Tragédia em família: avós e neta morrem em acidente em rodovia no interior de Minas

Três pessoas morreram em um acidente envolvendo um carro e uma caminhonete na MG-133, na altura do KM 7, próximo a Rio Pomba, na Região da Zona da Mata, em Minas Gerais, na manhã desta quarta-feira (6/9). As vítimas, um homem, de 71 anos, e duas mulheres, de 68 e 15, eram da mesma família, sendo avós e neta. 

Outras três pessoas, que estavam na caminhonete, ficaram feridas. Elas foram atendidas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas a uma unidade de saúde em Ubá, também na Zona da Mata.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os dois veículos bateram de frente um com o outro. Por isso, a frente deles ficou destruída. A dinâmica do acidente ainda não foi informada. A perícia da Polícia Civil foi acionada. 

Vítimas, um homem, de 71 anos, e duas mulheres, de 68 e 15 anos, eram da mesma família, avós e neta(foto: CBMMG / Divulgação)

Tragédia em família: avós e neta morrem em acidente em rodovia no interior de Minas

Três pessoas morreram em um acidente envolvendo um carro e uma caminhonete na MG-133, na altura do KM 7, próximo a Rio Pomba, na Região da Zona da Mata, em Minas Gerais, na manhã desta quarta-feira (6/9). As vítimas, um homem, de 71 anos, e duas mulheres, de 68 e 15, eram da mesma família, sendo avós e neta. 

Outras três pessoas, que estavam na caminhonete, ficaram feridas. Elas foram atendidas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas a uma unidade de saúde em Ubá, também na Zona da Mata.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os dois veículos bateram de frente um com o outro. Por isso, a frente deles ficou destruída. A dinâmica do acidente ainda não foi informada. A perícia da Polícia Civil foi acionada. 

Vítimas, um homem, de 71 anos, e duas mulheres, de 68 e 15 anos, eram da mesma família, avós e neta(foto: CBMMG / Divulgação)

Tragédia de Mariana: falso frei mentiu currículo e já ganhou R$ 2 mi da Renova

Nomeado perito, Phillip Machado inventou graduações e ligação com Igreja Católica 

A Fundação Renova já pagou quase R$ 2 milhões a um falso frei – suspeito de fraudar graduações acadêmicas – pela realização de perícias determinadas pela Justiça no processo de reparação dos atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, em 2015. Philip Neves Machado foi nomeado em abril de 2022 como perito socioeconômico junto às comunidades da bacia do Rio Doce para produzir relatórios auxiliares à 12ª Vara Federal Cível de Belo Horizonte, responsável pelo caso. Até o ano de nascimento do frei é um mistério: oficialmente ele tem 43 anos, mas alega ter 53.

Nascido em Belo Horizonte, Phillip Neves Machado foi escolhido como perito pelo juiz federal responsável pelo caso, Mário de Paula Franco Júnior, que deixou o processo em setembro.

O caso

A Fundação Renova já pagou quase R$ 2 milhões a um falso frei – suspeito de fraudar graduações acadêmicas – pela realização de perícias determinadas pela Justiça no processo de reparação dos atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, em 2015. Philip Neves Machado foi nomeado em abril de 2022 como perito socioeconômico junto às comunidades da bacia do Rio Doce para produzir relatórios auxiliares à 12ª Vara Federal Cível de Belo Horizonte, responsável pelo caso. Até o ano de nascimento do frei é um mistério: oficialmente ele tem 43 anos, mas alega ter 53.

Phillip Machado em entrevista à Itatiaia

Nascido em Belo Horizonte, Phillip Neves Machado foi escolhido como perito pelo juiz federal responsável pelo caso, Mário de Paula Franco Júnior, que deixou o processo em setembro. Na decisão em que indicou o frei, o juiz reforça o currículo do escolhido: doutor em Geopolítica e Conflitos Internacionais pela Pontifícia Universidade Gregoriana, na Itália, mestre em Filosofia pela Universidade de Coimbra, em Portugal, mestre em Teologia pelo Instituto Santo Inácio de Loiola, professor convidado da Universidade Católica de Lisboa, consultor internacional da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Questionadas pela reportagem, a ONU e a Unesco negaram que Phillip Machado já tenha atuado em ações das entidades. “Não foram encontrados registros”, afirma a ONU à Itatiaia. A Universidade Católica de Lisboa disse não ter informações sobre ele. A Pontifícia Universidade Gregoriana não oferece o curso em que ele diz ter concluído o doutorado. A reitoria do Instituto Santo Inácio de Loiola, em Belo Horizonte, não encontrou seus registros como aluno. O frei também não possui currículo lattes, plataforma destinada a divulgar experiências acadêmicas e validar diplomas. Como perito judicial, Machado está escalado para produzir relatórios “em especial nos temas relacionados aos atingidos, movimentos sociais, indígenas, quilombolas, demais povos tradicionais e assessorias técnicas”. 

Nos últimos três dias, a reportagem questionou Phillip sobre as incoerências do currículo enviado à Justiça federal e as negativas da Arquidiocese. Inicialmente, ele insistiu que provaria tudo “pessoalmente”. Depois, na terça-feira (30) pela manhã, afirmou que enviaria um e-mail com todas as provas. No início da noite de terça, Phillip bloqueou a reportagem no WhatsApp e não atendeu mais às chamadas.

Phillip Machado foi nomeado perito judicial no processo pelo juiz Mario de Paula, então responsável pelo caso na 4ª Vara Federal

O religioso

A reportagem fez contato com Arquidioceses e membros da Igreja Católica e ninguém confirmou que Phillip Machado já atuou como religioso.

A Arquidiocese de Mariana, assim como a de Belo Horizonte, nega que ele tenha passado por lá ou tenha o termo de uso – a permissão para se identificar como frei ou frade. “Da porta da igreja para dentro eu sou o frei Phillip, da porta da igreja para fora eu sou apenas o Phillip. Não é fácil conciliar (o trabalho religioso com o de perito) mas dá, eu não tenho paróquia nem nada disso, eu sou um religioso, então dá sim”, afirmou à reportagem.

“Senti vocação religiosa lá pelos 15 anos de idade. Meu primeiro seminário foi o de São José de Mariana, pra você ver como estou ligado lá desde sempre. Lá foi minha primeira experiência vocacional, indicado pelo sacerdote que me orientava, que era o pároco da matriz da Boa Viagem, em Itabirito, onde tenho muitos familiares. Sempre tive muita proximidade com ele. Lá comecei a minha caminhada vocacional. Depois fui estudar em Portugal e em Roma”, afirmou Phillip Machado à Itatiaia.

A terceiros, Phillip costuma afirmar que faz parte da Ordem Premonstratense, ramo da Igreja Católica ligado às doutrinas de Norberto de Gennep, santo holandês. A reportagem procurou representantes da Ordem de São Norberto em Contagem, onde funciona a única organização de Premonstratenses na Grande BH e, mais uma vez, ninguém soube reconhecer o frei.

Em outras ocasiões, Phillip chegou a dizer que atuaria como capelão de “um convento de freiras em BH, celebrando todos os dias às 6 horas”. O relato é do ex-padre Gilson José, que atuou na Arquidiocese de Mariana por mais de 20 anos e que mantém atuação na região. “Ele disse isso a um grupo durante o almoço, mas olhando direto para mim, que fui padre”, conta.

Comprovante de transferência de R$ 434 mil a Phillip

“Um simples jogo”

Uma pesquisa na internet revela uma coincidência curiosa. O nome do frei Phillip Machado aparece em um fórum, de 2004, feito por adolescentes que jogavam um game em que era preciso criar um império e simular a gestão deste país. O “Reino Imperial de Reunião”, que fez sucesso na internet entre os anos 1990 e 2000, manteve o registro de parte da troca de mensagens entre os usuários. Entre eles, consta o “Cônego Frei Phillip Baeta Neves Machado OPraem”.

Em setembro de 2004, ele se identificava no game como “único sacerdote católico verdadeiro tanto macro quanto micro nacionalmente, desempenhando minhas funções pastorais como capelão do Colégio Santa Marcelina em Belo Horizonte. Graduado em Letras. Pós-Graduado, Mestre em Filosofia e Teologia, pela Universidade de Coimbra, e pelo Pontifício Instituto Gregoriano de Roma, Doutor em Geopolítica e conflitos Internacionais pela UMA-MG, (o que motivou minha entrada como observador e depois como cidadão em Reunião). Tendo 11 títulos publicados, todos sobre história e geografia, 2 sobre religiosidade, além de literatura e outros títulos em parceria com outros autores, Acadêmico da Academia Mineira Municipalista de Letras, (Cadeira 27 patrono Bernardo de Guimarães) e do Instituto Histórico e Geográfico de Minas de Geras (Cadeira 94 patrono Barão Von Eschewege), e da Sociedade Brasileira de Cartografia”. Questionado sobre as coincidências relatadas entre a mensagem do game e o currículo enviado à Justiça federal, Phillip inicialmente disse que desconhecia o texto: “Não faço ideia do que seja isso!”. A reportagem, então, procurou ex-jogadores que participavam do fórum online. Em anonimato, eles confirmaram que Phillip integrava o grupo e, inclusive, chegou a participar de encontros presenciais. Ao ser informado disso pela reportagem, Phillip então confirmou que participava do fórum, mas negou ter conhecimento da publicação com o currículo imaginário. “Um simples jogo! Aquilo é uma simulação. Já faz muitos anos. Uma coisa breve. Eu não me lembro de ter publicado aquilo”, afirma.

Explicações

Phillip Machado tem ou não formação para ser frade? Ele afirma que pediu a suspensão do termo de uso à Igreja em Roma. A reportagem apurou que, na realidade, um processo de dispensa de ordens, que é a dispensa dos votos da igreja, é habilitado na diocese onde um padre exerce o ministério. Daí, o pedido é enviado a Roma, que responde de volta. Apesar disso, em documentos oficiais enviados à Justiça federal e nas atas de reuniões com atingidos do desastre em Mariana e empresas, Machado mantém na assinatura os termos “Frei” e “O.Praem”, em referência à Ordem Premonstratense. Até mesmo a data de nascimento de Phillip é controversa. No currículo divulgado pela Justiça Federal, consta que Phillip nasceu em 1979 e teria 18 anos quando foi aprovado para a pós-graduação na Universidade de Coimbra. Questionado, afirma que nasceu dez anos antes, em 1969, mas só teve o registro da certidão de nascimento uma década depois.

Sem apresentar provas à reportagem, Phillip garante ter concluído todos os cursos que constam no currículo, que não ter o documento na plataforma lattes é uma “decisão pessoal” e confirma já ter atuado como consultor da ONU, da Unesco e da OEA. 

O trabalho pericial

Previsto no Código Civil, o posto de perito judicial é essencial em um processo complexo. No caso Samarco, por exemplo, um relatório de Phillip Machado auxiliou a Justiça Federal a autorizar o retorno de atividades na usina de Candonga, a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, localizada em Rio Doce. A estrutura foi danificada pela onda de rejeitos gerada com o rompimento da barragem e estava paralisada para reparos desde novembro de 2015. “E realmente não tem problema a retomada de Candonga. Eu conversei com os atingidos e o único impacto com o retorno da usina que apontaram é o receio de que os atuais empregos gerados pela obra na usina acabem sumindo. Ou seja, o medo é que quando a obra acabar, a usina partir, acaba o emprego. Mas não há lógica nisso, a obra não é perpétua, e eu sempre questiono eles de volta, e os empregos que a própria usina vai gerar?”, argumenta Phillip. Além da “perícia” de Phillip, a decisão que autorizou o retorno parcial das operações da usina também contou com o trabalho da auditoria americana Aecom, responsável pela perícia técnica e de engenharia. A escolha de um perito judicial é critério do juiz responsável do caso. Normalmente, o nome do perito chega à Justiça a partir de inscrições em cadastros mantidos pelas Cortes, mas também acontece por meio de apresentações pessoais. Na avaliação do advogado e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias, Francisco Maia, a atuação de um perito pode mudar os rumos de um julgamento. “Sem dúvida pode mudar, uma vez que a escolha do perito em um processo judicial indica que a instrução probatória depende de conhecimento especial de técnico para a apuração dos fatos. O juiz nomeia o perito exatamente porque não dispõem desses conhecimentos”, explica o especialista. Maia afirma, ainda, que a falsificação de currículo para uma nomeação como perito judicial pode configurar crime de falsificação de documento público, documento particular e falsidade ideológica. Em caso de confirmação de fraude às informações levadas à Justiça, o advogado entende que o caso se enquadraria no artigo 158 do código de Processo Civil, que prevê que “o perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis”. As atividades previstas no escopo enviado por Phillip Machado à Justiça Federal contêm a realização de reuniões com comunidades de atingidos, indígenas e mediação de conversas entre os grupos e as empresas envolvidas com a Samarco, controlada pelas mineradoras Vale e BHP Billiton.

Desde que passou a atuar como perito, Phillip Machado já recebeu R$ 1.814.933,00 em honorários periciais – ao todo, foram aprovados R$ 2,7 milhões, que são pagos em parcelas. Esses recursos são arbitrados pelo juízo e pagos, neste caso, pela Fundação Renova, que repassa o dinheiro para a Justiça e, depois, envia para a consultoria de Phillip. A quantia integra os valores que a Renova informa ao Judiciário como despesas de reparação pelo rompimento da barragem. Recentemente, Phillip solicitou à Justiça que os pagamentos passassem a ser feitos direto para a conta da empresa dele, a Saint Norbert Consulting, e não mais para a conta de pessoa física.

Velhos conhecidos

A relação entre Phillip Machado e a Renova, Fundação criada pela BHP Billiton e pela Vale, controladoras da Samarco – a propósito, não começou com a atuação como perito no ano passado. Em 2016, poucos meses depois do rompimento da barragem, o suposto frei integrou o Comitê Técnico da recém-criada Fundação Renova. “Esse comitê não tinha subordinação, era autônomo, transparente, do qual faziam parte pessoas com alta capacitação, enfim, um grupo com viés técnico e autônomo nas suas apresentações. Esse grupo avaliava do ponto de vista técnico em cada área, eu era dos direitos humanos e conflitos”, afirma o religioso. “Eu participei a convite da Renova, mais especificamente da BHP Billiton. Não sei como partiu esse convite, fui convidado a participar desse comitê e por lá participei por quase três anos. E depois continuei ligado ao caso por outras ações dos movimentos sociais e das assessorias técnicas”, afirma.

À Itatiaia, a BHP negou a informação de que teria indicado Phillip para o comitê da Renova: “A BHP Brasil esclarece que as nomeações dos membros do extinto Comitê Técnico eram realizadas exclusivamente pela própria Fundação Renova”. A assessoria da Renova confirmou que Phillip Machado integrou o Comitê Técnico-Científico da fundação entre novembro de 2018 e outubro de 2020, “em conjunto com outros especialistas”. Como ele foi parar no processo judicial? Phillip afirma que o convite se deu justamente pela atuação no comitê e foi feito pelo juiz Mário de Paula. Phillip afirma que chegou a negar o primeiro convite. “Recusei porque não tinha tempo na época, e posteriormente ele insistiu e aceitei. Mas eu colaborei com o caso mesmo não sendo nomeado, ajudava aconselhando, então no segundo convite eu aceitei”. A passagem de Phillip Machado como integrante do Comitê da Renova deixou lembranças no atingido Sérgio Papagaio, coordenador do grupo dos garimpeiros tradicionais do Alto Rio Doce e membro da Câmara Técnica Indígena e Povos e Comunidades Tradicionais. “A primeira vez que ele veio, isso lá em 2016, chegou dizendo que estava fora do processo e que era pra gente explicar tudo, dizendo que a função dele era nos ajudar. Só que, na verdade, ele foi só mais um da Renova. Participamos de duas ou três reuniões com ele em Barra Longa (MG). Dizia que ia ajudar, mas era só mais um atendendo ao rito colocado pela Renova”, conta. Papagaio diz, ainda, ter estranhado quando, depois da pandemia, se deparou com Phillip atuando como perito da Justiça.

“Um tempo depois, estávamos na Câmara Municipal esperando uma reunião com o perito do juiz. E quem é que entra? O Phillip, vestindo já a camisa de outro time, da Justiça, com outra narrativa, dizendo que estava ali para ouvir os problemas e que passaria tudo ao juiz. Foi muito estranho, até porque ele já conhecia a situação toda, já sabia quais os problemas. Para que reunião? Ele foi por quanto tempo funcionário da Renova? Parecia até que ele tinha um alto cargo da Renova, parecia que ele era um dos chefes ali. E de repente ele volta e pergunta as mesmas coisas, com palavras diferentes, para levar ao juiz coisas que ele já sabia. Então ficou muito estranho, nós ficamos assustados”.

Conexões

Antes do convite para integrar o comitê da Renova, Phillip Machado também teve passagens por outras empresas. No início da década, foi representante da Santo Antônio Energia, de Rondônia. Em publicação oficial do governo estadual, de 2015, ele é classificado como consultor de Responsabilidade Social da empresa, responsável pela gestão de uma usina hidrelétrica no norte do país. Em 2010, Philip aparece em matérias oficiais como coordenador de um programa social da ETH Bioenergia, do grupo Odebrecht. A empresa, depois, mudaria o nome para Odebrecht Agroindustrial e, após a Lava-Jato, para a atual Atvos.   “Eu atuei na Santo Antônio para tratar do subcrédito social, na usina de Santo Antônio em Rondônia. Era para avaliar e cuidar deste investimento, que tratava também de compensar e reparar pessoas de comunidades à jusante e à montante, e eu cuidava disso, de saber se aqueles programas geravam efeito e se havia real compensação nas ações”, argumenta. O rompimento da barragem de Fundão, da mina Complexo de Germano, em novembro de 2015, deixou 19 mortos e um dano ambiental ainda incalculável. A onda de lama e rejeitos que saiu da barragem atingiu o Rio Doce e seguiu destruindo o bioma do corpo d’água até sua foz, no Espírito Santo. Além do dano ambiental e das vidas perdidas, a poluição do rio gerou prejuízo bilionário a cidades, empresas, instituições e comunidades. Em 2016, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pela Vale, BHP, Samarco junto ao MP de Minas e ao MPF determinou a criação da Fundação Renova, planejada para atuar diretamente na indenização e políticas de reparo à sociedade e, principalmente, aos atingidos. Atualmente, a Renova diz já ter repassado mais de R$ 36 bilhões em ações reparativas pelo rompimento da barragem. A propósito, a ideia das mineradoras é usar esse valor como “desconto” na repactuação por Mariana que, atualmente, é negociada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Tribunal Regional Federal (TRF-6) com a União e os Estados de Minas e do Espírito Santo. Para o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), Durval Ângelo, a suspeita de que Phillip Machado possa ter fraudado o currículo acadêmico para atuar como perito judicial é grave. “Esses fatos são gravíssimos. Isso colocaria todo o processo em questionamento, inclusive as conversas sobre a repactuação de Mariana. Neste sentido, confio muito na Justiça Federal. A revisão dos repasses só vai passar pelo TCE depois, na hora das prestações de contas”, diz.  Atualmente, Phillip também é presidente do Instituto Transforma, entidade mantida pela empresa Transforma Energia, do interior de São Paulo, para desenvolver projetos socioambientais. Entre 2018 e 2021, presidiu o Conselho de Administração da Prudenco, a Companhia Prudentina de Desenvolvimento, estatal da Prefeitura de Presidente Prudente responsável pela manutenção da limpeza pública na cidade. Procurado pela reportagem, o TRF-6 pontuou, em nota, que “apurou que a escolha do perito Phillip Machado só pode ser verificada junto ao então magistrado do caso, dr. Mário de Paula (que não se encontra mais em Minas Gerais), uma vez que ele era o responsável pelo caso Samarco na época em que a nomeação de Machado aconteceu. O atual magistrado da 4ª Vara Federal Cível e Agrária (ex-12ª Vara), dr. Michael Procopio Avelar, não teria como responder à questão, porque assumiu o caso somente mais tarde”. A reportagem entrou em contato com o juiz Mário de Paula, que afirmou: “em razão de impedimento legal e ético, não posso comentar sobre processo judicial que está em andamento sob a responsabilidade de outro Juiz”.

FONTE ITATIAIA

Cantor mineiro, esposa e filho morrem em grave acidente de trânsito na BR-364

O cantor Piettro Dias, de 29 anos, a esposa dele, Taiane Silva, de 30, e o filho do casal, João Pedro, de 6, morreram em um grave acidente envolvendo o carro que eles estavam e uma carreta. O acidente ocorreu no quilômetro 6, da BR-364, entre Planura e Frutal, no Triângulo Mineiro, na noite desse sábado (28). 

Piettro, que ficou preso às ferragens, foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros já sem vida. A esposa dele e o filho foram atendidas por uma ambulância do município antes da chegada dos militares. 

O corpo do motorista foi retirado das ferragens e, em seguida, o local foi periciado. Devido ao risco de derrapagem, os militares aplicaram serragem na via. 

Em nota, o Sindicato Rural de Frutal lamentou a morte do artista. “Jovem, carismático e muito talentoso, Piettro há alguns anos vem se apresentando na Expo Frutal”, disse. 

Programa de família vira tragédia: homem tenta salvar mulher e ambos morrem

O que era pra ser uma diversão em família terminou em tragédia no interior mineiro neste fim de semana. Um casal estava com o filho em uma cachoeira na zona rural de Alvinópolis, município com 15 mil habitantes na Região Central de Minas, quando a mulher pulou na água e começou a se afogar. O marido se jogou para salvá-la e ambos acabaram morrendo.

O caso ocorreu durante a tarde de sábado (19/3). “Segundo relato, havia no local um casal com o filho, quando a mulher pulou na água e começou a se afogar, o pai também pulou na tentativa de salva-la, contudo, os dois submergiram, não voltando mais à superfície”, afirma, por nota, o Corpo de Bombeiros. O homem, de 46 anos, foi encontrado morto no mesmo dia, horas depois. Os bombeiros, no entanto, tiveram de interromper as buscas pelo corpo de Elizângela Maria Pereira Perdigão, de 32 anos, e retornou aos trabalhos hoje (20/3). “Corpo localizado da vítima do sexo feminino após 4 horas de operação de mergulho neste domingo”, informou a corporação.  

Luto

 A morte do casal chocou a cidade. “Com muita tristeza no coração recebemos a triste notícia de morte. A querida catequista Elizângela Pereira (do Setor Catequético Nossa Senhora das Graças, Vista Alegre) e seu esposo Tiago Perdigão, faleceram, ontem, dia 19/03/2022 (acidente/afogamento)”, informa publicação no grupo Catequese Vinde a Mim.

“Meus sentimentos, Deus conforte os familiares e amigos, e dê o descanso eterno pra Ela descansa em paz nos braços de Deus” e “Jesus console cada amigo e familiar” foram algumas das mensagens de condolências. O velório vai ocorrer nesta segunda-feira (21/3), às 7h, no velório municipal de Santa Bárbara. Às 9h, está previsto o sepultamento no cemitério da cidade. 

  • EM

Família que desapareceu após desviar da BR-040: 4 dos 5 corpos são encontrados

Quatro corpos que estavam no carro da família que desviou da BR-040 a caminho do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, foram encontrados em Brumadinho, no bairro Retiro do Chalé, região metropolitana da capital mineira, nesta segunda-feira (10). 

As vítimas são duas crianças – Ana Alexandrino Santos, de três anos, e Vitor Cardoso Alexandrinho Santos, de seis, – os pais delas, Henrique Alexandrino dos Santos, de 41 anos, e Deisy Lúcia Cardoso Alexandrino Santos, de 40, e o primo do casal, Geovane Vieira Ferreira, de 42. Apenas o corpo do garoto não foi localizado, segundo o Corpo de Bombeiros, e parte do carro foi visualizada pelos militares.

Desaparecimento

Segundo o boletim de ocorrência, o último contato com a família ocorreu quando o pai de Henrique recebeu uma ligação do filho por volta das 13h25 no sábado (8), na qual ele o informou que, devido ao bloqueio na BR-040, os cinco, que vinham de Paula Candido, na Zona da Mata, percorreria um caminho alternativo.

A Polícia Militar, a perícia da Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros forma empenhados na ação. Conforme o chamado, teria havido deslizamento de terra no local no último sábado e moradores do condomínio homônimo ao bairro encontraram os restos mortais da criança. ( O Tempo)

Família perde a vida após busca de estrada alternativa diante de transbordamento da barragem da Vallourec na BR040; encontrado corpo de professora que viajava com família

O Corpo de Bombeiros confirmou, na tarde desta segunda-feira (10/1), que o corpo de uma mulher foi encontrado no Retiro do Chalé, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Trata-se de Deisy Lúcia Cardoso Alexandrino Santos, de 40 anos. 

“As equipes acabaram de encontrar a segunda vítima do acidente: é uma mulher adulta, do sexo feminino. Ainda não foi retirado do local. Parte do veículo também foi visualizado”, informou o capitão Fabrício Eduardo Dalfio do Corpo de Bombeiros por volta das 18h. 

Ele afirmou que uma retroescavadeira está ajudando no trabalho dos bombeiros. “Mais informações passarei posteriormente”, acrescentou. 

No carro soterrado estavam: Geovane Vieira Ferreira, de 42 anos; Henrique Alexandrino dos Santos, de 41; Deisy Lúcia Cardoso Alexandrino Santos, de 40; Vitor Cardoso, de 6; e Ana Alexandrino Santos, de 3. De acordo com a corporação, o corpo da criança do sexo feminino foi localizado próximo às ferragens do que seria a parte traseira do veículo.

As vítimas são familiares do secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino. Ele pediu ajuda para encontrá-los por meio das redes sociais. 

“Meu primo primeiro e família (5 integrantes) que estavam desaparecidos há dois dias foram localizados. O carro foi encontrado soterrado na região de Itabirito, e os integrantes sem vida. Que Deus, na sua infinita bondade conforte nossa família e os receba”, disse.

Homenagens

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) emitiu  uma nota de pesar pelo falaecimento da professora Deisy.

Deisy Lúcia com a filha, Ana, de 3 anos, que também estava no carro(foto: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)/ divulgação )

Por meio de nota, a universidade comunicou o falecimento e informou que Deisy atuou por seis anos da Unidade de Aquidauana da UEMS.

“A professora Deisy deixa seu legado na UEMS, embora tenha atuado por apenas quase seis anos, demonstrou ser uma profissional de altíssimo nível, e uma pessoa capaz de colaborar com o crescimento coletivo. A família que conhecemos do curso de Agronomia de Aquidauana lamenta estas perdas, e eleva aos familiares e amigos nosso profundo pesar”, homenageia o curso em que ela era docente.

A gerência da Unidade de Aquidauana também registra que todos se encontram consternados com a triste notícia.”A professora Deisy, apesar de sua história ser recente na UEMS, deixa um enorme legado marcado pela sua capacidade técnica e compromisso no exercício das suas atividades. O momento é de profunda tristeza para todos nós”, disse o prof. Dr. Elói Panachuki, gerente da UEMS. A Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos (SBRG) também emitiu uma nota. “Agradecemos sinceramente à Deixy pelo comprometimento junto aos recursos genéticos. Nos solidarizamos e oramos junto com a família”, disse.

Sobre o acidente 

De acordo com informações do programa “Alterosa Alerta”, da TV Alterosa, a família passou as festas de fim de ano em Porto Firme, na Zona da Mata. O carro, um Toyota Corolla com cinco ocupantes, desapareceu no último sábado (8/1) quando a família tentava passar pela BR-040 em direção ao Aeroporto de Confins, onde embarcariam para o Mato Grosso.

A rodovia havia sido interditada após o transbordamento do dique de contenção de água de uma barragem da região. A suspeita é de que, com o engarrafamento da BR-040, a família teria tentado pegar um atalho pela Região de Casa Branca.

O veículo foi visto pela última vez no pedágio de Itabirito, na Região Central de Minas. No caminho, o carro teria sido soterrado. Ainda de acordo com o “Alterosa Alerta”, um morador tentava liberar a estrada e encontrou o carro.

Bombeiros foram acionados por moradores no início da tarde(foto: Corpo de Bombeiro/Divulgação )

 Os bombeiros foram chamados para atender a ocorrência próximo ao Topo do Mundo. Segundo informações, no último sábado (8/1), teria havido deslizamento de terra no local. Ainda de acordo com a corporação, o local é um córrego com difícil acesso que passa por dentro do terreno do condomínio.

O carro soterrado foi carregado e revirado por cerca de 400 metros, segundo o Corpo de Bombeiros. Ainda de acordo com a corporação, a estrutura do veículo ficou completamente  distorcida.  (Itatiaia)

Tragédia nas estradas: pai e filha serão sepultados nesta tarde em Lafaiete (MG)

Serão sepultados nesta tarde (1º) no Cemitério Jardim do Éden, em Lafaiete (MG), os corpos de Iago da Silva Ferreira, 29 anos, e de sua filha Maria Tereza Silva Oliveira, de apenas 2 anos. O velório e sepultamento ocorrem entre 14:00 às 17:00 horas.

A tragédia

Na tarde desta sexta-feira (31) a família de Conselheiro Lafaiete se deslocava para o município de Carrancas (MG), onde passaria o fim de ano. Ao se aproximarem do KM 267, da BR 265, em uma curva perigosa, logo depois do trevo que dá acesso ao Distrito do Rio das Mortes, em cima de uma ponte, o condutor perdeu a direção do veículo e caiu no rio.

A mãe, Ludmilla Assis Oliveira, foi encaminhada para a Santa Casa de São João del-Rei, onde permanece internada e passará por uma cirurgia. No momento do acidente chovia no local. Iago trabalhava na mineradora Vale.

A tragédia abalou Lafaiete.

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