiete, em função de laudos das Vale que apontam risco de um possível desmoronamento de uma pilha de estéril na mina da manganês. O educandário, com mais de 105 anos, está pouco abaixo do aterro de rejeitos.
Incisivo e provocativo, o Vereador Sandro José (PSDB) levantou alguns questionamentos que remetem a trajetória da empresa em relação à escola. “Minha desconfiança com esta história vem de tempos atrás quando a Vale já desejava de volta a área da escola, mas não esperava uma reação da comunidade e desistiu de sua intenção”, contou.

Vereador Sandro / CORREIO DE MINAS

Sandro desconfiou ao que chamou de “excesso de boa vontade” da Vale. “A gente percebe que em Lafaiete a mineradora age de maneira que gera uma desconfiança, já que ela até então não se portava com este excesso de zelo, boa vontade e mesmo de prevenção. Isso deixa a gente com uma pulga atrás da orelha em sua intenção. Claro, ao sair, independente dos laudos, os alunos não mais retornarão a escola”, assinalou.
O vereador também levanta a forma como foi divulgada a suspensão das aulas em pleno de final de semana, quando não haveria mobilização ou discussão. “A divulgação deveria ser feita com acordo com a comunidade, de forma aberta, com os laudos técnicos e não dentro de 4 paredes. A comunidade apenas foi comunicada sem qualquer discussão participativa e até mesmo distante do Ministério Público. Ao anunciar os riscos já trouxeram toda a solução com alocação, transporte e construção de uma nova escola. Isso me intriga a muitos moradores que convivem com a prática da empresa que até então não pautava com este comportamento”, afirmou.
Sandro também questionou que a Vale além da retirada há tempos atrás dos alunos, a venda da mina de manganês. “Foi noticiada, nos jornais especializados em economia do Brasil, no ano passado, a venda pela Vale de unidades de manganês, inclusive Morro da Mina. Então isso é um quebra-cabeça que estamos montando para elucidar os fatos e discutirmos em outro patamar esta situação. Não podemos assistir passivos a esta situação. Há sim algo por trás desta retirada e tudo se confirma que a empresa será a principal beneficiada. Aguardemos os fatos e estamos mobilizados juntamente com os moradores. Se a empresa está tão interessada que ela transforme a antiga escola em um prédio para a comunidade através de uma tombamento para a sua preservação. Este prédio faz parte da história dos moradores do Morro da Mina”, concluiu.

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