Os polêmicos trotes, tipo de testes que os estudantes passam para ser aceitos em repúblicas federais de Ouro Preto, entraram na mira da Procuradoria da República em Minas Gerais.
Na última semana, o procurador Adailton Ramos do Nascimento instaurou um inquérito civil contra as repúblicas Necrotério, Doce Mistura e Poleiro dos Anjos para apurar “notícias de situações gravosas na ocupação e no uso dos imóveis de propriedade da Universidade Federal de Ouro Preto, destinados à residência de alunos”.
“Não podemos brincar com a vida. O trote é um crime.” Assim expressou a Secretária Executiva do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência Centro-Sul (CISRU), Ormesinda Barbosa, ao ministrar uma palestra para estudantes, ontem, dia 23, na Câmara, durante reunião pública, proposta pelo vereador Darcy da Barreira (SD).
O tema central da fala da secretária foi em torno dos trotes que são os hoje um dos principais problemas enfrentados pelo Samu e o público que mais comete esta praga são as crianças. A palestra discorreu sobre a conscientização para combater os trotes. “Enquanto uma ambulância atende um trote, uma pessoa pode perder a vida”, discorreu Barbosa. “A brincadeira de passar trote ao SAMU pode parecer irrelevante, porém, os prejuízos causados por esta atitude são incalculáveis. A mobilização de uma unidade inteira de atendimento para atender a uma chamada falsa pode causar enormes prejuízos, inclusive, cerceamento da vida de alguém”, assinalou.
Segundo Ormesinda, as pesquisas promovidas pelo Samu apontam que após as saídas das escolas e nas férias são que as épocas que os trotes mais crescem. Somente um número detectado ligou este ano para o Samu mais de 3,5 mil vezes para passar trotes. O número foi identificado e o caso foi levado ao Ministério Público.
Nos 6 primeiros meses de 2018 foram realizados 24.605 trotes contra 1.567 de todo o ano de 2017, um aumento de 58%. “São 5 trotes por hora e 118 ao dia”, explicou Ormesinda. “Isso é um atentado contra a vida”, observou.
O projeto
A palestra atende um pedido do vereador Darcy da Barreira visando conscientizar e mobilizar o público infantil e adolescente sobre os trotes. Tramita na Câmara um projeto de sua iniciativa que institui uma multa aos proprietários de linhas telefônicas cujos aparelhos sejam originadas trotes ao Samu.
Após anotado, o número do telefone, o Samu enviará os respectivos relatórios às empresas telefônicas para que elas informem os donos. O órgão competente municipal adotará as medidas cabíveis e lavratura de auto de infração.
Ormesinda elogiou a iniciativa pioneira da Câmara de Lafaiete. “Vamos replicar este projeto nos outros 50 municípios. A lei servirá de modelo para outras cidades adotem esta legislação. O trote é um atentado à vida”, observou.
O CISRU, com sede em Barbacena, foi o 2º consórcio criado em Minas, abrange 51 cidades em um público de 800 mil pessoas.
A Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete promove amanhã, dia 23, a partir das 14:00 horas, uma palestra ministrada pela Secretária Executiva do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência Centro-Sul (CISRU) em torno das dificuldades enfrentadas pelo atendimento do SAMU.
A reunião pública é resultado do empenho do vereador Darcy da Barreira (SD) através de um requerimento aprovado pela Casa Legislativa.
Os números
Em 2015, o SAMU fez 22.845 atendimentos, em 2016, 22.192, e no ano passado, foram 26.552, representando um crescimento em torno de 12% no período.
Se cresceram os atendimentos, inversamente a praga dos trotes é bem alta na região de abrangência.
Em 2016, eram 70 trotes ao dia e, em 2017, subiu para 78/dia, perfazendo respectivamente 13% e 16% dos atendimentos totais via 192.A maioria dos trotes é originário de crianças, tanto que há uma campanha de conscientização voltada para este público.
O vereador presidente da Câmara de Lafaiete, Darcy da Barreira, apresentou um projeto de lei que institui uma multa aos proprietários de linhas telefônicas cujos aparelhos sejam originadas trotes ao Samu. Após anotado o número do telefone, o Samu enviará os respectivos relatórios às empresas telefônicas para que elas informa os donos. O órgão competente municipal adotará as medidas cabíveis e lavratura de auto de infração. “Este serviço é essencial à população e má fé coloca em risco a segurança e a vida de pessoas”, assinalou Darcy. “temos que encontrar uma forma de inibir este crime com multas”, concluiu.
A “brincadeira” de passar trote ao SAMU pode parecer irrelevante, porém, os prejuízos causados por esta atitude são incalculáveis. A mobilização de uma unidade inteira de atendimento para atender a uma chamada falsa pode causar enormes prejuízos, inclusive, cerceamento da vida de alguém.
Enquanto o SAMU atende uma falsa chamada, outra verdadeira pode estar precisando do serviço, caso em que existe o risco de inexistir outra unidade para atendimento desta última, sem embargo do desrespeito ao erário público tendo em vista o gasto efetivo aplicado a cada chamada inverídica.
Cada minuto é valioso no atendimento de vítimas de acidentes ou de pessoas acometidas por algum mal súbito, portanto, a prática de trotes atrapalha a prestação do serviço desta entidade que tanto preza pela vida e pela saúde da população.
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