Plano Municipal de Segurança de Barragens (PMSB) realiza o 2º simulado de emergência integrado

A Defesa Civil Municipal de Congonhas, com apoio da CSN Mineração, Gerdau e Vale, irá realizar, no dia 7 de abril (domingo), às 10h, o Simulado de Emergência de Barragens Integrado da Zona de Autossalvamento (ZAS) das 15 estruturas inscritas atualmente no Plano Municipal de Segurança de Barragens (PMSB). Deste total, 14 destinam-se a contenção de rejeito ou sedimento e uma funciona como reservatório de água. O exercício simulado prático serve para averiguar a funcionalidade do plano de evacuação integrado e do sistema de alerta sonoro, reforçando a cultura de prevenção, orientando moradores, visitantes, órgãos públicos e empresas sobre como agirem em uma possível situação real de emergência.

Além de cumprir o exigido pela legislação vigente, o simulado é uma ação preventiva. É importante destacar que não houve alteração dos níveis de segurança das barragens.

Como forma de preparação para o simulado, o Plano Municipal de Segurança de barragens (PMSB) realizará, entre 1º e 4 de abril, a partir das 18h30, os Seminários Orientativos – Reuniões Públicas, em 12 locais inseridos na Zona de Autossalvamento (ZAS). Estes seminários, que atendem a uma exigência da legislação vigente, funcionam como treinamento expositivo, envolvendo agentes internos e externos, e possuem o propósito de orientar a população sobre como proceder durante o simulado.

IIniciativa inédita no Brasil, o Plano Municipal de Segurança de Barragens (PMSB) foi criado pela Prefeitura de Congonhas e conta com o apoio da CSN Mineração, Gerdau e Vale. A ação voltada para a comunidade é gerida pela Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba (Adesiap), com acompanhamento do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG).

O simulado

O objetivo do Simulado de Emergência de Barragens Integrado será avaliar a eficácia das rotas de fuga, dos pontos de encontro e do sistema de alerta sonoro, além de verificar a participação da população sem dificuldade de locomoção que vive em Zona de Autossalvamento (ZAS). A atividade permitirá ainda calcular o tempo de resposta do município e empreendedores. O último item será avaliado pela primeira vez desde a integração dos mapas de inundação das barragens situadas em Congonhas e no seu entorno.

Como o Plano Municipal de Segurança de Barragens reúne todas as barragens em um só mapa de inundação, ele identifica rotas de fuga e pontos de encontro seguros para todas as situações previstas, como também unifica e padroniza a orientação oferecida à população, tornando a mensagem mais confiável e segura.

População de Lobo Leite participou do Seminário Orientativo realizado em 2023. Foto: Emannuel Valent

O Simulado de Emergência de Barragens Integrado realizado em 2023 foi acompanhado e validado pelas Defesas Civis Estadual e Municipal. Participaram do treinamento prático do ano passado 592 pessoas, número este considerado satisfatório pelos organizadores. As observações dos moradores foram levas em consideração durante a atualização do plano de evacuação integrado e contribuíram para o aperfeiçoamento dos pontos de encontro, rotas de fuga, sistema de alerta sonoro, bem como para a definição dos locais em que serão realizados os seminários orientativos deste ano.

Quais bairros de Congonhas participarão do simulado?

Ao todo, 30 bairros, um distrito e um balneário serão convidados para o exercício simulado. São aproximadamente dez mil e seiscentos habitantes na região da Zona de Autossalvamento (ZAS), onde existem 16 unidades de saúde, dez unidades de ensino e uma unidade prisional.

Além do distrito de Lobo Leite e do Centro, participarão da atividade Ipiranga, Jardim Profeta, Vila São Vicente, Belvedere, Zé Arigó, Boa Vista, Lamartine, Vila Andreza, Ideal, Matriz, Praia, Dom Silvério, Nova Cidade, Rosa Eulália, Campinho, Vila Ventura, Grand Park, Fonte dos Moinhos, Vila Rica, Cristo Rei, São Domingos, Residencial Gualter Monteiro, Chacreamento Lagoa Comprida, Chacreamento Vista Alegre, Esmeril, Motas (Ouro Preto), Plataforma, Palmital, Vila Condé e ainda o Parque Ecológico da Cachoeira.

Como vai funcionar o simulado?

O cenário

planejado pelo PMSB para o simulado indica evacuação preventiva em nível 2 de emergência. Assim que o sistema de alerta sonoro for acionado (toque de sirene), o participante deverá caminhar calmamente pela rota de fuga, sinalizada, mais próxima de sua localização até um dos 64 pontos de encontro referentes à ZAS. Um dos objetivos técnicos do treinamento será medir o tempo que a comunidade gastará para realizar este deslocamento.

A exemplo do que ocorreu em 2023, o sistema de alerta sonoro será acionado por 20 minutos e deverá ser ouvido por toda a Zona de Autossalvamento (ZAS).

O tempo de deslocamento da comunidade que vive na Zona de Segurança Secundária (ZSS) não é objeto de teste neste treinamento, mas haverá novamente equipes de apoio para orientar quem chegar aos pontos de encontro desta região da cidade.

Neste treinamento prático, os participantes deverão avaliar as rotas de fuga, os pontos de encontro, as sirenes e a comunicação prévia.

Na chegada ao ponto de encontro, as pessoas terão a presença registrada e deverão responder a uma pesquisa de satisfação.

Para este simulado, ainda não haverá a necessidade da participação de quem possui dificuldade de locomoção e crianças.

Os animais de estimação e criação só irão participar quando for realizado um treinamento de evacuação em nível 3 de emergência.

Comunidades se deslocaram até os pontos de encontro no simulado realizado em 2023. Foto: Daniel Silva

Trânsito

Na véspera (06.04.2024) e no dia do exercício simulado, os órgãos responsáveis pela organização do trânsito irão estabelecer pontos de bloqueio de veículos em algumas ruas e avenidas de Congonhas e na MG-030. A medida preventiva visa a garantir a segurança da população durante a montagem e desmontagem das estruturas e o deslocamento da população pelas rotas de fuga até os pontos de encontro. Desta vez, no entanto, não haverá travessia de pedestres na BR-040, o que fez com que o número total de pontos de encontro referentes à ZAS e à ZSS aumentasse de 92 para 95.

Para mais informações, ligue para a Defesa Civil Municipal: 3732-0789 ou 199.

Assessoria de Imprensa do PMSB

Moradores de Congonhas esclareceram dúvidas e apresentam sugestões durante seminários do plano de barragens

O Plano Municipal de Segurança de Barragens (PMSB) consolida as ações de defesa civil em um único plano de prevenção de desastres e de enfrentamento a situações emergenciais, em qualquer um dos cenários a que o município está sujeito. Para que obtenha sucesso, esta iniciativa pioneira criada pela Prefeitura de Congonhas, com apoio da CSN Mineração, Vale, Gerdau e gestão da Adesiap, depende do engajamento de toda a sociedade congonhense. No segundo semestre de 2022, serão realizados simulados e outros treinamentos. Por isso, esta semana foram realizados Seminários Orientativos para demonstrar às comunidades como elas devem proceder durante estas atividades. Quem foi à Feira do Produtor Rural ou acompanhou as apresentações pelas redes sociais pôde se informar, esclarecer suas dúvidas e ainda fazer sugestões que serão avaliadas pelos devidos responsáveis.

A apresentação ficou a cargo da equipe da Integratio Mediação Social e Sustentabilidade Ltda. Esta foi a empresa que elaborou o Plano de Evacuação Integrado do PMSB, em consonância com a legislação, a partir da sobreposição das ondas de inundação das 17 barragens situadas em Congonhas e no seu entorno e dos dados obtidos por meio de cadastramento socioeconômico da população que vive na área de influência de barragens. O resultado são 84 pontos de encontro e suas respectivas rotas de fuga, que poderão ser utilizados em qualquer possível situação de emergência.

O público teve acesso ao conceito e objetivos do PMSB; ao mapa da onda de inundação unificada; ao significado de termos como ponto de encontro [locais seguros para onde a população deve se dirigir calmamente no exercício simulado que simbolizará o Nível 2 de emergência das barragens] e rota de fuga; quando e como utilizar estes elementos de autoproteção; a atual situação das barragens localizadas em Congonhas e no seu entorno, entre outras informações.

De acordo com um dos apresentadores dos Seminários, Guilherme Ferrari – líder de Projetos, geógrafo e gestor técnico da elaboração do Plano de Contingenciamento Integrado (Placon-i), principal instrumento do PMSB – “estes encontros foram importantes para passarem informações para a população acerca do Plano de Evacuação Integrado e suas ações preventivas e de respostas que estão sendo planejadas e executadas, também sobre o Placon-i, que está em fase de elaboração, das etapas que estão por vir, como para demonstrar que as barragens situadas em Congonhas e no seu entorno encontram-se com nível de segurança adequado, conforme avaliação dos órgãos responsáveis por fiscalizá-las”. 

O público participou presencialmente e pelas plataformas digitais do PMSB (Youtube e Facebook), sanaram suas dúvidas e apresentaram sugestões que serão avaliadas pelo PMSB. As que estiverem fora da alçada do Plano, serão enviadas para os devidos responsáveis também avaliá-las.  “O PMSB é uma construção conjunta e os Seminários contribuíram para isso. Esperamos que tenham sido satisfatórios para a população. E que em novos momentos como estes, como serão os simulados e treinamentos, a comunidade inserida na área de influência de barragens participe em massa, porque estes são momentos fundamentais para que todo mundo saiba como agir em uma situação de emergência. Certamente isto vai tornar o ambiente mais seguro para todos. Faremos a divulgação das datas e horários das próximas atividades em tempo hábil”, afirma Guilherme.

Sandoval de Souza Pinto Filho, diretor de Meio Ambiente da União de Associações Comunitárias de Congonhas (Unaccon), membro do Instituto Histórico e Geográfico de Congonhas (IHGC) e da Academia de Ciências, Letras e Artes de Congonhas (ACLAC) participou de uma das sessões. “Este primeiro contato direto do PMSB com a população através dos Seminários Orientativos foi muito importante, mas muito importante mesmo para que as pessoas trouxessem as dúvidas, suas opiniões e sugestões e conhecessem como serão realizados os trabalhos de que a comunidade tomará parte diretamente, como é o caso dos simulados e até mesmo do período de instalação das placas de sinalização. Então foi um evento de extrema importância para a cidade”, declarou.

Após a realização desses Seminários (treinamentos teóricos), serão realizados os simulados, que são treinamentos práticos, ao passo em que as placas de sinalização forem sendo instaladas. Esta próxima etapa servirá para aprovar o Plano de Evacuação Integrado ou apontar a necessidade de ajustes.

Nilmara Soares, gerente de projetos da Adesiap, entidade gestora do PMSB, lembra que o Plano, idealizado em 2018 por iniciativa da Prefeitura de Congonhas e suas Secretaria de Meio Ambiente e da Defesa Civil, em parceria com as principais empresas mineradoras instaladas no município e no seu entorno, possui “o principal objetivo de integrar as estratégias de segurança de barragens e aquelas relacionadas a outros eventos que podem acontecer na cidade. “Até então, cada empresa elaborava um Plano de Ação Emergencial para cada barragem, com rotas de fuga e pontos de encontro, a população precisava participar de simulados e treinamentos de cada uma dessas estruturas. Além disso, há o Plano de Contingência Municipal da Defesa Civil, que tem por missão preparar a cidade para ocorrências como inundações, deslizamentos e incêndios. Agora os elementos de autoproteção estabelecidos pelo Plano de Evacuação Integrado atenderão a qualquer possível situação emergencial relacionada às barragens e a estes outros eventos”, contextualizou.

Gláucio Ribeiro, secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Civil e Social, membro do Grupo de Ação Mútua e porta-voz do PMSB, complementa: “Importante salientar que, por meio do PMSB, município, empresas e Ministério Público possam falar a mesma língua e tomar medidas adequadas no momento correto. Assim, poderemos oferecer instrumentos e serviços que elevem a segurança de toda a sociedade e prepará-la para que também faça sua parte. Como o PMSB, será possível oferecer à população, inclusive, fontes seguras de informação sobre as barragens e ocorrências comuns na cidade. Assim prevalecerá a informação segura e clara, e não a fake news”.

Simulados e outros treinamentos devem ser realizados frequentemente, mesmo após a implementação do Plano Municipal de Segurança de Barragens, conforme a periodicidade determinada pelos órgãos fiscalizadores. No caso das barragens de Congonhas, estes são ANM (Agência Nacional de Mineração) para aquelas estruturas de rejeito ou contenção de sedimentos e ANA (Agência Nacional de Água), para a de acúmulo de água.

Ao final de cada sessão dos Seminários Orientativos, foi aberto espaço para respostas a questionamentos e sugestões do público presente e internautas:

Sugestões:

– Solicitação de acréscimo de referências geográficas conhecidas da população ao mapa de visão geral que aponta a localização de cada um dos 84 pontos de encontro e suas rotas de fuga. Exemplos seriam igreja, estabelecimento comercial, escola, praça e rua.

PMSB – A sugestão será considerada. Outros instrumentos de identificação dos elementos de autoproteção ainda serão criados, como mapas temáticos específicos por ponto de encontro, que poderão ser disponibilizados no Google Maps, para facilitar a visualização.

– Solicitação de procedimento para o caso de novo toque de sirene involuntário, alegando que, recentemente, houve demora de emissão de comunidado à população. 

PMSB – Evitar pânico causado por algum sinal falso de situação de emergência é uma questão de comunicação já está prevista para quando o PMSB estiver implementado. Estará em funcionamento o Centro de Comando e Operações da Defesa Civil dotado de uma sala responsável pela comunicação oficial de assuntos relacionados a segurança de barragens e outras ocorrências, com emissão de mensagem clara e segura e à qual a população poderá recorrer, quando precisar, para esclarecer dúvidas. Entre os veículos de comunicação disponíveis, estará um aplicativo que, além de mostrar a localização dos elementos de autossalvamento, como de toda a área de influência de barragens, irá disparar alertas e outras mensagens informativas.

O toque involuntário de sirene é um problema comum em todos os lugares onde há sistemas de alerta com uso destes dispositivos, mas devem ser evitados. Nestes casos que haja uma comunicação ágil e clara para a população.

– Pedido de revisão de local do ponto de encontro do Parque Ecológico da Cachoeira, que está previsto para o bairro Rosa Eulália.

PMSB – O PMSB fez o levantamento da quantidade de pessoas que frequentam o balneário por dia, na alta e na baixa temporada. O pico é 2 mil pessoas em um dia. Para a realização de um simulado no momento, o ponto de encontro a ser utilizado é o do Rosa Eulália. Para o futuro, pode-se criar um mais próximo do parque, mas, como toda a área de acesso é de mata fechada, é preciso conseguir o licenciamento ambiental.

Foto / Reprodução: Transmissão ao vivo

Dúvidas:

– O PMSB leva em consideração comunidades que ficariam isoladas pela mancha de inundação?

PMSB – A prioridade é focar na população diretamente afetada. Mas trabalhar com o público ilhado também é importante. É preciso haver um plano de evacuação para este público. Se ele está ilhado, é necessário haver disponibilidade de resgate aéreo. Se a inundação for causada por chuvas, com a utilização de barco.

– Como será o abastecimento de água para a cidade, caso a rede de distribuição for afetada pela mancha de inundação?

PMSB – O Plano Municipal de Segurança de Barragens identificou os pontos de captação e distribuição de água e  que podem ser afetados pela mancha de inundação. Eles serão apresentados no Plano de Contingenciamento Integrado (Placon-i) e apontadas de diretrizes para ação da Copasa. Haverá equipe de apoio disponível para sanar dúvidas da concessionária. Mas esta é que deve elaborar um plano para executar nesses momentos. O mesmo ocorre caso a mancha de inundação danifique redes da Cemig, de empresas de telefonia e de internet. Todos as concessionárias serão avisadas, em caso de alteração do nível de emergência das barragens.

– Estradas também podem ser bloqueadas?

PMSB – Igualmente, todos os órgãos responsáveis por estradas que possam sofrer algum impacto serão avisados, se houver alteração no nível de emergência de barragens, sejam DNIT, DER, Polícia Rodoviária Federal. A definição de bloqueio de rodovia é feito em conjunto por estes órgãos, em uma situação de emergência.

Para períodos de chuvas intensas, há algum plano específico para reforçar a segurança das barragens?

Empresas mineradoras – As barragens já são edificadas considerando o pior cenário de chuvas, chamado de precipitação decamilenar.

PMSB – O que ocorre em períodos de chuvas intensas é a intensificação do monitoramento pela empresa e os órgãos fiscalizadores, como a Defesa Civil. Mesmo com o grande volume de chuvas da virada de 2021 para 2022, nenhuma das 17 barragens abrangidas pelo PMSB teve sua estrutura comprometida.

Há estudos sobre os abalos sísmicos que ocorreram recentemente em Congonhas e região? A pergunta se deve a existirem muitas barragens e o município se localizar sobre uma falha geológica.

Empresas mineradoras – Até o momento, não há estudos detalhados sobre esses abalos sísmicos. Mas é importante ressaltar que os abalos sísmicos são considerados aos se construir barragens. Os tremores que ocorreram recentemente em Congonhas e região não abalaram a estrutura das 17 barragens em questão.

Há muitos pontos de encontro que não dispõem de iluminação no local e nem no acesso a eles. Como resolver este problema?

PMSB – Situações como essas serão levadas ao poder público local e à concessionária, que são os responsáveis pela eletrificação e a iluminação pública. Os primeiros simulados ocorrerão durante o dia, mas poderão ser realizados alguns noturnos. As placas de sinalização que comporão o Plano de Evacuação Integrado, que serão instaladas em breve, são refletivas e, quando houver luz sobre elas, elas brilharão.

Todos os acessos de uso comum potencialmente afetados, inclusive rurais, serão sinalizados ou apenas aqueles que conduzem a alguma edificação habitada?

PMSB – Serão sinalizadas prioritariamente as áreas onde há a presença de pessoas, mesmo que de forma esporádica e onde há maior circulação delas. Somente para estes pontos serão necessárias mais de 2 mil placas de sinalização. Torna-se inviável sinalizar toda a área de influência de barragens, por diversas questões, como a poluição visual.

É possível ter acesso à cartilha do PMSB antes das próximas atividades?

PMSB – Sim. A cartilha foi distribuída durante os Seminários Orientativos, o que seguirá durante a preparação para instalação das placas de sinalização e simulados. Também haverá uma versão digital publicada no site pmsbcongonhas.com.br.

Quais são os canais para sanar dúvidas?

PMSB – Dúvidas e sugestões podem ser encaminhadas para contato@pmsbcongonhas.com.br. Comentários nas redes oficiais do PMSB – Instagram e Facebook – são monitoradas e todas as questões serão respondidas.

Justiça autoriza prefeitura a fiscalizar segurança de barragem em Congonhas

A Justiça de Conselheiro Lafaiete autorizou a Prefeitura de Congonhas, na região Central de Minas Gerais, a fiscalizar a segurança da estrutura da Barragem Casa de Pedra, que pertence à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e que tem deixado moradores receosos, com medo de um eventual rompimento, sobretudo devido ao volume de chuvas que caem na região nos últimos dias. 

A prefeitura precisou entrar com uma ação para que pudesse entrar no terreno. De acordo com a decisão judicial, “informações trazidas aos autos dão conta de que as empresas requeridas teriam obstado o trabalho de fiscalização da “Defesa Civil” de Congonhas-MG, o que acaba sugerindo negligência capaz de ocasionar agravamentos desnecessários e risco à população. Presente, também, o risco de dano”, diz trecho da decisão. O juiz José Aluísio Neves da Silva também estabeleceu multa de R$ 1 milhão caso a mineradora volte a impedir a entrada dos fiscais no local e autorizou o uso da força, por meio da Polícia Militar, caso isso ocorra novamente. 

“Não há dúvidas, portanto, de que os órgãos de proteção, defesa civil e segurança têm direito e dever de fiscalizar as empresas, notadamente em períodos de chuva, onde o risco é aumentado”, afirma o juiz. 

Liliane Camargo/REPRODUÇÃO

Temor

Moradores de Congonhas temem que as chuvas que caem na região há vários dias, possam comprometer estruturas da barragem Casa de Pedra, que pertence à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Nos últimos dias foram registrados escorregamentos em parte da estrutura e imagens feitas diariamente por pessoas que vivem na região mostram que há água descendo de um dique. A empresa garante que a estrutura é estável.  

A barragem Casa de Pedra tem cerca de 50 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério, quase quatro vezes mais do que a da barragem do Córrego do Feijão, que se rompeu em janeiro de 2019, matando 270 pessoas. Além disso, de acordo com informações do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), dois bairros – Residencial Gualter Monteiro e Cristo Rei – seriam atingidos em cerca de 30 segundos.

A empresa afirma que os escorregamentos foram registrados em um terreno natural “e não na barragem Casa de Pedra”. No entanto, o diretor da União de Associações Comunitárias de Congonhas (Unacom), Sandoval de Souza Pinto Filho, que acompanha a situação da estrutura, diz que o terreno citado pela CSN é o Dique de Sela, que faz parte da barragem.

“Eles estão tratando a ombreira do Dique de Sela como se fosse componente isolado da barragem Casa de Pedra, mas de acordo com o TAC assinado a ombreira do Dique de Sela é tão importante quanto as do maciço principal, que fica voltado para o Residencial [Gualter Monteiro, bairro que seria afetado caso houvesse rompimento da barragem]. A CSN está brincando com a cara do povo, infelizmente”, afirma. Sandoval se refere ao Termo de Ajustamento de Conduta assinado pela empresa e o Ministério Público em outubro de 2017. 

Liliane Camargo/REPRODUÇÃO

De acordo com o documento, a empresa deve manter atenção redobrada com relação ao monitoramento e à manutenção sobre o sistema de rejeitos Casa de Pedra. O TAC também recomenda que haja programa detalhado, incluindo a realização de sondagens, para garantir entendimento do comportamento da estrutura. 

Situação de emergência

A Prefeitura de Congonhas decretou situação de emergência em todo o município por conta das chuvas que atingem a região nos últimos dias. Com o volume da precipitação, diversas regiões da cidade correm risco de deslizamentos. 

Confira a nota da CSN na íntegra: 

A CSN MINERAÇÃO segue recebendo todos os órgãos fiscalizadores e reafirma que a barragem é segura e estável. Hoje estiveram presentes no local a Agência Nacional de Mineração, Polícia Ambiental e Defesa Civil Municipal de Congonhas. (Itatiaia)

Após vídeos nas redes sociais, CSN assegura segurança em barragem

Vídeos começaram a circular na noite deste sábado (8) com uma suposta inundação de água e bloqueio do vertedouro, estrutura utilizada para bloqueio de vazão, da barragem Casa de Pedra, em Congonhas, da CSN Mineração. Junto com o vídeo, circula também um áudio com um suposto plano de fuga de funcionários, dizendo que a mineradora solicitou oito helicópteros de Belo Horizonte para evacuação, e que, caso a população ouça barulho de helicóptero, é para evacuar de sua residência e ir para um ponto seguro, pois significa que já está vazando água da estrutura.

Com as imagens e boatos espalhados pelas redes, a CSN Mineração se manifestou há pouco, por meio de nota, dizendo que, em função das chuvas intensas, houve pequenos escorregamentos em terreno natural e não na barragem Casa de Pedra.

A empresa também informou que já está trabalhando nessas contenções, e que segue monitorando os equipamentos com leitura em tempo real e que nenhuma anomalia foi detectada até o momento.

Prefeitura de Congonhas se manifestou mais cedo

No período da tarde, a Prefeitura de Congonhas, juntamente com a Defesa Civil e o Grupo de Ação Mútua que compõem o PMSB, informou que as barragens situadas na região do Alto Paraopeba, pertencentes às empresas CSN Mineração, Gerdau e Vale permanecem em monitoramento constante.

De acordo com o comunicado, nenhuma alteração na estabilidade das barragens foi constatada e que, em caso de qualquer anormalidade, todas as medidas de segurança serão tomadas.

O Município pediu para que a população fique atenta às orientações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros e que siga as instruções de segurança repassadas em treinamentos já realizados em áreas de risco.

Em caso de dúvidas ou emergências entre em contato com a Defesa Civil pelo telefone 3731-4133 ou acione os bombeiros pelo 193.

  • Mais Minas
about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.