Presidente do Sindicato de Servidores critica proposta do governo de Lafaiete: “mais uma vez a categoria é massacrada”, assinalou

Caso projeto seja aprovado na Câmara de Lafaiete, funcionário entrará na fila de precatórios para receber pequenas indenizações, atrasando o pagamento

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Conselheiro Lafaiete-MG (SINTSERLAF), Valdney Roatt Delmaschio Alves, usou a Tribuna Popular para criticou duramente o Projeto de Lei (PL) nº 019 de 2024, que visa diminuir o teto do pagamento da Requisição de Pequeno Valor (RPV). “Nós, do SINSERLAF, somos contra esse projeto de lei, pois os maiores prejudicados serão os servidores municipais que possuem ações ou pequenas indenizações a receber do município. Mas uma vez somos massacrados pela administração”, ponderou.

Ele explicou que as requisições de pequeno valor (RPV) são feitas ao ente público (União, Estado, Município, suas autarquias ou fundações) para pagar quantia certa, em virtude de uma decisão judicial definitiva e condenatória, que possibilita à pessoa vitoriosa receber o crédito da condenação independentemente da expedição de precatório, que deve ser pago de forma mais célere.

No caso de Conselheiro Lafaiete, a legislação atual permite à Prefeitura o pagamento em até 60 dias das requisições de pequeno valor que não ultrapassem a 30 salários mínimos (R$ 42.360,00). O projeto do Prefeito Mário Marcus (União Brasil) prevê a redução desse teto para R$ 7.786,02, teto de benefícios do INSS. “Esta medida vai retardar a quitação de pequenas indenizações, já que a ordem de pagamentos é apresentada em lista por ente devedor, com indicação da fila dos credores, em sequência, do primeiro ao último credor”, avaliou o sindicalista.

O advogado do SINSERLAF, Renato Albino Lana Ferreira de Souza, explicou que são diversas ações de servidores do município em andamento contra a Prefeitura com pedido de indenização. Caso o projeto seja aprovado, a grande maioria cairá nas novas regras, sendo encaminhadas ao TJMG para pagamento em regime de precatórios, que levará anos para que se efetive o pagamento.

O advogado ainda destacou que, consultando o site do TJMG é possível verificar que o Município de Conselheiro Lafaiete está atrasado desde 2009 nos pagamentos de precatórios, e a dívida atualizada ultrapassa R$ 20.000.000,00 e se tal projeto de lei for aprovado, a dívida apenas aumentará e os servidores entrarão no final dessa fila.

Briga e disputa: Prefeito de Capela Nova dispara contra Câmara e Sindicato dos Servidores

A Prefeitura Municipal de Capela Nova vem a público esclarecer e refutar alegações contidas nas notas emitidas pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Capela Nova – SINSERCAPE e por Vereadores da oposição, publicadas em 25 e 30 de novembro de 2023 respectivamente, acerca do Projeto de Lei 008/223 que tramitou em reunião da Câmara Municipal no dia 24 de novembro de 2023.

O Projeto de Lei 008/2023 proposto pelo Executivo atualizava e complementava o antigo (atual) plano de cargos e salários nos quesitos legais, criando uma estruturaadministrativa definida e clara, com níveis hierárquicos e de responsabilidadesbem definidas. Estabelecia requisitos mínimos, atribuições e formação necessáriapara investidura nos cargos do quadro de vagas.

Os demais pontos, ao contrário do que foi proferido, são sim, seguidos, afinal, desde adefinição salarial de cargos, a mecanismos aplicados (como licença-prêmio, porexemplo), até os demais direitos, deveres e regulamentos, são praticados com base noatual Estatuto dos Servidores, como deveria ser de conhecimento do Sindicato e dos Edis.

Em relação ao questionamento sobre “adequação ou recomposição”, cabe lembrar da inconstitucionalidade de aumento de salário de classes específicas em relação a outras, ferindo o princípio da isonomia, além dos impactos no orçamento, uma vez não prevista a despesa e não havendo recursos disponíveis, tornando inviável o tema – além de não fazer parte matéria abordada no referido Projeto de Lei.

Cabe ainda ressaltar que, de forma equivocada, seja por desconhecimento ou por má fé, sugerem que a Lei 492, revogada em 1993, conforme artigo 242 da Lei 517/93 possa ser utilizada como embasamento legal para realização de concursos, induzindo as pessoas ao erro.

Utilizando a(s) lei(s) em vigor, o Executivo tentou, em 2018, a aprovação de um edital de concurso, prontamente rejeitado pelo TCE-MG, sob justificativa da desatualização e inconsistências nas leis que criaram cargos, que em sua maioria, não têm atribuições, requisitos mínimos, escolaridade, ou possuem exigências inconstitucionais e atribuições incompatíveis. Sendo assim, ao contrário do que foi dito nas notas, não há possibilidade de realização de concurso público, sem atualização das leis que regulamentam os cargos existentes no quadro municipal.

Importante apontar a incoerência, de quando dizem estar “à disposição para ajudar a discutir e ajudar a elaborar” projetos, ao mesmo tempo em que questionam anecessidade da atualização das leis, bem como não propõem na prática, nada queacrescente, aprimore ou corrija qualquer ponto naqueles em pauta no momento,conforme prerrogativa e atribuição de vereadores.

O Projeto 008/2023 tramitou por quase seis meses na casa legislativa, para análise, discussão e aprimoramento. No entanto, nenhuma emenda foi proposta (seja por iniciativa popular, sindical ou dos vereadores que se posicionaram contra) para modificar, melhorar ou suprimir eventuais artigos que fossem considerados prejudiciais aos servidores. Ao invés disso, houve diversas protelações, sem que nada fosse alterado. A própria rejeição do projeto, se deu no uso de artifício retirado do regimento da câmara, obstruindo o número total de votos necessários, ato nada republicano, sim, antidemocrático.

Nenhum questionamento foi enviado ao Executivo, nenhum ponto, dito “obscuro” foi de fato, apontado; não há qualquer pedido de informação adicional, qualquer pedido de esclarecimento protocolizado. Foi simplesmente o não pelo não. Houve até quem dissesse, que em seis meses, não leu o conteúdo da matéria. E cinicamente, criticam o último prazo dado para “Vistas” pelo Presidente da Casa Legislativa, após todas as manobras de adiamento que utilizaram, todo o prazo anterior não aproveitado, que inclusive, não possibilitou que percebessem que o Estudo de Impacto Econômico e Financeiro apontado como ausente, era parte integrante do projeto.

A rejeição do projeto, ao contrário do que foi insinuado, não traria prejuízos aos servidores, e sim, asseguraria a eles direitos não praticados ao longo de décadas, além do direto/dever constitucional da realização de concurso público, isso provavelmente trará incalculáveis prejuízos à população, com a escassez ou ausência total de prestação de serviços, em razão da iminente insuficiência de pessoal em todos os setores, a partir do inevitável cumprimento da Recomendação 09/2023 da Promotoria da Comarca de Carandaí, ao final de dezembro do corrente ano.

A Prefeitura espera no futuro, maior austeridade nas análises e desenvolvimento das matérias propostas e menor prática de politicagem por interesses pessoais e de grupos, uma vez que o maior prejudicado é o município, são nossos cidadãos.

Prefeitura sofre nova derrota no Tribunal de Justiça para o sindicato dos servidores

O Desembargador Júlio Cezar Guttierrez, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, indeferiu hoje (20), o agravo da Prefeitura de Lafaiete (MG), e manteve o direito a greve dos servidores, desde que respeitados os serviçõs mínimos do serviços públicos essenciais. Esta é a segunda derrota da administração contra o sindicato em menos de 8 dias. Na quinta-feira passaada (15), o governo municipal perdeu no Tribunal um recurso, quando a corte manteve a legimidade do movimento.

“Importa dizer: o reconhecimento da essencialidade do serviço não necessariamente implica o reconhecimento da ilegalidade da greve em questão, podendo apenas haver a instituição de limites, como fez o relator no caso sob exame”, diz o texto do desembargardor.

Com o vigor do movimento, o sindicato, em decisão de assembleia, marcou para a partir de amanhã (21) operação tartaruga, mantendo um quadro mínimo de funcionamento dos serviços públicos em Lafaiete.

Leia decisão na íntegra abaixo.

Operação-tartaruga inicia hoje e sindicato divulga cronograma de paralisação na educação

A greve dos servidores públicos de Lafaiete (MG) entra em segundo dia de paralização. Em um comunicado, o sindicato que hoje iniciou a “operação-tartaruga” com o atendimentos reduzido em escolas e creches municipais com um cronograma de funcionamento de orientações.

Veja baixo.

Sindicato sinaliza greve de servidores em Lafaiete, cita direitos lesados e cobra concurso público

Usando a Tribuna Popular, na noite de ontem (18), Valdney Alves, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, fez duras críticas a administração pontuando diversas situações de afronta aos direitos trabalhistas e até insinuou trabalho escravo no serviço público diante da baixa remuneração de serviços e não cumprimento da legislação. “Venho aqui pedir apoio dos vereadores em defesa dos servidores. São diversas irregularidades. Não estou aqui apontando dedo para vocês, mas buscando a parceria para nossos servidores. Olhem com mais carinho e cuidado os funcionários”, assinalou no início de seu discurso.

Durante mais de 13 minutos, o sindicalista enumerou questionamentos e logo no discurso criticou a situação do vale alimentação e as irregularidades da empresa contratada. “As taxas cobradas no comércio são altas e ao meu modo de ver abusivas e há diversas empresas que prestam este serviço em condições muito mais favoráveis e com mais expertise. Ela está lucrando com Lafaiete e oferece um serviço de péssima qualidade penalizando o servidor e ao comércio local. Está na hora de dar um basta! Nossos servidores já não aguentam mais passar por  tanta humilhação nas filas de supermercados por terem que deixar seus carrinhos cheios de mercadorias para trás por que o estabelecimento não aceita o cartão ora com alegação de problemas no sistema, ora com alegação de falta de pagamento por parte da empresa responsável pelo cartão”.

Valdney Alves cobrou a insalubridades para cantineiras, direito não cumprido pela gestão. “Elas ganham salário base, próximo do mínimo e são obrigados a fazer comida para 300 ou 400 estudantes. Há uma sobrecarga de serviços e não há auxiliares de cozinha. Isso é aviltante”.

A liderança sindical expôs a situação dos Monitores de Educação Inclusiva (MEI’s) que há mais de 6 anos estão enquadradas como função pública e não foram criados respectivos cargos. “No exercício 2022, só na educação foram aproximadamente 974 cargos contratos pela prefeitura e não há um concurso público. Tem pessoas que se preparam para ingressar no serviço público através de concurso e a administração não oferece igualdade de oportunidades. Há quantos anos não há um concurso público na prefeitura de Lafaiete? São mais de 6 anos e as autoridades estão omissas”.

O Presidente do Sindicato cobrou o plano de carreiras para a área de saúde e demais servidores. “São diversas defasagens salarias em diversos cargos, os Auxiliares de Higiene Bucal ganham menos que um salário mínimo e tem seus salários complementados com seus benefícios. Isso sem contar com falta de adequação dos salários de dentistas e profissionais de enfermagem” pontuou.

“A prefeitura fala que não tem dinheiro. Isso é recorrente em todas as negociações que temos com a administração e, mas, não se faz um planejamento de médio a longo prazo para se corrigir a defasagem salarial. São centenas de servidores que ganham menos que salários e tem seus ganhos complementados e a cada ano perdem poder de compra. Isso é um absurdo parece trabalho análogo a escravidão”.

Valdney Alves citou outras irregularidades como o descumprimento do piso nacional da a educação, a falta de pagamento da insalubridade dos agentes comunitários de saúde. “Um Auxiliar de Higiene Bucal ganha em um plantão cerca de R$50,00. Isso é um absurdo e falta de respeito. Do jeito que está não tem condições. Vamos parar de novo”, encerrou seu discurso.

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