PM explica rebelião em presidio

Na noite dessa terça-feira, (24), a Polícia Militar realizou policiamento no lado externo do presídio de Lafaiete onde alguns familiares dos presos se aglomeraram após tomarem conhecimento de uma rebelião motivada pela não aceitação da suspensão das visitas. Inconformados, os detentos incendiaram alguns colchões mas rapidamente os agentes conseguiram apaziguar os ânimos.
A Polícia Militar permaneceu em apoio até o encerramento do evento. Segundo a direção do presídio nenhum preso ou agente penitenciário foi lesionado.
Também fez-se presente uma equipe do Grupo de Intervenção Rápido (GIR) da cidade de São João Del Rei.

Apesar do motim, presídio regional amanhece tranquilo

Apesar do motim, clima amanhece tranquilo de fora do presídio/CORREIO DE MINAS

Eram por volta das 21:30 horas desta terça-feira presídio de regional de Lafaiete passou por um motim provocado por detentos que atearam fogo em colchões em protestos com recentes medidas  de enfrentamento ao coronavírus adotadas pela direção. Um confusão se formou do lado de fora da unidade prisional com chegada do reforço da PM para controlar o descontentamento interno. Familiares de detentos se aglomeraram na parte externa do presídio em busca de informações. O motim foi controlado pelos agentes Penitenciários.

Agora pela manhã, as ruas e o presídio amanheceram mais tranquilo. Do lado de fora da unidade, não havia policiais, apenas os agentes em plantão.

Detentos levam carta aos vereadores em que relatam maus tratos, humilhações e ameaçam rebelião e greve de fome

Presos pedem intervenção da justiça, Ministério Público, defensoria e da Câmara; detentos relataram

comida azeda, uso de spray de pimenta e superlotação de cela com até 33 presos

 

Vereadores expressaram apoio a causa dos detentos

“Estamos aqui para cumprir nossas penas, não para sermos massacrados e humilhados”. Esta frase está no texto de uma carta que familiares dos presos do presídio de Conselheiro Lafaiete entregam agora a noite, dia 21, durante reunião ordinária, aos vereadores.

O documento teria sido redigido pelos próprios detentos e apoiadores, em que relatam uma série de maus-tratos e situações vexatórias e humilhantes a que eles estariam submetidos na unidade prisional.

Lido em plenário, o documento será agora entregue pela Câmara ao Juiz da Vara de Execuções Penais, Paulo Roberto da Silva. O movimento ganha força nos últimos dias devido a manifestações e ameaças de rebelião e greve de fome pelos presos. Além disso, os familiares cobram solução e sensibilização também do Ministério Público e da Defensoria Pública do município, órgãos em que seus representantes também devem ser oficiados.

Carta em que detentos relatam maus tratos, constrangimentos e até uso de spray de pimenta

Segundo os relatos de familiares, dentre as principais problemas do presídio estão a superlotação – 400 detentos distribuídos em 19 celas, sendo que o limite da unidade 90 internos –, desrespeito de agentes carcerários, agressões físicas, falta de água e materiais de higiene pessoal, vestimentas precárias, restrições às visitas e alimentos, regramentos excessivos que estariam constrangendo familiares. Eles relataram até mesmo uso de spray de pimenta, denunciaram comida azeda e uma cela com 33 detentos em condições sub humanas.

Repercussão 

Durante a sessão do legislativo, os vereadores manifestaram apoio aos internos e familiares. O vereador Chico de Paulo (PT), que sugeriu à Casa uma indicação para averiguar as denúncias, demonstrou indignação em relação o caso. “Essas pessoas estão ali para pagarem pelo que fizeram, não para serem humilhadas. Se um cachorro tem direito à vida, à dignidade, por que seria diferente com um presidiário? Eles são seres humanos, em primeiro lugar”, assinalou.

O Pedro Américo (PT) afirmou que as denúncias são graves e defendeu nova forma de gestão do presídio, por meio da da APAC,  e de sistema de regressão de penas e reinserção social dos presos.

O Vereador Sandro José (PSDB) afirmou que a situação do presídio de Lafaiete deveria encaminhada a  Comissão de Direitos Humanos, da Assembléia de Minas. “Da nossa parte vamos acompanhar estas denúncias que atentam contra os direitos humanos. Sugiro que a Casa encaminhe uma carta relatando a situação aos deputados como também ao governado de Minas para as devidas providências”, apontou.

Manifestação 

Os familiares prometem, ao longo da semana, uma série de manifestações em frente à unidade prisional e junto às autoridades municipais, visando ao atendimento às reivindicações por melhorias no presídio.

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