Cinco anos após tragédia de Brumadinho, rio Paraopeba segue com água poluída por lama da Vale

OUTRO LADO: Empresa diz que qualidade é semelhante à verificada antes do rompimento de barragem, sobretudo quando não há chuva

Ediléia Aparecida de Oliveira, 45, tinha o rio Paraopeba como fonte do sustento de sua família. Pescadora, filha de pescadores e, agora, com cinco filhos pescadores, viu a tradição da família ficar em risco com o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), há cinco anos, em 25 de janeiro de 2019.

A pescadora mora em Abaeté, na região central de Minas Gerais, um dos 26 municípios sob influência do Paraopeba considerados oficialmente como impactados pelo colapso da represa da mineradora.

Rio Paraopeba, em trecho perto do quilombo Pontinha, em Minas Gerais, em foto de 2021 – Eduardo Anizelli – 20.jan.2021/Folhapress

Ediléia continua subindo em seu bote para seguir no ofício, mas enche os olhos ao contar o que presencia no meio do rio. “O peixe, mesmo vivo, está fedendo”, diz.

A família de Ediléia —o marido também é pescador— retirava R$ 3.000 mensais com a pesca antes do rompimento da barragem. “Hoje não chega a R$ 600”, relata.

A pescadora Ediléia Aparecida de Oliveira, 45, moradora de Abaeté (MG), que conta passar por dificuldades financeiras por conta da poluição no rio Paraopeba após rompimento da barragem da Vale em Brumadinho – Leonardo Augusto/Folhapres

Uma portaria do governo do estado publicada em 28 de fevereiro de 2019, em vigor até hoje, recomenda que a água do rio Paraopeba não seja utilizada seja qual for o fim —uso humano, animal, pesca, irrigação ou banho.

A Vale, por sua vez, afirma que mais de 6,7 milhões de resultados indicam que a qualidade das águas do Paraopeba hoje é semelhante à verificada antes do rompimento, “sobretudo em períodos secos”.

A empresa diz ainda, em nota, que o plano fechado para recuperação da bacia do Paraopeba prevê aporte “em valor estimado em R$ 5 bilhões”, custeado pela mineradora, e com acompanhamento de órgãos competentes e auditorias ambientais.

Segundo a pescadora, com os problemas que os peixes aparentam ter, os compradores do produto na região para revenda, os chamados “peixeiros”, desapareceram. “Se querem, é por um preço muito baixo”, afirma.

Levantamento feito pelo Instituto Guaicuy, uma das assessorias técnicas responsáveis pelo acompanhamento dos impactos do rompimento da barragem de Brumadinho no meio ambiente, identificou metais pesados como arsênio, cádmio, chumbo e mercúrio em peixes em pontos ainda mais a jusante, em Felixlândia (MG), também na região central do estado, a 223 km de Brumadinho.

O instituto é responsável pelo acompanhamento das condições ambientais pós-tragédia na região mais distante de Brumadinho, no baixo Paraopeba, onde o curso d’água se encontra com a represa de Três Marias.

Além de Abaeté e Felixlândia, também estão nesta região municípios como Curvelo e Pompéu.

Segundo o levantamento, que tomou por base amostras de 1.605 peixes, até 56% dos exemplares, dependendo da região, apresentaram resultado positivo para metais pesados em índices superiores aos admitidos para ingestão humana.

Entre os peixes analisados estavam espécies comumente utilizadas para consumo humano como traíra e piau. O levantamento foi concluído pelo Instituto Guaicuy em 2022, mas até hoje moradores, pescadores e peixeiros não têm certeza de como proceder.

“O que a gente mais ouve da população é ‘posso pescar?’, ‘posso comer peixe’?, ‘posso nadar no rio?'”, diz o diretor do instituto Guaicuy, Marcus Vinícius Polignano, que participou de encontro com atingidos nesta quarta (24) em Belo Horizonte, no qual esteve também a pescadora Ediléia.

“Falta informação para a população”, acrescenta o diretor.

Polignano afirma que outros levantamentos poderiam ter sido feitos pelo instituto nos últimos anos, mas houve corte de recursos para as assessorias técnicas que trabalham diretamente com os atingidos.

A Semad (Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais), responsável pelo Igam (Instituto Mineiro das Águas), afirma que segue em vigor a recomendação publicada em 28 de fevereiro de 2019 de não utilização da água bruta do Paraopeba para qualquer fim, como medida preventiva.

A recomendação vale para todo o curso do rio entre Brumadinho e a hidrelétrica de Retiro Baixo, ao norte de Pompéu, próximo à barragem de Três Marias, município que está 60 km a oeste da cidade de Abaeté, da pescadora Ediléia. Os dois municípios fazem divisa.

A pasta diz ainda que realiza monitoramento emergencial mensal em 14 pontos da bacia do Paraopeba.

FONTE FOLHA DE SÃO PAULO

Comunidade e MAB revelam anatomia de crime da Green Metals em Belo Vale; minério chegou ao Rio Paraopeba

Enxurrada de rejeito minerário saiu de dentro da mineradora Green Metals durante chuva torrencial na tarde de 14 de abril, na Mina da Baixada, em Belo Vale MG, quando sólidos solúveis e sólidos sedimentáveis atingiram o ambiente natural e estruturas edificadas, públicas e privadas, inclusive a estrada recentemente pavimentada com recursos públicos. O rejeito caiu no Córrego das Flores afluente do Córrego dos Moreiras, o qual desagua no Paraopeba.

Nesses casos, empresas e governos sempre colocam a culpa em São Pedro. Mas transferir responsabilidade de crimes para fenômeno natural não se sustenta. A Green Metals tem, ali, um histórico criminoso! Em março de 2019, ocorreu o mesmo fato com a mesma empresa no mesmo local e ela não fez as adequações devidas. Moradores da Comunidade Pinto, que fica debaixo da área minerada, vem sofrendo há muito tempo com poeira, sujeira na água, insegurança em relação ao futuro e frustração com autoridades subservientes. Toda a região sente a desvalorização de seus imóveis.
As famílias atingidas cobram do estado brasileiro e dos governos, desde o nível municipal ao federal, punição da Green Metals, ressarcimento dos danos causados, adequação das estruturas da empresa à natureza do empreendimento e fiscalização eficaz para que crimes desse tipo não se repitam. E o Movimento dos Atingidos por Barragens, por sua vez, expressa sua solidariedade às famílias atingidas e se coloca à disposição para somar força à luta e à organização popular.

Minério foi carreado para o Rio Paraopeba como mostra as águas barrentas/REPRODUÇÃO

Entendendo as causas do crime

A Green Metals opera na Mina da Baixada extraindo ferro, em cava aberta com tratamento a úmido. Ainda presta serviço a outras mineradoras, ‘beneficiando’ o mesmo mineral e transportando pela rodovia MG 443, com intenso tráfego de carreta na estrada.

Esse processo de exploração mineral gera rejeito que é depositado, temporariamente, em diques escavados e ‘dragados’ com escavadeira e transportado em caminhões para área interna da mineração, onde é depositado, em definitivo. Assim, áreas de extração e de depósito de rejeito se misturam dentro da empresa. Não existe nenhuma cobertura sobre a mina e suas estruturas, o que possibilita o carreamento desse material na enxurrada, nas chuvas fortes.

O sistema canaliza a enxurrada para um reservatório SUMP, para o qual a drenagem da mina e dos locais de rejeito são direcionados. Devido ao SUMP não ser compatível com a realidade do empreendimento, ele não comporta as enxurradas minerais e transborda.

Bombeiros localizam corpo de homem afogado no Rio Paraopeba

Os bombeiros de Congonhas localizaram por volta das 15:00 horas desta sexta-feira (20), o corpo de um homem boiando sobre o Rio Paraopeba, após vídeos divulgados na internet, em um um areal na comunidade de Carioca, em Belo Vale. Ele está no IML de Lafaiete para reconhecimento de familiares.

Tudo levar a crer que o corpo seria de um homem, de 32 anos, que estava desaparecido desde a tarde de domingo (15), vitima de afogamento quando ele e outros amigos saltando da ponte da Usina Cia Paulista de ferro liga para dentro do rio Paraopeba, em Jeceaba, local onde há muitas áreas de risco. Dado momento o homem dado momentos após saltar veio a submergir em uma área de grande refluxo do Rio, não sendo mais visto.


Continuam as buscas por homem desaparecido no Rio Paraopeba

Continuam as buscas por homem que se afogou em Jeceaba

No domingo, dia 15 de janeiro, um homem se afogou ao pular de uma ponte na cidade de Jeceaba. Desde então, o Corpo de Bombeiros Militar da cidade de Congonhas tem se empenhado e dado continuidade nas operações de busca. Durante todo o dia de ontem (19), os militares fizeram buscas e varreduras nas margens do rio.
As operações se iniciaram logo pela manhã e foram até o final da tarde. Com o anoitecer, devido a falta de visibilidade, as operações foram encerradas e retornarão amanhã, sexta feira 20 de janeiro, ao amanhecer.

Homem desaparece nas águas do Rio Paraopeba após salto de ponte

O Corpo de Bombeiros de Congonhas foi acionado, na tarde deste Domingo, (15) para o atendimento à uma vítima de afogamento. Testemunhas que estavam com ela disseram que estavam saltando da ponte da Usina Cia Paulista de ferro liga para dentro do rio Paraopeba, em Jeceaba, local onde há muitas áreas de risco. Dado momento o homem de 32 anos após saltar veio a submergir em uma área de grande refluxo do Rio, não sendo mais visto.
Bombeiros Militares de congonhas foram acionados e aturam com técnicas de salvamento aquático em corredeiras também mergulho livre, posteriormente realizado 5km de buscas ao longo do curso do Rio não localizado até o anoitecer momento em que foi interrompido as buscas que serão retomadas ao amanhecer.

Vazamento de rejeitoduto da Vale atingiu córrego que desagua no Rio Paraopeba

O acidente ocorreu no dia 27 de novembro, mas só teve auto lavrado na última segunda-feira (19)

O vazamento de um rejeitoduto da mineradora Vale, entre as cidades de Jeceaba e Congonhas, atingiu uma nascente d’água e propriedades da região no final de novembro. Segundo o auto de fiscalização feito pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, foi constatado que uma “grande quantidade de rejeitos de minério” chegou a ser despejada no leito de um córrego da área que desagua no Rio Paraopeba. O acidente ocorreu no dia 27 de novembro, mas só teve auto lavrado na última segunda-feira (19).

Questionada, a Vale afirmou, em nota, que houve “vazamento de pequena monta em um duto de rejeito da mina Viga, em Jeceaba (MG), no distrito de Caetano Lopes” e que a quantidade de rejeito extravasado foi de “cerca de 20 m³ de rejeito sólido; a ocorrência foi rapidamente identificada e solucionada”. “Na época, a empresa informou os órgãos competentes e a comunidade da região, além de realizar a limpeza da área. Importante esclarecer que não houve impactos em imóveis da comunidade, nem na segurança dos moradores”, diz o comunicado.

Apesar disso, o documento feito por técnicos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), os rejeitos de minério atingiram o córrego e, consequentemente, chegaram a propriedades e à uma nascente.

“Foram percorridas algumas das propriedades atingidas para verificar o dano causado no córrego, sendo necessária intervenção emergencial pelas condições climáticas, com previsão de novas chuvas no local, que poderiam acarretar transbordamento do córrego que estava muito assoreado pelos rejeitos de minério depositados em seu leito, atingindo as propriedades de terceiros onde existem plantações de frutas e verduras”, mostra trecho do auto de fiscalização.

Em outro momento, o relatório pontua que o rejeito de minério atingiu nascente e seguiu o fluxo de um córrego que desagua no Rio Paraopeba.

“Constatado que o rejeito atingiu uma pequena nascente e seguiu pela canaleta pluvial que passa por baixo da via férrea atingindo um corpo hídrico identificado como córrego do bambuzal e este segue por cerca de 150 metros até o Rio Paraopeba. O córrego atingido passa por propriedades e foi verificada a deposição de grande quantidade de rejeito dentro do seu leito. Fomos autorizados a entrar na propriedade do Sr. Vinicius onde verificamos grande quantidade de rejeitos de minério depositados no leito do córregos”, mostra o documento.

A Vale ressaltou, em nota, que procedeu com a limpeza da área e recolhimento do material e que não houve impactos no suprimento de água à comunidade.

FONTE ITATIAIA

Pontenovenses prestam homenagem à menina que foi atirada no Rio Piranga pelo pai

Bombeiros realizam 5º dia de buscas pelos corpos do pai e da filha, no Rio Piranga

O caso ocorrido no último sábado (05) em Ponte Nova, tem gerado grande comoção para os pontenovenses. No local exato, populares se reúnem para lamentar e prestar homenagens à criança através de fitas e balões brancos e rosas amarrados na ponte.

Nesta quarta-feira (09), o Corpo de Bombeiros do município já inicia o quinto dia de buscas pelos corpos da menina de seis anos, e também do pai, de 27 anos, no Rio Piranga.


O CASO

O caso ocorreu no último sábado (05). A Polícia Militar recebeu informações através do 190, de que um homem teria agredido uma criança de seis anos com golpes na cabeça, e a jogado no rio, pulando logo em seguida.

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar estiveram no local e através de relatos de testemunhas comprovaram a narrativa, iniciando então os trabalhos de busca e de perícia técnica.

Segundo familiares das vítimas, o homem teria realizado a ação como forma de vingança pelo término do relacionamento de sete anos com a mãe da criança. Também foi informado que ele teria tentado suicídio no Rio Piranga três dias antes, na quarta-feira (02), porém, ficou preso em galhos nas margens e foi socorrido.

A mãe da menina de seis anos relatou à PM que o ex-namorado teria enviado uma mensagem no início da noite avisando-a que ia jogar a criança e também pular no Rio, mas, por estar em período de trabalho, a mulher não pôde visualizar o texto.

FONTE PRIMEIRO SABER

Rio Paraopeba sobe mais de 5 metros e inundações chegam perto da histórica Fazenda Paraopeba

As chuvas intensas que atingiram as cidades da região inundaram imóveis, ruas, cidades e grandes áreas rurais. Esta semana, de novo, a histórica Fazenda do Paraopeba, em Lafaiete (MG), às margens da MG 383, também foi alvo das cheias do Rio Paraopeba que subiu mais de 5 metros Desta vez, as águas alagaram a frente do exemplar do século XVIII, chegando até a entrada do imóvel.

Não houve prejuízos materiais, mas a inundações tomaram conta da área ao entorno da fazenda que ficou ilhada no meio da enchente.

Por diversas ocasiões, as que as enchentes chegaram na fazenda, reaberta em 22 de julho de 2017, após restauração financiada pela mineradora Ferrous, cujo valor chegou a mais de R$2,5 milhões, através de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Não passou pelo teste

Após a restauro, a fazenda, pertencente ao Inconfidente Alvarenga Peixoto, passou por obras complementares previstas no Termo de Ajustamento de Conduta que visaram eliminar o risco de inundações comuns ao patrimônio histórico, como em 2012.

As obras foram implementadas pela Ferrous entre as quais o redimensionando o bueiro de travessia da estrada de acesso ao bem. Além disso, a obra previu o aumento da área da seção da antiga ponte sobre o Rio Paraopeba.

O objetivo das obras era corrigir a vazão do Rio Paraopeba, que foi reduzida com a construção da ponte como a melhoria da drenagem do pátio interno da Fazenda. A previsão é de que as obras estejam concluídas até o próximo mês de fevereiro.

Ao que parece, as obras de prevenção de enchentes não resistiram a sobrecarga das chuvas. Já logo após a entrega da fazenda a gestão da prefeitura, foi levantado um alerta do temor da possibilidade das enchentes já que a obra não eliminaria por completo as enchentes.

Rio Paraopeba sobe mais de 7 metros e já atinge casas e comércios em Belo Vale (MG)

Mais uma cidade da região é atingida pelas enchentes. As fortes chuvas dos últimas dias fez com o Rio Paraopeba, que corta Belo Vale (MG), subisse o nível em mais de 7 metros quando as águas já atingiram casas e comércios no Bairro Niterói.

Do viaduto até a Estação Ferroviária, as águas encheram a via que foi interditada pela Defesa Civil. A cidade encontra-se completamente sem acesso a vários lugares. Na MG 442, entre Belo Vale a 040, foi interditada devido a queda de encostas, mas estão limpando a pista a desobstrução.

Não há informações de desalojadas mas as chuvas persistem e deixa a cidade em alerta. Informações extra oficiais apontam que o viaduto pode a qualquer momento ser interditado.

CSN ganha votação e poderá ampliar em mais de 4 vezes o uso da água em suas atividades

Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba (CBH Paraopeba) aprovou ampliação de outorga, em meio a discussão com movimentos sociais

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba (CBH Paraopeba) autorizou, em votação nesta segunda-feira (20), que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) amplie em cerca de quatro vezes sua utilização de água em Congonhas, na região metropolitana de Belo Horizonte . A autorização foi concedida em meio a polêmicas sobre as consequências da ampliação, que ambientalistas e movimentos sociais apontam ter potencial para impactar o abastecimento de água na cidade. 

Com a mudança, a mineradora poderá ampliar o uso de água na região para suas atividades a até 3.130 m³/h — a outorga atual, de acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), permite exploração de 708 m³/h. 

Cava da CSN na década de 90

Na reunião, com 29 votantes, entre eles representantes do Estado e da sociedade civil, apenas três votaram contra. “Depois disso, torcemos para estar errados, porque, se estivermos certos, a confusão vai ser grande. Não é a primeira vez que avisamos algo, foram em frente e deu zebra depois. Estamos acostumados a perder”, pontua o diretor de meio ambiente da União das Associações Comunitárias de Congonhas (Unacon), Sandoval Souza. 

“Temos que reconhecer que o minério, em Minas Gerais, é uma benção, e não uma maldição. Embaixo da terra, ele não gera dinheiro, empregos, contribuição. A CSN é o maior empregador do município, com mais de 8.000 colaboradores”, afirmou representante da empresa, durante a reunião. A empresa afirma que se compromete a manter a vazão de água para consumo humano para a preservação ambiental e que não há risco de desabastecimento.  

No início deste mês, durante as discussões sobre a ampliação da outorga, a Copasa havia afirmado não possuía dados o suficiente para mensurar o impacto da mudança. Representante da companhia, presente na reunião do CBH Paraopeba, votou a favor da ampliação. A reportagem voltou a questionar a Copasa se a ampliação poderá levar a impactos no abastecimento e aguarda retorno. 

Cava da CSN atualmente

Na reunião desta segunda, o comitê também aprovou condições sugeridas pela Prefeitura de Congonhas, que exigem que a CSN garanta a manutenção da vazão mínima das nascentes na região e que seja realizado um plano de contingenciamento para o caso de falta de água na cidade devido ao empreendimento. As condições ainda precisam ser avaliadas pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) para serem colocadas em prática. 

A 1ª Promotoria de Justiça de Congonhas solicitou à Central de Apoio Técnico do MPMG uma perícia técnica a respeito da questão para se manifestar sobre o processo.

Nota da CSN

O pedido de ampliação da outorga busca garantir a continuidade das operações da CSN Mineração, empresa geradora de empregos e de renda para a população de Congonhas e para o estado de MG. Tal pedido foi baseado em estudos técnicos detalhados, com suporte de empresa terceira e independente, analisado e com parecer favorável do corpo técnico do IGAM. Durante a votação de hoje, realizada no comitê da Bacia Hidrográfica do Alto  Paraopeba, a empresa realizou uma apresentação para esclarecer as dúvidas dos representantes dos órgãos, entidades e sociedade civil organizada. Após a votação, a renovação da outorga foi aprovada pelos conselheiros.

A CSN Mineração, considerando a sua responsabilidade e compromissos socioambientais, reafirma que jamais permitiria qualquer risco de desabastecimento para a população de Congonhas, visto que a vazão original de água, tanto para o consumo humano como para a preservação ambiental será, como preza a lei, efetivamente mantida, não comprometendo, em qualquer circunstância, o abastecimento da cidade ou a preservação de seus mananciais.

FONTE O TEMPO

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