MG tem 48 barragens sem segurança atestada, risco para 30 mil pessoas

Um volume de rejeitos de mineração de 590 milhões de metros cúbicos (m3), mais de sete vezes o que continham as barragens rompidas de Fundão, em Mariana (2015), e do Córrego do Feijão, em Brumadinho (2019), é contido por estruturas sem garantias de estabilidade em Minas Gerais. Essa massa de potencial destrutivo incalculável ameaça quase 30 mil pessoas, contingente maior do que a população em 754 municípios mineiros. As informações são da Agência Nacional de Mineração (ANM), compiladas pela reportagem do Estado de Minas para mostrar a gravidade da situação.

Os dados foram atualizados após o fim do prazo para a entrega da Declaração de Condição de Estabilidade (DCE), no último dia 31 de março. Vinte e quatro barragens não apresentaram essa garantia, enquanto as empresas responsáveis por 21 estruturas falharam em comprovar sua solidez e outras três sequer entregaram a documentação. Ao todo 174 estruturas tiveram comprovação de estabilidade.

Em 12 estruturas, os possíveis impactos ambientais foram considerados significativos. “Área afetada a jusante da barragem apresenta área de interesse ambiental relevante ou áreas protegidas em legislação específica (excluídas APPs) e armazena apenas resíduos inertes, (segundo a norma brasileira)”. Já em sete estruturas, o dano potencial passa a ser muito significativo. “Barragem armazena rejeitos ou resíduos sólidos classificados na Classe II A”, que são não inertes, segundo a norma.

RISCOS PARA PESSOAS, EMPRESAS E LAVOURAS

Já os danos socioeconômicos e culturais estão mais alto patamar de risco em 14 estruturas, abaixo das quais “existe alta concentração de instalações residenciais, agrícolas, industriais ou de infraestrutura de relevância socioeconômico-cultural na área afetada a jusante da barragem”, afirma a ANM.
Outras seis estruturas extravasadoras apresentam problemas identificados e medidas corretivas em implantação, e três não estavam em reparos.

Em oito das estruturas, foi constatada presença de umidade ou surgência na parte externa do barramento, mas as estruturas ainda estáveis. Em quatro, a situação não estava sendo controlada por obras de reparos e em duas as surgências de água nas áreas apresentam carreamento de material, vazão crescente ou infiltração do material contido, com potencial de comprometimento da segurança da estrutura.

Em seis barragens foram encontradas trincas e abatimentos, sendo que em duas havia medidas corretivas em implantação. Em duas não havia intervenções e em outras duas as “trincas, abatimentos ou escorregamentos têm potencial de comprometimento da segurança da estrutura”, segundo avaliação da ANM.

A situação em taludes, que são as encostas das barragens, também inspira precauções e ações. Em 11 estruturas há “falhas na proteção dos taludes e paramentos e presença de vegetação arbustiva”. Em outras sete, foram constatadas “erosões superficiais, ferragem exposta, presença de vegetação arbórea, sem implantação das medidas corretivas necessárias”, de acordo com a AMM. Em uma delas, havia depressões acentuadas, com “escorregamentos, sulcos profundos de erosão, com potencial de comprometimento da segurança da estrutura”.

Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ)é uma barreira contra rompimentos já em funcionamento em Barão de Cocais/ Mateus Parreiras/EM/D.A.Press

Na maioria das estruturas, a drenagem superficial é existente e operante, segundo a agência nacional. Mas em quatro foram encontrados problemas, sendo que duas tinham “trincas e/ou assoreamento e/ou abatimentos com medidas corretivas em implantação”, e as demais estavam na mesma situação, mas sem intervenções corretivas. Duas estruturas não têm sequer drenagem superficial.

Das três barragens que não entregaram os atestados de estabilidade até o fim da primeira campanha de 2024, que se encerrou em 1º de abril, duas estão desativadas e já foram desmanteladas: a Barragem Mina Engenho e a Mina Engenho II, que pertenciam à Mundo Mineração.

ANM EMBARGA E MULTA ESTRUTURAS

No Brasil, há 419 barragens de mineração com Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) atestada. Outras 11 (três em território mineiro) não enviaram as declarações e 24 não foram atestadas (21 delas em Minas Gerais).

Há dois tipos de DCE para atestar a estabilidade de uma barragem. Um deles é o Relatório de Inspeção Semestral de Segurança (RISR), que não foi entregue ou cumprido por 24 estruturas que foram multadas e embargadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

De acordo com a legislação, o RISR abrange a inspeção visual e instrumental da barragem, incluindo as condições de taludes, diques, maciços, drenagens, extravasores, entre outras estruturas. É por meio dessa inspeção, que é confiada a empresas especializadas, que se verifica duas vezes ao ano se há sinais de instabilidade, deformação, risco em caso de tremores e inundações.

É um instrumento diferente das fiscalizações deitas pelo poder público, via órgãos como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a Polícia Militar ou os próprios agentes da ANM.

34 BARRAGENS SEM INSPEÇÃO RIGOROSA

A Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) relativa à Revisão Periódica de Segurança da Barragem (RPSB) é mais profunda, e requisitada a cada 5 anos ou 10 metros de alteamento das estruturas de contenção de rejeitos minerários. Esse tipo de trabalho revisa do projeto aos métodos construtivos, avaliando também a estabilidade geotécnica, hidráulica, ensaios de materiais e o Plano de Ação de Emergência (PAE) em caso de incidentes.

Apenas uma das estruturas que falhou no DCE RISR tem aprovada essa segunda inspeção, mais detalhada. São 34 barragens sem o atestado, sendo que 22 não conseguiram a aprovação e 12 não entregaram a documentação dentro do prazo exigido. Ao todo, 158 estruturas conseguiram a DCE/RPSB positiva. A falta do atestado resulta na paralisação da operação da barragem.

Todas elas são barragens que se enquadram na categoria de risco alto e dano potencial associado também alto. Entre essas, estão a Barragem de Serra Azul (Itatiaiuçu), da ArcelorMittal, Forquilha III (Ouro Preto) e Sul Superior (Barão de Cocais), pertencentes à Vale, as únicas do país em nível 3 de alerta e de emergência, situação que é considerada a mais crítica pela ANM, classificada como risco iminente de ruptura.

RISCO AO TRÁFEGO E AO ABASTECIMENTO

A barragem da ArcelorMittal ainda tem um agravante: o fato de não ter ainda uma espécie de barramento de segurança, a Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ), construída abaixo dos reservatórios para reter rejeitos em caso de rompimento, obra de que os barramentos da Vale já dispõem.

Em outras palavras, em caso de uma ruptura da Barragem de Serra Azul, os rejeitos encontram caminho livre em Itatiaiuçu, com potencial para bloquear a BR-381 (Rodovia Fernão Dias) e suspender o abastecimento de água de 3 milhões de pessoas que dependem do Sistema Rio Manso, da Copasa. Em Ouro Preto e em Barão de Cocais o material pode ser retido nas ECJ antes de atingir áreas densamente habitadas, reservatórios e outros pontos sensíveis.

O QUE DIZEM AS EMPRESAS

A mineradora Vale informou que desde 2022, 12 estruturas que antes tinham DCE negativa receberam a declaração positiva e deixaram o nível de emergência, tendo a segurança atestada. A previsão é de que nenhuma barragem esteja em estado crítico de segurança (nível 3 de emergência) até 2025, segundo a empresa.

Sobre as barragens Sul Superior e Forquilhas III, atualmente em nível 3, as duas estão em fases diferentes dos processos de descaracterização (desmanche). “A barragem Sul Superior está em obras, em fase de remoção dos rejeitos do reservatório. A conclusão da descaracterização da estrutura está prevista para 2029. A Barragem Forquilhas III está em fase final de desenvolvimento da engenharia, com obras previstas para serem finalizadas em 2035”, informou a empresa.

“As Zonas de Auto Salvamento (ZAS) dessas duas estruturas foram evacuadas preventivamente, e ambas contam com suas respectivas Estruturas de Contenção a Jusante (ECJs), construídas para proteger as comunidades nas áreas mais distantes. As duas ECJs possuem Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs) positivas, confirmando que estão aptas a cumprir seu propósito de proteger as pessoas e o meio ambiente em caso hipotético de rompimento”, conclui a mineradora.

A ArcelorMittal informou que a Barragem de Serra Azul possui a documentação DCE RISR e RPSB, que foram protocoladas em março deste ano, mas que, devido ao fato de a estrutura não atender aos fatores de segurança exigidos pelas normas vigentes, ambas foram classificadas como negativas. “A estrutura encontra-se paralisada (sem receber rejeitos) desde 2012. A empresa continua a monitorá-la 24 horas por dia, sete dias na semana, com atualizações constantes à Agência Nacional de Mineração”, informou.
Segundo a empresa, os resultados não apresentam alterações a respeito de fluxo de água interno, nível da água, vazão e pressão interna, “ou seja, as condições de segurança da barragem permanecem inalteradas desde o acionamento do Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM), em fevereiro de 2019″.

Sobre a barreira de segurança abaixo da barragem para reter os rejeitos, a ECJ, a mineradora afirma que as obras se encontram em andamento, com previsão da conclusão em 2025. “A ECJ é uma estrutura rígida e fixa, executada com tubos em aço cravados no solo e concretados (concreto armado), e posteriormente preenchida por enrocamento (rochas). Sua finalidade é suportar toda a carga de rejeitos na hipótese de ruptura da barragem. A ECJ possui sistemas de galerias para permitir a passagem de fluxo natural de água, onde terá um sistema de fechamento automático de suas comportas na hipótese de rompimento.”
A ArcelorMittal informa ainda que mantém diálogo com a concessionária que administra a BR-381 e com a Copasa “em processo de melhoria contínua das medidas de mitigação a serem tomadas na hipótese de ruptura”. “As cortinas de retenção de sedimentos instaladas no Reservatório de Rio Manso já estão em operação. Além disso, concluímos a instalação de 2 tanques adicionais de estoque de produtos de tratamento de água junto à Estação de Tratamento de Água (ETA), da Copasa”, acrescenta.

Ainda segundo a empresa, foram feitos estudos para captação alternativa emergencial de água em caso de incidente e definição de rotas alternativas para o tráfego na Rodovia Fernão Dias, com treinamentos junto à concessionária que administra a BR-381 para interrupção do fluxo de carros com segurança na estrada.

Cavalo em pista provoca acidente com 4 feridos

O acidente foi registrado na noite de domingo na rodovia AMG 0450, São João del-Rei (MG), envolvendo um cavalo, um carro e uma moto. Segundo o condutor de um Pálio, informou que seguia sentido trevo/Tiradentes, em um local sem iluminação, deparou-se com 3 cavaleiros, tentou frear, mas não conseguiu e atropelou um dos cavalos que estava com uma amazona que caiu no chão e se machucou. Em seguida, duas mulheres pararam para ajudar na assistência, vindo um motociclista inabilitado que atropelou as duas mulheres e acabou batendo em uma árvore e ficando com ferimentos graves. As 4 vítimas foram socorridas para Santa Casa e permaneceram internadas.

Motociclista perde o controle, cai de ponte e desaparece em rio

Por volta de 17h desta segunda-feira, os bombeiros foram acionados a comparecer em Itutinga na BR 265, na ponte sobre rio Grande, onde chegou ao conhecimento da PM, que uma motocicleta havia caído da ponte e que apenas um capacete estava boiando.

Chegando no local os bombeiros constataram na lateral da ponte uma placa de sinalização caída recentemente, e após a placa seguindo em direção ao rio, a vegetação se encontrava amassada. Mais a frente, nas margens do rio foram encontradas marcas nas pedras, como também parte do paralamas de uma motocicleta.

Foram feitas buscas superficiais e na margem do rio, porém nada foi encontrado. As buscas seguem na manhã dessa terça-feira (9).

Risco de desabamento de varanda coloca em risco moradores da área central de Lafaiete (MG)

Nossa reportagem recebeu denúncias de moradores da Rua Afonso Pena e região central de Lafaiete (MG) do risco de desabamento de um telhado da varanda de um imóvel. Abandonado a própria sorte, o casarão histórico, porém totalemte descaracterizado, é local de criatório de pombos e a estrutura está prestes a desabar, podendo até mesmo ferir ou tirar a vida de um transeunte. “Já reclamos na defesa civil, mas nada foi feito. Na hora que cair na cabeça de um pessoa aí prefeitura vai agir. Um absurdo bem no centro da cidade colocando risco a vida das pessoas”, disseram os moradores.

BRASIL TERÁ ONDA DE CALOR EXCEPCIONAL COM 40ºC A 45ºC E RISCO À VIDA

A MetSul Meterorologia adverte para um episódio excepcional de calor em grande parte do Brasil nos próximos dias. As marcas esperadas entre esta semana e a próxima vão superar em muitos os valores médios históricos de temperatura máxima em todas as cinco regiões do país com alto potencial de quebras de recordes para o mês de setembro e talvez até absolutos.

Uma massa de ar extremamente quente vai cobrir o Brasil nos próximos dias. Já faz muito calor neste começo de semana no Centro-Oeste e no Sudeste, mas na segunda metade da semana a massa de ar se reforça ainda mais com temperatura atipicamente elevadas, mesmo calor intenso não sendo incomum nestas áreas do território nacional no mês de setembro. Trata-se de uma situação de elevado perigo pela severidade do calor esperado e que demandará atenção das autoridades.  Serão vários estados em que o calor será muito intenso a extremo. A massa de ar quente vai afetar com força e marcas perto ou acima de 40ºC, por exemplo, o Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão.

O pior do calor deve ocorrer no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul com marcas acima dos 40ºC na maioria das cidades dos dois estados, mas que podem atingir temperaturas máximas mais extremas em particular na região do Pantanal e proximidades. Esta região do Centro-Oeste vai estar junto ao centro da grande cúpula de calor que estará concentrada entre o Paraguai e os estados do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso. Pontos destas áreas podem atingir marcas tão extremas como 43ºC a 45ºC nesta região do centro do domo de calor.

Marcas perto ou acima dos 40ºC devem se dar ainda em muitas cidades do Norte, de Goiás, do Sudeste do Brasil e de alguns estados do Nordeste, como no Oeste da Bahia, no Maranhão e no Piauí. No Rio de Janeiro, algumas estações também podem superar os 40ºC no próximo fim de semana. Em Minas Gerais, o Triângulo Mineiro e o Noroeste do estado devem ser as áreas mais afetadas pelo calor extremo com máximas superiores aos 40ºC. O pico do calor em intensidade deve se dar entre o final desta semana e o começo da semana que vem. Modelos numéricos chegam a indicar temperatura no nível de pressão de 850 hPa (equivalente a 1.500 metros de altitude) perto de 30ºC no Centro-Oeste do Brasil, o que apenas se verifica em massas de ar extremamente quentes, como a que atingiu o Sudoeste dos Estados Unidos no mês de julho deste ano.

RECORDES HISTÓRICOS PODEM CAIR

A maior temperatura registrada oficialmente até hoje no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, em 4 e 5 de novembro de 2020, superando o recorde também oficial de Bom Jesus, Piauí, de 2005, de 44,7°C. Recordes mensais, e em algumas cidades até absolutos, podem cair neste evento de calor extremo. A cidade de São Paulo é um dos locais em que a temperatura pode testar ou bater recordes de temperatura. Serão muitos dias de calor intenso a extremo no estado de São Paulo. Em alguns, a temperatura ficará perto ou acima de 40ºC no interior e na capital há chance de marcas tão altas quanto 37ºC a 39ºC. Assim, não se pode descartar que a cidade de São Paulo e outras cidades paulistas tenham recordes históricos de máximas não apenas para setembro como absolutos para toda a série histórica.

O dia mais quente já registrado na cidade de São Paulo em setembro desde o começo dos dados em 1943 na estação do Mirante de Santana foi de 37,1ºC, em 30 de setembro de 2020. Trata-se da segunda maior máxima da série histórica, só atrás dos 37,8 ºC de 17 de outubro de 2014. Outros dias de calor muito intenso na série da estação do Mirante de Santana, estação na zona Norte da cidade do Instituto Nacional de Meteorologia, incluem os registros de 37,0ºC em 20 de janeiro de 1999, 36,7ºC em 19 de janeiro de 1999 e também 36,7ºC em 21 de janeiro de 1999. O que se avizinha no estado de São Paulo em termos de temperatura é parecido em padrão com o que ocorreu entre setembro e outubro de 2020, quando uma bolha de calor se instalou na região sob um padrão de bloqueio atmosférico com vários dias de calor extremo. Na ocasião, a máxima chegou a 43,5ºC em Lins, embora não se creia que valor tão extremo seja atingido neste evento.

CENTRO DO BRASIL COSTUMA TER MAIS CALOR NESTA ÉPOCA QUE NO VERÃO

O período de junho a setembro marca o que se denomina da estação seca no Centro do Brasil, afetando o Centro-Oeste e o Sudeste, o que contribui para extremos de temperatura alta que não ocorrem no verão porque a chuva é quase diária. Cuiabá, por exemplo, que é uma cidade conhecida pelo calor, tem na climatologia histórica os seus dias mais quentes em valores extremos justamente no período seco. Goiânia tem temperatura máxima média mensal de 32,7ºC em agosto, 34,0ºC em setembro e 33,2ºC em outubro, mas no verão as média máximas mensais são inferiores com 30,6ºC em dezembro, igual valor em janeiro e 31,0ºC em fevereiro. Ainda sobre a capital goiana como um exemplo de que o pior do calor não ocorre no verão, mas no fim do inverno e na primavera.

De acordo com a estatística 1991-2020, a cidade teve, em média, por ano, 4 dias acima de 35ºC em agosto, 13 em setembro e 9 em outubro, entretanto somente um em média em dezembro, janeiro e fevereiro. De uma média de 31 dias por ano com mais de 35ºC em Goiânia, 26 ocorrem apenas no trimestre agosto a outubro. O mesmo ocorre em Brasília com médias máximas superiores no final do inverno e no começo da primavera do que não verão. E também no interior de São Paulo. Em Franca, o número média de dias acima de 30ºC é de 12 em setembro e também 12 em outubro. Dezembro tem quatro e janeiro e fevereiro cinco cada um. É o que se vê também em áreas de Minas Gerais mais próximas do Brasil Central, onde a curva de temperatura tem forte influência da estação seca. Caso do Triângulo Mineiro. Uberaba tem as suas maiores médias máximas anuais em setembro e outubro, o que se repete em Uberlândia.

A cidade de São Paulo é um caso em particular. Os meses mais quentes do ano, na média mensal, são os do verão, de dezembro a março, embora seja o período mais chuvoso do ano. Por outro lado, os extremos de calor com dias de marcas muito altas costumam ocorrer no final da temporada seca, em setembro e outubro.

BOLHA DE CALOR TRARÁ CALOR EXCEPCIONAL

Uma bolha de calor, que se denomina também de domo ou cúpula de calor (em Inglês é chamada de heat dome) ocorre com áreas de alta pressão que atuam como cúpulas de calor, e têm ar descendente (subsidência). Isso comprime o ar no solo e através da compressão aquece a coluna de ar. Em suma, uma cúpula de calor é criada quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma área por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por baixo assim como uma tampa em uma panela. Esta bolha de calor de agora vai estar com seu centro entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil.

É, assim, um processo físico na atmosfera. As massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma cúpula de alta pressão que desvia os sistemas meteorológicos – como frentes frias – ao seu redor. À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O alto ângulo do sol de verão combinado com o céu claro ou de poucas nuvens aquece ainda mais o solo.

CALOR ATINGIRÁ NÍVEIS MUITO PERIGOSOS À SAÚDE E À VIDA

A MetSul Meteorologia adverte que o nível de calor esperado para os próximos dias em muitas áreas do território brasileiro atingirá patamar extremamente perigoso à saúde e à vida com elevado risco para população vulnerável, como enfermos e idosos. Normalmente, o calor no Brasil é percebido com um evento normal no clima e até celebrado, mas o país não mantém estatísticas sobre mortalidade relacionada à alta temperatura. O calor é um causador “silencioso” de mortes, diferentemente do que ocorre com desastres pela chuva. Os poucos levantamentos sobre mortes associadas ao calor no Brasil estão em alguns estudos epidemiológicos em pesquisas da Medicina e não da Meteorologia. O calor extremo é muito mais mortal do que outros desastres naturais, matando em média mais que o dobro de pessoas por ano do que furacões e tornados combinados, de acordo com dados monitorados pelo Serviço Meteorológico Nacional nos Estados Unidos. As mudanças climáticas e crescente urbanização estão aumentando rapidamente a exposição humana a temperaturas ambientes extremas, mas poucos estudos examinaram a temperatura e a mortalidade na América Latina. Trabalho publicado em revista científica das temperaturas ambientes diárias e da mortalidade entre 326 cidades latino-americanas entre 2002 e 2015 mostrou alto índice de letalidade por calor extremo.

Em cidades latino-americanas, uma proporção substancial de mortes é atribuída a temperaturas ambientes não ideais. Aumentos marginais em temperaturas altas observadas estão associados a aumentos acentuados no risco de mortalidade. Os riscos identificados foram maiores entre os idosos e para mortes cardiovasculares e respiratórias. Estudo pulicado em 24 de agosto de 2023 na revisrta Nature, intitulado “Rápido aumento no risco de mortalidade relacionada ao calor” destaca que os estudos em sua maioria avaliam como a mortalidade causada pelo calor aumenta com o aumento médio da temperatura global, mas não é claro até que ponto as mudanças climáticas aumentarão a frequência e a gravidade dos extremos com elevado impacto na saúde humana.

No estudo de análise probabilística, os autores combinaram relações empíricas de mortalidade por calor para 748 locais de 47 países com dados de grandes conjuntos de modelos climáticos. Na maioria dos locais, um evento de mortalidade por calor com recorrência estimada de 1 em 100 anos no clima de 2000 passaria a ser de uma vez a cada dez a vinte anos no clima de 2020. O estudo projeta que esses períodos de retorno diminuam ainda mais sob níveis de aquecimento global de 1,5° C e 2°C, em que  extremos de mortalidade por calor do clima acabarão por se tornar comuns se não ocorrer adaptação. “As nossas conclusões destacam a necessidade urgente de uma forte mitigação e adaptação para reduzir os impactos nas vidas humanas”, enfatizam os cientistas.

ESTUDO MOSTRA MAIS DE MIL MORTES EM SÃO PAULO EM ONDA DE CALOR DE 2014

O trabalho publicado na Nature referencia uma pesquisa de 2015 sobre um evento de calor extremo na cidade de São Paulo. Em 2014, São Paulo apresentou mortalidade relacionada ao calor de 1,7% (intervalo de confiança de 0,7–2,8%) da mortalidade total, ou 1.296 mortes (556–2.095), número que seria esperado com um tempo de recorrência de a cada 134 anos pela média do clima do ano 2000. O período de retorno na cidade de São Paulo diminui para 18 anos (17,0–19,6) no clima de 2020, 11 anos (8,0–13,1) com aquecimento planetário de 1,5 °C e 5 anos (2,7–5,5) a 2,0 °C  de aquecimento global. O estudo “Efeitos na saúde de uma onda de calor em fevereiro de 2014 na cidade de São Paulo, Brasil” examinou a mortalidade no período de 2 a 15 de fevereiro de 2014 com 12 dias seguidos com temperatura máxima acima de 33°C, incluindo cinco dias com umidade relativa abaixo de 20% e altos níveis de ozônio. No período, ocorreram 3.228 óbitos, ou mais 743 óbitos que o esperado, predominantemente na faixa etária dos 60 anos ou mais, com destaque para óbitos por doenças do sistema nervoso, do aparelho geniturinário, de perturbações mentais e do aparelho circulatório. Foi possível identificar uma relação temporal entre condições climáticas atípicas e a ocorrência de excesso de mortes, destacam os autores.

COMO SE PROTEGER DO CALOR EXTREMO

As recomendações dos especialistas em saúde são quase idênticas em todo o mundo diante de uma intensa onda de calor. A Mayo Clinic, uma das principais instituições médicas do planeta, tem uma série de orientações de diante de um período de calor extremo. A primeira e mais importante, beber grande quantidade de líquidos. Manter-se hidratado ajuda o corpo a suar e manter uma temperatura corporal normal. Igualmente importante é usar roupas folgadas e leves. Vestir roupas em excesso ou roupas justas não permite que o corpo esfrie adequadamente. A Mayo orienta ainda a se proteger contra queimaduras solares. As queimaduras solares afetam a capacidade do corpo de se refrescar, portanto proteja-se ao ar livre com um chapéu de abas largas e óculos de sol e use um protetor solar de amplo espectro com FPS de pelo menos 15. Os médicos da Mayo recomendam também precauções extras com certos medicamentos. “Fique atento a problemas relacionados ao calor se você tomar medicamentos que podem afetar a capacidade do seu corpo de se manter hidratado e dissipar o calor”, enfatizam. Enfatizam ainda que ninguém fique em um carro estacionado sob o sol. Esta é uma causa comum de mortes relacionadas ao calor em crianças deixadas ou esquecidas em automóveis. Quando estacionado ao sol, a temperatura do carro pode subir mais de 10ºC em apenas dez minutos. Não é seguro, assim, deixar uma pessoa em um carro estacionado sob forte onda de calor mesmo que as janelas estejam abertas ou o carro esteja na sombra.

  • Met Sul Meteorologia

BRASIL TERÁ ONDA DE CALOR EXCEPCIONAL COM 40ºC A 45ºC E RISCO À VIDA

A MetSul Meterorologia adverte para um episódio excepcional de calor em grande parte do Brasil nos próximos dias. As marcas esperadas entre esta semana e a próxima vão superar em muitos os valores médios históricos de temperatura máxima em todas as cinco regiões do país com alto potencial de quebras de recordes para o mês de setembro e talvez até absolutos.

Uma massa de ar extremamente quente vai cobrir o Brasil nos próximos dias. Já faz muito calor neste começo de semana no Centro-Oeste e no Sudeste, mas na segunda metade da semana a massa de ar se reforça ainda mais com temperatura atipicamente elevadas, mesmo calor intenso não sendo incomum nestas áreas do território nacional no mês de setembro. Trata-se de uma situação de elevado perigo pela severidade do calor esperado e que demandará atenção das autoridades.  Serão vários estados em que o calor será muito intenso a extremo. A massa de ar quente vai afetar com força e marcas perto ou acima de 40ºC, por exemplo, o Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão.

O pior do calor deve ocorrer no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul com marcas acima dos 40ºC na maioria das cidades dos dois estados, mas que podem atingir temperaturas máximas mais extremas em particular na região do Pantanal e proximidades. Esta região do Centro-Oeste vai estar junto ao centro da grande cúpula de calor que estará concentrada entre o Paraguai e os estados do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso. Pontos destas áreas podem atingir marcas tão extremas como 43ºC a 45ºC nesta região do centro do domo de calor.

Marcas perto ou acima dos 40ºC devem se dar ainda em muitas cidades do Norte, de Goiás, do Sudeste do Brasil e de alguns estados do Nordeste, como no Oeste da Bahia, no Maranhão e no Piauí. No Rio de Janeiro, algumas estações também podem superar os 40ºC no próximo fim de semana. Em Minas Gerais, o Triângulo Mineiro e o Noroeste do estado devem ser as áreas mais afetadas pelo calor extremo com máximas superiores aos 40ºC. O pico do calor em intensidade deve se dar entre o final desta semana e o começo da semana que vem. Modelos numéricos chegam a indicar temperatura no nível de pressão de 850 hPa (equivalente a 1.500 metros de altitude) perto de 30ºC no Centro-Oeste do Brasil, o que apenas se verifica em massas de ar extremamente quentes, como a que atingiu o Sudoeste dos Estados Unidos no mês de julho deste ano.

RECORDES HISTÓRICOS PODEM CAIR

A maior temperatura registrada oficialmente até hoje no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, em 4 e 5 de novembro de 2020, superando o recorde também oficial de Bom Jesus, Piauí, de 2005, de 44,7°C. Recordes mensais, e em algumas cidades até absolutos, podem cair neste evento de calor extremo. A cidade de São Paulo é um dos locais em que a temperatura pode testar ou bater recordes de temperatura. Serão muitos dias de calor intenso a extremo no estado de São Paulo. Em alguns, a temperatura ficará perto ou acima de 40ºC no interior e na capital há chance de marcas tão altas quanto 37ºC a 39ºC. Assim, não se pode descartar que a cidade de São Paulo e outras cidades paulistas tenham recordes históricos de máximas não apenas para setembro como absolutos para toda a série histórica.

O dia mais quente já registrado na cidade de São Paulo em setembro desde o começo dos dados em 1943 na estação do Mirante de Santana foi de 37,1ºC, em 30 de setembro de 2020. Trata-se da segunda maior máxima da série histórica, só atrás dos 37,8 ºC de 17 de outubro de 2014. Outros dias de calor muito intenso na série da estação do Mirante de Santana, estação na zona Norte da cidade do Instituto Nacional de Meteorologia, incluem os registros de 37,0ºC em 20 de janeiro de 1999, 36,7ºC em 19 de janeiro de 1999 e também 36,7ºC em 21 de janeiro de 1999. O que se avizinha no estado de São Paulo em termos de temperatura é parecido em padrão com o que ocorreu entre setembro e outubro de 2020, quando uma bolha de calor se instalou na região sob um padrão de bloqueio atmosférico com vários dias de calor extremo. Na ocasião, a máxima chegou a 43,5ºC em Lins, embora não se creia que valor tão extremo seja atingido neste evento.

CENTRO DO BRASIL COSTUMA TER MAIS CALOR NESTA ÉPOCA QUE NO VERÃO

O período de junho a setembro marca o que se denomina da estação seca no Centro do Brasil, afetando o Centro-Oeste e o Sudeste, o que contribui para extremos de temperatura alta que não ocorrem no verão porque a chuva é quase diária. Cuiabá, por exemplo, que é uma cidade conhecida pelo calor, tem na climatologia histórica os seus dias mais quentes em valores extremos justamente no período seco. Goiânia tem temperatura máxima média mensal de 32,7ºC em agosto, 34,0ºC em setembro e 33,2ºC em outubro, mas no verão as média máximas mensais são inferiores com 30,6ºC em dezembro, igual valor em janeiro e 31,0ºC em fevereiro. Ainda sobre a capital goiana como um exemplo de que o pior do calor não ocorre no verão, mas no fim do inverno e na primavera.

De acordo com a estatística 1991-2020, a cidade teve, em média, por ano, 4 dias acima de 35ºC em agosto, 13 em setembro e 9 em outubro, entretanto somente um em média em dezembro, janeiro e fevereiro. De uma média de 31 dias por ano com mais de 35ºC em Goiânia, 26 ocorrem apenas no trimestre agosto a outubro. O mesmo ocorre em Brasília com médias máximas superiores no final do inverno e no começo da primavera do que não verão. E também no interior de São Paulo. Em Franca, o número média de dias acima de 30ºC é de 12 em setembro e também 12 em outubro. Dezembro tem quatro e janeiro e fevereiro cinco cada um. É o que se vê também em áreas de Minas Gerais mais próximas do Brasil Central, onde a curva de temperatura tem forte influência da estação seca. Caso do Triângulo Mineiro. Uberaba tem as suas maiores médias máximas anuais em setembro e outubro, o que se repete em Uberlândia.

A cidade de São Paulo é um caso em particular. Os meses mais quentes do ano, na média mensal, são os do verão, de dezembro a março, embora seja o período mais chuvoso do ano. Por outro lado, os extremos de calor com dias de marcas muito altas costumam ocorrer no final da temporada seca, em setembro e outubro.

BOLHA DE CALOR TRARÁ CALOR EXCEPCIONAL

Uma bolha de calor, que se denomina também de domo ou cúpula de calor (em Inglês é chamada de heat dome) ocorre com áreas de alta pressão que atuam como cúpulas de calor, e têm ar descendente (subsidência). Isso comprime o ar no solo e através da compressão aquece a coluna de ar. Em suma, uma cúpula de calor é criada quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma área por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por baixo assim como uma tampa em uma panela. Esta bolha de calor de agora vai estar com seu centro entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil.

É, assim, um processo físico na atmosfera. As massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma cúpula de alta pressão que desvia os sistemas meteorológicos – como frentes frias – ao seu redor. À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O alto ângulo do sol de verão combinado com o céu claro ou de poucas nuvens aquece ainda mais o solo.

CALOR ATINGIRÁ NÍVEIS MUITO PERIGOSOS À SAÚDE E À VIDA

A MetSul Meteorologia adverte que o nível de calor esperado para os próximos dias em muitas áreas do território brasileiro atingirá patamar extremamente perigoso à saúde e à vida com elevado risco para população vulnerável, como enfermos e idosos. Normalmente, o calor no Brasil é percebido com um evento normal no clima e até celebrado, mas o país não mantém estatísticas sobre mortalidade relacionada à alta temperatura. O calor é um causador “silencioso” de mortes, diferentemente do que ocorre com desastres pela chuva. Os poucos levantamentos sobre mortes associadas ao calor no Brasil estão em alguns estudos epidemiológicos em pesquisas da Medicina e não da Meteorologia. O calor extremo é muito mais mortal do que outros desastres naturais, matando em média mais que o dobro de pessoas por ano do que furacões e tornados combinados, de acordo com dados monitorados pelo Serviço Meteorológico Nacional nos Estados Unidos. As mudanças climáticas e crescente urbanização estão aumentando rapidamente a exposição humana a temperaturas ambientes extremas, mas poucos estudos examinaram a temperatura e a mortalidade na América Latina. Trabalho publicado em revista científica das temperaturas ambientes diárias e da mortalidade entre 326 cidades latino-americanas entre 2002 e 2015 mostrou alto índice de letalidade por calor extremo.

Em cidades latino-americanas, uma proporção substancial de mortes é atribuída a temperaturas ambientes não ideais. Aumentos marginais em temperaturas altas observadas estão associados a aumentos acentuados no risco de mortalidade. Os riscos identificados foram maiores entre os idosos e para mortes cardiovasculares e respiratórias. Estudo pulicado em 24 de agosto de 2023 na revisrta Nature, intitulado “Rápido aumento no risco de mortalidade relacionada ao calor” destaca que os estudos em sua maioria avaliam como a mortalidade causada pelo calor aumenta com o aumento médio da temperatura global, mas não é claro até que ponto as mudanças climáticas aumentarão a frequência e a gravidade dos extremos com elevado impacto na saúde humana.

No estudo de análise probabilística, os autores combinaram relações empíricas de mortalidade por calor para 748 locais de 47 países com dados de grandes conjuntos de modelos climáticos. Na maioria dos locais, um evento de mortalidade por calor com recorrência estimada de 1 em 100 anos no clima de 2000 passaria a ser de uma vez a cada dez a vinte anos no clima de 2020. O estudo projeta que esses períodos de retorno diminuam ainda mais sob níveis de aquecimento global de 1,5° C e 2°C, em que  extremos de mortalidade por calor do clima acabarão por se tornar comuns se não ocorrer adaptação. “As nossas conclusões destacam a necessidade urgente de uma forte mitigação e adaptação para reduzir os impactos nas vidas humanas”, enfatizam os cientistas.

ESTUDO MOSTRA MAIS DE MIL MORTES EM SÃO PAULO EM ONDA DE CALOR DE 2014

O trabalho publicado na Nature referencia uma pesquisa de 2015 sobre um evento de calor extremo na cidade de São Paulo. Em 2014, São Paulo apresentou mortalidade relacionada ao calor de 1,7% (intervalo de confiança de 0,7–2,8%) da mortalidade total, ou 1.296 mortes (556–2.095), número que seria esperado com um tempo de recorrência de a cada 134 anos pela média do clima do ano 2000. O período de retorno na cidade de São Paulo diminui para 18 anos (17,0–19,6) no clima de 2020, 11 anos (8,0–13,1) com aquecimento planetário de 1,5 °C e 5 anos (2,7–5,5) a 2,0 °C  de aquecimento global. O estudo “Efeitos na saúde de uma onda de calor em fevereiro de 2014 na cidade de São Paulo, Brasil” examinou a mortalidade no período de 2 a 15 de fevereiro de 2014 com 12 dias seguidos com temperatura máxima acima de 33°C, incluindo cinco dias com umidade relativa abaixo de 20% e altos níveis de ozônio. No período, ocorreram 3.228 óbitos, ou mais 743 óbitos que o esperado, predominantemente na faixa etária dos 60 anos ou mais, com destaque para óbitos por doenças do sistema nervoso, do aparelho geniturinário, de perturbações mentais e do aparelho circulatório. Foi possível identificar uma relação temporal entre condições climáticas atípicas e a ocorrência de excesso de mortes, destacam os autores.

COMO SE PROTEGER DO CALOR EXTREMO

As recomendações dos especialistas em saúde são quase idênticas em todo o mundo diante de uma intensa onda de calor. A Mayo Clinic, uma das principais instituições médicas do planeta, tem uma série de orientações de diante de um período de calor extremo. A primeira e mais importante, beber grande quantidade de líquidos. Manter-se hidratado ajuda o corpo a suar e manter uma temperatura corporal normal. Igualmente importante é usar roupas folgadas e leves. Vestir roupas em excesso ou roupas justas não permite que o corpo esfrie adequadamente. A Mayo orienta ainda a se proteger contra queimaduras solares. As queimaduras solares afetam a capacidade do corpo de se refrescar, portanto proteja-se ao ar livre com um chapéu de abas largas e óculos de sol e use um protetor solar de amplo espectro com FPS de pelo menos 15. Os médicos da Mayo recomendam também precauções extras com certos medicamentos. “Fique atento a problemas relacionados ao calor se você tomar medicamentos que podem afetar a capacidade do seu corpo de se manter hidratado e dissipar o calor”, enfatizam. Enfatizam ainda que ninguém fique em um carro estacionado sob o sol. Esta é uma causa comum de mortes relacionadas ao calor em crianças deixadas ou esquecidas em automóveis. Quando estacionado ao sol, a temperatura do carro pode subir mais de 10ºC em apenas dez minutos. Não é seguro, assim, deixar uma pessoa em um carro estacionado sob forte onda de calor mesmo que as janelas estejam abertas ou o carro esteja na sombra.

  • Met Sul Meteorologia

Criança de 7 anos é atacada por pitbull

Um menino, de sete anos, foi atacado por um pitbull no meio da rua por volta de 10h20 da manhã desta quarta-feira (22), no bairro Nova Pampulha, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, populares tiveram que agredir o cão para que ele soltasse a criança.

Ainda segundo os militares, que foram acionados para tentar capturar o animal, a mãe levou o filho para receber atendimento em um pronto-socorro da região. 

O estado de saúde do menino não foi informado.

Caso semelhante em uma semana

Na última quarta-feira (15), uma criança, de 11 anos, morreu após ser atacada por dois cães da raça Pastor Alemão, em São Joaquim de Bicas, também na Região Metropolitana de BH. O menino estava alimentando os cachorros durante alguns dias para a sua tia, que estava em viagem para o Espírito Santo.

Para a ocorrência, o Corpo de Bombeiros foi acionado na tentativa de controlar os cães. A fêmea precisou ser abatida, enquanto o macho fugiu e, horas depois, voltou para a casa da tutora.

  • (Itatiaia)

Motociclista é preso após empinar moto e colocar em risco vidas no centro da cidade

Policia Militar durante patrulhamento pela área central de Piranga deparou com uma motocicleta Yamaha XT600 que seu condutor exibia manobras perigosas pela via pública, equilibrando a moto em apenas uma das rodas e realizando arrancadas e manobras bruscas, colocando em risco os demais usuários da via.
Diante disso o cidadão foi acompanhado e abordado, sendo dada ordem para que se colocasse em posição de busca pessoal, tendo ele desobedecido e resistido ativamente a atuação policial, se debatendo contra os militares, sendo necessário uso de força para conter o autor.

Foram confeccionados autos de infração de trânsito respectivos aos atos praticados pelo condutor, sendo a motocicleta liberada a outro condutor habilitado, devido estar com os documentos em dia. Foi lavrado termo circunstanciado de ocorrência, tendo o autor se
comprometido a comparecer em audiência no fórum para as demais providencias.

  • foto meramente ilustrativa;
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