Pagamentos offline com Drex serão testados pelo Banco do Brasil; veja como vai funcionar

Se os testes derem certo, será possível fazer compras no comércio e pagamentos de serviços, por exemplo

Usar uma pulseira, um cartão de plástico ou o próprio celular para fazer pagamentos com moedas virtuais sem estar conectado a internet. Basta uma aproximação entre dispositivos para transferir o valor do pagador para o recebedor de forma criptografada.

Já testada em países como Gana e Tailândia, a solução tecnológica começará a ser estudada no Brasil. O Banco do Brasil (BB) e a empresa Giesecke+Devrient Currency Technology (G+D) firmaram acordo de cooperação técnica que prevê o uso do Drex,  versão digital do real desenvolvida pelo Banco Central, para pagamentos offline.

A G+D é uma empresa global que fornece soluções para segurança digital, plataformas financeiras e tecnologia monetária. A companhia também atua no desenvolvimento de projetos mundiais de moedas digitais de Bancos Centrais, como o Drex. O Banco do Brasil participa oficialmente do projeto-piloto do Drex.

Uso de dinheiro

Mesmo com a maior inclusão da população no sistema bancário e com a popularização do Pix, o uso do dinheiro em espécie continua expressivo no Brasil. Pesquisa recente da Tecban, empresa de tecnologia bancária e de soluções financeiras, identificou que 29% dos brasileiros usam o dinheiro físico como uma das principais formas de pagamento. Nas classes C, D e E esse número sobe para 32%. Na Região Nordeste, o índice chega aos 40%.

Entre os motivos pela preferência pelo papel moeda, informou a pesquisa, estão a falta de conta ou cartão de crédito e dificuldades de conexão com a internet. Segundo o BB, uma solução que permita pagamentos sem conexão com a internet, de forma prática, segura e simples, tem potencial para se tornar um meio de pagamento alternativo ao dinheiro em espécie, além de popularizar o Drex.

 

FONTE INFO MONEY

INSS testa inteligência artificial para identificar fraudes

Sistema analisará atestados médicos e outros documentos

Ao longo dos próximos 30 dias, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terá um reforço na análise dos atestados médicos enviados pela internet juntamente com pedidos de benefício por incapacidade temporária, o antigo auxílio-doença.

Uma ferramenta de inteligência artificial (IA) – desenvolvida pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social, a Dataprev – está sendo testada para identificar possíveis tentativas de fraude com o Atestmed, o sistema de análise documental que substitui a perícia médica.

A ferramenta cruza dados cadastrais de médicos com os que aparecem nos atestados visando identificar inconsistências nas informações como o número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), a especialidade, o local de trabalho e o IP do computador de envio do atestado, nome e assinatura do profissional.

Irregularidades

De acordo com nota divulgada pelo INSS, o desenvolvimento da ferramenta foi motivado pela identificação de irregularidades em documentos protocolados no Atesmed, por meio do aplicativo Meu INSS, disponível para benefícios de até 180 dias. Segundo a instituição informou, já há, inclusive, uma investigação em andamento pela Polícia Federal.

Em verificações manuais, com amostras dos processos, foram identificados, por exemplo, quatro padrões de letras diferentes no uso do mesmo carimbo que atesta a assinatura do médico. A ideia é que a nova ferramenta possa identificar essas inconsistências de forma mais sistemática e rápida.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, informou que os testes no sistema da IA começaram nesta segunda-feira (16) e que a efetividade da ferramenta poderá ser analisada em breve. “Acredito que em 20 ou 30 dias já poderemos apresentar bons resultados”, finalizou.

FONTE AGÊNCIA BRASIL

Qdenga é eficaz contra tipo 2 da dengue, mas faltam dados para uso no público geral, dizem especialistas

Imunizante apresenta boa proteção contra tipos 1 e 2, mas pode deixar população vulnerável aos vírus 3 e 4, que crescem no Brasil

A incorporação no SUS da vacina contra dengue da farmacêutica Takeda, a Qdenga, foi recebida com grande entusiasmo por parte da população e autoridades de saúde. Com recorde de casos em 2023 e tendência de aumento neste ano, a doença continua sendo um problema de saúde pública importante.

Segundo o Ministério da Saúde, é esperado aumento de casos na maior parte do Brasil, principalmente no Sul (especialmente no Paraná), Sudeste (Minas Gerais e Espírito Santo) e Centro-Oeste. O Nordeste deverá ficar abaixo do limite epidêmico.

Em 2023, foram registrados 1.641.278 casos de dengue em 5.039 municípios. A taxa de incidência de dengue no país é de 808,26 por 100 mil habitantes. A doença matou 1.079 pessoas, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Outros 211 óbitos estão em investigação.

Assim, uma vacina que possa reduzir principalmente casos graves e internações traz esperança. No entanto, alguns virologistas demonstram preocupação com a vacinação em massa na cidade de Dourados (MS) devido à falta de dados da eficácia do imunizante em proteger contra os sorotipos 3 e 4 do vírus —a vacina apresentou uma eficácia boa contra o 1 (69%) e elevada para o 2 (95%), mas não apresentou proteção para os demais sorotipos.

Ainda, o registro recente de casos de dengue causada pelo sorotipo 3 em alguns estados trazem um alerta sobre a possibilidade de ocorrer um efeito relacionado à vacinação –conhecido pela sigla ADE (aumento dependente de anticorpo, na sigla em inglês)— similar ao ocorrido com a vacina da dengue da Sanofi, em 2016. Por essa razão, o imunizante não é recomendado para quem nunca teve a infecção.

A dengue é uma doença viral em sua maioria dos casos leves, mas a ocorrência de uma segunda infecção por outro sorotipo pode levar a casos graves. Como a vacina protege principalmente contra os sorotipos 1 e 2, vacinados infectados pelos sorotipos 3 e 4 podem ter o agravamento do quadro.

Na avaliação do Ministério da Saúde, contudo, os benefícios superam os possíveis riscos ligados ao imunizante. A pasta deve se reunir no próximo dia 15 para definir como será o calendário de vacinação e os grupos prioritários para receber a vacina a partir de fevereiro.

Entenda abaixo as diferentes taxas de proteção da Qdenga, o público-alvo indicado, como vai ocorrer a vacinação no país e os possíveis riscos associados.

O que é a vacina contra a dengue?
A vacina Qdenga, da Takeda, contém o sorotipo 2 do vírus atenuado e modificado para apresentar também os demais tipos 1, 3 e 4, o que estimula o organismo a gerar anticorpos.

A vacina é aplicada via subcutânea, em duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Ela recebeu aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em março de 2023 para pessoas de 4 a 60 anos.

Segundo a bula do fármaco, a Qdenga não deve ser aplicada em gestantes, lactantes, pessoas alérgicas a algum dos componentes da vacina e pessoas com problemas no sistema imunológico, como aquelas com HIV, questões genéticas ou que estão em tratamento que afeta as defesas do corpo.

Qual a eficácia e contra quais tipos de dengue ela tem proteção?
Em testes conduzidos em oito países na Ásia e na América Latina (Brasil, Colômbia, República Dominicana, Nicarágua, Panamá, Filipinas, Sri Lanka e Tailândia), a vacina teve eficácia de 80% contra os casos de dengue confirmados 12 meses após a segunda dose, e reduziu as hospitalizações em 90,4% nos 18 meses após a segunda dose.

Em relação à eficácia por sorotipo, a análise mostrou uma proteção variável para cada um, sendo de 69,8% contra o sorotipo 1 e 95,1% para o tipo 2, demonstrando uma boa proteção para este último. “É uma vacina extremamente boa para os tipos 1 e 2, que ainda são predominantes no Brasil”, avalia o infectologista Julio Croda, coordenador do estudo que vai avaliar a efetividade (eficácia em vida real) do imunizante em Dourados (MS).

Por outro lado, a proteção para o sorotipo 3 foi abaixo do limite de eficácia de 50% (48,9%, com intervalo de 27,2%-64,1%) e, para o sorotipo 4, foi inconclusivo (não teve proteção).

Este último ponto preocupa os especialistas, especialmente pela possibilidade de uma epidemia dos sorotipos 3 e 4 no país este ano. “Há pouca evidência de que a vacina não aumenta as chances de casos graves em pessoas que nunca tiveram a dengue; se isso ocorrer e houver uma epidemia de dengue 3 ou 4, implementar a vacina na população geral pode ser arriscado”, avalia Leonardo Bastos, coordenador do boletim InfoDengue da Fiocruz.

Quais os possíveis riscos associados?
Como todo fármaco, a vacina possui efeitos colaterais esperados, sendo os principais dor ou vermelhidão no local da injeção, dores de cabeça, dores musculares, mal-estar generalizado e fraqueza. Cerca de 10% dos vacinados podem apresentar febre. Os efeitos colaterais são, em geral, leves a moderados, podendo desaparecer em alguns poucos dias.

Um efeito que pode surgir ao aplicar a vacina no público geral e preocupa os cientistas é a ocorrência de uma reação chamada ADE (aumento dependente de anticorpo, na sigla em inglês). Isto ocorre porque a vacina induz a produção de anticorpos ligados aos diferentes sorotipos, mas ela não é igual para cada um deles. Assim, no momento de uma infecção por um dos tipos do vírus (por exemplo, o 3), em vez de combatê-lo, os anticorpos podem ajudar a infecção do vírus nas células, causando um quadro similar ao de dengue hemorrágica de algumas pessoas ao contraírem a doença pela segunda vez.

“Se persiste uma possibilidade razoável de infecção entre os vacinados [pela falta de proteção contra os sorotipos 3 e 4], há o temor de que possa ocorrer a mesma coisa que houve com a vacina da Sanofi, ou seja, um aumento do risco de agravamento entre pessoas vacinadas que ficam doentes”, explica o sanitarista e pesquisador da Fiocruz, Claudio Maierovitch.

Caso similar ocorreu com a vacina Dengvaxia, da Sanofi, em 2016, provocando reações adversas em crianças nas Filipinas após uma infecção pelo sorotipo 2, levando-as até a hospitalização. Isso levou à revogação da aprovação da vacina no país.

Para Maurício Nogueira, virologista e professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto, não há até o momento dados suficientes para ter certeza que isso não deve ocorrer com a Qdenga. “Inclusive, membros da SBMT [Sociedade Brasileira de Medicina Tropical] se reuniram para avaliar [a incorporação no SUS] e chegamos à conclusão que não deveria ocorrer neste momento, justamente pela ausência desses dados sobre ADE”, disse.

Há, também, preocupações sobre a vacinação de crianças abaixo dos seis anos de idade. “Crianças muito novas, que não tiveram ainda uma infecção prévia por dengue, talvez seria melhor conduzir estudos antes da imunização em larga escala [das crianças]”, afirma Mauro Martins Teixeira, professor de bioquímica e imunologia na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Na recomendação do grupo de assessoramento (Sage, em inglês) da OMS (Organização Mundial da Saúde), o órgão restringiu a aplicação do imunizante para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, de 1 a 2 anos antes do seu contato endêmico com a doença, ou seja, aquelas de 4 e 5 anos não foram incluídas para prioritárias na vacinação.

A Takeda disse à Folha que após um estudo de mais de quatro anos de seguimento, o imunizante não apresentou nenhum risco de segurança ou agravamento de doença associado à vacinação, independentemente de exposição prévia ao vírus.

“Especificamente em relação à ADE, os estudos clínicos realizados até o momento não sugerem risco de agravamento da doença associado à Qdenga, mesmo na ausência de eficácia demonstrada contra o sorotipo 3 em soronegativos. Referente ao sorotipo 4 nesta mesma população, não houve casos suficientes que permitissem a avaliação de eficácia.”

Questionada sobre os possíveis dados de reação ADE, a Anvisa informou que a Qdenga demonstrou ser eficaz na prevenção da febre causada pela dengue em crianças e adolescentes nos 12 meses seguintes à segunda injeção. Já a pasta da Saúde disse que não há evidências, até o momento, de ocorrência do efeito adverso ADE em pessoas que tenham utilizado o imunizante.

Em quem a vacina deve ser aplicada?
Até o momento, a vacina recebeu aprovação para pessoas de 4 a 60 anos. A mesma faixa etária foi considerada no estudo observacional que será desenvolvido em Dourados (MS), onde pretende-se imunizar cerca de 150 mil pessoas com 4 a 59 anos no município.

Para Croda, não há no momento nenhuma definição em quem será o público-alvo no Brasil até o momento, mas o médico acredita que uma recomendação inicial similar à da OMS seria vantajosa, especialmente para garantir a proteção de crianças da segunda infecção –mais perigosa.

Como será a imunização no SUS?
A definição do calendário vacinal, segundo a pasta da Saúde, deve ser definida em uma reunião com os membros da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização) na próxima segunda-feira (15).

De acordo com o Ministério da Saúde, será definida a melhor estratégia de utilização das doses disponíveis, com público-alvo prioritário e regiões com maior incidência da doença.

Especialistas ouvidos pela reportagem, porém, ponderam que grupos que têm alta incidência de morte por dengue —como os idosos com mais de 60 anos— ficaram de fora do público indicado para receber o imunizante. “A maior letalidade de dengue no Brasil está justamente na população para a qual a vacina não está aprovada”, pondera Brigina Kemp, do COSEMS/SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo).

Onde ela já está disponível e quanto custa a dose na rede privada?
A vacina é aplicada por enquanto só na rede privada, em clínicas ou em farmácias com esse tipo de serviço. O preço varia de cerca de R$ 300 a R$478 a dose (de R$ 600 a R$900 a vacinação por pessoa).

A partir de janeiro deste ano, ela vai passar a ser distribuída em UBSs no país, ainda sem data para chegar aos postos. A cidade de Dourados (MS) foi a primeira a receber os fármacos, no último dia 3.

FONTE FOLHA DE SÃO PAULO

Água contaminada: testes detectam agrotóxicos acima do limite em 28 cidades

O alerta máximo para contaminação da água acendeu em 28 municípios brasileiros em 2022. Em cidades de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Tocantins, testes de qualidade encontraram agrotóxicos na rede de abastecimento em níveis acima do limite considerado seguro pelo Ministério da Saúde.

Essa situação representa um risco à saúde, de acordo com especialistas, principalmente se a água contaminada for consumida de forma contínua.

As informações são resultado de um cruzamento de dados realizado pela Repórter Brasil a partir de informações publicadas pelo Ministério da Saúde no Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano).

O consumo de água com altas concentrações de agrotóxicos aumenta os riscos para doenças crônicas, como câncer e distúrbios hormonais, e para problemas no sistema nervoso, nos rins e no fígado, explica Fábio Kummrow, professor de toxicologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ele afirma que o consumo esporádico dessa água configura baixo risco à saúde. Porém, “o consumo frequente por longos períodos representa sérios riscos, em razão dos efeitos tóxicos crônicos pela exposição durante meses ou anos”, acrescenta.

As empresas de abastecimento de água são responsáveis por realizar os testes e publicar os resultados no Sisagua. Cabe aos municípios, estados e ao próprio ministério fiscalizar os casos e cobrar das empresas medidas para impedir que as substâncias ultrapassem os limites fixados.

Baixe aqui a tabela completa com os nomes dos municípios e empresas responsáveis pelo abastecimento.

Agrotóxicos proibidos

De acordo com os dados do Sisagua, no ano passado foram realizados 306.521 testes consistentes em 2.445 cidades para identificar agrotóxicos na água. O número poderia ser maior, já que a maior parte dos testes realizados no país para essas substâncias apresentavam erros e foram classificados como inconsistentes pelo Ministério da Saúde.

Segundo o painel, 55 testes em 28 municípios apontaram agrotóxicos acima dos valores máximos permitidos, o que representa 0,02% de todos os exames válidos realizados. Os dados foram extraídos pela reportagem em 8 de agosto deste ano (os resultados podem ser atualizados diariamente por estados e municípios).

O agrotóxico com mais testes acima do limite foi o endrin, com dez registros em municípios de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e São Paulo. A substância, cujo uso é proibido no Brasil, pode afetar o sistema nervoso, causando tremores e convulsões, segundo estudos realizados em animais.

Na sequência aparece o aldrin, também proibido no país. Esse agrotóxico é considerado um Poluente Orgânico Persistente, pois não se degrada facilmente e se acumula em tecidos dos organismos vivos.

Com relação à saúde, o aldrin é classificado como “provavelmente cancerígeno” pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como seu uso é vetado no Brasil há mais de duas décadas, sua presença na água pode ser justificada por dois fatores: a entrada ilegal no país, por contrabando, ou pela presença persistente no meio ambiente. A pesquisadora Cassiana Montagner, do Instituto de Química da Unicamp, aposta na primeira
explicação.

“Não dá mais para falar que agrotóxicos proibidos há 20 anos ainda estão na água porque são persistentes. A gente sabe que há uma entrada clandestina”, afirma Montagner.

“Esses químicos ainda estão sendo usados nas lavouras brasileiras, mesmo com os riscos comprovados à saúde da população. Ao detectar essas substâncias, o poder público deveria aumentar a fiscalização para mitigar o uso”, diz ela.

Cidade mais afetada

De acordo com os dados publicados no Sisagua, a cidade com mais registros de água contaminada no ano passado foi Aruanã (GO). São 17 testes ao todo, incluindo para endrin e aldrin.

A 314 km de Goiânia e às margens do rio Araguaia, Aruanã fica em uma região destacada pela produção de soja, feijão, milho e arroz – culturas com elevado uso de agrotóxicos, segundo estudo da Universidade Federal de Mato Grosso.

O secretário de saúde de Aruanã, Leonel Cupertino, afirmou que não sabia da presença de agrotóxicos acima do limite na água do município e pediu esclarecimentos à Saneago, empresa de abastecimento da cidade.

Em nota, a companhia confirmou que os agrotóxicos foram identificados nos exames, porém, em concentrações dentro dos limites permitidos por lei e, portanto, sem riscos para a população.

A empresa alega que houve erro de digitação no preenchimento da planilha do Ministério da Saúde e que os dados divulgados na plataforma apresentam “equívocos”, pois estão acima dos resultados encontrados pela empresa. A Saneago informou que há “total garantia da segurança da água tratada distribuída no município”. Confira a nota completa.

Apesar da justificativa, a pesquisadora Cassiana Montagner, da Unicamp, afirma que qualquer nível de agrotóxico encontrado deveria ser motivo de atenção das autoridades, para evitar o consumo contínuo dessa água.

Imagem: Arte/UOL

Baixe aqui a tabela completa com os nomes dos agrotóxicos e as doenças relacionadas a eles.

Lobby

Outro agrotóxico detectado em concentração acima do que é considerado seguro para a saúde foi a atrazina, encontrada em municípios de Goiás, Mato Grosso e São Paulo.

Esse produto é proibido na União Europeia desde 2004 e está associado à ocorrência de distúrbios endócrinos. Contudo, nos Estados Unidos e no Brasil, a substância segue na lista dos cinco agrotóxicos mais vendidos anualmente.

Uma dos municípios onde a atrazina foi encontrada na água da população
em níveis perigosos foi Marcelândia (MT), que está em franca expansão
agrícola, sobretudo na produção de soja e milho.

O município foi procurado, mas não respondeu até a publicação da reportagem.

Apesar de a Europa reconhecer os riscos da atrazina, a substância tem forte lobby da indústria para não sair dos mercados brasileiro e norte-americano.

Reportagem publicada pela Repórter Brasil e Agência Pública, em 2021, mostra que a fabricante Syngenta passou décadas questionando e perseguindo cientistas para manter a comercialização da atrazina. Procurada pela reportagem na época, a Syngenta Brasil não quis comentar os documentos divulgados.

Apesar de a atrazina aparecer com frequência em análises de água e de haver evidências que a associam ao desenvolvimento de disfunções hormonais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que a substância não está na lista de prioridades para reavaliação sobre o uso no país. Segundo o órgão, o produto foi proibido na Europa por risco ambiental, e não de saúde. A Anvisa ressaltou que análises ambientais não são da competência da agência.

Falta de transparência

Desde 2018, os testes realizados por empresas ou órgãos de abastecimento em amostras de água fornecida para a população são publicados no Sisagua. Isso só aconteceu após a Repórter Brasil revelar que 25% das cidades brasileiras tinham um coquetel com 27 agrotóxicos na rede de água entre 2014 e 2017.

A quantidade de substâncias testadas, frequência e limite máximo são definidos pelo Ministério da Saúde, que leva em consideração o risco que oferecem à saúde e a maior probabilidade de estarem na água.

No ano passado, a Repórter Brasil lançou o Mapa da água, plataforma interativa em que é possível verificar a qualidade da água de cada município entre 2018 e 2020, além de trazer explicações sobre as substâncias encontradas na água.

Após o lançamento, o Ministério publicou sua própria plataforma para trazer os dados sobre a qualidade da água. As informações estão disponíveis em sete painéis informativos do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua). Neles, é possível encontrar gráficos, mapas e tabelas com informações sobre as substâncias testadas.

Apesar de estarem disponíveis, as informações não são acessíveis ao público não especializado, pois siglas e códigos dificultam o entendimento. “O governo disponibilizou a informação, mas continua difícil de usar. Além disso, há publicidade zero, as pessoas nem sabem que esses painéis existem”, critica Kummrow, da Unifesp.

Embora trabalhe com o tema há anos, ele só tomou conhecimento da plataforma do governo após contato da reportagem.

Mesmo com críticas, Kummrow avalia que a publicação dos painéis pelo Ministério da Saúde representa um avanço. “De alguma forma os dados se tornaram públicos, sofreram uma validação e representam uma realidade”.

Marina Gama Cubas é responsável pela análise de dados.

Errata: o conteúdo foi alterado

Diferentemente do informado no gráfico que acompanha esta reportagem, a cidade de Mococa fica em São Paulo, e não em Minas Gerais. Já Ibertioga fica em Minas Gerais, e não em São Paulo. O gráfico foi corrigido.

FONTE NOTÍCIAS UOL

Água contaminada: testes detectam agrotóxicos acima do limite em 28 cidades

O alerta máximo para contaminação da água acendeu em 28 municípios brasileiros em 2022. Em cidades de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Tocantins, testes de qualidade encontraram agrotóxicos na rede de abastecimento em níveis acima do limite considerado seguro pelo Ministério da Saúde.

Essa situação representa um risco à saúde, de acordo com especialistas, principalmente se a água contaminada for consumida de forma contínua.

As informações são resultado de um cruzamento de dados realizado pela Repórter Brasil a partir de informações publicadas pelo Ministério da Saúde no Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano).

O consumo de água com altas concentrações de agrotóxicos aumenta os riscos para doenças crônicas, como câncer e distúrbios hormonais, e para problemas no sistema nervoso, nos rins e no fígado, explica Fábio Kummrow, professor de toxicologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Ele afirma que o consumo esporádico dessa água configura baixo risco à saúde. Porém, “o consumo frequente por longos períodos representa sérios riscos, em razão dos efeitos tóxicos crônicos pela exposição durante meses ou anos”, acrescenta.

As empresas de abastecimento de água são responsáveis por realizar os testes e publicar os resultados no Sisagua. Cabe aos municípios, estados e ao próprio ministério fiscalizar os casos e cobrar das empresas medidas para impedir que as substâncias ultrapassem os limites fixados.

Baixe aqui a tabela completa com os nomes dos municípios e empresas responsáveis pelo abastecimento.

Agrotóxicos proibidos

De acordo com os dados do Sisagua, no ano passado foram realizados 306.521 testes consistentes em 2.445 cidades para identificar agrotóxicos na água. O número poderia ser maior, já que a maior parte dos testes realizados no país para essas substâncias apresentavam erros e foram classificados como inconsistentes pelo Ministério da Saúde.

Segundo o painel, 55 testes em 28 municípios apontaram agrotóxicos acima dos valores máximos permitidos, o que representa 0,02% de todos os exames válidos realizados. Os dados foram extraídos pela reportagem em 8 de agosto deste ano (os resultados podem ser atualizados diariamente por estados e municípios).

O agrotóxico com mais testes acima do limite foi o endrin, com dez registros em municípios de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e São Paulo. A substância, cujo uso é proibido no Brasil, pode afetar o sistema nervoso, causando tremores e convulsões, segundo estudos realizados em animais.

Na sequência aparece o aldrin, também proibido no país. Esse agrotóxico é considerado um Poluente Orgânico Persistente, pois não se degrada facilmente e se acumula em tecidos dos organismos vivos.

Com relação à saúde, o aldrin é classificado como “provavelmente cancerígeno” pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como seu uso é vetado no Brasil há mais de duas décadas, sua presença na água pode ser justificada por dois fatores: a entrada ilegal no país, por contrabando, ou pela presença persistente no meio ambiente. A pesquisadora Cassiana Montagner, do Instituto de Química da Unicamp, aposta na primeira
explicação.

“Não dá mais para falar que agrotóxicos proibidos há 20 anos ainda estão na água porque são persistentes. A gente sabe que há uma entrada clandestina”, afirma Montagner.

“Esses químicos ainda estão sendo usados nas lavouras brasileiras, mesmo com os riscos comprovados à saúde da população. Ao detectar essas substâncias, o poder público deveria aumentar a fiscalização para mitigar o uso”, diz ela.

Cidade mais afetada

De acordo com os dados publicados no Sisagua, a cidade com mais registros de água contaminada no ano passado foi Aruanã (GO). São 17 testes ao todo, incluindo para endrin e aldrin.

A 314 km de Goiânia e às margens do rio Araguaia, Aruanã fica em uma região destacada pela produção de soja, feijão, milho e arroz – culturas com elevado uso de agrotóxicos, segundo estudo da Universidade Federal de Mato Grosso.

O secretário de saúde de Aruanã, Leonel Cupertino, afirmou que não sabia da presença de agrotóxicos acima do limite na água do município e pediu esclarecimentos à Saneago, empresa de abastecimento da cidade.

Em nota, a companhia confirmou que os agrotóxicos foram identificados nos exames, porém, em concentrações dentro dos limites permitidos por lei e, portanto, sem riscos para a população.

A empresa alega que houve erro de digitação no preenchimento da planilha do Ministério da Saúde e que os dados divulgados na plataforma apresentam “equívocos”, pois estão acima dos resultados encontrados pela empresa. A Saneago informou que há “total garantia da segurança da água tratada distribuída no município”. Confira a nota completa.

Apesar da justificativa, a pesquisadora Cassiana Montagner, da Unicamp, afirma que qualquer nível de agrotóxico encontrado deveria ser motivo de atenção das autoridades, para evitar o consumo contínuo dessa água.

Imagem: Arte/UOL

Baixe aqui a tabela completa com os nomes dos agrotóxicos e as doenças relacionadas a eles.

Lobby

Outro agrotóxico detectado em concentração acima do que é considerado seguro para a saúde foi a atrazina, encontrada em municípios de Goiás, Mato Grosso e São Paulo.

Esse produto é proibido na União Europeia desde 2004 e está associado à ocorrência de distúrbios endócrinos. Contudo, nos Estados Unidos e no Brasil, a substância segue na lista dos cinco agrotóxicos mais vendidos anualmente.

Uma dos municípios onde a atrazina foi encontrada na água da população
em níveis perigosos foi Marcelândia (MT), que está em franca expansão
agrícola, sobretudo na produção de soja e milho.

O município foi procurado, mas não respondeu até a publicação da reportagem.

Apesar de a Europa reconhecer os riscos da atrazina, a substância tem forte lobby da indústria para não sair dos mercados brasileiro e norte-americano.

Reportagem publicada pela Repórter Brasil e Agência Pública, em 2021, mostra que a fabricante Syngenta passou décadas questionando e perseguindo cientistas para manter a comercialização da atrazina. Procurada pela reportagem na época, a Syngenta Brasil não quis comentar os documentos divulgados.

Apesar de a atrazina aparecer com frequência em análises de água e de haver evidências que a associam ao desenvolvimento de disfunções hormonais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que a substância não está na lista de prioridades para reavaliação sobre o uso no país. Segundo o órgão, o produto foi proibido na Europa por risco ambiental, e não de saúde. A Anvisa ressaltou que análises ambientais não são da competência da agência.

Falta de transparência

Desde 2018, os testes realizados por empresas ou órgãos de abastecimento em amostras de água fornecida para a população são publicados no Sisagua. Isso só aconteceu após a Repórter Brasil revelar que 25% das cidades brasileiras tinham um coquetel com 27 agrotóxicos na rede de água entre 2014 e 2017.

A quantidade de substâncias testadas, frequência e limite máximo são definidos pelo Ministério da Saúde, que leva em consideração o risco que oferecem à saúde e a maior probabilidade de estarem na água.

No ano passado, a Repórter Brasil lançou o Mapa da água, plataforma interativa em que é possível verificar a qualidade da água de cada município entre 2018 e 2020, além de trazer explicações sobre as substâncias encontradas na água.

Após o lançamento, o Ministério publicou sua própria plataforma para trazer os dados sobre a qualidade da água. As informações estão disponíveis em sete painéis informativos do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua). Neles, é possível encontrar gráficos, mapas e tabelas com informações sobre as substâncias testadas.

Apesar de estarem disponíveis, as informações não são acessíveis ao público não especializado, pois siglas e códigos dificultam o entendimento. “O governo disponibilizou a informação, mas continua difícil de usar. Além disso, há publicidade zero, as pessoas nem sabem que esses painéis existem”, critica Kummrow, da Unifesp.

Embora trabalhe com o tema há anos, ele só tomou conhecimento da plataforma do governo após contato da reportagem.

Mesmo com críticas, Kummrow avalia que a publicação dos painéis pelo Ministério da Saúde representa um avanço. “De alguma forma os dados se tornaram públicos, sofreram uma validação e representam uma realidade”.

Marina Gama Cubas é responsável pela análise de dados.

Errata: o conteúdo foi alterado

Diferentemente do informado no gráfico que acompanha esta reportagem, a cidade de Mococa fica em São Paulo, e não em Minas Gerais. Já Ibertioga fica em Minas Gerais, e não em São Paulo. O gráfico foi corrigido.

FONTE NOTÍCIAS UOL

Gerdau avança nos testes com caminhão eletrico em Itabirito

A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, iniciou, no mês de setembro, testes em um caminhão elétrico para atuar na operação de extração de minério de ferro, em Itabirito, Minas Gerais. A ação, desenvolvida na mina de Várzea Leste-Norte, está vinculada ao plano de descarbonização da empresa. Os testes que acontecem até o final do ano têm o objetivo de avaliar a viabilidade da implementação da troca da frota existente para veículos elétricos nas minas da empresa. O modelo usado na operação teste é o caminhão SANY SKT90E, que tem capacidade de carga para 60 toneladas. O projeto sustentável é feito entre a Gerdau e as empresas Fagundes e Irmen Máquinas.

O uso do veículo elétrico tem como principal objetivo a redução de consumo de diesel e emissão de CO2. Além disso, é mais silencioso e tem um consumo de energia mais eficiente.

“Essa é a primeira vez que testamos um caminhão deste tipo e estamos satisfeitos com os resultados obtidos até o momento. Sabemos que esse é um grande passo dentro da escala industrial e está alinhado às nossas iniciativas para redução de emissões de carbono dentro de nossas operações. Já nos primeiros dias, conseguimos obter resultados consistentes e tenho certeza que essa tecnologia vai contribuir para melhorar cada vez mais a eficiência e a qualidade do nosso trabalho”, destaca Wendel Gomes, diretor executivo da Gerdau.

Descarbonização

Desde o ano passado, a Gerdau vem realizando ações para contribuir com a descarbonização. Em fevereiro, assumiu o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 de seu inventário para um valor inferior a 50% da média global da indústria do aço. Atualmente, a companhia possui uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (CO₂e), de 0,93 t de CO₂e por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,89 t de CO₂e por tonelada de aço, segundo os dados de 2020 divulgados pela World Steel Association (worldsteel). Em 2031, as emissões de carbono da Gerdau vão diminuir para 0,83 t de CO₂e por tonelada de aço.

O gerente comercial da Irmen Máquinas, representante oficial da SANY no Brasil, fabricante do caminhão, Pedro Brandão, ressalta a importância da parceria com a Gerdau.  “É gratificante poder concretizar esse teste do caminhão 100% elétrico, que é uma novidade no mercado nacional. Já estamos com alguns desses caminhões em operações há pouco mais de um ano no Brasil. Na operação da Gerdau, tivemos uma grata surpresa, pois o perfil da operação é muito favorável para o equipamento e conseguimos a maior autonomia de bateria, chegando a dez horas e meia em média. Um resultado muito surpreendente e positivo, aumentando a produtividade com bastante segurança”, comemora o representante da Irmen Máquinas.

Diversidade e inclusão

Samira Cássia Ventura é a motorista que está realizando o teste com o caminhão elétrico. Colaboradora da Fagundes, empresa parceira na operação da mineração na Gerdau, Samira está animada com os resultados obtidos até o moimento.  “Está sendo uma honra participar da experiência e contribuir para a melhoria dos resultados, não só da Fagundes, mas também da Gerdau. É produzir com qualidade, cuidando também do futuro do nosso planeta”, destaca.

Sustentabilidade

A matriz produtiva da Gerdau, cuja produção de aço é de cerca de 80% de uso de fontes recicladas e renováveis, permite a empresa ter uma posição de destaque no setor. Hoje, 73% do aço produzido pela companhia vem da reciclagem de sucata ferrosa, tornando-a a maior recicladora da América Latina, com 11 milhões de toneladas de sucata transformadas em aço anualmente. O aço é um material infinitamente reciclável e, para cada tonelada de sucata reciclada, é evitada a emissão de 1,5 tonelada de CO₂e.

Além disso, a Gerdau é a maior produtora de carvão vegetal do mundo para a fabricação de aço. Possui 250 mil hectares de base florestal em Minas Gerais. As florestas plantadas são matérias-primas de fonte renovável para o carvão vegetal, que funcionam como um biorredutor na fabricação de ferro-gusa, o qual produz aço de menor intensidade de gases de efeito estufa.

FONTE GERDAU

Gerdau avança nos testes com caminhão eletrico em Itabirito

A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, iniciou, no mês de setembro, testes em um caminhão elétrico para atuar na operação de extração de minério de ferro, em Itabirito, Minas Gerais. A ação, desenvolvida na mina de Várzea Leste-Norte, está vinculada ao plano de descarbonização da empresa. Os testes que acontecem até o final do ano têm o objetivo de avaliar a viabilidade da implementação da troca da frota existente para veículos elétricos nas minas da empresa. O modelo usado na operação teste é o caminhão SANY SKT90E, que tem capacidade de carga para 60 toneladas. O projeto sustentável é feito entre a Gerdau e as empresas Fagundes e Irmen Máquinas.

O uso do veículo elétrico tem como principal objetivo a redução de consumo de diesel e emissão de CO2. Além disso, é mais silencioso e tem um consumo de energia mais eficiente.

“Essa é a primeira vez que testamos um caminhão deste tipo e estamos satisfeitos com os resultados obtidos até o momento. Sabemos que esse é um grande passo dentro da escala industrial e está alinhado às nossas iniciativas para redução de emissões de carbono dentro de nossas operações. Já nos primeiros dias, conseguimos obter resultados consistentes e tenho certeza que essa tecnologia vai contribuir para melhorar cada vez mais a eficiência e a qualidade do nosso trabalho”, destaca Wendel Gomes, diretor executivo da Gerdau.

Descarbonização

Desde o ano passado, a Gerdau vem realizando ações para contribuir com a descarbonização. Em fevereiro, assumiu o compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 de seu inventário para um valor inferior a 50% da média global da indústria do aço. Atualmente, a companhia possui uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (CO₂e), de 0,93 t de CO₂e por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,89 t de CO₂e por tonelada de aço, segundo os dados de 2020 divulgados pela World Steel Association (worldsteel). Em 2031, as emissões de carbono da Gerdau vão diminuir para 0,83 t de CO₂e por tonelada de aço.

O gerente comercial da Irmen Máquinas, representante oficial da SANY no Brasil, fabricante do caminhão, Pedro Brandão, ressalta a importância da parceria com a Gerdau.  “É gratificante poder concretizar esse teste do caminhão 100% elétrico, que é uma novidade no mercado nacional. Já estamos com alguns desses caminhões em operações há pouco mais de um ano no Brasil. Na operação da Gerdau, tivemos uma grata surpresa, pois o perfil da operação é muito favorável para o equipamento e conseguimos a maior autonomia de bateria, chegando a dez horas e meia em média. Um resultado muito surpreendente e positivo, aumentando a produtividade com bastante segurança”, comemora o representante da Irmen Máquinas.

Diversidade e inclusão

Samira Cássia Ventura é a motorista que está realizando o teste com o caminhão elétrico. Colaboradora da Fagundes, empresa parceira na operação da mineração na Gerdau, Samira está animada com os resultados obtidos até o moimento.  “Está sendo uma honra participar da experiência e contribuir para a melhoria dos resultados, não só da Fagundes, mas também da Gerdau. É produzir com qualidade, cuidando também do futuro do nosso planeta”, destaca.

Sustentabilidade

A matriz produtiva da Gerdau, cuja produção de aço é de cerca de 80% de uso de fontes recicladas e renováveis, permite a empresa ter uma posição de destaque no setor. Hoje, 73% do aço produzido pela companhia vem da reciclagem de sucata ferrosa, tornando-a a maior recicladora da América Latina, com 11 milhões de toneladas de sucata transformadas em aço anualmente. O aço é um material infinitamente reciclável e, para cada tonelada de sucata reciclada, é evitada a emissão de 1,5 tonelada de CO₂e.

Além disso, a Gerdau é a maior produtora de carvão vegetal do mundo para a fabricação de aço. Possui 250 mil hectares de base florestal em Minas Gerais. As florestas plantadas são matérias-primas de fonte renovável para o carvão vegetal, que funcionam como um biorredutor na fabricação de ferro-gusa, o qual produz aço de menor intensidade de gases de efeito estufa.

FONTE GERDAU

Golpe da mão fantasma: teste vê fragilidade em apps de bancos

Três dos quatro maiores bancos privados brasileiros falham diante da presença de programas de acesso remoto usados no golpe da mão fantasma, aponta o Idec em relatório divulgado nesta segunda-feira (2).

Nesse golpe, criminosos se passam por técnicos ou profissionais de atendimento para convencer a vítima a instalar um software usado para limpar a conta bancária. Assim, espionam a pessoa para roubar usuário e senhas e depois transferem o dinheiro.

Na primeira etapa, ainda em 2022, o Idec afirma que questionou os procedimentos adotados pelos maiores bancos privados do país após identificar queixas de clientes: Nubank, Bradesco, Itaú e Santander.

O Itaú afirmou, à época, que bloqueava operações de celulares em que estão instalados aplicativos de acesso remoto, protocolo que passou a ser considerado pelo Idec como o padrão de referência para aumentar a segurança. “Se um banco barrasse o acesso remoto, para o Idec era um sinal de que todos os outros também deveriam dispor dessa tecnologia”, diz o relatório Golpe do celular invadido: segurança é nosso direito.

Na segunda etapa, a entidade de defesa testou vulnerabilidades do aplicativo de cada instituição financeira. Voluntários simularam a invasão de seus celulares, por meio de um programa de acesso remoto. O objetivo era testar se o aplicativo do banco continuava funcionando enquanto havia esse programa espião.

Segundo o Idec, o teste confirmou que apenas o Itaú fazia o bloqueio desse programa de acesso remoto, o que impediria o golpe.

Na opinião da economista do Idec, Ione Marcondes, o teste aponta fragilidades dos bancos e que eles têm a opção de bloquear o golpe da mão fantasma, mas optam por não reduzir a comodidade no uso do aplicativo. “O risco recai sobre o cliente”, afirma.

O QUE DIZEM OS BANCOS

Procurados pela reportagem, os bancos afirmaram que usam outras formas de defesa, como inteligência artificial, para identificar movimentações financeiras suspeitas e bloqueá-las.

O Nubank afirma que, assim como consta no relatório do instituto, os mecanismos de defesa já implementados pela empresa dificultaram a realização da transação indevida. Segundo o banco, esses mecanismos já eram capazes de impedir a realização da operação, uma vez que a situação em que o teste ocorreu difere, em uma série de fatores, de uma situação real de tentativa de golpe.

“Os clientes do Nubank que estão com seus aplicativos atualizados já contam com camadas adicionais de proteção, incluindo mecanismos que efetivamente bloqueiam o uso do aplicativo do Nubank por acesso remoto”, diz o banco digital.

O Bradesco afirma que implanta com frequência dispositivos de segurança visando combater as mais diversas tentativas de fraudes/golpes, para mitigar o risco das transações realizadas em todos os canais de atendimento.

Clientes podem enviar mensagens suspeitas ao canal de denúncias: evidencia@bradesco.com.br. “Essas mensagens são avaliadas, sites falsos são derrubados diariamente e as empresas de telefonia são contatadas para desabilitar números de telefones utilizado para fraude.”

O Santander afirma que tem mecanismos de proteção eficazes para segurança da operacionalização do seu aplicativo pelos clientes. “A instituição ressalta sua confiança na integridade e eficiência de seus mecanismos e sistemas de proteção, bem como na segurança operacional de seus canais, produtos e serviços, proporcionando proteção e segurança aos clientes.”

O Itaú confirma que proíbe o cliente de acessar o app do banco enquanto o programa de acesso remoto estiver ativo. “O cliente até pode, por exemplo, utilizar algum software de acesso remoto para fazer o que precisa ser feito em outros aplicativos ou recursos, mas não no banco.”

O QUE FAZER SE CAIU NO GOLPE DA MÃO FANTASMA

**Para tentar reaver o dinheiro perdido no golpe da mão fantasma, a pessoa deve:**

%u25CB Registrar boletim de ocorrência na delegacia virtual

%u25CB Contestar as transações junto ao banco

%u25CB Caso não tenha sucesso na suspensão das movimentações, o cliente pode procurar a Justiça

“O banco que causar dano devido à falha de segurança comprovada deverá repará-lo, mesmo em casos fortuitos de fraudes ou de atos praticados por outras pessoas por meio de operações bancárias, conforme entendimento pacificado pelo STJ [Superior Tribunal de Justiça]”, diz o relatório do Idec. Pelo Código de Defesa do Consumidor, quem deve provar a responsabilidade pela falha é o fornecedor do serviço sob contestação.

Segundo a empresa de segurança para plataformas digitais, AllowMe, os fraudadores mais habilidosos conseguem burlar o bloqueio a programas de software remoto a partir de vulnerabilidades. “É imprescindível manter o celular e os aplicativos atualizados”, recomenda o chefe-executivo da AllowMe, Gustavo Monteiro.

Instituições financeiras não procuram clientes para solicitar informações pessoais, que podem permitir operações bancárias.

FONTE ESTADO DE MINAS

Golpe da mão fantasma: teste vê fragilidade em apps de bancos

Três dos quatro maiores bancos privados brasileiros falham diante da presença de programas de acesso remoto usados no golpe da mão fantasma, aponta o Idec em relatório divulgado nesta segunda-feira (2).

Nesse golpe, criminosos se passam por técnicos ou profissionais de atendimento para convencer a vítima a instalar um software usado para limpar a conta bancária. Assim, espionam a pessoa para roubar usuário e senhas e depois transferem o dinheiro.

Na primeira etapa, ainda em 2022, o Idec afirma que questionou os procedimentos adotados pelos maiores bancos privados do país após identificar queixas de clientes: Nubank, Bradesco, Itaú e Santander.

O Itaú afirmou, à época, que bloqueava operações de celulares em que estão instalados aplicativos de acesso remoto, protocolo que passou a ser considerado pelo Idec como o padrão de referência para aumentar a segurança. “Se um banco barrasse o acesso remoto, para o Idec era um sinal de que todos os outros também deveriam dispor dessa tecnologia”, diz o relatório Golpe do celular invadido: segurança é nosso direito.

Na segunda etapa, a entidade de defesa testou vulnerabilidades do aplicativo de cada instituição financeira. Voluntários simularam a invasão de seus celulares, por meio de um programa de acesso remoto. O objetivo era testar se o aplicativo do banco continuava funcionando enquanto havia esse programa espião.

Segundo o Idec, o teste confirmou que apenas o Itaú fazia o bloqueio desse programa de acesso remoto, o que impediria o golpe.

Na opinião da economista do Idec, Ione Marcondes, o teste aponta fragilidades dos bancos e que eles têm a opção de bloquear o golpe da mão fantasma, mas optam por não reduzir a comodidade no uso do aplicativo. “O risco recai sobre o cliente”, afirma.

O QUE DIZEM OS BANCOS

Procurados pela reportagem, os bancos afirmaram que usam outras formas de defesa, como inteligência artificial, para identificar movimentações financeiras suspeitas e bloqueá-las.

O Nubank afirma que, assim como consta no relatório do instituto, os mecanismos de defesa já implementados pela empresa dificultaram a realização da transação indevida. Segundo o banco, esses mecanismos já eram capazes de impedir a realização da operação, uma vez que a situação em que o teste ocorreu difere, em uma série de fatores, de uma situação real de tentativa de golpe.

“Os clientes do Nubank que estão com seus aplicativos atualizados já contam com camadas adicionais de proteção, incluindo mecanismos que efetivamente bloqueiam o uso do aplicativo do Nubank por acesso remoto”, diz o banco digital.

O Bradesco afirma que implanta com frequência dispositivos de segurança visando combater as mais diversas tentativas de fraudes/golpes, para mitigar o risco das transações realizadas em todos os canais de atendimento.

Clientes podem enviar mensagens suspeitas ao canal de denúncias: evidencia@bradesco.com.br. “Essas mensagens são avaliadas, sites falsos são derrubados diariamente e as empresas de telefonia são contatadas para desabilitar números de telefones utilizado para fraude.”

O Santander afirma que tem mecanismos de proteção eficazes para segurança da operacionalização do seu aplicativo pelos clientes. “A instituição ressalta sua confiança na integridade e eficiência de seus mecanismos e sistemas de proteção, bem como na segurança operacional de seus canais, produtos e serviços, proporcionando proteção e segurança aos clientes.”

O Itaú confirma que proíbe o cliente de acessar o app do banco enquanto o programa de acesso remoto estiver ativo. “O cliente até pode, por exemplo, utilizar algum software de acesso remoto para fazer o que precisa ser feito em outros aplicativos ou recursos, mas não no banco.”

O QUE FAZER SE CAIU NO GOLPE DA MÃO FANTASMA

**Para tentar reaver o dinheiro perdido no golpe da mão fantasma, a pessoa deve:**

%u25CB Registrar boletim de ocorrência na delegacia virtual

%u25CB Contestar as transações junto ao banco

%u25CB Caso não tenha sucesso na suspensão das movimentações, o cliente pode procurar a Justiça

“O banco que causar dano devido à falha de segurança comprovada deverá repará-lo, mesmo em casos fortuitos de fraudes ou de atos praticados por outras pessoas por meio de operações bancárias, conforme entendimento pacificado pelo STJ [Superior Tribunal de Justiça]”, diz o relatório do Idec. Pelo Código de Defesa do Consumidor, quem deve provar a responsabilidade pela falha é o fornecedor do serviço sob contestação.

Segundo a empresa de segurança para plataformas digitais, AllowMe, os fraudadores mais habilidosos conseguem burlar o bloqueio a programas de software remoto a partir de vulnerabilidades. “É imprescindível manter o celular e os aplicativos atualizados”, recomenda o chefe-executivo da AllowMe, Gustavo Monteiro.

Instituições financeiras não procuram clientes para solicitar informações pessoais, que podem permitir operações bancárias.

FONTE ESTADO DE MINAS

Exame de graduação no Karatê é realizado na Associação do bairro Siderúrgico

A AMBAS (Associação dos Moradores do Bairro Siderúrgico em Conselheiro Lafaiete em conjunto com shihan Eduardo Viana, realizou no último fim de semana, o 2° exame de graduação no karatê. Ao todo, 23 atletas foram testados e graduados. A associação agradece o esforço e dedicação comunitária. “Aos pais dos atletas que por vezes vão levar e assistir seus filhos. Mesmo que após de um dia exaustivo, apoiam seus filhos na prática do karatê ou qualquer outro esporte que eles entendam como sendo um bom caminho”, agradece a AMBAS.

A AMBAS também agradeceu o shihan e senseis que se dedicam em passar todo o aprendizado possível aos atletas e com paciência e perseverança vão nos moldando e transformando em atletas e seres humanos mais fortes.

about

Be informed with the hottest news from all over the world! We monitor what is happenning every day and every minute. Read and enjoy our articles and news and explore this world with Powedris!

Instagram
© 2019 – Powedris. Made by Crocoblock.