Nas últimas semanas, os moradores de Desterro de Entre Rios descarregaram críticas e denúncias de descaso e abandono da prefeitura em diversas localidades.
Depois de muitas reclamações, a prefeitura capinou a praça no simpático e bucólico Distrito de São Sebastião do Gil. Ainda um morador cobrou a precária situação do calçamento na comunidade de Barro Branco. Os moradores criticaram a péssima qualidade da obra que foi finalizada há menos de um ano. Segundo ele, há falta de fiscalização da prefeitura.
Os desterresenses alertaram sobre a situação do Morro do Zito que liga a Mumbeca a cidade como também outra situação no Gil na estrada que liga a MG 270. “As estradas estão abandonadas. A prefeitura tem suas máquinas mas não arruma nossas vias”, disse um morador.
O povoado do Barro Branco está abandonado com iluminação pública queimada, o poço artesiano tem 12 anos e está parado. A escola está no matagal e não capina no local. O posto de saúde também precisa de atenção da prefeitura para ofertar mais serviços aos moradores. Também a academia ao ar livre está tomado pelo mato.
Os moradores também reclamam do abandono do distrito de Pereirinhas também sem manutenção das ruas e mato tomando conta das ruas. Isso sem contar com o perigo das carretas em frente a Escola Estadual Carmela Dutra
“Estamos pedindo socorro. Recursos a prefeitura têm, mas falta gestão e capacidade de trabalho”, disse um morador.
Estava todo o enxoval preparado para receber João Miguel ao mundo, mas, o Natal para Amauri Souza, de 27 anos, e sua esposa, Kemily Stéfani, de 25 anos, foi trágico e eles ainda se recuperam após o drama da morte do filho.
Nossa reportagem esteve na residência do casal, em Lafaiete, que relatou em detalhes a morte precoce do filho, de apenas um dia vida. Kelimy fez o pré natal no Posto do São João que fica a menos de 300 metros de sua casa.
No dia 23, ela procurou a unidade de saúde e o médico a encaminhou para o parto no Hospital Queluz. O bebê já estava com mais de 9 meses de gestação.
A futura mãe internou por volta das 8:30 horas e deu a luz por volta das 10:00 horas por cesárea. Segundo ela, João Miguel nasceu em perfeitas condições de saúde conforme até mesmo o médico lhe garantiu. “Recebemos até o parabéns pela saúde do nosso filho”, relatou.
Aqui começa o drama do casal. Após o nascimento, o bebê foi levado incubadora. Conta Amauri e Kemily que viam o filho pela vidraça e os enfermeiros sempre afirmavam que o bebê estava bem. Em certo momento, ele começou a ficar ofegante quando foi colocado um oxigênio para melhorar a respiração. “A gente estava apreensivo com a situação, não era para menos. Mas os enfermeiros afirmavam que em breve o nosso filho sairia da incubadora, mas no dia seguinte recebemos a notícia trágica da morte de João Miguel”, comentou Amauri. “O que não entendemos é porque da demora em transferir nosso filho para outro hospital com melhores condições em equipamentos. Ele nasceu bem e sem mais nem menos ele morreu. Ainda não encontramos uma resposta convincente que nos confortasse”, assinalou Kemily.
João Miguel faleceu no dia 24 por volta das 6:00 horas e foi sepultado no Cemitério Nossa Senhora da
Conceição. O que incomoda aos pais foi a falta de informação sobre a situação real da saúde de João Miguel. “Não tínhamos informação direito e menos de 24 horas nosso filho perdeu a vida dentro de hospital”, afirmou Amauri.
Passados uns dias do falecimento, o casal registrou um boletim de ocorrência e contratou um advogado para atuar no caso. “Nós queremos esclarecimento sobre a verdadeira causa da morte. Estamos indignados com tudo o que ocorreu com nosso filho. Queremos a justiça neste caso”, disseram o casal.
Na certidão de óbito consta parada cardio-respiratória como a causa da morte de João Miguel, mas os pais acreditam suposta negligência médica. Segundo o advogado do casal, o juiz deve nomear um perito médico para o caso e em outra hipótese até mesmo exumação do corpo para identificar a causa da morte.
O outro lado
Nossa redação enviou a quinta feira (16) questioamentos a direção do hospital Queluz, mas até o fechamento desta reportagem não havia recebido as respostas. Ainda aguardamos a posição da instituição.
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