No último dia 23, ocorreu uma reunião para tratar do Projeto Complementar Contra Pânico e Incêndio da Igreja Matriz de Santo Antônio e Execução do Projeto de Higienização, Descupinização e fixação de Policromias e Douramentos dos altares da Igreja.
A reunião teve a participação do Prefeito de Itaverava, José Flaviano, do Pároco da Matriz Padre João Duarte de Rezende, do zelador da igreja, José Miguel Dutra, equipe da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Tatiana Rezende de Matos, Andréa de Oliveira Gomes e Mila Moreira Ribeiro, representantes do Grupo Oficina do Restauro, Adriano Ramos, Otaviano Guilherme de Souza, Kélvia Fernanda de Carvalho Barros e o engenheiro Luiz Eduardo Guerson.
Foram definidos os cronogramas de trabalho e em breve serão iniciados os trabalhos efetivamente. A prioridade é que os trabalhos sejam feitos com toda segurança necessária para minimizar riscos ao patrimônio cultural e também não prejudicar o calendário festivo da paróquia. Este trabalho será muito importante para a preservação dos elementos artísticos da Igreja Matriz que possui um acervo muito rico e é uma verdadeira joia do barroco mineiro.
A história
A igreja matriz setecentista, cuja fachada foi alterada no início do século atual (acréscimo de vãos, decoração e substituição da cobertura das torres), conserva na decoração interna, 1758 (início da talha do altar do Rosário) e 1824 (conclusão da talha e pintura), um dos raros exemplos brasileiros de interior rococó, onde a talha, pintura e imaginária constituem um todo integrado. Merece destaque a pintura do forro da capela-mor, atribuída a Manuel da Costa Athaíde.
A Igreja de Santo Antônio é tombada pelo IPHAN.
O Promotor e Curador do Patrimônio Histórico, Glauco Peregrino, requisitou a histórica Capela de Santo Antônio, exemplar colonial do século XVIII a fim de que aponte tecnicamente se há risco de colapso da estrutura da edificação e quais medidas emergenciais devam ser eventualmente tomadas para evitar um desabamento.
Segundo Peregrino, somente após o recebimento do laudo o Ministério Público irá avaliar a adoção de eventuais medidas judiciais ou extrajudiciais cabíveis.
A vistoria solicitada pelo promotor se justifica em função de que na semana passada, em entrevista ao site e jornal CORREIO DE MINAS, o provedor da Irmandade de Santo Antônio, entidade que zela e administra a capela, marcos Gonçalves, alertou sobre a possibilidade de desabamento do bem diante de seu acelerado processo de degradação e deterioração. “Ela pode cair a qualquer momento ou mesmo desabar por partes. Toda a estrutura está comprometida”, assinalou Marcos.
A estrutura está comprometida, telhado com infiltrações, paredes deslocadas que não mais suportam o peso, rachaduras diversas, apodrecimento de madeiras, ação de cupins no altar e uma série de problemas que apressam a urgência de uma reforma e clamam por socorro. “Ela pode cair a qualquer momento ou mesmo desabar por partes. Não sabemos que se capela vai resistir ao tempo chuvoso que se aproxima. Ao encharcar as telhas a estrutura pode ceder”, admitiu.
Lei de incentivo
O projeto de restauração da edificação, uma das mais importantes do município do ponto de vista cultural, foi aprovado pelo Ministério da Cultura no âmbito da Lei Rouanet através do Instituto Meraki.
“O prazo para captação de recursos apara execução do projeto está aberto às empresas interessadas na preservação do patrimônio cultural lafaietense podem procurar a Irmandade de Santo Antônio caso tenham interesse em participar desse patrocínio. Trata-se de investimento praticamente sem custo, visto que os valores investidos são dedutíveis dos impostos federais que a empresa tenha que pagar”, assinalou o Promotor.
Ele antecipou que o Ministério Público já possui um inquérito civil instaurado desde o ano de 2012 para buscar as medidas de restauração da Capela de Santo Antônio, sendo inclusive em razão dele que foram obtidos os recursos financeiros para custeio da elaboração do projeto de restauro da edificação.
Provedor alerta que capela pode cair a qualquer momento e irmandade busca recurso de R$6 milhões para a sua restauração
Quem visita a histórica capela de Santo Antônio, exemplar do século XVIII e tombado pelo Município de Lafaiete, e um dos mais emblemáticos patrimônios históricos de Lafaiete, se depara com um bem em avançado processo de deterioração, talvez bem mais acelerado do que muitos imaginam.
A estrutura está comprometida, telhado com infiltrações, paredes deslocadas que não mais suportam o peso, rachaduras diversas, apodrecimento de madeiras, ação de cupins no altar e uma série de problemas que apressam a urgência de uma reforma e clamam por socorro. “Ela pode cair a qualquer momento ou mesmo desabar por partes. Toda a estrutura estpá comprometida”, assinalou Marcos Gonçalves, provedor da Irmandade de Santo Antônio, entidade que zela pela Capela construída em estilo colonial.
O cenário é desolador e inspira uma ampla mobilização dos lafaietenses, antes que seja tarde demais para salvar um bem que faz parte da formação da cidade. “A igreja requer reformas urgentes e cuidados necessários para a sua preservação. A situação do bem é preocupante”, antecipou o provedor. Conta com isso também a descaracterização da igreja, como inúmeras pinturas sobre a original.
Diante do quadro, o provedor está precavendo para manter a guarda das imagens e outros bens móveis antecipando a qualquer problema e transferindo os bens para um lugar mais seguro.
Em um esforço, a irmandade se movimenta em busca de parcerias. No final do ano passado o Instituto Meraki conseguiu a aprovação de um projeto junto a Lei Rouanet e ao IEPHA que prevê a restauração e reforma da Capela e de imagens sacaras de valor inestimáveis, como a de Santo Antônio, Nossa Senhora da Piedade, São João Evangelista, São Joaquim, Nossa Senhora do Rosário e crucifixo primitivo. As peças compõem a riqueza da capela cuja fundação remonta ao ano 1751.
Os projetos elaborados e aprovados facilitam a busca de financiamento seja público ou privado. Este é agora o caminho que a Irmandade e o Instituto Meraki trilham para executar os projetos cujos valores chegam a R$ 5 milhões. “Queremos ver esta igreja com seu brilho original”, revelou Marcos, confiante em arrumar uma fonte de recursos.
Os diretores do Instituto estão confiantes na sensibilização da iniciativa privada pelo valor que representa o bem histórico. “Estamos trabalhamos em parceria com a irmandade na busca destes recursos ou parte deles para iniciarmos a obra. A gente conta com a generosidade daqueles empresários ou empresas como Vale, CSN e outras para abrir as portas para a apresentação do projeto. A importância deste bem ultrapassa as fronteiras de Lafaiete e faz parte da história regional”, sintetizou Marluce Albino, uma das diretoras do Meraki.
Provedor diz que capela sofre com abalos sísmicos do Morro da Mina
O provedor da Irmandade assinalou que a Capela de Santo Antônio é alvo de abalos sísmicos provocados por explosões da mineradora Vale, no Morro da Mina. Segundo, em certos dias da semana, a capela sofre movimentações que atingem a integridade do bem. “Apesar de não ser intenso este pequenos abalos provocam movimentações que aceleram as rachaduras e mexem constantemente no telhado. Isso gente percebe quando há explosões”, observou.
Segundo ele, os moradores de casas ao redor da Capela e ao longo da Duque de Caxias relatam os abalos. Marcos diz que a região desde o Morro da Mina até a Capela estão sobre uma grande rocha. “Qualquer movimentação provoca ao poucos estragos na igreja e comprometem a estrutura. Estamos agora em uma fase muito crítica em que a capela está prestes a cair. A situação vem se agravando ano a ano e chegou em um momento de chamar a atenção das autoridades. Temos que salvar nossa histórica capela”, relatou Marcos.
Outro problema que agrava a estrutura do exemplar é tráfego intenso de caminhões. O peso dos veículos trepida a capela e colaboram na deterioração. “O projeto de restauração foi aprovado no âmbito da Lei Nacional de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), o que significa que empresas interessadas em patrocinar o projeto podem custeá-lo e obter benefícios fiscais correspondentes. Não chegou ao Ministério Público qualquer questão a esse respeito de abalos sísmicos”, disse o promotor e curador do patrimônio histórico, Glauco Peregrino.
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