A recusa de supermercados em não aceitar o vale alimentação repercutiu na Câmara Municipal de Lafaiete e vereadores voltaram a criticar e cobrar uma solução. A discussão veio após a discussão do requerimento do Vereador Fernando Bandeira pedindo que o valor seja depositado diretamente na conta do servidor juntamente com o salário mensal. A iniciativa é vedada pela legislação, mas gerou um amplo debate.
O Vereador Sandro José (PROS) sugeriu que o sindicato acione a operadora do cartão alimentação cobrando indenização aos servidores que foram obrigados a devolver os carrinhos de compra. “Muitos servidores passaram por uma vergonha, constrangimento e humilhação. Cabe ao sindicato, como representante dos funcionários, acionar a Justiça cobrando uma indenização a título de danos morais e materiais”, sugeriu, classificando a situação como apropriação indébita, caracterização de quando a empresa recebe e não repassa os valores.
“Ao invés de levar coroas de flores e promover protestos, o sindicato deveria defender o interesse do servidor nesta hora. Seria uma iniciativa louvável. Os servidores estão passando por uma situação desumana. Já deu tempo de corrigir esta situação”, assinalou o Líder do Governo, o Vereador João Paulo Pé Quente.
“Não compreendo a lentidão em resolver este problema”, finalizou o Presidente da Câmara, o Vereador Oswaldo Barbosa (PV).
Vereador sugere estudo para implantação do transporte gratuito em Lafaiete
O Vereador Vado Silva (DC) usou a Tribuna da Câmara para sugerir ao Prefeito Mário Marcus (DEM) um estudo minucioso para implementar o transporte público gratuito. “Sabemos da crise por que passa o setor no Brasil e em especial em Lafaiete. Acredito que é uma alternativa viável para nossa cidade. Mas antes de já falarmos que a prefeitura não tem recursos, precisamos esgotar todas as discussões em torno da implantação da tarifa zero”, comentou.
Ele propôs a criação de uma comissão interdisciplinar para a estudar o assunto. “Vejo que a comissão poderia iniciar um estudo vendo alternativas orçamentárias para buscar este recurso suficiente para implantar o transporte público. Ou até mesmo buscar algum programa de fomento, pois do jeito que as coisas caminham o município será escravo deste subsídio e a tendência ainda mais aumentar o valor. Junto com o que a prefeitura já gasta com vale de transporte já seria uma quantia que poderia abater no valor total que ficaria o custo do transporte público gratuito”, informou.
Vado Silva salientou os efeitos positivo com a adoção do transporte gratuito. “No mês o trabalhador faria uma economia em torno de R$250,00. Esse valor giraria na economia e fomentaria o nosso comércio. Seria um amento direto na renda do trabalhador”, assinalou.
Para Vado Silva o aumento de R$ 3,60 para R$5,84 seria inviável para Lafaiete penalizando tanto o trabalhador como o empresário. “Temos que estudar a fundo e buscar alternativas para financiamento do transporte gratuito. Se implantado vai contribuir no crescimento econômico e comercial de Lafaiete, mas antes temos que fazer um estudo profundo da viabilidade na sua implantação”, pontuou.
Mariana
Entrou em vigor no dia 1º de fevereiro, o Programa Tarifa Zero, que assegura transporte público gratuito aos cidadãos marianenses. Os custos com o programa devem ultrapassar a casa dos R$ 800 mil por mês.
Por outro lado, a prefeitura deixará de pagar cerca de R$400 mil com vale transporte, o que reduz pela metade o custo final do programa.