Beira Rio e Três Marias: A região de Minas onde o sertão vira mar

Uma região cercada por água, história e encantos, onde a mineiridade te acolhe como em um abraço e você se sente até parte do destino. 

Minas Gerais é um país, em dimensões territoriais e culturais. E é um país grande e diverso! São 853 municípios que apresentam as mais variadas características, cada um sendo único e encantador à sua própria maneira. E assim como o Brasil, que mesmo com toda a sua dimensão, ainda é visto apenas como praia, samba e futebol, Minas Gerais também é reduzida a uma idealização. Quando se fala em turismo em terras mineiras, a primeira associação são as cidades históricas, que realmente são marcos importantes, mas Minas Gerais tem muito mais a se conhecer e explorar. Te apresendo um destino surpreendente, composto pela cidade de Três Marias e pelo bairro Beira Rio, do município de São Gonçalo do Abaeté. Descubra a região de Minas onde o sertão vira mar!

Cerrado e Lago de Três Marias (Foto: Acervo Uai Turismo)

O destino se desenvolveu em torno do Rio São Francisco, principalmente após a criação da represa de Três Marias, no final dos anos 50 e início dos anos 60. No momento em que a água tomou conta da cidade, foi como se o sertão tivesse realmente virado mar. A história da construção da barragem e a da cidade se misturam, o que proporciona variadas versões destes acontecimentos. Mas, as principais, envolvem encanto, muita água e três irmãs: as três Marias. Eu vou contar, mas você precisa ouvir dos moradores locais para poder escolher a sua versão.

Em uma das versões, conta-se que moravam três irmãs às margens do Rio São Francisco, sendo elas: Maria Francisca, Maria das Dores e Maria Geralda, conhecidas pela comunidade como as três Marias. Começou a correr pelas ruas do povoado que o sertão seria alagado para a construção de uma represa, mas as irmãs não se mudaram e continuaram com o costume de nadar no rio. Até que um dia, enquanto as três estavam nadando, as águas começaram a vir, mas uma das Marias foi puxada pela conrrenteza e as outras, na tentativa de resgate, acabaram sendo carregadas para o fundo do rio também. Mas nem tudo é tristeza: dizem que as três irmãs ainda habitam o rio, só que agora, em forma de sereias. O causo das três Marias ficou tão famoso que se tornou nome da cidade e da represa. Enquanto isso, o bairro Beira Rio possui um nome autoexplicativo. 

O bairro Beira Rio e o município de Três Marias são localidades vizinhas, separadas apenas por uma ponte. A convite da Turismo 360º Consultoria, do Visite Beira Rio e do Descubra Três Marias, o Uai Turismo conheceu as novas experiências turísticas da região e vai contar tudinho para você! 

Águas do São Francisco

A água é o que move a região, mas não são só barcos que passam por lá. A localidade é bem movimentada pelo transporte rodoviário, por ser cortada por uma rodovia federal, a BR-040, que liga Brasília-DF ao Rio de Janeiro-RJ. Se estiver indo em qualquer uma das duas direções, já tem um ponto de parada obrigatório no caminho. Mas não é só para parar, a localidade banhada pelo São Francisco precisa ser vivenciada. 

Represa de Três Marias (Foto: Acervo Uai Turismo)

Além da imensidão de água, o cerrado se faz imponente, cercado pelas histórias de Guimarães Rosa pelo sertão. A região ainda te permite esquecer o estresse da cidade grande por uns dias e aproveitar o jeitinho típico do interior. A oferta turística é bem vasta! Você vai realizar atividades náuticas, experimentar a gastronomia típica, se aventurar pelo cerrado e ainda se encantar pelas histórias de Guimarães Rosa e dos moradores locais, que tem tanto a contar desta terra especial. 

É no Velho Chico que sugiro começar a experienciar o destino, para garantir que toda viagem seja abençoada pelas águas do grande rio. Da mesma forma, sugiro também terminar por ele, para fechar com chave de ouro a estadia. 

Um dia de pescador

Quando se fala em atividades no rio, a pesca é certamente um dos primeiros pensamentos que se vem à mente. No Lago de Três Marias não seria diferente. Além disso, a região é bastante reconhecida entre pescadores, em especial os praticantes da pesca esportiva do Tucunaré, contando ainda com diversos torneios realizados ao longo do ano. Mas seja para profissionais ou para amadores que querem apenas aprender, esse é um local para todos.

Na experiência A Arte da Pesca e Preparo do Peixe, realizada no Calangal Pesca, você vai ter a chance de viver um dia de pescador, mesmo sem nunca ter encostado em uma vara de pesca na vida. A vivência é basicamente um mini curso sobre a pesca esportiva, que você aprende como é praticada, as técnicas adequadas para que os peixes não sofram machucados profundos que os impedirão de se recuperar e, principalmente, a importância de devolver o peixe de volta ao rio após a pesca. 

O Tucunaré é considerado o embaixador da pesca esportiva no Brasil, por apresentar características agressivas para defender seu território e proteger seu ninho, que proporcionam muita emoção e adrenalina durante a pesca. O peixe não é nativo da bacia do Rio São Francisco, ele foi introduzido no Lago de Três Marias, mas acabou se tornando um símbolo da região e atraindo pescadores de todas as partes do Brasil para a prática da pesca esportiva. É de extrema importância que o Tucunaré seja devolvido ao Lago após a pesca, para que não haja diminuição da população existente e, assim, a prática continue acontecendo, atraindo pescadores profissionais e turistas interessados na vivência.

Equipamentos de pesca (Foto: Acervo Uai Turismo)

Após uma aula sobre os fundamentos da pesca esportiva, você também irá aprender sobre materiais, equipamentos e vestuário necessários para a prática. É claro, para a experiência você precisará apenas de um chapéu, bastante protetor solar e um sapato fechado, mas para caso você se encante e resolva virar um pescador de vez, já estará orientado. 

A teoria é muito importante na pesca esportiva, mas a grande emoção se encontra na prática. Depois de aprender sobre os materias necessários, você aprende como usá-los. O primeiro passo é descobrir se você é uma pessoa da carretilha ou do molinete, isso, realmente, só na hora. Mas independente do mecanismo para ‘soltar a linha’ que você se identifica, a próxima etapa será aprender a dar um verdadeiro nó de pescador na isca. Que, caso você seja como eu que não tem nenhum conhecimento sobre pesca, vai descobrir que existem diversos tipos, a depender do peixe pescado, da profundidade e do estilo de pesca. Mas não se preocupe, o nó que irão te ensinar serve para todas elas. Ufa!

Nó de pescador (Foto: Acervo Uai Turismo)

Assim que você aprende a prender a isca na linha, você só precisa aprender a arremeçar para poder começar a pescar. Os movimentos não são difíceis, mas você vai precisar de um pouco de coordenação motora, principalmente na hora de puxar a isca de volta. Ao final, é só juntar todos os passos aprendidos e começar a pescar (ou ao menos tentar)! A vivência é dividida em duas partes, na primeira você pesca em terra firme, logo na entrada do Lago e depois você tem a oportunidade de pescar embarcado. Pesca é um conjunto de técnica, paciência e, querendo ou não, um pouco de sorte. Pode ser que você consiga a sua foto com o Tucunaré em mãos, mas não se entristeça caso não consiga, você ainda sairá podendo contar para todos sobre o seu dia aprendendo a pescar e, quem sabe, até contar uma história de pescador…

Você deve estar se perguntando por que o nome da experiência é “A Arte da Pesca e Preparo do Peixe” se eu reforcei tanto a importância da devolução do Tucunaré ao Lago de Três Marias. Mas não se preocupe, o peixe preparado é outro. No Lago também existem cativeiros de tilápia e é daí que sai o almoço. Enquanto você se aventura pescando, a equipe do Calangal vai preparando uma tilápia grelhada “a lá Calangal”. Além de saborear a refeição, você também irá ouvir diversas histórias dos pescadores da região. É uma vivência completa pelo universo da pesca esportiva!

Imersão no Sertão Roseano

Guimarães Rosa é considerado um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, suas obras continuam sendo agraciadas nos dias atuais, mas, definitivamente, os lugares em que mais são celebradas são aqueles que o escritor percorreu e escreveu sobre. Por isso, mais incrível que ler as obras de Guimarães Rosa, é poder ter a experiência de vivenciar um pouco do sertão que foi sua inspiração. 

E é essa a proposta da experiência Visita a Andrequicé – introdução ao mundo do Manuelzão, organizada pela Samarra Andrequicé. Andrequicé é um Distrito de Três Marias, que fica a uma distância de aproximadamente 32km do centro da cidade e é um memorial vivo das passagens de Guimarães Rosa, principalmente por ter sido terra de Manuelzão, um dos vaqueiros mais famosos retratado em sua obra. A localidade parece que parou no tempo e isso é uma coisa muito boa! É uma genuína experiência em um pequeno vilarejo de Minas Gerais, em que ainda é possível sentir muito do que foi vivido pelos icônicos personagens que passaram por essas terras. 

Andrequicé era uma localidade conhecida pelos tropeiros que paravam para repousar durante suas viagens e assim começou a se desenvolver, para conseguir atender a grande quantidade de pessoas e animais que passavam por ali. Nesse processo, foram atraídos para o distrito os ciganos, que levaram cultura, cinema, circo, festas, entre tantas outras coisas. Até hoje a região ainda é impactada pela influência cigana, especialmente pela dança cigana, que se tornou um projeto para as adolescentes locais, chamado de Grupo de Dança Corpo de Baile, que realiza apresentações em eventos e para grupos de turistas que desejam conhecer a cultura local. 

Apresentação do Grupo de Dança Corpo de Baile (Foto: Acervo Uai Turismo)

Um marco da cidade é a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, construída por volta de 1725, que apresenta características do barroco rústico mineiro e foi tombada como Patrimônio Cultural e Histórico do município de Três Marias. A Nossa Senhora das Mercês é reconhecida como padroeira dos escravos e é celebrada durante o mês de setembro, porém, com a influência cigana, a festa passou a ser conhecida como a Festa de Setembro, por ser considerada muito mundana e a igreja não tinha coragem de assumir.

Igreja de Nossa Senhora das Mercês (Foto: Acervo Uai Turismo)

Um dos maiores momentos da experiência, é claro, é a visita a casa onde Manuelzão viveu, hoje preservada e conhecida como Museu Manuelzão. Entrar na moradia é um convite a voltar no tempo, pois a estrutura da casa segue a mesma, os móveis foram mantidos nos mesmos lugares, porém, agora o ambiente conta com cubas que guardam os bens que pertenceram ao vaqueiro, representando os hábitos e costumes da época. Através da visita é possível compreender a influência de Guimarães Rosa no vilarejo e de Manuelzão nas histórias do escritor. 

Casa Museu de Manuelzão (Foto: Acervo Uai Turismo)

Contudo, a história do distrito não foi passada a frente apenas através dos escritos de Guimarães Rosa, ela ainda é perpetuada através do trabalho das bordadeiras locais. As artesãs confeccionam diversos bordados que retratam tanto a obra do escritor mineiro quanto a história da localidade. E como na arte tudo é possível, o belo é poder admirar o momento em que a fantasia e a realidade se encontram no tecido, te levando a refletir sobre os encantos que existem naquela terra. 

Histórias bordadas (Foto: Acervo Uai Turismo)

O contato com a históra da localidade não fica apenas nas visitas e na observação, em Andrequicé você se torna um participante por um dia da Roda de Leitura Roseana, tradição local em que moradores se reúnem para ler e conversar sobre as obras de Guimarães Rosa. Porém, esta não é apenas uma roda de leitura tradicional. Ela é dividida em três momentos, em que os participantes irão “garrar comer, garrar cantar e garrar ler”. Dessa forma, é servido um delicioso café da tarde, onde você vai garrar comer, quando todo mundo estiver satisfeito, é o momento de garrar cantar músicas sobre as obras e o sertão e, por fim, é o momento de garrar ler a leitura do dia, em que a quantidade de páginas sempre varia. 

Andrequicé é uma viagem no tempo, aproveite! 

Tudo de bom que o cerrado tem a oferecer

O cerrado é sempre surpreendente, não importa quantas vezes você tenha adentrado nesse bioma, sempre vai ter uma novidade! E, por vezes, essa surpresa nem está totalmente associada a fauna ou a flora, mas ao que está escondidinho em meio aos arbustos. No Beira Rio, a surpresa se chama Recanto da Zezé, um oásis localizado na região de Ribeiro Manso. Aqui você vai viver a experiência Trilha, Cachoeira e Gastronomia Mineira no Recanto da Zezé. E não tem coisa mais Minas Gerias que isso, afinal, mineiro gosta de uma boa comida, uma boa prosa e se tiver uma água para dar um mergulho, melhor ainda.

É uma completa imersão no cerrado, por isso reserve um dia inteiro. O empreendimento se localiza a aproximadamente 1h do Beira Rio, mas a distância percorrida é compensada em cada segundo da experiência, que já começa no caminho, com a possibilidade de apreciar a bela paisagem do cerrado. Ao chegar no Recanto da Zezé, o local te acolhe, assim como a própria Dona Zezé, que já estará te esperando com um belíssimo café da manhã. Anote bem essa dica que eu vou te dar: Dona Zezé fica tristíssima quando alguém não come ou come pouco, então não precisa caprichar no café da manhã do hotel e seja surpreendido pelas delícias caseiras produzidas diretamente do quintal. 

Recanto da Zezé (Foto: Acervo Uai Turismo)

Logo após o café, você é convidado a conhecer o espaço de Dona Zezé, se surpreender novamente ao descobrir que tudo ali construído tem as mãos dela e se encantar com as histórias que ela tem para contar. Além do local de morada, o espaço também contempla diversas plantações. Desde uma horta que produz tudo que é utilizado na culinária de Dona Zezé a uma singela plantação de aproximadamente 40 mil pés de abacaxi. É abacaxi a perder de vista. Além de abacaxi, a propriedade possui diversos tipos de frutas típicas do cerrado, que se você for na época de colheita, será agraciado por um banquete colhido direto dos pés.  

Depois de comer bem, nada melhor que uma caminhada até a cachoeira. A trilha é considerada média e apresenta dificuldade moderada, é descida na ida e subida na volta. Se possível, utilize um calçado antiderrapante. Ao chegar na cachoeira, você encontrará um delicioso poço em que você poderá nadar a vontade, mas que te proporcionará vivências diferenciadas a depender da época que você for: na época de cheia, você encontrará um maior volume de água, com uma linda queda, porém bem fria, já na época de seca, a queda é quase inexistente, mas a água apresenta uma temperatura mais agradável. A coloração da água também pode sofrer alteração a depender do período, mas uma coisa eu digo: é um mergulho gostoso independente da época. Além de se refrescar, você também pode fazer uma pequena caminhada pelas trilhas ao lado da cachoeira, que te levam a pequenos cânions e diversas paisagens. 

Cachoeira em períodos diferentes (Foto: Tuane Silva)

Torça para que seu tempo na cachoeira e na trilha seja suficiente para te dar fome, porque quando voltar ao quintal, Dona Zezé estará te esperando com um almoço farto feito no fogão a lenha. Nessa hora você nem lembra que tem que comer bem para deixá-la feliz, porque é algo feito com gosto. A combinação dos ingredientes tirados direto do quintal com o cozinhar do fogão a lenha deixam a comida com um sabor único que com certeza você vai querer repetir! 

Almoço da Dona Zezé (Foto: Acervo Uai Turismo)

Uma volta no Velho Chico

Quando se está nas proximidades do Rio São Francisco, é quase obrigatório fazer um passeio de barco para apreciar sua grandiosidade. Mas em Três Marias, o passeio possui seus diferenciais. Você vai viver esse momento através da experiência Passeio Náutico e Piquenique no Doce Mar de Minas, proporcionada pelo Guia Bill.

Além de contemplativo, o volta também é educativa, onde você poderá conhecer melhor a história da criação da represa e da Usina Hidrelétrica de Três Marias, suas dimensões e como se dá seu funcionamento. É conhecimento partilhado em meio a belezas de tirar o fôlego. Quanto mais o barco “adentra” a represa, melhor fica! A expressão “o sertão vira mar” vem da dimensão da água, que é tamanha que chega a se perder de vista, exatamente como no mar.

Passeio náutico na Represa de Três Marias (Foto: Acervo Uai Turismo)

Tire o momento para relaxar apreciando a paisagem e não perca nada de vista. Lembrando que por se tratar de uma represa, a paisagem pode sofrer alterações dada a temporada, pois devido as chuvas os níveis de água sobrem, enquanto durante a seca, o volume de água diminui. Mas não se assuste, até com “pouca água” a represa ainda é navegável. Durante o passeio você é levado a visitar pequenas surpresas ao longo do rio, sendo uma das principais uma formação de cânions de impressionar. 

Formação de Cânions (Foto: Acervo Uai Turismo)

E é claro que depois de apreciar a paisagem, você precisa se refrescar no Velho Chico! Como se isso já não fosse bom o suficiente, enquanto você se delicia nas águas, um piquenique maravilhoso é montado em uma área aberta nas margens do rio. E para fechar com chave de ouro, você contempla o sol se pôr lindamente na represa. A volta de barco no escurecer ainda é um espetáculo a parte! 

Piquenique no pôr do sol (Foto: Acervo Uai Turismo)

Recomendo, se possível, deixar essa experiência para o final, pois é a despedida perfeita da região e do Rio São Francisco, mas que deixa um delicioso sabor de até logo. 

Descubra esse destino!

Pode ser que você já tenha passado do ladinho da região sem saber o tanto de coisa incrível que te espera. Mas agora você já sabe que a BR-040 também leva para mais um destino, que foge do que você espera do turismo de Minas Gerais. Só não pense que vai ser possível conhecer tudo em um ou dois dias. Três Marias e o Beira Rio são locais que precisam ser vividos com calma, reserve pelo menos 4 dias para conhecer a região e se apaixonar por esse cantinho mineiro. 

Para informações completas sobre como chegar, onde se hospedar e o que mais conhecer, é só acessar  https://visitebeirario.com.br/  ou  https://descubratresmarias.com.br/. Viva essa experiência!

FONTE PORTAL UAI

Beira Rio e Três Marias: A região de Minas onde o sertão vira mar

Uma região cercada por água, história e encantos, onde a mineiridade te acolhe como em um abraço e você se sente até parte do destino. 

Minas Gerais é um país, em dimensões territoriais e culturais. E é um país grande e diverso! São 853 municípios que apresentam as mais variadas características, cada um sendo único e encantador à sua própria maneira. E assim como o Brasil, que mesmo com toda a sua dimensão, ainda é visto apenas como praia, samba e futebol, Minas Gerais também é reduzida a uma idealização. Quando se fala em turismo em terras mineiras, a primeira associação são as cidades históricas, que realmente são marcos importantes, mas Minas Gerais tem muito mais a se conhecer e explorar. Te apresendo um destino surpreendente, composto pela cidade de Três Marias e pelo bairro Beira Rio, do município de São Gonçalo do Abaeté. Descubra a região de Minas onde o sertão vira mar!

Cerrado e Lago de Três Marias (Foto: Acervo Uai Turismo)

O destino se desenvolveu em torno do Rio São Francisco, principalmente após a criação da represa de Três Marias, no final dos anos 50 e início dos anos 60. No momento em que a água tomou conta da cidade, foi como se o sertão tivesse realmente virado mar. A história da construção da barragem e a da cidade se misturam, o que proporciona variadas versões destes acontecimentos. Mas, as principais, envolvem encanto, muita água e três irmãs: as três Marias. Eu vou contar, mas você precisa ouvir dos moradores locais para poder escolher a sua versão.

Em uma das versões, conta-se que moravam três irmãs às margens do Rio São Francisco, sendo elas: Maria Francisca, Maria das Dores e Maria Geralda, conhecidas pela comunidade como as três Marias. Começou a correr pelas ruas do povoado que o sertão seria alagado para a construção de uma represa, mas as irmãs não se mudaram e continuaram com o costume de nadar no rio. Até que um dia, enquanto as três estavam nadando, as águas começaram a vir, mas uma das Marias foi puxada pela conrrenteza e as outras, na tentativa de resgate, acabaram sendo carregadas para o fundo do rio também. Mas nem tudo é tristeza: dizem que as três irmãs ainda habitam o rio, só que agora, em forma de sereias. O causo das três Marias ficou tão famoso que se tornou nome da cidade e da represa. Enquanto isso, o bairro Beira Rio possui um nome autoexplicativo. 

O bairro Beira Rio e o município de Três Marias são localidades vizinhas, separadas apenas por uma ponte. A convite da Turismo 360º Consultoria, do Visite Beira Rio e do Descubra Três Marias, o Uai Turismo conheceu as novas experiências turísticas da região e vai contar tudinho para você! 

Águas do São Francisco

A água é o que move a região, mas não são só barcos que passam por lá. A localidade é bem movimentada pelo transporte rodoviário, por ser cortada por uma rodovia federal, a BR-040, que liga Brasília-DF ao Rio de Janeiro-RJ. Se estiver indo em qualquer uma das duas direções, já tem um ponto de parada obrigatório no caminho. Mas não é só para parar, a localidade banhada pelo São Francisco precisa ser vivenciada. 

Represa de Três Marias (Foto: Acervo Uai Turismo)

Além da imensidão de água, o cerrado se faz imponente, cercado pelas histórias de Guimarães Rosa pelo sertão. A região ainda te permite esquecer o estresse da cidade grande por uns dias e aproveitar o jeitinho típico do interior. A oferta turística é bem vasta! Você vai realizar atividades náuticas, experimentar a gastronomia típica, se aventurar pelo cerrado e ainda se encantar pelas histórias de Guimarães Rosa e dos moradores locais, que tem tanto a contar desta terra especial. 

É no Velho Chico que sugiro começar a experienciar o destino, para garantir que toda viagem seja abençoada pelas águas do grande rio. Da mesma forma, sugiro também terminar por ele, para fechar com chave de ouro a estadia. 

Um dia de pescador

Quando se fala em atividades no rio, a pesca é certamente um dos primeiros pensamentos que se vem à mente. No Lago de Três Marias não seria diferente. Além disso, a região é bastante reconhecida entre pescadores, em especial os praticantes da pesca esportiva do Tucunaré, contando ainda com diversos torneios realizados ao longo do ano. Mas seja para profissionais ou para amadores que querem apenas aprender, esse é um local para todos.

Na experiência A Arte da Pesca e Preparo do Peixe, realizada no Calangal Pesca, você vai ter a chance de viver um dia de pescador, mesmo sem nunca ter encostado em uma vara de pesca na vida. A vivência é basicamente um mini curso sobre a pesca esportiva, que você aprende como é praticada, as técnicas adequadas para que os peixes não sofram machucados profundos que os impedirão de se recuperar e, principalmente, a importância de devolver o peixe de volta ao rio após a pesca. 

O Tucunaré é considerado o embaixador da pesca esportiva no Brasil, por apresentar características agressivas para defender seu território e proteger seu ninho, que proporcionam muita emoção e adrenalina durante a pesca. O peixe não é nativo da bacia do Rio São Francisco, ele foi introduzido no Lago de Três Marias, mas acabou se tornando um símbolo da região e atraindo pescadores de todas as partes do Brasil para a prática da pesca esportiva. É de extrema importância que o Tucunaré seja devolvido ao Lago após a pesca, para que não haja diminuição da população existente e, assim, a prática continue acontecendo, atraindo pescadores profissionais e turistas interessados na vivência.

Equipamentos de pesca (Foto: Acervo Uai Turismo)

Após uma aula sobre os fundamentos da pesca esportiva, você também irá aprender sobre materiais, equipamentos e vestuário necessários para a prática. É claro, para a experiência você precisará apenas de um chapéu, bastante protetor solar e um sapato fechado, mas para caso você se encante e resolva virar um pescador de vez, já estará orientado. 

A teoria é muito importante na pesca esportiva, mas a grande emoção se encontra na prática. Depois de aprender sobre os materias necessários, você aprende como usá-los. O primeiro passo é descobrir se você é uma pessoa da carretilha ou do molinete, isso, realmente, só na hora. Mas independente do mecanismo para ‘soltar a linha’ que você se identifica, a próxima etapa será aprender a dar um verdadeiro nó de pescador na isca. Que, caso você seja como eu que não tem nenhum conhecimento sobre pesca, vai descobrir que existem diversos tipos, a depender do peixe pescado, da profundidade e do estilo de pesca. Mas não se preocupe, o nó que irão te ensinar serve para todas elas. Ufa!

Nó de pescador (Foto: Acervo Uai Turismo)

Assim que você aprende a prender a isca na linha, você só precisa aprender a arremeçar para poder começar a pescar. Os movimentos não são difíceis, mas você vai precisar de um pouco de coordenação motora, principalmente na hora de puxar a isca de volta. Ao final, é só juntar todos os passos aprendidos e começar a pescar (ou ao menos tentar)! A vivência é dividida em duas partes, na primeira você pesca em terra firme, logo na entrada do Lago e depois você tem a oportunidade de pescar embarcado. Pesca é um conjunto de técnica, paciência e, querendo ou não, um pouco de sorte. Pode ser que você consiga a sua foto com o Tucunaré em mãos, mas não se entristeça caso não consiga, você ainda sairá podendo contar para todos sobre o seu dia aprendendo a pescar e, quem sabe, até contar uma história de pescador…

Você deve estar se perguntando por que o nome da experiência é “A Arte da Pesca e Preparo do Peixe” se eu reforcei tanto a importância da devolução do Tucunaré ao Lago de Três Marias. Mas não se preocupe, o peixe preparado é outro. No Lago também existem cativeiros de tilápia e é daí que sai o almoço. Enquanto você se aventura pescando, a equipe do Calangal vai preparando uma tilápia grelhada “a lá Calangal”. Além de saborear a refeição, você também irá ouvir diversas histórias dos pescadores da região. É uma vivência completa pelo universo da pesca esportiva!

Imersão no Sertão Roseano

Guimarães Rosa é considerado um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, suas obras continuam sendo agraciadas nos dias atuais, mas, definitivamente, os lugares em que mais são celebradas são aqueles que o escritor percorreu e escreveu sobre. Por isso, mais incrível que ler as obras de Guimarães Rosa, é poder ter a experiência de vivenciar um pouco do sertão que foi sua inspiração. 

E é essa a proposta da experiência Visita a Andrequicé – introdução ao mundo do Manuelzão, organizada pela Samarra Andrequicé. Andrequicé é um Distrito de Três Marias, que fica a uma distância de aproximadamente 32km do centro da cidade e é um memorial vivo das passagens de Guimarães Rosa, principalmente por ter sido terra de Manuelzão, um dos vaqueiros mais famosos retratado em sua obra. A localidade parece que parou no tempo e isso é uma coisa muito boa! É uma genuína experiência em um pequeno vilarejo de Minas Gerais, em que ainda é possível sentir muito do que foi vivido pelos icônicos personagens que passaram por essas terras. 

Andrequicé era uma localidade conhecida pelos tropeiros que paravam para repousar durante suas viagens e assim começou a se desenvolver, para conseguir atender a grande quantidade de pessoas e animais que passavam por ali. Nesse processo, foram atraídos para o distrito os ciganos, que levaram cultura, cinema, circo, festas, entre tantas outras coisas. Até hoje a região ainda é impactada pela influência cigana, especialmente pela dança cigana, que se tornou um projeto para as adolescentes locais, chamado de Grupo de Dança Corpo de Baile, que realiza apresentações em eventos e para grupos de turistas que desejam conhecer a cultura local. 

Apresentação do Grupo de Dança Corpo de Baile (Foto: Acervo Uai Turismo)

Um marco da cidade é a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, construída por volta de 1725, que apresenta características do barroco rústico mineiro e foi tombada como Patrimônio Cultural e Histórico do município de Três Marias. A Nossa Senhora das Mercês é reconhecida como padroeira dos escravos e é celebrada durante o mês de setembro, porém, com a influência cigana, a festa passou a ser conhecida como a Festa de Setembro, por ser considerada muito mundana e a igreja não tinha coragem de assumir.

Igreja de Nossa Senhora das Mercês (Foto: Acervo Uai Turismo)

Um dos maiores momentos da experiência, é claro, é a visita a casa onde Manuelzão viveu, hoje preservada e conhecida como Museu Manuelzão. Entrar na moradia é um convite a voltar no tempo, pois a estrutura da casa segue a mesma, os móveis foram mantidos nos mesmos lugares, porém, agora o ambiente conta com cubas que guardam os bens que pertenceram ao vaqueiro, representando os hábitos e costumes da época. Através da visita é possível compreender a influência de Guimarães Rosa no vilarejo e de Manuelzão nas histórias do escritor. 

Casa Museu de Manuelzão (Foto: Acervo Uai Turismo)

Contudo, a história do distrito não foi passada a frente apenas através dos escritos de Guimarães Rosa, ela ainda é perpetuada através do trabalho das bordadeiras locais. As artesãs confeccionam diversos bordados que retratam tanto a obra do escritor mineiro quanto a história da localidade. E como na arte tudo é possível, o belo é poder admirar o momento em que a fantasia e a realidade se encontram no tecido, te levando a refletir sobre os encantos que existem naquela terra. 

Histórias bordadas (Foto: Acervo Uai Turismo)

O contato com a históra da localidade não fica apenas nas visitas e na observação, em Andrequicé você se torna um participante por um dia da Roda de Leitura Roseana, tradição local em que moradores se reúnem para ler e conversar sobre as obras de Guimarães Rosa. Porém, esta não é apenas uma roda de leitura tradicional. Ela é dividida em três momentos, em que os participantes irão “garrar comer, garrar cantar e garrar ler”. Dessa forma, é servido um delicioso café da tarde, onde você vai garrar comer, quando todo mundo estiver satisfeito, é o momento de garrar cantar músicas sobre as obras e o sertão e, por fim, é o momento de garrar ler a leitura do dia, em que a quantidade de páginas sempre varia. 

Andrequicé é uma viagem no tempo, aproveite! 

Tudo de bom que o cerrado tem a oferecer

O cerrado é sempre surpreendente, não importa quantas vezes você tenha adentrado nesse bioma, sempre vai ter uma novidade! E, por vezes, essa surpresa nem está totalmente associada a fauna ou a flora, mas ao que está escondidinho em meio aos arbustos. No Beira Rio, a surpresa se chama Recanto da Zezé, um oásis localizado na região de Ribeiro Manso. Aqui você vai viver a experiência Trilha, Cachoeira e Gastronomia Mineira no Recanto da Zezé. E não tem coisa mais Minas Gerias que isso, afinal, mineiro gosta de uma boa comida, uma boa prosa e se tiver uma água para dar um mergulho, melhor ainda.

É uma completa imersão no cerrado, por isso reserve um dia inteiro. O empreendimento se localiza a aproximadamente 1h do Beira Rio, mas a distância percorrida é compensada em cada segundo da experiência, que já começa no caminho, com a possibilidade de apreciar a bela paisagem do cerrado. Ao chegar no Recanto da Zezé, o local te acolhe, assim como a própria Dona Zezé, que já estará te esperando com um belíssimo café da manhã. Anote bem essa dica que eu vou te dar: Dona Zezé fica tristíssima quando alguém não come ou come pouco, então não precisa caprichar no café da manhã do hotel e seja surpreendido pelas delícias caseiras produzidas diretamente do quintal. 

Recanto da Zezé (Foto: Acervo Uai Turismo)

Logo após o café, você é convidado a conhecer o espaço de Dona Zezé, se surpreender novamente ao descobrir que tudo ali construído tem as mãos dela e se encantar com as histórias que ela tem para contar. Além do local de morada, o espaço também contempla diversas plantações. Desde uma horta que produz tudo que é utilizado na culinária de Dona Zezé a uma singela plantação de aproximadamente 40 mil pés de abacaxi. É abacaxi a perder de vista. Além de abacaxi, a propriedade possui diversos tipos de frutas típicas do cerrado, que se você for na época de colheita, será agraciado por um banquete colhido direto dos pés.  

Depois de comer bem, nada melhor que uma caminhada até a cachoeira. A trilha é considerada média e apresenta dificuldade moderada, é descida na ida e subida na volta. Se possível, utilize um calçado antiderrapante. Ao chegar na cachoeira, você encontrará um delicioso poço em que você poderá nadar a vontade, mas que te proporcionará vivências diferenciadas a depender da época que você for: na época de cheia, você encontrará um maior volume de água, com uma linda queda, porém bem fria, já na época de seca, a queda é quase inexistente, mas a água apresenta uma temperatura mais agradável. A coloração da água também pode sofrer alteração a depender do período, mas uma coisa eu digo: é um mergulho gostoso independente da época. Além de se refrescar, você também pode fazer uma pequena caminhada pelas trilhas ao lado da cachoeira, que te levam a pequenos cânions e diversas paisagens. 

Cachoeira em períodos diferentes (Foto: Tuane Silva)

Torça para que seu tempo na cachoeira e na trilha seja suficiente para te dar fome, porque quando voltar ao quintal, Dona Zezé estará te esperando com um almoço farto feito no fogão a lenha. Nessa hora você nem lembra que tem que comer bem para deixá-la feliz, porque é algo feito com gosto. A combinação dos ingredientes tirados direto do quintal com o cozinhar do fogão a lenha deixam a comida com um sabor único que com certeza você vai querer repetir! 

Almoço da Dona Zezé (Foto: Acervo Uai Turismo)

Uma volta no Velho Chico

Quando se está nas proximidades do Rio São Francisco, é quase obrigatório fazer um passeio de barco para apreciar sua grandiosidade. Mas em Três Marias, o passeio possui seus diferenciais. Você vai viver esse momento através da experiência Passeio Náutico e Piquenique no Doce Mar de Minas, proporcionada pelo Guia Bill.

Além de contemplativo, o volta também é educativa, onde você poderá conhecer melhor a história da criação da represa e da Usina Hidrelétrica de Três Marias, suas dimensões e como se dá seu funcionamento. É conhecimento partilhado em meio a belezas de tirar o fôlego. Quanto mais o barco “adentra” a represa, melhor fica! A expressão “o sertão vira mar” vem da dimensão da água, que é tamanha que chega a se perder de vista, exatamente como no mar.

Passeio náutico na Represa de Três Marias (Foto: Acervo Uai Turismo)

Tire o momento para relaxar apreciando a paisagem e não perca nada de vista. Lembrando que por se tratar de uma represa, a paisagem pode sofrer alterações dada a temporada, pois devido as chuvas os níveis de água sobrem, enquanto durante a seca, o volume de água diminui. Mas não se assuste, até com “pouca água” a represa ainda é navegável. Durante o passeio você é levado a visitar pequenas surpresas ao longo do rio, sendo uma das principais uma formação de cânions de impressionar. 

Formação de Cânions (Foto: Acervo Uai Turismo)

E é claro que depois de apreciar a paisagem, você precisa se refrescar no Velho Chico! Como se isso já não fosse bom o suficiente, enquanto você se delicia nas águas, um piquenique maravilhoso é montado em uma área aberta nas margens do rio. E para fechar com chave de ouro, você contempla o sol se pôr lindamente na represa. A volta de barco no escurecer ainda é um espetáculo a parte! 

Piquenique no pôr do sol (Foto: Acervo Uai Turismo)

Recomendo, se possível, deixar essa experiência para o final, pois é a despedida perfeita da região e do Rio São Francisco, mas que deixa um delicioso sabor de até logo. 

Descubra esse destino!

Pode ser que você já tenha passado do ladinho da região sem saber o tanto de coisa incrível que te espera. Mas agora você já sabe que a BR-040 também leva para mais um destino, que foge do que você espera do turismo de Minas Gerais. Só não pense que vai ser possível conhecer tudo em um ou dois dias. Três Marias e o Beira Rio são locais que precisam ser vividos com calma, reserve pelo menos 4 dias para conhecer a região e se apaixonar por esse cantinho mineiro. 

Para informações completas sobre como chegar, onde se hospedar e o que mais conhecer, é só acessar  https://visitebeirario.com.br/  ou  https://descubratresmarias.com.br/. Viva essa experiência!

FONTE PORTAL UAI

Após rompimento de barragem, pesca no Rio Paraopeba e Lago de Três Marias é tema de seminário

A pesca no Rio Paraopeba e Lago de Três Marias, comprometida pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho – MG, será tema do seminário online 2 Anos e Meio do Rompimento: a atividade pesqueira na bacia do Rio Paraopeba e Lago de Três Marias, neste sábado, dia 31 de julho, às 15h. O evento será transmitido pelo canal Águas do Paraopeba e Três Marias, no YouTube.

Na oportunidade, equipes das Assessorias Técnicas Independentes (ATIs), que auxiliam atingidas e atingidos na busca pela reparação integral dos danos, vão se reunir com pescadores das regiões impactadas a fim de discutir possíveis caminhos na tentativa de compensar os prejuízos causados com a interrupção da atividade econômica.

A expectativa é que representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPMG) e Governo do Estado de Minas Gerais participem do momento, que será intermediado pela Coordenação e Acompanhamento Metodológico e Finalístico (Camf)/Projeto Paraopeba, da PUC Minas.

SERVIÇO

·         Seminário: 2 Anos e Meio do Rompimento: a atividade pesqueira na bacia do Rio Paraopeba e Lago de Três Marias.

·         Sábado, 31 de julho, 15h;

·         Transmissão pelo canal Águas do Paraopeba e Três Marias, no YouTube.

·         Contato – Assessoria de Comunicação Social da Camf – Leandro Ferreira (31) 97166 1054.

·         Sugestão de entrevista: Rangel Santos – Biólogo do Projeto Paraopeba

Currículo: Possui graduação em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário UNA (2013), mestrado em Ecologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2015) e doutorado em ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre pela Universidade federal de Minas Gerais (2019). Atualmente é coordenador da Assessoria Temática do Meio Biótico da Coordenação e Acompanhamento Metodológico e Finalístico (Camf) do Projeto Paraopeba (PUC Minas).

Assessoria de Imprensa
PUC Minas
(31) 3319-4917

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