O barroco, o regionalismo e o cordel: Abril Poético entra na segunda fase promovendo o intercâmbio das culturas mineiras e potiguar

O barroco, o regionalismo e o cordel: Abril Poético entra na segunda fase promovendo o intercâmbio das culturas mineiras e potiguar/CORREIO DE MINAS

O “Abril Poético” entrou em sua segunda fase com um evento em Belo Horizonte na última segunda feira, dia 23, e se estenderá até o dia 6 finalizando com quase 25 dias de intensa agitação cultural por Minas.

Neste segundo momento do acontecimento poético a proposta é unir duas culturas distintas que guardam entre si a celebração da arte e da ecologia. A grande novidade será a participação de um trio de artistas, músicos e poetas potiguares. O intercâmbio entre Minas e Rio Grande do Norte mistura o barroco, o cordel, a Inconfidência Mineira, Jackson do Pandeiro, entre dois Estados tão distantes pela geografia, mas unidos pelo sentimento legítimo de emancipação e o protagonismo das culturas em seus estilos, melodias, cores e ritmos e movimentos. É um tremendo sincretismo nos 20 anos do Abril.

Os músicos potiguares e os poetas do Lesma se conheceram em maio do ano passado. O grupo lafaietense esteve no Ceará dentro do Projeto Caminhos de Conselheiro Lafayette para estudar a trajetória do jurista quando foi Presidente da Província do Estado no final do século XIX. Através do músico Zelito Coringa eles foram até o Rio Grande do Norte quando o encontro zelou uma parceria profícua e fecunda de propósitos.

O show

A trupe potiguar composta pelo músico e violinista, Mazinho Viana, a artista plástica e cantora, Regina CasaForte, e Oswin Lohss, um pianista alemão, radicado o Brasil, trazem um espetáculo criado especialmente para o Abril Poético. O trio mora em um lugarejo denominado Pium, pertencente a cidade de Parnamirin, que faz parte da Grande Natal. Eles residem uma vila de artistas em uma espécie de coletivo informal.

O show “Se não for pedir muito” percorrerá pelo menos 6 cidades com inúmeras apresentações pela região, trazendo na temática o cordel. O trio musicou diversos poemas do ícone da cultura cordelista, o potiguar Antônio Francisco, considerado sucessor do cearense, Patativa do Assaré, um dos maiores poetas populares brasileiros, falecido em 2002, e dono de uma vasta obra. Antônio é membro da Academia Brasileira de Literatura em Cordel (ABLC), cujo patrono é Patativa do Assaré. Não é mera coincidência.

Antônio Francisco trabalha em suas obras 3 eixos: justiça, ecologia e liberdade e o show sintetiza a força do cordel na cultura e na formação da cultura nordestina.

O espetáculo poético musical mistura o xote, baião, coco, maracatu misturado diversos ritmos e melodias típicas regionais do Rio Grade do Norte, com forte influência de Jackson do Pandeiro, Lenine, Chico César, dentre outros. Vale a pena conhecer a riqueza da cultura potiguar pela sua autenticidade e sua sinceridade.

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.