Com mais de 30 quedas d’água, paisagens deslumbrantes e passeios imperdíveis, região mineira é uma boa opção de passeio em contato com a natureza. O destino também ganhou fama internacional pela produção de um queijo premiado mundialmente
A região do Parque Nacional da Serra da Canastra é um verdadeiro santuário ecológico localizado no Sudoeste de Minas Gerais, abrangendo uma área de aproximadamente 200 mil hectares. Suas paisagens deslumbrantes incluem campos rupestres, cerrado, matas ciliares e imponentes cachoeiras, como a famosa Casca d’Anta, onde o Rio São Francisco se precipita em uma queda d’água espetacular. A região que abrange as cidades de São Roque de Minas, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória e Capitólio é destino de natureza exuberante.
Além da beleza natural única, a Serra da Canastra é reconhecida pela produção do premiado Queijo Canastra. Elaborado artesanalmente por produtores locais, esse queijo de sabor marcante e textura aveludada conquistou diversos prêmios internacionais, tornando-se um ícone da gastronomia brasileira. A região se destaca não apenas pela sua beleza estonteante, mas também pela autenticidade de suas tradições e pela paixão dos produtores locais em manter viva a arte secular da produção do queijo mineiro.
Explorar o Parque Nacional é uma experiência enriquecedora que combina natureza exuberante, culinária tradicional e preservação ambiental. A região da Canastra abriga uma rica diversidade de fauna e flora, com espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e a onça-pintada. Os visitantes têm a oportunidade de realizar trilhas, observação de aves, banhos de cachoeira e vivenciar a cultura local. Para desbravar os atrativos do parque, há diversas trilhas, desde as mais leves até algumas que exigem maior condicionamento físico. Entre as cachoeiras, estima-se que são cerca de 30 catalogadas, algumas têm acesso liberado, outras disponíveis somente para contemplação. Listamos sete quedas d’águas imperdíveis para se conhecer em um roteiro pela Serra da Canastra.
Paraíso das cachoeiras
Cachoeira Casca d’Anta
Com 186 metros de altura, a Casca d’Anta é a mais famosa da região e está listada entre as maiores quedas livres do Brasil. Para admirá-la, é possível fazer dois roteiros: o primeiro, pela parte baixa do parque, tem uma trilha de cerca de um quilômetro até seu poço. De lá, é possível observar bem de perto toda a abundância da queda formada pelas águas do Rio São Francisco; já a rota da parte alta oferece vista para o cânion por onde o rio desce a serra, além de um mirante de onde é possível avistar parte da queda principal e algumas piscinas naturais.
Cachoeira do Capão Forro
O conjunto fica a cerca de cinco quilômetros de São Roque de Minas e abrange cinco cachoeiras e piscinas naturais. A do Mato, considerada a mais bonita, tem acesso a partir de uma caminhada de vinte minutos.
Poço das Orquídeas
A área pertencente à Cooperativa Agropecuária de São Roque de Minas é também conhecida como Lagoa dos Patos, uma referência a uma pequena lagoa que teria secado. Seu nome faz referência à maior atração da imensa fazenda de quase 560 hectares: uma piscina natural arredondada, com praia de cascalho, pequena cachoeira e muitas árvores com orquídeas.
Cachoeira do Fundão
Outra queda d’água bastante procurada no Canastra é a Cachoeira do Fundão. Ela fica a 25 quilômetros da portaria de São João Batista da Canastra e a 53 km da portaria de São Roque de Minas. A parte baixa da cachoeira fica no distrito de São João Batista, a 10 km do distrito. A dificuldade de acesso à cachoeira, devido às estradas ruins e às trilhas, contribui para a sua preservação. O acesso pode ser feito de veículo 4×4 e uma caminhada de cerca de 4 quilômetros de ida e volta, ou por bicicleta/caminhada. O percurso é bastante exigente fisicamente, com trechos íngremes, elevações e descidas consideráveis. A rota passa por rios e córregos, até chegar à cachoeira.
Cachoeira da Parida
De um pequeno cânion incrustado nas rochas, brotam duas quedas d´água que formam um grande poço de águas profundas e cristalinas. As águas da Cachoeira da Parida serpenteiam pelas pedras dando origem a uma segunda piscina, também profunda e de águas verdes, chamada de “Poço do Macaco”. A Parida está localizada na região da Serra da Canastra, na fazenda do senhor Manoel Peres, entre os municípios de Sacramento, Tapira e São Roque de Minas.
RPPN do Cerradão
A Cachoeira do Cerradão fica em uma reserva particular do Patrimônio Natural localizada a cerca de dez quilômetros de São Roque de Minas. Com uma queda de 200 metros de altura dividida em três lances, a formação tem poços profundos bons para banho.
Cachoeira dos Rolinhos
Considerada a cachoeira mais alta do Parque Nacional, com 300 metros, a queda cai em forma de cascata formando poços de até 50 metros de extensão. Para admirá-la, há um mirante com acesso fácil via trilha.
Onde ficar
O Hotel Chapadão da Canastra é a opção ideal para curtir um roteiro completo na região. Unindo o rural e o urbano, com estrutura de hotel e aconchego de pousada, o empreendimento ocupa um terreno de cinco mil metros quadrados onde mais da metade é composta de exuberantes jardins que chamam a atenção de seus visitantes. Localizado à margem do Rio do Peixe, é possível encontrar ainda, pequenos animais silvestres e diversas espécies de pássaros. São 24 apartamentos com uma área de 25 metros quadrados, com banheiro completo, com frigobar, TV LED 32’, além de varandas com vistas da exuberante serra e do bosque que margeia a propriedade. Para o lazer o hotel oferece: piscina adulto e infantil, hidromassagem aquecida e barzinho, além de salão de jogos e loja de artesanatos, lavanderia. Para conhecer melhor a região, o Chapadão da Canastra disponibiliza veículos 4X4 para passeios nos melhores e mais procurados roteiros da Serra da Canastra.
Quem visita a Serra da Canastra se encanta com os cenários típicos de cerrado com campos rupestres, vegetação de Mata Atlântica e, principalmente, pelo queijo premiado que é produzido na região há mais de 200 anos. O tradicional Queijo da Canastra – conhecido por ter uma casca amarela por fora e por ser macio e saboroso por dentro–, é tão famoso que o seu modo de produção é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural imaterial brasileiro, desde 2008.
Pelo segundo ano consecutivo, o Queijo Minas Artesanal (QMA) produzido na região da Serra da Canastra figurou, em 2023, entre os 50 melhores do mundo no ranking do site americano Taste Atlas, plataforma colaborativa cujos usuários contribuem para a construção do conteúdo, com comentários, imagens e notas. A iguaria mineira, que em meados de 2022 chegou a liderar a lista, conquistou no ano passado o 12º lugar, à frente de exemplares famosos internacionalmente, como o italiano Mozzarella e o suíço Gruyère.
Atualmente, podem ser comercializados como QMA da Canastra os queijos elaborados em oito municípios: Bambuí, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São João Batista do Glória, São Roque de Minas, Tapiraí e Vargem Bonita, que cumprem o Caderno de Normas da Indicação Geográfica. As localidades são reconhecidas como produtoras desse tipo de queijo, a partir de estudos e levantamento histórico realizados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).
De acordo com o diretor de Agroindústria e Cooperativismo da Seapa, Ranier Chaves Figueiredo, a valorização do QMA é sempre motivo de comemoração. “Para o mineiro, o queijo sempre foi mais que um alimento, é um patrimônio de valor inestimável. A evolução histórica recente do produto é fantástica, fazendo com que ele conquiste cada vez mais consumidores e mercados. A prova é a presença de destaque, novamente, do Queijo Minas Artesanal no Taste Atlas. Para nós, isso é razão de muito orgulho”, disse Figueiredo.
Fama no exterior
Em 2019, produtores de queijo de Minas Gerais comemoram a conquista das 50 medalhas no 4º concurso ‘Mondial du Fromage et des Produits Laitiers’, realizado na cidade de Tours, na França. Foram 952 inscritos de 15 diferentes países. Os queijeiros mineiros levaram desde medalhas de bronze até o super ouro, maior condecoração da disputa. O Oscar dos queijos é realizado de dois em dois anos.
Avanços para a cadeia produtiva
E desde 2019, três novas regiões foram caracterizadas como produtoras de QMA: Serras de Ibitipoca, Diamantina e Entre Serras da Piedade ao Caraça. Além delas, três foram reconhecidas como produtoras de outros tipos de queijo artesanal: Alagoa, Mantiqueira e Jequitinhonha. Hoje, 15 regiões são caracterizadas como produtoras dos vários tipos de queijos artesanais mineiros.
História
Dizem os antigos que o queijo veio de Portugal e que foram os tropeiros que levavam para a região mineira em suas travessias. Antigamente, nossos avós faziam queijo só para o sustento da família. Aos poucos o queijo começou a ser vendido em outros vilarejos perto daqui. Para não amassar, o queijo só podia viajar com mais de 30 dias de cura, quando já estava mais firme e amarelado. O Queijo da Canastra mantém uma tradição de mais de 200 anos. E os produtores seguem as mesmas normas de antigamente e boas práticas exigidas para a produção de queijo artesanal para garantir um produto de alta qualidade.
Considerado um dos mais importantes parques nacionais do Brasil, a Serra da Canastra abrange uma área de mais de 70 mil hectares e seis municípios do estado de Minas Gerais, sendo eles São Roque de Minas, Vargem Bonita, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória e Capitólio. A região é dona de uma das paisagens mais deslumbrantes de todo o país, principalmente graças as belas cachoeiras da Serra da Canastra, muitas delas formadas pelas águas do Rio São Franscisco que é um dos principais cursos d’água da América do Sul, e nasce ali mesmo, nas partes altas da Serra da Canastra.
Há uma ampla variedade de cachoeiras na Serra da Canastra para escolher, algumas de alturas incríveis e outras, apesar de menores, de beleza igualmente exuberante, que podem ser alcançadas tanto através de trilhas mais pesadas quanto por caminhadas mais leves ou feitas até de carro. Com isso, nós selecionamos as melhores delas para que você não deixe de conhecer nenhuma dessas atrações imperdíveis.
1. Cachoeira Casca D’Anta: Principal atração e cartão-postal da Serra, essa cachoeira possui uma sequência de cinco quedas das águas do rio São Francisco, sendo que a maior delas tem quase 200 metros de altura, impossibilitando qualquer visitante de chegar muito próximo devido à sua força. Há duas maneiras de vê-la: pela parte de cima, através de uma trilha leve de onde pode-se observar sua grande queda do mirante e ainda encontrar um poço para banhos; e pela parte debaixo, podendo avistá-la de frente e por completo e também dando acesso ao seu poço grande e profundo.
2. Cachoeira da Chinela: Situada em uma propriedade particular próxima ao município de Vargem Bonita, a cachoeira se encontra entre montanhas que margeiam a serra e é acessível por uma trilha que, apesar de fácil, não é muito bem sinalizada. No caminho até a cachoeira há diversas plantas de babosa, uma casa de roça feita de barro e, finalmente, a bela queda e seu profundo poço, excelentes para banhos.
Foto: José Magalhães
3. Cachoeira da Parida: Apesar de estar localizada fora do parque nacional, em uma fazenda particular a 90 quilômetros do município de Sacramento, e ser uma das cachoeiras menos frequentadas por causa de sua distância, é uma das mais bonitas cachoeiras da Serra da Canastra, onde suas duas quedas d’água brotam de um pequeno cânion e formam poços de águas profundas e cristalinas. No terreno da fazenda é ainda possível ver um sítio arqueológico com pinturas rupestres.
Foto: Paulinho Nolli
4. Cachoeira do Cerradão: A dez quilômetros do município de São Roque de Minas, a área da cachoeira do Cerradão foi transformada em Reserva Particular do Patrimônio Natural pelo Ibama para preservar todas as suas nascentes, as vegetações de cerrado e mata ciliar, e, é claro, sua cachoeira, uma das mais altas da serra, com uma queda de cerca de 200 metros de altura que é dividida em três lances e forma uma incrível piscina natural de águas muito cristalinas, perfeita para banhos.
Foto: Regina Nicoletti
5. Cachoeira do Fundão: Situada em uma área particular a cerca de 50 quilômetros de São Roque de Minas, essa cachoeira possui uma queda de 80 metros de altura formada pelas águas do rio Santo Antônio, que caem em seu poço de forma um tanto violenta, formando pequenas ondas. É dona de uma beleza exótica que se mantém intacta devido à dificuldade de seu acesso. Essa cachoeira da Serra da Canastra já foi destaque no blog do Desviantes e está citada com uma das mais belas cachoeiras de Minas Gerais.
Foto: Renata Bossle
6. Cachoeira do Jota: Também conhecida como Cachoeira da Gurita, está situada em área particular, ao lado do povoado de São João Batista, a cerca de 50 quilômetros de São Roque de Minas. Sua queda forma dois poços – o de cima é um pouco mais fundo, enquanto o de baixo é raso e permite a proximidade às águas que caem para tomar uma ducha.
Foto: Zé Maria
7. Cachoeira dos Rolinhos: Com cerca de 300 metros de altura, caindo em forma de cascata, e poços de 50 metros de extensão, é a maior cachoeira da Serra da Canastra e pode ser admirada pela parte alta do mirante, que fica dentro do parque nacional. No entanto, para ter uma vista de toda a cachoeira, você precisará descer por uma trilha situada fora do parque, e, para isso, é necessário o acompanhamento de um guia.
Foto: Gustavo Maximo
8. Cachoeira Rasga Canga: Na estrada da parte alta do parque nacional, a dez quilômetros da Cachoeira dos Rolinhos, está a Cachoeira Rolinhos Parte Alta, apelidada de Rasga Canga e formada pelo mesmo córrego. Possui quatro quedas d’água, sendo a maior delas de quinze metros de altura, que caem sobre dois poços rasos e cristalinos, ideais para banhos e para receber uma massagem natural.
Considerado um dos mais importantes parques nacionais do Brasil, a Serra da Canastra abrange uma área de mais de 70 mil hectares e seis municípios do estado de Minas Gerais, sendo eles São Roque de Minas, Vargem Bonita, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória e Capitólio. A região é dona de uma das paisagens mais deslumbrantes de todo o país, principalmente graças as belas cachoeiras da Serra da Canastra, muitas delas formadas pelas águas do Rio São Franscisco que é um dos principais cursos d’água da América do Sul, e nasce ali mesmo, nas partes altas da Serra da Canastra.
Há uma ampla variedade de cachoeiras na Serra da Canastra para escolher, algumas de alturas incríveis e outras, apesar de menores, de beleza igualmente exuberante, que podem ser alcançadas tanto através de trilhas mais pesadas quanto por caminhadas mais leves ou feitas até de carro. Com isso, nós selecionamos as melhores delas para que você não deixe de conhecer nenhuma dessas atrações imperdíveis.
1. Cachoeira Casca D’Anta: Principal atração e cartão-postal da Serra, essa cachoeira possui uma sequência de cinco quedas das águas do rio São Francisco, sendo que a maior delas tem quase 200 metros de altura, impossibilitando qualquer visitante de chegar muito próximo devido à sua força. Há duas maneiras de vê-la: pela parte de cima, através de uma trilha leve de onde pode-se observar sua grande queda do mirante e ainda encontrar um poço para banhos; e pela parte debaixo, podendo avistá-la de frente e por completo e também dando acesso ao seu poço grande e profundo.
2. Cachoeira da Chinela: Situada em uma propriedade particular próxima ao município de Vargem Bonita, a cachoeira se encontra entre montanhas que margeiam a serra e é acessível por uma trilha que, apesar de fácil, não é muito bem sinalizada. No caminho até a cachoeira há diversas plantas de babosa, uma casa de roça feita de barro e, finalmente, a bela queda e seu profundo poço, excelentes para banhos.
Foto: José Magalhães
3. Cachoeira da Parida: Apesar de estar localizada fora do parque nacional, em uma fazenda particular a 90 quilômetros do município de Sacramento, e ser uma das cachoeiras menos frequentadas por causa de sua distância, é uma das mais bonitas cachoeiras da Serra da Canastra, onde suas duas quedas d’água brotam de um pequeno cânion e formam poços de águas profundas e cristalinas. No terreno da fazenda é ainda possível ver um sítio arqueológico com pinturas rupestres.
Foto: Paulinho Nolli
4. Cachoeira do Cerradão: A dez quilômetros do município de São Roque de Minas, a área da cachoeira do Cerradão foi transformada em Reserva Particular do Patrimônio Natural pelo Ibama para preservar todas as suas nascentes, as vegetações de cerrado e mata ciliar, e, é claro, sua cachoeira, uma das mais altas da serra, com uma queda de cerca de 200 metros de altura que é dividida em três lances e forma uma incrível piscina natural de águas muito cristalinas, perfeita para banhos.
Foto: Regina Nicoletti
5. Cachoeira do Fundão: Situada em uma área particular a cerca de 50 quilômetros de São Roque de Minas, essa cachoeira possui uma queda de 80 metros de altura formada pelas águas do rio Santo Antônio, que caem em seu poço de forma um tanto violenta, formando pequenas ondas. É dona de uma beleza exótica que se mantém intacta devido à dificuldade de seu acesso. Essa cachoeira da Serra da Canastra já foi destaque no blog do Desviantes e está citada com uma das mais belas cachoeiras de Minas Gerais.
Foto: Renata Bossle
6. Cachoeira do Jota: Também conhecida como Cachoeira da Gurita, está situada em área particular, ao lado do povoado de São João Batista, a cerca de 50 quilômetros de São Roque de Minas. Sua queda forma dois poços – o de cima é um pouco mais fundo, enquanto o de baixo é raso e permite a proximidade às águas que caem para tomar uma ducha.
Foto: Zé Maria
7. Cachoeira dos Rolinhos: Com cerca de 300 metros de altura, caindo em forma de cascata, e poços de 50 metros de extensão, é a maior cachoeira da Serra da Canastra e pode ser admirada pela parte alta do mirante, que fica dentro do parque nacional. No entanto, para ter uma vista de toda a cachoeira, você precisará descer por uma trilha situada fora do parque, e, para isso, é necessário o acompanhamento de um guia.
Foto: Gustavo Maximo
8. Cachoeira Rasga Canga: Na estrada da parte alta do parque nacional, a dez quilômetros da Cachoeira dos Rolinhos, está a Cachoeira Rolinhos Parte Alta, apelidada de Rasga Canga e formada pelo mesmo córrego. Possui quatro quedas d’água, sendo a maior delas de quinze metros de altura, que caem sobre dois poços rasos e cristalinos, ideais para banhos e para receber uma massagem natural.
O Parque Nacional da Serra da Canastra já seria um lugar de extrema importância apenas por abrigar o bioma Cerrado, que lá ocupa uma área de 200 mil hectares. Mas a Canastra abriga outros encantos preciosos. É ali, por exemplo, que nascem as águas do Rio São Francisco, que logo depois desabam na Cachoeira Casca d’Anta, hoje um grande símbolo das belezas naturais brasileiras. Esta reportagem passeia pelo Parque Nacional e descreve uma experiência de viagem quase que totalmente voltada para produção de um importante acervo de fotografias. Essa jornada provocou profundas reflexões — traduzidas nas imagens aqui reproduzidas — sobre esse magnífico lugar, que precisa ser visto e sentido como um patrimônio natural de toda a humanidade.
Por Cezar Félix (texto e fotos)
A trilha avança por grandes extensões de terra com vegetação rasteira e árvores de pequeno e médio portes. O verde das folhas grossas se mistura ao marrom da terra seca. Alguns passos à frente, e a mata se fecha, como se ali começasse uma densa floresta, mas não demora muito para que o horizonte volte a estar à altura dos olhos. O local é totalmente coberto pelo Cerrado, um dos cinco grandes biomas brasileiros.
O Parque Nacional da Serra da Canastra já seria de extrema importância apenas por abrigar esse bioma, que já teve cerca de 80% da área modificada total ou parcialmente pela ação do homem. Mas a Canastra abriga outros tesouros. É ali, por exemplo, que nascem as águas do Rio São Francisco, um dos mais importantes do Brasil — classificado como o rio da “integração nacional”, pois suas preciosas águas seguem um percurso que corta Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Além do mais, ele é uma via de ligação entre as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. É também o único rio de águas perenes a atravessar o sertão, região de escassos recursos hídricos.
O São Francisco foi descoberto no dia 4 de outubro de 1501 pelo português Américo Vespúcio e foi batizado com o nome do santo do dia. Tempos depois, ganhou também o apelido carinhoso de Velho Chico. Hoje, está no cotidiano das comunidades ribeirinhas, nas lembranças dos saudosos visitantes e na memória nacional em razão de livros e filmes que têm o curso d’água como protagonista. O grande rio nasce dentro do parque, no alto de um paredão de 340 metros de altura. Logo em seguida, ele encontra um abismo de 186 metros e, sem poder reverter os efeitos da gravidade, transforma-se em cachoeira, a linda Cachoeira Casca d’Anta. O nome, alias, é inspirado em uma árvore homônima, cuja identificação científica é Drimys winteri, que, por sua vez, foi assim batizada porque é uma planta medicinal. O tronco dela tem propriedades cicatrizantes. Segundo os pesquisadores, o animal anta, o maior mamífero da fauna brasileira, esfrega-se no tronco da árvore para curar ferimentos superficiais.
Depois da estrondosa queda, as águas seguem caminho por exatos 2.814,12 quilômetros até o destino final, o Oceano Atlântico. O Rio São Francisco e a cachoeira Casca d’Anta são os maiores atrativos do Parque Nacional da Serra da Canastra. Mas não os únicos. Das montanhas da Serra da Canastra, nascem outros cursos e outras quedas, como as cachoeiras dos Rolinhos, a mais alta de todo o Parque, com quase 300 metros, a do Cerradão e os seus 202 metros de altura que se dividem em três lances, e a lindíssima do Fundão, que se destaca pela beleza do poço com águas cristalinas.
As cores do Cerrado
Tudo isso dentro do parque criado em 1972. Uma área de 200 mil hectares, o equivalente a 280 mil campos de futebol, onde o Cerrado reina quase absoluto. Ali é possível encontrar diversos tipos da vegetação. São elas: o campo limpo, caracterizado pela predominância de capim; o campo sujo, que são extensões com capim e árvores esparsas; o cerradinho, um campo sujo com mais árvores; e o cerrado stricto sensu, caracterizado pela existência de árvores de médio porte, com troncos e galhos retorcidos. Registra-se ainda a existência de matas de galeria e matas ciliares, que acompanham cursos d’água e ambientes de drenagem.
Os diferentes tipos de vegetação foram responsáveis pelo desenvolvimento de diversos tipos de plantas. Estima-se que existam mais de 10 mil espécies vegetais na Serra da Canastra. Só de margaridas, são cerca de 220 espécies, algumas endêmicas. As sempre-vivas também são típicas da região. Existem 15 espécies dessa planta, que se destaca pelo aspecto seco e pela capacidade de resistir a altas e baixas temperaturas. Bromélias, lírios e orquídeas também são algumas das flores que colorem a Serra da Canastra, além das que nascem no alto das árvores típicas da região, como as sucupiras, as samambaiuçus e, é claro, o pequizeiro.
Vida animal
Sobrevoam essa deslumbrante região, quase 300 aves registradas. Dentre elas, está o galito, ave migratória que durante o período reprodutivo, entre julho e janeiro, dá o ar da graça pelo parque. Outra espécie que merece destaque é o raríssimo pato-mergulhão. Essa ave só vive em ambientes com mata ciliar farta, onde possa se esconder, água limpa e transparente, onde possa encontrar alimentos, e abundância de peixes. É uma espécie que tem uma série de exigências em termos de qualidade ambiental e, por isso, está cada vez mais acuada. O pato-mergulhão figura entre as 10 aves aquáticas mais ameaçadas do planeta, e, hoje, quase metade dos cerca de 250 exemplares restantes no Brasil estão no Parque da Canastra.
A fauna local vai muito além das aves, são cerca de 1.500 espécies animais. Diversas delas precisam enfrentar não só a degradação ambiental, mas também a caça predatória, problema que afeta o lobo-guará. O desmatamento e as queimadas fazem com que esse animal busque novas áreas para viver. Mas a maior ameaça que ainda enfrenta é a caça. Existe a crença de que o lobo é mau, que come galinhas e que pode gerar muitos problemas para os homens.
Há 10 anos, um projeto local chamado “Lobos da Canastra” desenvolve ações de pesquisa e de conservação ambiental, com o objetivo de preservar o habitat desses animais e, consequentemente, promover a manutenção da espécie. Hoje, a Serra da Canastra é reconhecida como o espaço com o maior número de lobos-guarás em todo o Brasil, uma média de 150 espécimes. Além dos lobos, há o registro de quase 80 outras espécies de mamíferos. Dentre os mais raros de se ver, estão o tatu-canastra e a onça-parda. Também podem ser encontrados micos-estrela, macacos-prego e veados-campeiros.
É interessante registrar que o nome Canastra obedece a uma tradição respeitada pelos bandeirantes. Eles identificavam os acidentes geográficos como marcos sinalizadores das trilhas percorridas por eles. “Canastra”, um antigo vocábulo português de origem grega, denomina um tipo de arca móvel e rústica — de formato retangular, útil para guardar muitas coisas — que as bandeiras utilizavam nas tropas. A semelhança do objeto utilitário com a forma da serra, vista ao longe, foi a principal razão para nomear a região.
Guias turísticos
Para escrever sobre a magistral Serra da Canastra, não há como deixar de registrar as informações básicas sobre o Parque Nacional, como foi descrito nas linhas acima. Porém, conhecer a Serra da Canastra com algum tempo de sobra é algo que vai muito além de uma simples viagem. A companhia de um guia turístico é sempre aconselhável. Na região, principalmente no município de São Roque de Minas, existem ótimos profissionais do setor, assim como empresas especializadas em ecoturismo, cuja qualidade no atendimento é amplamente reconhecida. Basta fazer uma rápida pesquisa na internet para encontrar as melhores oportunidades de contratação.
Opções de hospedagem, para todos os gostos e disponibilidade de gastos, também não faltam. A oferta é muito boa e variada, com exceção, talvez, para quem deseja uma estadia com muito luxo. O mesmo pode se afirmar para o quesito alimentação: existem bons restaurantes, e quase todos oferecem no cardápio opções da tradicional cozinha mineira.
Há, é claro, um diferencial de extrema sofisticação que se traduz no espetacular queijo canastra, decididamente um caso à parte no que se refere a um irresistível atrativo local (confira o quadro nesta reportagem). No mesmo patamar, podem-se incluir os cafés especiais cultivados e produzidos em fazendas da região e também, em alguns casos, a cachaça artesanal de alambique. Esses produtos são oferecidos em diferentes estabelecimentos, e as fazendas produtoras, principalmente do queijo canastra, estão dentro dos pacotes oferecidos pelos operadores de turismo locais — sejam empresas sejam guias.
Experiência de viagem
Diferentemente de outras reportagens já produzidas por esta Sagarana sobre a Serra da Canastra, esta tem um caráter voltado para descrever uma experiência de viagem, cujo principal objetivo foi a produção de um vasto acervo de fotografias. Só por esse fato, essa jornada provocou profundas reflexões — que estão traduzidas no que desvelam as imagens publicadas nestas páginas — sobre esse lindo lugar, um patrimônio natural que precisa ser considerado como de toda a humanidade.
Ao adentrar o Parque Nacional a partir da portaria de São Roque de Minas, ainda de madrugada, o deslumbre inicial fica por conta do céu estrelado e também de uma esperta raposa que parece dar boas-vindas. É preciso registrar que há um trecho péssimo da estrada antes da portaria, uma distância em torno de uns 5 km, que é de irritar pela precariedade. E o pior, a reparação do trecho não fica pronta nunca.
Seguindo a estrada de terra adiante, a principal via do Parque Nacional, essa em muito boas condições, não há como não se encantar com a vegetação em volta molhada pelo orvalho da manhã. Junto do raiar do dia, que traz uma luz indescritível, surgem os primeiros animais, como os veados-campeiros e uma grande variedade de pássaros. Os gaviões, principalmente o carcará, desfilam em poses de inegável nobreza.
As corujas, por seu turno, já estão em outra sintonia, uma vez que a noite já se foi.
Algum lugar do paraíso
A primeira parada é para registrar a luz inebriante que surge com a alvorada. Então, é preciso invadir o Cerrado — com a devida autorização da administração do parque, deve-se registrar — e subir em algumas rochas típicas desse ecossistema, decoradas pela encantadora vegetação que caracteriza os campos rupestres ou campos de altitude. Ao redor, observam-se muitas sempre-vivas, bromélias, diferentes tipos de orquídeas, lírios do campo e as vassourinhas. A beleza é tanta, refletida pelos primeiros raios da manhã, que não é exagero comparar o cenário com um jardim de algum lugar do paraíso.
A natureza ainda reserva outra grande surpresa: de repente, surge entre as pedras, uma família de veados-campeiro. Um grande e vistoso macho, a fêmea e dois filhotes. Não há como não se emocionar.
Pato-mergulhão
Nessa primeira incursão dentro dos limites do parque, o objetivo era chegar à parte alta da Cachoeira Casca d’Anta, para tentar registrar a nobre presença do raro e extremamente arisco pato-mergulhão. Como a espécie depende de áreas úmidas do Cerrado, dos rios e de corredeiras localizadas em serras altas — além de necessitar permanecer durante o ano em extensos territórios —, o lugar é um habitat perfeito. O pato-mergulhão gosta de descansar, depois que se alimenta — de pequenos peixes e invertebrados aquáticos, capturados quando ele mergulha —, sobre as pedras que ficam no meio dos rios. Geralmente, costuma aparecer um casal. Eles se diferenciam por um vistoso penacho — presente tanto no macho quanto na fêmea. Aliás, ela põe até oito ovos, de cor branca-amarelada, em ninhos construídos em cavidades nos troncos de árvores, nos barrancos de terra nas beiras de rios e córregos e nas fendas dos paredões rochosos. Ela os incuba durante um mês. Depois que nascem, os patinhos ficam com os pais durante seis meses, o prazo para se tornarem adultos, quando, então, se dispersam.
Partes alta e baixa da Casca d’Anta
A menos que se tenha alguma sorte, a espera pelo mergulhão pode ser longa. É preciso paciência para conseguir fotografar a ave. Durante o tempo de espera, vale a pena observar os arredores da parte alta da Casca d’Anta. É comovente ver como são límpidas as águas dos primeiros quilômetros do Velho Chico. Logo mais à frente, aparece a primeira cachoeira do rio, uma pequena queda (algo em torno de 15 metros de altura) que forma um poço perfeito para deliciosos mergulhos — nunca se aventure sozinho, e sim junto de um guia. Após formar essa piscina natural, a água do rio segue caminho e poucos metros depois desenha uma garganta sinuosa até desabar para esculpir a cachoeira símbolo maior do esplêndido complexo natural da Serra da Canastra.
Também é preciso percorrer uma trilha de poucos quilômetros, desde a margem do rio, até chegar ao mirante da parte alta da Casca d’Anta, no alto da serra — são 300 metros de altura, é preciso extremo cuidado —, praticamente ao lado da garganta, para se deleitar com a indescritível vista do Vale da Canastra. É algo muito difícil de se descrever, tamanha a beleza. Há ainda a trilha, de dificuldade média — nunca percorra o trecho desacompanhado —, que chega à parte baixa da Casca d’Anta. Pelo caminho, o visual é sempre bonito, mas o grande impacto é quando surge a vista da cachoeira e do grande poço. Um cenário impressionante, uma síntese do que a natureza é capaz de esculpir. Após a descida, uma curta trilha de cerca de 3 quilômetros, e surge o mirante, onde a parada é simplesmente obrigatória. Para chegar próximo ao poço, é preciso percorrer difíceis trechos sobre as escorregadias pedras. Dependendo do volume da água, nesse ponto, os respingos fortes molham tudo em volta. Nadar no poço é decididamente perigoso, tanta é a força da movimentação das indomáveis correntes que se formam dentro dele.
Chapadão da serra
Uma vez cumprido o objetivo de retratar o pato-mergulhão — um feito que proporcionou imensas alegria e satisfação à equipe dedicada a esta reportagem —, a etapa seguinte seguiu passeando pelo parque. No trajeto pela estrada principal que corta o chapadão da serra, sempre é preciso parar: aparecem animais de solo, como tamanduá-bandeira, lobo-guará, cachorro-do-mato, além do veado-campeiro, e também aves como a rara ema, a seriema, o gavião-carcará e os incríveis gavião-caboclo e urubu-rei. Há ainda as várias espécies (são mais de 800) de pássaros que vivem protegidos nos limites do Parque Nacional. Então, é claro, é preciso fazer as melhores imagens dessa rica fauna.
No caminho, o primeiro atrativo é a Garagem de Pedra. A peculiar construção fica próxima a um belo mirante que dá vista para a Serra da Babilônia, localizada do outro lado da Serra da Canastra. Entre as duas, o vasto vale ou o Vão dos Cândidos. O conjunto natural constrói um pujante acidente geográfico, que proporciona uma vista esplendorosa.
Outro interessante lugar é o Curral de Pedras, uma espécie de monumento que guarda a história das tradições da Canastra. Foram erguidos muros com grandes blocos de pedra que realmente formaram um curral de forma arredondada, cujo objetivo era manejar o gado. De lá, a visão do pôr do sol é um espetáculo.
Nascente e São João Batista
Na nascente histórica, não há como ficar insensível a tamanho significado das águas límpidas brotando até formarem um pequenino poço. Da humilde nascente em meio à vegetação típica do Cerrado, emerge o São Francisco, que dali segue numa longa — e hoje penosa — trajetória. Quanta história está registrada nas margens do rio com nome de santo? Não cabe na imaginação.
A viagem continua rumo a São João Batista, distrito de São Roque de Minas, próximo à portaria 2 do Parque Nacional. No típico lugarejo dos sertões de Minas Gerais, a pequena igreja, a praça e algumas casas destacam-se na paisagem. As construções conservam os traços originais de um povoado que, por incrível que pareça, foi importante centro de passagem dos tropeiros que carregavam mercadorias fundamentais para a colonização desta extensa região do Brasil central.
Com altitude de 1.200 metros, o arraial, também conhecido como São João Batista da Serra da Canastra, tem posição geográfica muito interessante: ele fica entre as bacias dos rios São Francisco e Paraná. Do lado da primeira bacia, vários córregos e riachos caem no Velho Chico; já o representante da outra é o grandioso Rio Araguari, que nasce nas proximidades, cruza as regiões do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro e vai desaguar no Rio Paranaíba. Este, por sua vez, encontra-se com o Rio Grande, e juntos formam o Rio Paraná. Os dois rios desenham — um, na parte norte, e outro, na sul — o famoso “nariz” de Minas Gerais, tão bem identificado no mapa do estado.
Cachoeira do Fundão
Em São João Batista, além da possibilidade de saborear o melhor da cozinha local, tipicamente mineira — é preciso encomendar antes nos restaurantes facilmente encontrados na vila —, pode-se adquirir um queijo canastra, de qualidade, textura e sabor simplesmente inigualáveis. Duas cachoeiras estão a poucos quilômetros da vila: a Cachoeira do Gurita, que é a primeira queda do Rio Araguari, e a do Lava-pés que, por sua vez, faz parte do primeiro curso d’água que colabora para formar o São Francisco.
Ainda dentro dos domínios de São João Batista, a jornada pelo Parque Nacional da Serra da Canastra tinha mais um objetivo: chegar à Cachoeira do Fundão, que, para muitos, é um dos lugares mais lindos não só do complexo da Canastra, como também de todo o sertão das Gerais. O caminho para a cachoeira não é fácil. Saindo da estrada principal do Parque Nacional, acessa-se uma estrada secundária sem nenhuma sinalização e muito difícil de ser percorrida, devido à grande precariedade da conservação. Portanto, só se faz esse trecho com veículos com tração 4×4, inclusive porque, nos últimos 10 quilômetros, a trilha é muito íngreme.
A estrada termina em uma propriedade particular, onde obrigatoriamente o veículo deve ficar estacionado. A informação que a reportagem teve é de que os donos da fazenda cobram taxas (os valores são baixos) de visitação e de estacionamento, além do mais, é possível encomendar refeições. No nosso caso, porém, quando lá chegamos, não havia ninguém na fazenda.
Para chegar à cachoeira, pega-se uma trilha de pouco mais de 1,2 quilômetro praticamente toda em descida e, em seguida, o trajeto, em torno de uns 200 metros, é sobre pedras (muitas delas escorregadias). A primeira vista da Cachoeira do Fundão é um deslumbramento. De cima das pedras, o coração bate forte com a beleza de cenário: há um conjunto harmonioso formado pela vista da volumosa queda d’água de 80 metros de altura, pelo desenho do relevo repleto de delicadas reentrâncias. Logo abaixo passa um rio de águas incrivelmente transparentes.
Mais à frente, é preciso ultrapassar outras rochas até chegar à beira do magnífico poço arredondado. São as águas do Rio Santo Antônio que desabam lá de cima e que esculpiram, talvez ao longo de milênios, esse conjunto de estonteante beleza. A piscina natural é perfeita para banhos. Além do mais, existe uma grande pedra de onde é possível saltar. Também se pode nadar até o final da queda e ainda atravessar o trecho entre a rocha e a cortina d’água.
Antes de cair a noite — exatamente no instante em que a lua cheia surge lá no alto do céu e se posiciona entre as rochas onde começa desabar a cachoeira —, iniciamos a nossa partida do Fundão.
Saga de uma viagem diferente
Estava, portanto, finalizada a saga de uma viagem diferente, voltada quase que exclusivamente para a contemplação de uma boa parte do Parque Nacional da Serra da Canastra. O melhor é que, dessa fantástica experiência, emerge uma certeza: é preciso voltar à Canastra. Há muito mais para ser descoberto nessas abençoadas terras. Vamos retornar, em breve. Afinal, a contemplação também é matéria-prima da fotografia, e o ofício de produzir belas imagens torna-se decisivo para que se possa construir uma força sublime em favor da conservação desse que é um patrimônio natural de toda a humanidade.
Minas Gerais abriga vários parques ecológicos e hoje vamos falar de um dos principais, o Parque Nacional da Serra da Canastra.
Localizado no sudeste de Minas, foi criado em 3 de abril de 1972 e possui aproximadamente 200 mil hectares. Nele está localizada a nascente histórica do Rio São Francisco, um dos mais importantes rios do nosso país.
Atualmente o Parque é administrado pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Quando estivemos por lá visitamos duas atrações e vamos detalhar para vocês tudo o que precisam saber para uma viagem mais tranquila e sem surpresas.
Casca D’Anta
A Cachoeira Casca D’anta é a maior queda do Rio São Francisco, com 186 metros. Nós visitamos o local acessando pela portaria 4, localizada no município de Vargem Bonita. São aproximadamente 35 km de estrada de terra, quando visitamos ela estava em boas condições, sendo necessário atenção redobrada caso visite em épocas de chuva.
A portaria 4 dá acesso a parte baixa da Casca D’anta, o carro fica estacionado. A caminhada até ela é curta, apenas 1,5 km de trilha segura e bem demarcada. Existe uma trilha, de 3 km que dá acesso a parte alta, ela é bem demarcada, porém bastante difícil, pois a subida é muito íngreme e com muitas pedras. Então caso queiram fazer esse percurso recomendamos que cheguem cedo, reserve pelo menos 4 horas para isso.
Atualmente (2021) o acesso ao parque pode ser feito gratuitamente. Não é permitido acampar no local.
Cachoeira do Fundão
A Cachoeira do Fundão é outro ponto turístico que não pode faltar em sua visita à Canastra. Com uma queda de 80 metros e um poço para nadar gigante, ela enche os olhos de qualquer amante da natureza. Nós acessamos pela portaria 2, que está localizada em São João Batista da Serra da Canastra, distrito de São Roque de Minas.
Da portaria até a cachoeira são aproximadamente 19km. Como não temos veículo 4×4, seguimos o percurso até onde deu, 14km, depois encostamos o carro na estrada e seguimos o restante a pé. Foram 3km de estrada de terra e mais 2km de trilha.
Por ser mais afastada, o ambiente está muito bem preservado. Recomendamos muita atenção aos aventureiros que não sabem nadar, pois o poço é fundo e a pressão e correnteza causada pela queda d’agua é bem forte.
Outras atrações dentro do parque
Existem outras atrações dentro do Parque que nós não visitamos, mas que vamos citar para vocês: Centro de Visitantes, Trilha do Cerrado, Nascente Histórica do Rio São Francisco, Cachoeira Rasga Canga, Garagem de Pedras, Ruinas da Fazenda Zagaia, Curral de Pedras.
Informações importantes sobre o parque:
Horário de Funcionamento: De quarta a domingo, de 9h às 16h, com saída até às 18h. O parque estará fechado as segundas e terças, exceto feriados.
Melhores épocas para visitação: De abril a outubro, pois o tempo está menos chuvoso. Nos períodos chuvosos, fique atento às possibilidades de trombas d’água e às condições das estradas. Ocasionalmente, em casos de incêndios florestais, a unidade de conservação pode ser fechada à visitação.
O que não é permitido dentro do parque:
♦ Trafegar em motocicletas sem placa.
♦ Entrar com bebida alcoólica.
♦ Entrar com animais domésticos.
♦ Trafegar com veículo fora das estradas abertas à visitação.
♦ Entrar com armas brancas ou de fogo;
♦ Fazer churrasco ou fogueira.
Onde ficar: Não é permitido acampamento em nenhuma área dentro do Parque, mas devido ao seu tamanho o local abrange seis municípios mineiros, todos com vocação turística e com excelentes opções de lazer e hospedagem: São Roque de Minas, Vargem Bonita, Sacramento, São João Batista do Glória, Delfinópolise Capitólio.
(Por Arnaldo Silva) O Parque Nacional da Serra da Canastra é uma área formada por 200 mil hectares, localizada no Sudoeste de Minas Gerais. Foi criado em 1972 para preservar as nascentes do Rio São Francisco.
No entorno da área da Canastra estão 7 municípios: Capitólio, Vargem Bonita, São João Batista do Glória, Piumhi, Delfinópolis, Sacramento e São Roque de Minas, considerada a “capital” da Serra da Canastra. (foto acima e abaixo do guia Pedro Beraldo/@ecotrilhasdacanastra)
Essas cidades em torno da área do Parque da Canastra formam uma região geográfica e turística. É diferente da região queijeira Canastra, formada pelas cidades de Medeiros, Vargem Bonita, Tapirai, Delfinópolis, Bambuí, Piumhi e São Roque de Minas. Cidades que produzem queijos Canastra com as mesmas características. São duas regiões diferentes.
O acesso à parte alta da Serra da Canastra, onde está a nascente do Rio São Francisco é por São Roque de Minas. Para conhecer a parte baixa, onde está a Cachoeira da Cascadanta, o acesso é pela estrada de Vargem Bonita. O acesso ao porque pode ser feito ainda por São João Batista do Glória e Sacramento. (na foto acima de John Brandão/@fotografoaventureiro, a Serra da Canastra e abaixo, a Cachoeira da Cascadanta)
Como as cidades que formam a região são turísticas, um tour pelas cachoeiras, paraísos naturais, lagos, cascatas, montanhas e cânions, é uma ótima opção de passeio e diversão para os amantes da natureza e de esportes radicais. Sem contar os apreciadores da autêntica cozinha mineira e do queijo Canastra, feitos artesanalmente na região como há mais de 200 anos. (na foto abaixo queijos Canastra legítimo, da queijaria Queijo Dinho/Divulgação, de Piumhi MG)
Vamos conhecer as sete cidades da região da Serra da Canastra e seus principais atrativos turísticos:
São Roque de Minas
São Roque de Minas está a 320 km de Belo Horizonte, no Oeste de Minas e conta com pouco mais de 7 mil habitantes. Município de terras férteis, água de qualidade e abundante, é considerada a porta de entrada para a Serra da Canastra.
São Roque de Minas é uma pequena e atraente cidade tipicamente mineira. Tranquila, pacata, tradicional, com ótima estrutura para receber turistas, conta com uma ótima rede gastronômica e hoteleira em sua área urbana e principalmente rural, com várias pousadas e queijarias pela zona rural do município. (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade a Matriz de São Roque de Minas e abaixo, de Luís Leite, o Curral de Pedras, feito por escravos)
Conta ainda com guias especializados, que acompanham os turistas pelos pontos arquitetônicos da cidade e seus povoados, como São José do Barreiro, bem como às fazendas e em todo o Parque da Serra da Canastra.
Para conhecer a Nascente do Rio São Francisco, o acesso é por São Roque de Minas.
Vargem Bonita
Vargem Bonita é a primeira cidade mineira banhada pelo Rio São Francisco. A cidade conta com pouco mais de 2 mil habitantes e está a 322 km de Belo Horizonte no Oeste de Minas.
Cidade típica mineira, seu povo é bem simples, religioso, acolhedor e hospitaleiro. (fotografia acima de Nacip Gômez)
Por ser passagem obrigatória para a parte baixa da Serra da Canastra e Cachoeira da Cascadanta, a cidade é uma das mais visitadas na região.
Sua gastronomia é riquíssima, com destaque para os pratos típicos da Canastra e do queijo, encontrados na cidade e nas queijarias do município.
Piumhi
“Pium” significa mosquito e o sufixo “i”, pequeno, formam a palavra tupi “Piumhi”. O “eme”, na língua portuguesa é usado antes do “p e b”, mas nesse caso é uma exceção à regra, por ser a junção de duas palavras em sua forma original. Para evitar ortografias diversas como Piunhi, Piunhy ou Piumhy, e preservar a história do nome original, foi oficializado através de lei a escrita dessa forma, Piumhi, aprovado na Assembleia Legislativa de Minas de Gerais.
Quem nasce em Piumhi é piumhiense. Seu povo tem fama de acolhedor, hospitaleiro, além de receberem os visitantes de forma acalorada e carinhosa. Inclusive, a cidade é conhecida como a “cidade carinho”. (na foto acima de Nilza Leonel, vista parcial de Piumhi e abaixo de Nacip Gômez)
Piumhi conta pouco mais de 35 mil habitantes e está a 265 km distante de Belo Horizonte, no Oeste de Minas, a 16 km de Capitólio, a 25 km de Pimenta e 60 km de São Roque de Minas. O acesso a Piumhi é pela MG-50.
Piumhi oferece uma boa qualidade de vida a seus moradores, estando entre os 50 melhores municípios mineiras nesse quesito.
Cidade plana, ruas largas, arborizadas, praças bem cuidadas e charmosas, como a Praça da Matriz, a Praça Guia Lopes e a Praça do Rosário. Conta ainda com um mirante, conhecido como Mirante da Cruz do Monte, com vista panorâmica de toda a cidade, além de belíssimas construções ecléticas, fazendas produtoras de café e de queijo Canastra, belíssimas serras como as serras da Pimenta, do Andaime e do Cromo e cachoeiras paradisíacas como cachoeiras como a Cachoeira da Belinha.
Delfinópolis
Distante 430 km de Belo Horizonte, no Sudoeste Mineiro, Delfinópolis conta com pouco mais de 7 mil habitantes. Cidade tranquila, com boa estrutura urbana, com economia agrícola sólida, com destaque para a produção de milho, café, cana-de-açúcar, banana, arroz, feijão, soja, pecuária de leite e corte, além da suinocultura.
Por estar na região da Serra da Canastra e suas belezas naturais, o município é um dos principais pontos de turismo ecológico de Minas Gerais com destaque para o Vão da Babilônia, o Vale da Gurita, o conjunto de cachoeiras formadas pelo Complexo do Claro, além de rotas, trilhas, paisagens, nascentes, matas nativas e montanhas espetaculares. (fotografia acima de Nacip Gomêz a Praça da Matriz da cidade e abaixo, os verdes campos do Vale da Gurita)
Por suas nascentes, picos, matas, paisagens naturais, fauna e flora riquíssima, além de 150 cachoeiras, Delfinópolis é conhecida por “Paraíso Ecológico”.
Faz parte do Circuito Turístico Nascente das Gerais e conta com um ótimas pousadas e restaurantes, além de um grande número de guias de turismo, equipados e preparados para acompanhar os visitantes, levando-os a uma aventura pelas trilhas e belezas da Serra da Canastra.
São João Batista do Glória
A 320 km de Belo Horizonte e a 62 km de Capitólio e com pouco mais de 7.500 habitantes, São João Batista do Glória, no Sudoeste de Minas, é uma das referências em qualidade de vida em Minas Gerais.
Chamada por seus moradores simplesmente de “Glória”, o município conta com uma ampla e sofisticada rede hoteleira, guia de turismo e verdadeiros paraísos naturais como o Paraíso Perdido, trilhas. (na foto acima de Amauri Lima, a Matriz de São João Batista do Glória e na foto abaixo do Luís Leite, a Cachoeira da Maria Augusta))
Além disso, conta com cerca 130 cachoeiras, com destaque para a Cachoeira da Maria Augusta, piscinas naturais, riachos, lagoas, vales como o Vale da Babilônia, montanhas e serras impressionantes, dentre outras tantas belezas naturais.
Glória é o lugar ideal para descanso e convívio com a natureza, seja em grupos, família, em casal ou mesmo, individual. Todas essas belezas podem ser aproveitadas com acompanhamento de guias especializados, encontrados na cidade, que conta ainda com um grande número de pousadas, hotéis e restaurantes com ótimas estruturas, tanto em sua área urbana, quanto na área rural.
Sacramento
Localizada no Triângulo Mineiro, distante 480 km de Belo Horizonte, Sacramento é uma das portas de entrada para O Parque Nacional da Serra da Canastra.
Com cerca de 27 mil habitantes, o município é um dos grandes produtores de café em Minas Gerais, além de se destacar na produção do queijo Canastra. (na foto acima de Arnaldo Silva, vista parcial de Sacramento e abaixo, de Luís Leite, Desemboque)
Seu principal distrito, Desemboque, foi um dos berços da formação do Triângulo Mineiro e ocupação do Estado de Goiás, no século XVIII, durante a busca de ouro na região do Sertão da Farinha Podre, como era chamado naquela época.
No auge da exploração do ouro na região, Desemboque tinha milhares de moradores e um comércio ativo, ao contrário de hoje, com poucos moradores, que se conta no dedo. Dos seus áureas tempos, restou a história, seus casarões coloniais, a Igreja de Nossa Senhora do Desterro e do Rosário. É hoje um dos atrativos históricos de Sacramento e região.
Além disso, a cidade é bem estruturada, conta com belíssimas construções coloniais e ecléticas do século XX e atrativos naturais como o Rio Grande, cachoeiras paradisíacas, o lago da Hidrelétrica de Jaguará e a Gruta dos Palhares, a maior caverna de arenito das Américas, localizada a 12 km da cidade, num local bem estruturado e organizado, além aprazível, com restaurante e lanchonete, fontes, quiosques e quadras de esportes
Capitólio
Com pouco mais de 8.600 habitantes, distante 276 km de Belo Horizonte e a 80 km da entrada do Parque da Canastra, Capitólio é um dos maiores pontos turísticos de Minas Gerais e desejo de imensa maioria de amantes da natureza e de aventuras. O acesso principal ao município se dá pela MG-050.
Uma das 34 cidades banhadas pelo imenso Lago de Furnas que conta com 1.440 km² ao todo. Em linha reta, é o equivalente à metade do litoral brasileiro. (na foto acima de Elpídio Justino de Andrade, vista parcial de Capitólio)
Boa parte da extensão territorial de Capitólio é ocupada pelas águas do Lago de Furnas. Por isso a cidade é conhecida “rainha dos lagos” e suas belezas naturais, rodeadas pelas águas cristalinas e esmeraldas de Furnas, faz de Capitólio um dos mais belos e atraentes municípios brasileiros. Um verdadeiro cenário de cinema.
Cidade pequena, mas muito bem estruturada para o turismo, conta com excelentes pousadas, restaurantes e quiosques com comidas típicas, principalmente pratos feitos com peixes de água doce.
A cidade possui ainda uma ótima estrutura urbana, com destaque para Matriz da cidade, a praia artificial, formada por um calçadão, quadras, palco para shows, bares, além do nobre balneário Escarpas do Lago.
O Lago de Furnas, a Cachoeira da Lagoa Azul, o Rio Turvo, a Trilha do Sol, a Gruta do Tucano, o Morro do Chapéu a 1.293 metros de altitude, o Parque Ecológico Cascata, o Recanto dos Vikings e o Paraíso Achado e seus imensos cânions, são os maiores atrativos do município. Boa parte desses lugares, podem ser apreciados com passeios de lanchas, escunas ou chalanas. Em outros, em veículos 4×4, disponíveis pelos guias de turismo encontrados com facilidade no município. (na foto acima do Guia @percio_passeioscapitolio, a Cachoeira do Beija Flor e abaixo de Pedro Beraldo, a nascente do Rio São Francisco em São Roque de Minas)
As 7 cidades da Região da Serra da Canastra, proporciona passeios incríveis, emocionantes e inesquecíveis!
(Por Arnaldo Silva) A Serra da Canastra está localizada entre as regiões oeste e sudoeste de Minas Gerais. O nome passou a ser usado com a chegada de bandeirantes à região, no final do século XVII.
A inspiração para o nome vem do enorme maciço rochoso na serra que lembrava uma canastra. Canastra entre os portugueses era uma espécie de mala de viagem, um baú. Era hábito dos bandeirantes demarcarem pontos de referências para facilitar a localização dos lugares passavam, por isso, davam nomes a serras, picos, rios e montes. (fotografia acima de Rômulo Nery)
A serra que forma o maciço rochoso, chamada de Canastra deu nome a uma região geográfica, uma região queijeira e ao Parque Nacional, todos com o nome de Serra da Canastra.
O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado em 3 de abril de 1972, através do decreto 70.355. O objetivo da criação do parque foi o de proteger as nascentes do Rio São Francisco, uma das mais importantes reservas ambientais do Brasil. (na foto acima de Conceição Luz, o marco da nascente principal do Rio São Francisco)
A área do parque
Possui uma área de 200 mil km², com altitudes em seus pontos mais altos chegando a 1500 metros, acima do nível do mar. A área do parque está entre os municípios de São Roque de Minas, Vargem Bonita, Piumhi, Delfinópolis, São João Batista do Glória, Capitólio e Sacramento. Essas sete cidades que formam a região geográfica Serra da Canastra, tendo o Cerrado como bioma principal e ainda, áreas de transição da Mata Atlântica. (fotografia acima de Arnaldo Silva)
Vegetação, fauna e flora
Na Serra da Canastra predomina uma densa vegetação rasteira, com campos rupestres nativos de lírios, margaridas silvestres (na foto acima de Arnaldo Silva), sempre-vivas, dentre outras espécies e uma rica fauna com destaque para onças, jaguatiricas, lobo-guará, tamanduá-bandeira, veado-campeiro e várias espécies de aves silvestres como o Urubu-rei, na foto abaixo fotografado pelo Rogério Salgdo.
Além das matas e campos floridos, encontra-se na área do parque, sítios arqueológicos, pinturas rupestres e construções do tempo da escravidão, como o curral de pedras.
Turismo ecológico
Lugar de impressionante beleza e impactantes cachoeiras, que formam paradisíacos poços de águas cristalinas.
São cerca de 30 cachoeiras catalogadas, sendo que algumas, como a Cachoeira da Cascadanta, com seus 186 metros de queda livre, e até seu moço, todo rodeado por enormes e escorregadias pedras (na foto acima de Nacip Gômez). Cachoeiras assim na Serra da Canastra são apenas para contemplação, por questão de segurança.
Em outras cachoeiras, o acesso é liberado, inclusive para banhos como a Cachoeira da Chinela, com 30 metros de queda (na foto acima de Luís Leite), a Cachoeira da Parida, Nascentes das Gerais, do Jota, a Cachoeira do Cerradão, com 200 metros de altura e três quedas. Tem ainda as cachoeiras Rolinhos, do Zé Carlinhos, do Capão Forro, do Fundão, o Poço das Orquídeas, dentre outras.
Algumas cachoeiras da Serra da Canastra estão em área particulares e o acesso é pago.
Estrutura e aventuras
Pela dimensão do Parque Nacional da Serra da Canastra, o mais adequado é o uso bicicletas, veículos de 4×4 e motos devidamente emplacados, de preferência, acompanhado por guias, que são encontrados com facilidade nas cidades da região da Canastra. (fotografia acima de Nacip Gômez)
Para conhecer melhor a área da Canastra, o ideal é no mínimo 3 dias. As cidades da região são bem estruturadas, oferecendo bons serviços aos turistas, principalmente em termos de hotéis, pousadas e restaurantes de comidas típicas.
Além disso, o turista encontra artesanato nas cidades e seus distritos e claro, o legítimo queijo Canastra com a oportunidade de conhecer algumas queijarias, abertas para visitação. Uma dessas queijarias é a Queijaria da Cristina (na foto acima do Nacip Gômez), em Vargem Bonita, na estrada para a Cachoeira da Cascadanta.
Acesso ao parque
Respeitar as regras do parque e o respeito à fauna e flora é mais que obrigação, é dever de gente civilizada. Não se deve tirar nada, além de fotos e preservar os campos e matas, evitando o uso de isqueiros e jogar bitucas de cigarros, para não causar incêndios.
O acesso à parte alta do Parque Nacional da Serra da Canastra se dá pela portaria de São Roque de Minas. Para a Cachoeira da Cascadanta a portaria de acesso é pela parte baixa, em Vargem Bonita. Por Sacramento, no Triângulo Mineiro, tem outra portaria de acesso ao parque. (fotografia acima de Arnaldo Silva) Turismo de aventura
Canastra é um dos principais destinos para o turismo de aventuras e amantes da natureza, já que em algumas cidades da região da Canastra, o visitante pode praticar várias atividades como o rapel, boiacross, paraglider, canionismo, motocross, além de fazer passeios de bikes, quadriciclos, 4×4 e até de balão. (foto acima de Wallace Melo em Delfinópolis e abaixo de Nacip Gômez em São José do Barreiro)
Um passeio de pelo menos 3 dias na Serra da Canastra é revigorante para o corpo e espírito. Vale a pena.
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