Linha Rio-Lima volta a operar; trajeto é uma das maiores viagens de ônibus do mundo

Passagem com destino ao Peru já está disponível no site da Novo Rio por R$1.350; saídas acontecem às quintas-feiras

Uma das maiores rotas de ônibus do mundo voltou a operar nesta quinta-feira (13). Saindo da rodoviária Novo Rio, no centro do Rio de Janeiro, a viagem cruza diversos estados brasileiros até chegar ao Peru.

A companhia TransAcreana assumiu a linha Rio-Lima em cerimônia com a presença do Cônsul Geral do Peru, Juan Prieto, e representantes do setor. O valor da passagem é de R$ 1.350,00 e já está disponível no site da rodoviária. As saídas são semanais e ocorrem sempre às quintas-feiras, às 13h.

Os veículos tem dois andares e assentos na categoria leito. A empresa ainda oferece wi-fi, tomadas usb, travesseiro, manta e cortinas de privacidade. O trajeto é feito pela Estrada Interoceânica do Sul, que liga a costa peruana do Oceano Pacífico ao litoral atlântico brasileiro, segundo informações do jornal O Dia.

Com duração de cinco dias, a rota percorre mais de seis mil quilômetros passando pelas seguintes cidades peruanas: Ica, Nazca, Abancay, Cuzco, Puerto Maldonado e Iñapari. Já no Brasil, as paradas são em Assis Brasil, próximo à fronteira, Rio Branco, Porto Velho, Cuiabá, Campo Grande e São Paulo. Além do Rio, embarque e desembarque acontecem nas cidades de São Paulo, Campo Grande, Cuiabá, Porto Velho e Rio Branco.

A linha cruza cinco estado brasileiros e sete peruanos, passando pela Amazônia e a Cordilheira dos Andes. Os motoristas precisam de habilidade para realizar as curvas fechadas da Estrada do Pacífico e se manter lúcidos em trechos com cerca de cinco mil metros de altitude.

O serviço, antes oferecido pela viação peruana Expresso Internacional Ormeño, foi interrompido na pandemia com a falência da empresa. Em comparação, uma viagem de avião ligando as mesmas cidades, que dura cerca de 6h, está na média de R$ 1.800 reais ida e volta. 
FONTE BRASIL DE FATO

As sete cachoeiras mais altas do Brasil

Do Amazonas ao Rio Grande do Sul, quedas d’água gigantescas que fazem do país um prato cheio para o ecoturismo

O ecoturismo vem crescendo cada vez mais no Brasil e as cachoeiras estão entre os cenários favoritos de quem gosta de fazer esse tipo de viagem. Bom que o país tem opções de cachoeiras para todos os gostos – pequenas, grandes, com ou sem poços para banho. Na lista a seguir estão as sete maiores cachoeiras do Brasil em termos de altura, sendo que cinco delas podem ser visitadas:

1 – Cachoeira da Neblina (450m), Rio de Janeiro

A maior cachoeira em altura do Brasil é a Cachoeira da Neblina, uma gigante de 450 metros que fica dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos no estado do Rio de Janeiro. Como a sua queda d’água é fortíssima e ela está localizada em uma área perigosa, os banhos e as visitas são terminantemente proibidos.

2 – Cachoeira do El Dorado (353m), Amazonas

A segunda maior cachoeira do país fica no Amazonas. Com 353 metros de altura, a Cachoeira do El Dorado tem um acesso bastante difícil. Saindo de Manaus, é preciso encarar 30 horas (!) de barco até o município de Barcelos. E não pense que acabou: El Dorado fica em um local bastante isolado a cerca de 211 km da sede do município. As expedições para conhecê-la são trabalhosas e passam por trilhas muito extensas, o que acaba tornando-as mais caras. É permitido chegar até o topo da cachoeira, o que envolve cerca de 10 km de trilha. Para alcançar de fato a queda d’água, é mais uma hora de caminhada.

3 –  Cachoeira da Fumaça (340m), Bahia

Importante destino de ecoturismo, a Chapada Diamantina na Bahia guarda a Cachoeira da Fumaça. A trilha de acesso que leva à cachoeira de 340 metros de altura tem cerca de 12 km e leva cerca de cinco horas entre ida e volta. A recompensa é a vista linda em seu pico. O banho ali não é permitido, mas existem outras cachoeiras bem próximas que podem refrescar os trilheiros.

4 – Cachoeira da Boa Vista (310m), Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Bem na divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, a Cachoeira da Boa Vista é a quarta maior queda d’água do país, com 310 metros de altura. Está localizada em um grande cânion chamado Monte Negro, onde é possível chegar de carro. A queda, apesar de alta, tem pouco volume de água.

5 – Cachoeira Véu da Noiva (289m), Rio Grande do Sul

Rio Grande do Sul guarda outra gigante, a Cachoeira da Véu da Noiva, com 289 metros de altura. Ela fica dentro do Parque Nacional dos Aparados da Serra, no Cânion do Itaimbezinho, e pode ser admirada durante a Trilha do Vértice: a caminhada de apenas 1,5km é fácil, bem sinalizada e pavimentada em vários trechos. Não é possível acessar o topo ou o poço da cachoeira – apreciar a sua enorme queda já é um espetáculo.

6 –  Cachoeira da Bel (280m), Bahia

Bahia volta a aparecer no ranking com a Cachoeira da Bel, de 280 metros de altura. Essa fica na colônia Monte Alegre, em Guaratinga, dentro do Parque Nacional do Alto Cariri. A trilha que leva a ela é de nível fácil, com 1,8 km de extensão. A cachoeira também é bastante procurada para a prática de rapel.

7 – Cachoeira do Tabuleiro (273m), Minas Gerais

A representante de Minas Gerais da lista é uma das maiores e mais belas do país. Com 273 metros de altura, está localizada na Serra do Espinhaço, a 19 km do município de Conceição do Mato Dentro. Uma das suas particularidades é a parede rochosa em formato de coração, que chama atenção de longe. Há diferentes trilhas que permitem o acesso ao topo e à base da cachoeira.

 

FONTE VIAGEM E TURISMO

O trem mais incrível do Peru em uma viagem até Machu Picchu

Nenhuma aventura peruana está completa sem uma visita à aldeia inca de Machu Picchu, protegida pela UNESCO. É a parada turística número um do Peru e, sem dúvidas, um dos lugares mais bonitos para se visitar – afinal, há uma razão para ser uma das novas sete maravilhas do mundo.

Mas chegar lá e reservar passagens não é tão simples quanto se espera. Os ingressos devem ser comprados com pelo menos 30 dias de antecedência na alta temporada e o acesso envolve pelo menos três meios de transporte. Claro, o local é acessível a pé através da Trilha Salkantay para caminhantes interessados, mas a rota envolve uma caminhada de 75 quilômetros durante quatro a cinco dias pelas montanhas e pelo terreno da selva, terminando com um despertar às 3h da manhã no último dia para descer a Machu Picchu para o nascer do sol.

Em 2024, a Belmond comemora 25 anos de serviço no Peru — Foto: Sophie Knight
Em 2024, a Belmond comemora 25 anos de serviço no Peru — Foto: Sophie Knight
Há dois carrinhos de jantar que comportam até 84 passageiros — Foto: Sophie Knight
Há dois carrinhos de jantar que comportam até 84 passageiros — Foto: Sophie Knight

Entre em Hiram Bingham, A Belmond Train, uma viagem de trem inesquecível que começa na estação Poroy, em Cusco, e te leva até a cidadela. O Hiram Bingham (nomeado em homenagem ao explorador que divulgou amplamente a existência de Machu Picchu para o mundo ocidental no início do século 20), é composto por vários vagões decorados. Ele inclui dois vagões-restaurante com capacidade para até 84 passageiros, um vagão-bar onde são servidos Pisco Sours e um vagão de observação ao ar livre para apreciar as vistas panorâmicas. Veja como é o dia.

Chegamos à estação de Poroy (a 20 minutos de carro do centro de Cusco) às 8h30, com música ao vivo e uma apresentação de dança com artistas vestidos com roupas tradicionais incas. Recebemos uma bebida de boas-vindas de prosecco com pisco e groselha, que bebemos rapidamente antes de sermos levados à nossa cabine de jantar para uma partida imediata às 9h.

O trem mais incrível do Peru em uma viagem até Machu Picchu — Foto: Sophie Knight
O trem mais incrível do Peru em uma viagem até Machu Picchu — Foto: Sophie Knight
A equipe distribui bandejas de prosecco, pisco e groselha — Foto: Sophie Knight
A equipe distribui bandejas de prosecco, pisco e groselha — Foto: Sophie Knight

Os convidados se enquadram em uma de duas categorias: metade está pronta para uma passarela e a outra metade está pronta para explorar o terreno da selva. Nós nos encaixamos confortavelmente na equipe de caminhada com nossos tênis e leggings, mas os hóspedes mais sofisticados usam sapatos Chanel, chapéus de sol e bolsas de grife.

O sol entra no vagão-restaurante quando o trem começa a descer — Foto: Sophie Knight
O sol entra no vagão-restaurante quando o trem começa a descer — Foto: Sophie Knight
Os campos de cultivo passam - os platôs altos são a altitude ideal para o cultivo — Foto: Sophie Knight
Os campos de cultivo passam – os platôs altos são a altitude ideal para o cultivo — Foto: Sophie Knight

Nosso capitão, Martin, explica a viagem que temos pela frente quando começamos a avançar – ela durará duas horas e meia, descendo 3 mil metros acima do nível do mar até 2.400 metros. A queda de altitude é muito bem-vinda.

Começamos a viagem em um terreno relativamente plano. Campos de cultivo de milho e batata passam rapidamente. E às 10h30, entramos na icônica floresta nublada do Vale Sagrado, uma região do planalto andino do Peru.

O Hiram Bingham serpenteia pelas montanhas em direção a Machu Picchu — Foto: Sophie Knight
O Hiram Bingham serpenteia pelas montanhas em direção a Machu Picchu — Foto: Sophie Knight
O carrinho de bar é o local ideal para ouvir música ao vivo durante toda a viagem — Foto: Sophie Knight
O carrinho de bar é o local ideal para ouvir música ao vivo durante toda a viagem — Foto: Sophie Knight

Fazemos uma rápida parada em Ollantaytambo para pegar mais passageiros antes do início do serviço de brunch. A refeição de três pratos começa com pão quente e tortinha de milho crocante, seguida de espetinhos de carne Angus com batata nativa e termina com uma deliciosa mousse de banana doce e maracujá. Depois, o que importa são as vistas.

Um brunch de três pratos é servido enquanto o trem passa pela zona rural andina — Foto: Sophie Knight
Um brunch de três pratos é servido enquanto o trem passa pela zona rural andina — Foto: Sophie Knight
Espere pratos como carne bovina com batatas nativas — Foto: Sophie Knight
Espere pratos como carne bovina com batatas nativas — Foto: Sophie Knight

A paisagem lá fora se transforma em montanhas rochosas enquanto seguimos o caudaloso rio Urubamba, que deságua no rio Amazonas. O carrinho de observação é o local para passar a maior parte da viagem, absorvendo as paisagens inigualáveis.

O trem serpenteia por altas montanhas e uma selva verde exuberante – samambaias, bromélias e muita folhagem verde ocupam o lado direito do trem. Observamos as nuvens rolarem sobre as montanhas rochosas antes de chegarmos à estação de Machu Picchu.

As bebidas são apreciadas no carrinho de bar — Foto: Sophie Knight
As bebidas são apreciadas no carrinho de bar — Foto: Sophie Knight
A folhagem bate nas janelas do trem — Foto: Sophie Knight
A folhagem bate nas janelas do trem — Foto: Sophie Knight

Seguimos para a sala de espera privada de Belmond antes de sermos guiados ao nosso ônibus para uma subida com muito vento de 30 minutos até a entrada de Machu Picchu. Seguiremos pela Rota Um – a rota mais alta e popular – ao redor da cidadela com um guia que fala inglês ou espanhol e que compartilha a fascinante história dessa cidade inca que se acredita ter sido construída no século XV.

Acredita-se que Machu Picchu tenha sido construída por volta do século XV — Foto: Cavaleiro Sophie
Acredita-se que Machu Picchu tenha sido construída por volta do século XV — Foto: Cavaleiro Sophie
Lhamas e alpacas são residentes de Macchu Pichu — Foto: Sophie Knight
Lhamas e alpacas são residentes de Macchu Pichu — Foto: Sophie Knight

Ficamos maravilhados enquanto a nuvem flui pela antiga vila e tiramos fotos enquanto ela se desprende do Monte Machu Picchu.

Às 16h, seguiremos para o Sanctuary Lodge, um hotel Belmond na entrada da cidadela, para o chá da tarde antes de retornarmos ao ônibus para a viagem de volta.

A vila inca foi declarada Patrimônio Mundial da UNESCO em 1983 — Foto: Sophie Knight
A vila inca foi declarada Patrimônio Mundial da UNESCO em 1983 — Foto: Sophie Knight
1,5 milhão de pessoas visitam Machu Picchu todos os anos — Foto: Sophie Knight
1,5 milhão de pessoas visitam Machu Picchu todos os anos — Foto: Sophie Knight

Um serviço de jantar requintado e bebidas ilimitadas nos mantém entretidos enquanto o céu escurece. Um banquete de quatro pratos é o combustível perfeito após um dia de exploração. A viagem termina com um delicioso chocolate quente com especiarias (em uma taça de champanhe, claro).

Um jantar de quatro pratos completa a viagem de trem, com coquetéis à base de Pisco — Foto: Sophie Knight
Um jantar de quatro pratos completa a viagem de trem, com coquetéis à base de Pisco — Foto: Sophie Knight

O trem chega por volta das 21h30 para mais música ao vivo e uma despedida da equipe que fez a viagem sem problemas. Quem diria que escalar Machu Picchu poderia ser tão chique?

Uma reserva no Hiram Bingham, A Belmond Train inclui a viagem de trem de ida e volta com entretenimento, uma refeição de três pratos e bebidas ilimitadas, entrada para Machu Picchu, acesso à trilha mais popular e um guia particular.

Matéria originalmente publicada na Condé Nast Traveller
FONTE CASA VOGUE

 

Barra do Cahy: conheça a primeira praia do Brasil e seus encantos

Praia foi o primeiro ponto de chegada dos portugueses no Brasil e causou deslumbramento imediato.

A Barra do Cahy, local de belezas naturais encantadoras, é uma praia de grande importância histórica por ter sido primeiro ponto de chegada dos portugueses da tripulação de Pedro Álvares Cabral ao cair da tarde da quarta-feira do dia 22 de abril de 1500. O deslumbramento dos europeus em relação à descoberta do “Novo Mundo” é bem evidente nos registros feitos por Caminha. Na Carta ele descreve suas impressões sobre o território que viria a ser chamado de Brasil.

A Praia da Barra do Cahy está há 47 Km ao norte da cidade do Prado, há 15 Km ao norte do distrito de Cumuruxatiba e há 28 Km em linha reta do Monte Pascoal (no município de Porto Seguro). Olhando do mar para terra, o monte fica aos fundos das falésias, fazendo sombra na praia, numa ingênua ilusão de ótica. Até hoje a imagem proporciona a mesma perspectiva de visão que tiveram os portugueses em 22 de abril de 1500.

Atualmente a Barra do Cahy, está inserida no território da RESEX CORUMBAU  e envolvida pelas comunidades de Veleiro, Imbassuaba ,Cumuruxatiba e comunidades indígena das Tis Comexatiba e Barra Velha que têm no extrativismo pesqueiro sua principal fonte de vida. Outra atividade promissora é a etno vivência em turismo de base comunitária – Uma abordagem inovadora e sustentável para o turismo na região, enfatizando a inclusão e o benefício das comunidades locais.

Prado

Com um movimento calmo e tranquilo durante todo o ano, Prado se torna um refúgio de belezas naturais. A riqueza vegetal preservada na cidade, grandes falésias de areia, vários coqueiros e as tradicionais canoas e jangadas coloridas, utilizadas para a pesca artesanal, são adicionais à paisagem da orla marítima e seus 84 km de extensão. Algumas praias não devem faltar em seu roteiro, como o Balneário de Guaratiba, Cumuruxatiba, Corumbau e as praias mais próximas ao centro, como Paixão e Tororão. Por conta das águas mornas e cristalinas, que variam entre tons de azul e verde, Prado com toda certeza encantará os turistas.

As praias de Prado estão localizadas no litoral baiano em uma região conhecida por Costa das Baleias. Este nome se dá por conta da migração de baleias jubartes entre junho e outubro na região. Os animais descem das águas polares até a costa brasileira para acasalarem nas águas quentes. Prado é um dos melhores pontos de observação do mundo e atrai milhares de turistas ansiosos por esse espetáculo em alto mar, todos os anos.

Esse verdadeiro show das gigantes do mar pode ser admirado com passeios de barco saindo de Prado, Cumuruxatiba e Corumbau. Conhecer as belezas que temos em alto mar como o Recife de Guaratiba, onde também é possível praticar mergulho livre e se surpreender com as diversas espécies de peixes e corais da região, deve fazer parte do seu roteiro.

 

FONTE UAI

Estudo inédito lista os 5 parques do Brasil menos conhecidos

Desinformação, distância e custos são as principais barreiras; veja os 5 parques menos conhecidos e onde eles ficam.

Numa conversa qualquer sobre viagens, não é raro encontrar um brasileiro que conheça mais sobre as atrações da Disney do que as de um parque do Brasil. Ou então, alguém que saiba de cor como ir de Londres a Paris, mas não tem ideia de como chegar a um parque natural na cidade de São Paulo.

Na pesquisa inédita Parques do Brasil – Percepções da População, divulgada nesta terça-feira, 16 de abril, o Instituto Semeia, com apoio do ICMBIo (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e do Instituto Ekos Brasil, relata as percepções da população brasileira com relação aos parques naturais e urbanos do Brasil.

De acordo com o estudo, que ouviu 1.539 brasileiros de dez regiões metropolitanas do país, apesar da maioria da população conhecer algum dos 569 parques naturais no Brasil, cerca de um terço (29%) ainda não esteve em um nenhum desses lugares.

“Este cenário expressa o desafio de impulsionar a visitação nos parques brasileiros junto à opinião pública, enfrentado por gestores e especialistas dessas áreas”, analisa a coordenadora de Conhecimento do Instituto Semeia, Mariana Haddad, em nota enviada ao Viagem em Pauta.

A pesquisa mapeou a vivência da população com os parques, a partir de quatro pontos: conhecimento (o que), experiência (como), motivações (por que) e barreiras. E o não-conhecimento dessas áreas verdes não está vinculado à classe social, já que quase metade (48%) é da classe C e o segundo maior grupo (39%) compreende as classes A e B.

Mas quem viajou pelo Brasil, nos últimos anos, por exemplo, já deve até saber quais são as principais barreiras para o aumento de viagens do gênero: custo de deslocamento (33%), distância (22%), custo com hospedagens (20%), falta de informações sobre os parques (13%) e as atividades disponíveis neles (12%).

Já quem nunca visitou também indicou obstáculos para conhecer os parques, como custos com deslocamento (42%) e hospedagem (31%), distância (20%) e desinformação (13%).

CONHEÇA A DIFERENÇA

Parques Naturais

Grandes áreas demarcadas pelo governo para a conservação do meio ambiente. Geralmente, ficam em locais mais afastados dos centros urbanos e são procurados por visitantes em busca de atividades de aventura, contato com a natureza e contemplação de atrativos naturais, como o Parque Natural Municipal Jaceguava, às margens da Represa Guarapiranga, em Parelheiros, e o vizinho PNM Varginha.

Parques Urbanos

São áreas verdes públicas, dentro das cidades, procuradas pela população para a prática de esportes, atividades de lazer, entretenimento e contato com a natureza nos centros urbanos. O Ibirapuera e o Horto Florestal são alguns exemplos desse tipo de parque.

Entre os parques urbanos, cujas opções costumam ser gratuitas e de mais fácil acesso, 21% dos entrevistados disseram visitar um deles até uma vez por mês e outros 49%, nos últimos seis meses.

Com relação às barreiras para visitação desse tipo de parque, 30% responderam distância, 21% preferem ficar em casa, 14% optaram por outro tipo de passeio e 13% se referem aos custos. A pesquisa aponta também impeditivos como zeladoria (banheiros e instalações ruins, má iluminação, falta de equipamentos de lazer e segurança).

Próximos a grandes centros urbanos, os parques mais lembrados pelos brasileiros são o Parque Nacional da Tijuca e o Parque Estadual da Cantareira. Entre os mais distantes, foram citadas unidades de conservação como o Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA), Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) e o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA).

Foto: Viagem em Pauta
Foto: Viagem em Pauta * fonte: Instituto Semeia

Parques menos conhecidos no Brasil

Para a elaboração do Parques do Brasil – Percepções da População, a pesquisa fez o seguinte pedido para os 1.539 entrevistados: marque na lista abaixo todos os parques naturais que você conhece, mesmo que seja só de ouvir falar.

Em outros estudos, o Instituto Semeia já apontava que um dos entraves do turismo em parques é o baixo reconhecimento desses espaços pela sociedade. Por isso, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer no que se refere à divulgação e promoção de parques do gênero, sejam eles estaduais ou nacionais.

As unidades menos conhecidas ou mencionadas pelos entrevistados são o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí (22%), Parque Nacional da Serra da Bocaina, no Rio de Janeiro e São Paulo (17%), Parque Nacional de Aparados da Serra, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina (8%), Parque Estadual do Ibitipoca, em Minas Gerais (8%), e Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas (4%).

Cânion Itaimbezinho
Cânion Itaimbezinho Foto: Eduardo Vessoni / Viagem em Pauta

Apesar dos estragos que a pandemia de coronavírus causou na economia mundial, o estudo do Instituto Semeia aponta que a procura por parques voltou a crescer, passando de 27% na edição de 2022 para 44% na atual.

Porém, ainda não dá para afirmar que será possível retornar aos patamares de antes da covid-19, uma vez que a crise sanitária mundial deixou uma série de consequências, como o impacto da pandemia sobre a renda da população, apesar da ampla reflexão sobre a natureza e seus benefícios para a saúde.

Ainda assim, os entrevistados associaram suas experiências em parques a sensações como liberdade, paz e natureza. Para avaliar esses sentimentos, a pesquisa considerou a média das respostas – e, nesse quesito, vale ressaltar que as experiências podem variar consideravelmente de um local para outro.

Quanto aos parques naturais, as avaliações dos 12 aspectos sobre zeladoria, serviços aos usuários e educação ambiental variaram entre 63% e 73% nas atribuições de ótimo e bom. Além disso, 66% atribuíram notas 9 ou 10 e recomendariam a experiência a familiares e amigos.

Sobre parques urbanos, 40% dos visitantes o fizeram no último mês, sendo 56% com visitas que duraram entre 1 e 3 horas. Os sentimentos foram de natureza, paz e liberdade. Zeladoria, serviços aos usuários e educação ambiental foram avaliados como bom e ótimo pela maioria, com notas 9 e 10, e 68% das pessoas entrevistadas recomendariam a visitação.

 

FONTE TERRA

27 Cânions para conhecer no Brasil, separados por região

Você já deve ter visitado ou visto imagens impressionantes de alguns cânions famosos no Brasil e no exterior, como o cânion Itaimbezinho, no Rio Grande do Sul, ou o Grand Canyon, nos Estados Unidos. Eles com certeza fazem juz à fama, mas por todo o Brasil há cânions lindos que merecem ser conhecidos.

Pensando nisso, nós preparamos uma lista com 27 cânions para conhecer no Brasil, separados por região.

O que são cânions?

Cânions, também comumente chamados de desfiladeiros, são vales profundos cercados por encostas ou paredões íngremes, que em alguns casos podem ser quase verticais. Eles são formados ao longo de milhões de anos devido à erosão causada pela ação da água e do vento, e podem ter um tamanho variado tanto em extensão quanto em profundidade.

Maiores cânions do mundo

Maior cânion do mundo em extensão: Yarlung Tsangpo, no Tibete (504 km de extensão), seguido pelo Grand Canyon, nos Estados Unidos (445 km de extensão)

Maior cânion do mundo em profundidade:

Yarlung Tsangpo, no Tibete (mais de 6000 metros de profundidade), seguido pelo cânion Colca, no Peru (3500 metros de profundidade)

Maiores cânions do Brasil

Maior cânion do Brasil em extensão: Cânion do Guartelá, no Paraná (30 km de extensão)

Maior cânion do Brasil em profundidade: Cânion Fortaleza, no Rio Grande do Sul (800 metros de profundidade)

Confira 27 cânions para conhecer em todas as regiões do Brasil

 

Região Norte

 

Cânion do Sussuapara, no Jalapão (TO)

O cânion do Sussuapara é uma das principais atrações do Jalapão, no Tocantins. É um cânion pequeno, com bonitos paredões de cerca de 25 metros de altura e água corrente na base. A trilha para chegar ao cânion é curta e acessível, com uma escadaria de madeira que leva até a base.

Foto: Flávio André/MTur

Mais informações:

cânion do Sussuapara fica a cerca de 15 km da cidade de Ponte Alta, um dos pontos de partida para explorar o Jalapão. O trajeto é em estrada de chão, como em quase todas as atrações na região. Para visitar é preciso pagar uma taxa de entrada.

A melhor forma de conhecer o cânion é com uma das agências que atuam no Jalapão, como Cerrado DouradoKoruboPisa TrekkingTerritório Selvagem e Venturas.

 

Cânion Encantado, em Almas (TO)

O cânion Encantado é formado por cachoeiras e impressionantes paredões de cerca de 70 metros de altura. O local fica na região das Serras Gerais, no Tocantins, e pode ser combinado com uma visita à Cidade de Pedra, que reúne formações em arenitos, e outras cachoeiras. Todas as atrações são acessadas por trilhas, e é obrigatório o acompanhamento de um guia credenciado.

Mais informações:

O cânion Encantado fica a cerca de 66 km de Almas e a 51 km de Pindorama, em um acesso por estrada de terra. É preciso comprar o ingresso de entrada antecipadamente no site do Cânion Encantado, que também oferece uma lista dos guias da região; é obrigatório contratar um para o passeio.

 

Região Nordeste

 

Cânions do Viana, em Bom Jesus (PI)

Palco de uma das etapas do Rally dos Sertões, os Cânions do Viana, no Piauí, são formados por um conjunto extenso de paredões avermelhados. Eles ficam na região de Bom Jesus, cidade natal do humorista Whindersson Nunes, que inclusive já divulgou os cânions do Viana nas suas redes. Para conhecer os paredões, os aventureiros seguem por uma estrada de muita areia, em um trajeto de cerca de 30 km percorrendo os cânions.

Foto: Gustavo Epifânio/Divulgação Rally dos Sertões

Mais informações:

Os cânions do Viana ficam na região de Bom Jesus, a cerca de 600 km da capital Teresina. Os cânions em si contam com pouca infraestrutura, e o acesso é adequado apenas para veículos 4×4. Por isso, o mais recomendado é contratar um guia na cidade ou fechar um pacote com uma agência de turismo (as agências que atuam no Jalapão costumam oferecer pacotes nessa região também).

O Conselho Municipal de Turismo de Bom Jesus pode ajudar com indicações: entre em contato pelo Instagram ou Whatsapp – (89) 9 8116 2740.

Cânion do Rio Poti (PI)

Um passeio de barco, bote ou caiaque é a forma perfeita de conhecer o cânion do Rio Poti, no Piauí. Como o nome indica, os paredões são cortados pelo rio e formam o ambiente perfeito para passeios e esportes de aventura. O local passou por uma avaliação de risco e várias adequações de segurança depois da tragédia no cânion do Lago de Furnas, em Capitólio, que conta com uma geografia parecida.

Foto: Guia Augusto Junior/Eco Castelo Adventure

Mais informações:

O principal acesso ao cânion do Rio Poti é pela cidade de Castelo do Piauí, a cerca de 200 km de Teresina. De lá, são cerca de 50 km de estrada de terra até o rio. Passeios pelo cânion podem ser contratados em agências e guias que atuam na região, como a Adrenalina Vertical e a Eco Castelo Adventure.

Cânions da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI)

O Parque Nacional da Serra da Capivara é uma unidade de conservação ainda pouco explorada, mas que conta com diversas atrações, incluindo mais de 40 mil pinturas rupestres, caatinga, formações rochosas e cânions, como o Grotão da Esperança e o Baixão das Andorinhas. O parque conta com boa infraestrutura e sinalização. O acesso é gratuito, mas é obrigatório contratar um guia credenciado.

Mais informações:

O acesso ao Parque Nacional da Serra da Capivara é pela cidade de São Raimundo Nonato, a cerca de 520 km de Teresina (PI) e 300 km de Petrolina (PE). Guias podem ser facilmente contratados na própria cidade, mas também é possível fechar pacotes antecipados com agências de turismo de aventura.

Cânion do Santuário, na Chapada das Mesas (MA)

O cânion do Santuário é uma das muitas atrações do complexo Pedra Caída, na Chapada das Mesas, no Maranhão. O trajeto que passa entre os paredões rochosos, com cerca de 50 metros de altura, leva à bela cachoeira do Santuário. O circuito todo é extremamente cênico, e ainda é possível conhecer outras cachoeiras no próprio complexo, além dos atrativos da Chapada das Mesas como um todo.

Foto: Jhonatha Conection – MTur

Mais informações:

O complexo da Pedra Caída, que abriga o cânion do Santuário, é uma propriedade particular com hospedagem, bar, restaurante e piscinas, além dos atrativos naturais. O local fica a 37 km da cidade de Carolina, base para explorar a Chapada das Mesas.

Porém, é preciso destacar que há um ponto negativo: o custo. Além da taxa de entrada, ainda é preciso pagar à parte para visitar cada um dos atrativos. Mais informações no site e no Instagram do complexo da Pedra Caída.

Cânion do Xingó, no rio São Francisco, entre Alagoas e Sergipe

O cânion do Xingó, localizado entre Alagoas e Sergipe, no meio do sertão nordestino, é uma das atrações do rio São Francisco. O passeio no local segue um circuito bem definido e dura cerca de 3 horas, com navegação entre os paredões avermelhados e parada para banho no rio. Durante o trajeto, é possível fazer um passeio de canoa pelo Paraíso do Talhado, uma espécie de gruta que é um dos pontos mais bonitos do cânion – mas é preciso pagar à parte.

Foto: Marco Ankosqui/MTur

Mais informações:

As duas cidades que servem como base para o passeio são Canindé de São Francisco (SE) e Piranhas (AL), uma cidadezinha histórica. É possível fazer um bate-volta saindo tanto de Aracaju quanto de Maceió, mas o ideal é dormir ao menos uma noite em uma das cidades.

Os catamarãs saem do restaurante Karrankas sempre no mesmo horário, normalmente lotados, por isso é bom reservar com antecedência. Outra opção é contratar o passeio com lancha, que é mais exclusivo e permite conhecer cantos menos visitados do cânion.

Detalhe: o Karrankas é o único restaurante da região e os preços são bastante salgados. Leve lanches se tiver alguma restrição alimentar ou se quiser deixar para almoçar ao voltar para seu hotel ou cidade-base.

Cânion do rio Espalhado (Cachoeira do Buracão), na Chapada Diamantina (BA)

O cânion do rio Espalhado é mais conhecido por ser a via de acesso a uma das atrações mais bonitas da Chapada Diamantina: a cachoeira do Buracão. Para chegar até ela, é preciso passar pelo corredor formado pelos paredões do cânion, seja flutuando no rio ou caminhando por uma trilha nas rochas úmidas. É uma experiência incrível, mas que exige esforço físico e disposição para encarar a viagem, já que o local fica mais distante das outras atrações da chapada.

Mais informações:

O cânion do rio Espalhado e a cachoeira do Buracão ficam na parte sul da Chapada Diamantina, perto das cidadezinhas de Ibicoara (21 km) e Mucugê (97 km). É obrigatório contratar um guia credenciado para o passeio, o que pode ser feito facilmente em ambas as cidades.

 

Região Centro-Oeste

 

Cânions do Rio Preto, na Chapada dos Veadeiros (GO)

O parque nacional da Chapada dos Veadeiros conta com dois cânions no rio Preto, chamados simplesmente de “Cânion I” e “Cânion II”, e outros que não são nomeados, mas podem ser apreciados ao percorrer as trilhas do parque. Deslumbrante, o parque como um todo também oferece vistas, cachoeiras e piscinas naturais. A trilha para os cânions é bem sinalizada, mas o acesso ao Cânion I é permitido somente nos meses de seca (junho a novembro).

Mais informações:

parque nacional da Chapada dos Veadeiros fica a cerca de 3 horas de Brasília (DF), sendo que os principais acessos são pela cidade de Alto Paraíso de Goiás e pela Vila de São Jorge. É preciso pagar uma taxa de entrada.

Bocaina do Farias, em São João D’Aliança (GO)

O refúgio Bocaina do Farias abriga um cânion incrível, que pode ser acessado por trilha e é destino de quem quer se aventurar em atividades de canionismo. Além do cânion, há também duas cachoeiras na propriedade. O local ainda é pouco conhecido, mas tem tudo para se tornar uma das principais atrações da região da Chapada dos Veadeiros.

Foto: Divulgação/Refúgio Bocaina do Farias

Mais informações:

O refúgio fica a 53 km de São João d’Aliança, sendo 23 km de estrada de terra. É  obrigatório entrar com um guia credenciado (a lista de guias pode ser acessada no Instagram do refúgio).

Cânions do Rio Araguaia, entre Goiás e Mato Grosso

O Rio Araguaia, famoso por suas praias de areia, abriga também cânions estreitos e cachoeiras que deságuam nas suas águas. Para conhecer esse trecho pouco explorado do rio, uma agência local oferece uma descida de rafting passando pelos cânions. São duas opções: um dia de passeio ou uma expedição de três dias, com pernoite acampando na beira do rio.

Mais informações:

O rafting pelos cânions do Rio Araguaia é oferecido pela agência Trilhas do Cerrado, saindo de Ribeirãozinho (MT) e com pernoite nas praias na região de Baliza (GO). Mais informações no site e no Instagram da Trilhas do Cerrado.

Cânion do Engano, em Costa Rica (MS)

O cânion do Engano é um atrativo lindo, mas ainda pouco visitado, no Parque Estadual das Nascentes do Taquari, em Costa Rica (MS). A região como um todo tem bastante potencial turístico, com diversas cachoeiras e parques. Embora o mirante seja de fácil acesso, recomendamos a contratação de um guia na cidade para o passeio e demais trilhas no parque.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Alcinópolis (MS)

Mais informações:

O cânion fica a cerca de 50 km do centro de Costa Rica. É possível se informar e pegar contatos de guias com a prefeitura local e com a Eco Pousada Ravenala.

Cânion do rio Salobra, na Serra da Bodoquena (MS)

O cânion do rio Salobra é uma das atrações do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, que abriu para visitação em 2021. O passeio pelo cânion percorre uma trilha de 5km (ida e volta) pelas margens do rio Salobra, sendo que é preciso caminhar por dentro do rio em alguns momentos. Há vistas para cachoeiras e várias oportunidades para banho nas águas transparentes do rio – trechos do trajeto de volta, inclusive, são feitos boiando pelo rio com o uso de coletes salva-vidas.

Mais informações:

Por enquanto, todas as atrações do parque nacional podem ser acessadas somente com guia credenciado. O passeio pelo cânion sai do Eco Serrana Park, a 92 km de Bonito (MS).

Cânion da cachoeira do Jatobá, em Vila Bela da Santíssima Trindade (MT)

A cachoeira do Jatobá é a principal atração de Vila Bela. Uma das trilhas permite vê-la de cima, com um visual incrível da queda d’água e dos paredões avermelhados do cânion. Já outra trilha permite acessar a cachoeira pela sua base – e é esse acesso pela base que é comumente chamado de “cânion da Jatobá”. Um dos principais atrativos do acesso pela base é o Poço Azul, uma piscina natural de águas cristalinas logo no início da trilha.

Foto: Divulgação/Instagram @serraricardofranco

Mais informações:

O cânion da Jatobá pode ser visitado com guias a partir de Vila Bela da Santíssima Trindade. Recomendamos contato com o Eco Hostel 7kedas e com o pessoal que atua no Parque Estadual Serra Ricardo Franco. Vale destacar que na época de estiagem (junho a outubro), o Poço Azul costuma secar.

Cidade de Pedra, na Chapada dos Guimarães (MT)

A Cidade de Pedra é um cânion formado por paredões de arenito com cerca de 350 m de altura e que cercam o Vale do Rio Claro. É uma das principais atrações do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães e leva esse nome porque, no topo, as formações rochosas lembram as ruínas de uma cidade. É um visual de tirar o fôlego e, com sorte, você ainda vai avistar araras vermelhas sobrevoando a região.

Mais informações:

Assim como vários atrativos da Chapada dos Guimarães, o acesso ao mirante da Cidade de Pedra só pode ser feito com um guia credenciado. A trilha para o mirante em si é curta (500 m), mas para chegar até lá é preciso encarar cerca de 20 km de estrada de terra acessível somente para veículos 4×4 (o transporte é contratado com os guias).

 

Região Sudeste

 

Cânions do lago de Furnas, em Capitólio (MG)

Os cânions do lago de Furnas são uma das principais atrações de Capitólio, que conta ainda com várias cachoeiras e trilhas. Para conhecer os cânions, é possível fazer passeios de barco pelo lago e também apreciar a vista dos paredões a partir de mirantes. Infelizmente, a região ganhou destaque por conta de uma tragédia: em janeiro de 2022 um bloco rochoso dos cânions desabou, atingindo algumas lanchas e deixando dez mortos. Depois de um período fechado, o local reabriu com novas regras de visitação e vistorias diárias para a avaliação geológica dos paredões.

Mais informações:

As visitas aos cânions do lago de Furnas passaram por várias mudanças depois da tragédia. Agora, os passeios de barco pelo lago ocorrem de forma rotativa, com controle de acesso, e as lanchas não podem chegar muito perto dos paredões. Os visitantes devem usar colete salva-vidas e capacete, além de assinar um termo concordando com as novas regras.

Os passeios podem ser contratados com antecedência ou adquiridos na cidade com uma das várias agências que operam na região.

 

Cânion das Bandeirinhas, na Serra do Cipó (MG)

O cânion das Bandeirinhas fica em meio às paisagens lindas do Parque Nacional da Serra do Cipó (MG), que incluem paredões, rios e cachoeiras. O cânion em si abriga uma piscina natural, que, aliás, é muito bem-vinda depois do longo trajeto para chegar até lá: são cerca de 11km a partir da entrada do parque. Apesar da distância, o percurso é totalmente plano e recompensador.

Mais informações:

Totalizando 22 km ida e volta, o trajeto para conhecer o cânion das Bandeirinhas pode ser feito a pé ou de bicicleta. Inclusive, é possível alugar bicicletas na entrada do parque. Se optar por ir de bike, o recomendado é deixá-la em uma espécie de bicicletário antes de cruzar o rio, a cerca de 2 km do cânion. Na época de chuva, o trajeto pode ficar bastante enlameado, dificultando a vida dos ciclistas.

A trilha pode ser percorrida de forma auto-guiada, mas também é possível contratar um passeio com uma das agências que atuam na região. Ah, e uma dica: comece cedo, já que o trajeto é longo. O parque abre às 8h e o acesso para a trilha do cânion é pela portaria Areias.

 

Cânion do Peixe Tolo, na Serra do Intendente (MG)

O belíssimo cânion do Peixe Tolo fica dentro do Parque Estadual da Serra do Intendente, em Conceição do Mato Dentro (MG). Com quedas d’água e paredões de cerca de 300 metros, o cânion faz parte também da Rota das 10 Cachoeiras – uma travessia de 34 km que pode ser percorrido a pé, a cavalo ou de bicicleta, durante vários dias. O acesso mais tradicional, porém, é por uma trilha de 5 km a partir do povoado de Parauninha.

Foto: Divulgação/ Miguel Andrade – Refúgio Peixe Tolo

Mais informações:

Uma das atrações do cânion é visitar sua cachoeira, a cachoeira do Peixe Tolo, também conhecida como cachoeira da Bocaina. A caminhada é entre pedras, passando pelo leito do rio, então exige cuidado.

Uma dica é procurar o refúgio Peixe Tolo, uma propriedade que fica próxima ao cânion e oferece acomodações, várias atividades ao ar livre e possibilidades de trilhas com guias locais.

 

Região Sul

 

Cânion do Guartelá, em Tibagi (PR)

O cânion do Guartelá é considerado o cânion mais extenso do Brasil e o 6º mais extenso do mundo, com cerca de 40 km. Cortado pelo rio Iapó, ele não possui paredões verticais quanto outros cânions do Brasil, mas oferece lindas vistas, incluindo uma cachoeira. O acesso ao mirante é por uma trilha autoguiada no Parque Estadual do Guartelá.

Foto: Divulgação/SEDEST

Mais informações:

O Parque Estadual do Guartelá, a cerca de 20 km do centro de Tibagi (PR), é o ponto de acesso para conhecer o cânion. A trilha autoguiada, com 5km ida e volta, passa por panelões formados por um rio (é permitido tomar banho) e leva ao mirante com vista para o cânion e sua cachoeira. A trilha é simples, mas o trajeto de volta é íngreme.

Além disso, ainda é possível fazer outra trilha para ver pinturas rupestres e conhecer outros mirantes naturais, mas neste caso é obrigatório contratar um guia antecipadamente.

 

Cachoeira e cânion do Rio São Jorge, em Ponta Grossa (PR)

Mais conhecido por sua bela cachoeira, o cânion do Rio São Jorge fica em uma propriedade particular que conta com restaurante e área para camping. Além da trilha principal até a base da cachoeira, também há outra trilha que permite ver o cânion de cima. Em dias quentes, é possível tomar banho em quedas d’água menores e piscinas naturais. Aliás, o local é um dos que recomendamos nesse post com 20 cachoeiras para conhecer perto de Curitiba.

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

O cânion do Rio São Jorge é facilmente acessado de carro a partir de Ponta Grossa, mas a parte final do trajeto é em estrada de terra. O local é bastante popular com praticantes de motocross, especialmente nos fins de semana, portanto cuidado nas trilhas – e vá preparado para o ruído das motos.

Além disso, também é possível praticar rapel e escalada nos paredões do cânion. Mais informações no site da propriedade.

 

Cânion das Laranjeiras, em Bom Jardim da Serra (SC)

A região de Bom Jardim da Serra (SC) conta com vários cânions abertos para visitação. O cânion das Laranjeiras é um deles. Quem se aventura por lá encontra vistas lindas das bordas do cânion, com paredões íngremes, cachoeiras e o rio correndo lá embaixo. É possível conhecer apenas o cânion, acessível por trilha, ou encaixá-lo em uma travessia de 2 ou 3 dias até o cânion do Funil ou ao mirante da Serra do Rio do Rastro.

Vista borda do cânion das Laranjeiras, em Bom Jardim da Serra (SC)

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

Há duas propriedades particulares perto do cânion Laranjeiras, que oferecem vistas a partir de ângulos diferentes. Um acesso é pela Fazenda Santa Cândida. Da sede até a borda do cânion, são cerca de 2,5 km de trilha. A outra possibilidade é a partir da Fazenda Rincão da Palha, que também oferece hospedagem rural.

 

Cânion do Funil, em Bom Jardim da Serra (SC)

O cânion do Funil é um dos mais conhecidos e mais bonitos de Bom Jardim da Serra, com suas torres e formações rochosas marcantes. O local está dentro de uma propriedade particular e pode ser conhecido em um bate-volta ou com um pernoite acampando na beira do cânion.

Sol nascendo no cânion do Funil, em Bom jardim da Serrra

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

Assim como nos outros cânions da cidade, é preciso pagar uma taxa de entrada para visitar o cânion do Funil. Não é obrigatório contratar um guia, mas você deve liberar sua entrada com o Miguel, proprietário do local (049-9-9127-1014).

 

Cânion da Ronda, em Bom Jardim da Serra (SC)

O cânion da Ronda é o que tem o acesso mais fácil dentre todos os cânions de Bom Jardim da Serra. O visual, no entanto, é igualmente impressionante. Além disso, a visitação no local é bem estruturada. É possível curtir o visual do cânion a partir de dois mirantes, acessíveis por uma caminhada curta. A região abriga ainda um parque eólico e a cascata do Saiquí, que também pode ser visitada.

Homem observa vista do cânion da Ronda, em Bom Jardim da Serra

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

O cânion da Ronda pode ser visitado sem guia, mas é preciso pagar a taxa de visitação. O local conta também com uma área para camping.

 

Cânion do Espraiado, em Urubici (SC)

Uma das atrações de Urubici, o cânion do Espraiado oferece belas vistas da serra catarinense. Ele é famoso nas redes sociais pelas fotos dos visitantes em um balanço com uma vista panorâmica ao fundo. Além das trilhas pelo cânion, é possível também acampar no local e conhecer cachoeiras e piscinas naturais.

Foto: Divulgação/Instagram @canionespraiado

Mais informações:

O acesso ao cânion é por uma estrada que comporta apenas veículos 4×4. Caso esteja em um veículo comum, é preciso estacionar na Pedra da Águia e seguir a pé até o cânion. Informações e reservas pelo site do cânion Espraiado.

 

Cânion Malacara, em Praia Grande (SC)

Menos conhecido do que outros cânions das serras catarinense e gaúcha, o cânion Malacara é também impressionante: possui 3,5 km de extensão e 780 metros de profundidade. Atualmente ele é acessado somente por sua base, em uma trilha de cerca de 3 horas que passa pelo rio e leva a piscinas naturais.

Foto: Divulgação/Cidade dos Canyons

Mais informações:

O cânion Malacara fica no Parque Nacional da Serra Geral, colado ao Parque Nacional de Aparados da Serra. A trilha para o cânion é também conhecida como “Trilha para as piscinas do Malacara e é feita a partir do município de Praia Grande (SC). Segundo o ICMBIO, a contratação de um guia para a trilha é recomendada, mas não obrigatória.

 

Cânion Itaimbezinho, em Cambará do Sul (RS)

Com paredões verticais, cachoeiras e 700 metros de profundidade, o cânion Itaimbezinho é possivelmente o cânion mais famoso do Brasil. Ele é a maior atração do Parque Nacional de Aparados da Serra, e o acesso é pela entrada principal do parque, em Cambará do Sul (RS). A partir dali o visitante pode percorrer duas trilhas autoguiadas que seguem pelas bordas do cânion e proporcionam vistas panorâmicas dos paredões e cachoeiras.

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

O cânion Itaimbezinho também pode ser conhecido a partir de sua base, por uma trilha que percorre o leito do rio, em meio aos paredões. Essa é a Trilha do Rio do Boi, com acesso por Praia Grande (SC). Neste caso, é obrigatório contratar um guia antecipadamente.

Os atrativos do Parque Nacional de Aparados da Serra e da Serra Geral agora são gerenciados pela concessionária Cânions Verdes. É preciso pagar ingresso tanto para acessar os cânions quanto para fazer a Trilha do Rio do Boi.

Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul (RS)

Nossa lista chega ao fim com o cânion Fortaleza, a principal atração do Parque Nacional da Serra Geral, também em Cambará do Sul (RS). Considerado o cânion mais profundo do Brasil, ele possui 7,5 km de extensão e paredões que podem chegar a 900 metros de altura. Há três opções de trilha no cânion Fortaleza: a trilha do mirante e a trilha da Pedra do Segredo (1h, em média, para cada uma) e a Trilha da Borda Sul, mais longa (3 horas, em média).

Foto: Carolina Leal/Eu me Aventuro

Mais informações:

O cânion Fortaleza fica a cerca de 20 km do centro de Cambará do Sul, sendo que parte do trajeto é em estrada de terra. A infraestrutura no local ainda é mais simples do que no vizinho Itaimbezinho, mas já conta com banheiros e equipe de suporte.

Atençãose estiver com crianças, cuidado redobrado! Muitos trechos pela borda do cânion não contam com barreiras de proteção.

 

 

FONTE EU ME AVENTURO

Na terra de Carlos Drummond, 54 cachoeiras são como poesia divina

No meio do caminho entre Itabira e Belo Horizonte, os distritos de Senhora do Carmo e Ipoema despontam como refúgios repletos de belezas

Terra de Carlos Drummond, o turismo em Itabira se entrelaça com a poesia, revelando belezas naturais que encantam os visitantes. Entre montanhas majestosas e rios serenos, a cidade respira a inspiração do poeta em cada esquina. As paisagens exuberantes refletem a essência lírica de Drummond, transformando cada visita em uma jornada poética pela história e pela natureza. Tanto a sede do município quanto seus distritos, como Ipoema e Senhora do Carmo, o turismo é mais do que uma simples viagem, é uma experiência que nos conecta com a alma do lugar e com a poesia eternizada nas palavras do grande escritor.

Situada na Cordilheira do Espinhaço, os distritos de Itabira são tesouros escondidos que encantam os visitantes com suas paisagens deslumbrantes, cachoeiras exuberantes e uma atmosfera de tranquilidade. Esses destinos turísticos emergentes têm conquistado os corações dos viajantes que buscam uma conexão autêntica com a natureza, e sua popularidade tem crescido nos últimos anos devido à sua beleza singular e à diversidade de atividades oferecidas.

“Itabira possui uma riqueza cultural incrível, resultado da confluência de diferentes influências, incluindo comunidades indígenas, quilombolas e pessoas de diversas origens, atraídas pela mineração. Essa diversidade confere à cidade uma identidade única. Considerando o turismo como uma alternativa econômica sustentável, Itabira possui potencialidades, como o título de Capital Estadual do Tropeirismo e como a terra natal do renomado poeta Carlos Drummond de Andrade. Além disso, a região abriga uma série de atrativos naturais em locais como Ipoema, Senhora do Carmo e Serra dos Alves, proporcionando oportunidades emocionantes para ecoturismo e turismo de aventura. Destaca-se também o projeto em desenvolvimento denominado “Cidade Quilombola”, que visa promover o etnoturismo nas comunidades quilombolas locais. O grande desafio que enfrentamos é integrar todos esses atrativos de forma coesa, permitindo que os visitantes explorem tanto a sede quanto os distritos da cidade, possibilitando uma experiência mais abrangente. Essa integração não apenas enriquecerá a experiência dos turistas, mas também poderá prolongar o tempo de permanência deles na cidade, beneficiando a economia local e fortalecendo ainda mais o potencial turístico de Itabira”, conclui Carolina Peixoto Magalhães, superintendente de comércio e turismo de Itabira.

Cachoeira dos Cristais, com uma queda de aproximadamente 4 metros, é uma das preciosidades na Serra dos Alves
Cachoeira dos Cristais, com uma queda de aproximadamente 4 metros, é uma das preciosidades na Serra dos Alves Roneijober Andrade/Divulgação

O fim das atividades de mineração em Itabira é uma preocupação hoje para moradores e o prefeito Marco Antônio Lage. O turismo pode ser a solução para fortalecer ainda mais a economia: “o turismo tem um papel muito importante para o presente e para o futuro de Itabira. Quando se fala em turismo, não se fala apenas do desenvolvimento econômico ou de atrair mais dinheiro para a cidade. Estamos falando da própria diversificação e da existência de uma nova Itabira no pós-mineração. É um dos eixos que estamos trabalhando muito para fortalecer justamente porque está diretamente ligado ao que a gente pensa para a cidade quando a atividade extrativista chegar ao fim. E temos muitas ferramentas para ter sucesso nesta empreitada, a começar pelo nosso cidadão mais ilustre, que é o poeta Carlos Drummond de Andrade. Depois, toda a história do Tropeirismo e o que Ipoema representa para esta cultura; as belezas naturais dos distritos; a religiosidade; os eventos culturais. Enfim, fomos abençoados e temos os atrativos”, avalia o prefeito

Ao lado da Serra do Cipó

Cânion Boca da Serra oferece vista panorâmica da Serra dos Alves
Cânion Boca da Serra oferece vista panorâmica da Serra dos Alves Roneijober Andrade/Divulgação

Serra do Alves se tornou um destino turístico cada vez mais procurado devido à sua localização privilegiada e à oportunidade de explorar uma natureza exuberante. Além disso, sua proximidade com a renomada Serra do Cipó, conhecida por suas formações rochosas impressionantes e cachoeiras deslumbrantes, tem contribuído para a crescente fama da região como um destino imperdível para os amantes do ecoturismo.

De acordo com o guia Roneijober Andrade, mais conhecido como Ronei, o vilarejo é ponto de chegada dos mochileiros que fazem a travessia oficial do Parque Nacional Serra do Cipó (Alto do Palácio à Serra dos Alves), um percurso de 45 quilômetros. “O povoado parece um presépio, com uma singela capela dedicada a São José, com dezenas de casinhas coloridas ao redor. Logo no início do povoado, há um Centro de Atendimento ao Turista (CAT) que também é a porta de entrada do Parque Alto do Rio Tanque onde se pode fazer uma trilha de dois quilômetros para visitar as cachoeiras Dois Córregos (também conhecida como cachoeira da Coca-Cola) e a do Marques que também possui um cânion. Próximo ao CAT, cerca de 500 metros, há quedas d’água menores como a cachoeira do Moinho e a do Campo. Outras cachoeiras bem conhecidas em Senhora do Carmo são a do Bongue e a da Boa Vista, situadas em comunidades com o mesmo nome.”, enumera Ronei.

Ao explorar a Serra do Alves, os visitantes têm a oportunidade de se maravilhar com uma série de cachoeiras magníficas, cada uma com sua própria beleza única. A majestosa Cachoeira dos Cristais, com suas águas transparentes e quedas impressionantes, oferece um refúgio tranquilo para aqueles que buscam relaxamento e contemplação. Além das deslumbrantes cachoeiras, a Serra do Alves também é lar de uma variedade impressionante de flora e fauna. Os visitantes têm a oportunidade de explorar trilhas cênicas e desfrutar de vistas panorâmicas de tirar o fôlego, enquanto se maravilham com a diversidade de espécies de plantas e animais.

Entre cânions e serras

Capelinha de São José, local sagrado para peregrinação e eventos culturais da comunidade
Capelinha de São José, local sagrado para peregrinação e eventos culturais da comunidade Roneijober Andrade/Divulgação

Para os turista com mais fôlego, vale uma caminhada de 5 quilômetros até o cânion Boca da Serra, no caminho é possível visitar a cachoeira dos Cristais e, no interior do cânion, a cachoeira da Lucy e uma ponte de pedra esculpida pela natureza, com cerca de dez metros de comprimento. Recomenda-se contratar um guia local para fazer este passeio e evitar ir na ponte de pedra no período chuvoso. Subir no Mirante dos Alves, situado na Serra da Boa Vista, é também uma ótima opção de passeio para quem quer ver algo mais além de cachoeiras. Na cultura, a Festa de Senhora do Carmo, realizada em meados de julho, atrai milhares de romeiros. Vale também uma visita ao Centro de Tradições e conhecer o trabalho das tecelãs locais.

Para os aventureiros, a Serra do Alves oferece uma infinidade de atividades emocionantes, como trilhas, rapel, escalada e observação de pássaros. Os entusiastas da natureza podem se envolver em experiências autênticas, mergulhando na rica cultura local e desfrutando de deliciosas iguarias regionais.

Serviço

Para chegar à Serra do Alves, os visitantes podem seguir pela rodovia MG-129, que oferece acesso direto ao distrito itabirano de Senhora do Carmo, a 108 quilômetros de Belo Horizonte. Uma vez lá, é possível encontrar opções de hospedagem e guias locais que podem auxiliar na exploração das belezas naturais da área.

Onde ficar na Serra dos Alves

Casa da Serra
Pousada Portal da Serra
Pousada Vila Rosa

Poesia natural em Ipoema

Em Morro Redondo, não deixe de ver a escultura "O Destino", com 10 metros de altura, da artista plástica, Vilma Nöel"
Em Morro Redondo, não deixe de ver a escultura “O Destino”, com 10 metros de altura, da artista plástica, Vilma Nöel” Roneijober Andrade/Divulgação

“Como fotógrafo, em 2003 criei uma expedição fotográfica denominada ‘Itabira naturalmente poética’, com objetivo de divulgar as belezas naturais dos dois distritos. Também sou pousadeiro, guia e ativista cultural, ambiental e do turismo”. Com mais de 22 anos como guia em Itabira, Roneijober Andrade promove expedições com foco no ecoturismo na região dos distritos. De acordo com ele, os distritos de Ipoema e Senhora do Carmo estão incrustados no lado ‘Doce’ da Serra do Cipó, já que suas águas vertem-se para a Bacia do Rio Doce, enquanto as do lado de Santana do Riacho, vão correr para o Rio São Francisco.

“Os dois distritos itabiranos são ricos em belezas naturais, prova disso, é que além de parte das terras do Parque Nacional da Serra do Cipó estarem no território de Senhora do Carmo, ainda há o Parque Municipal Alto do Rio Tanque, situado no bucólico vilarejo de Serra dos Alves e o Parque Estadual Mata do Limoeiro além da RPPN dos Borges. Já foram catalogadas 54 cachoeiras nos dois distritos, ainda há cânions, grutas e mirantes no rol dos atrativos naturais”, observa Roneijober.

Em Ipoema,o guia destaca as cachoeiras: Alta, com 110 metros de altura, excelente para prática de cascading (rapel em cachoeiras) e a do Patrocínio Amaro, ideal para banho com seu poço raso, que na época de estiagem fica com as águas quase que douradas. Ambas possuem infraestrutura turísticas com bar e restaurante abertos em finais de semana e feriados. A taxa de visitação Cachoeira Alta é 30 reais e, Patrocínio Amaro, 35 reais, aceitam pix e cartão. Para os adeptos do trekking e ciclistas, uma opção é percorrer as arborizadas e bem cuidadas trilhas do Parque Estadual Mata do Limoeiro. Num trajeto de pouco mais de 4 quilômetros é possível visitar as cachoeiras do Paredão, a do Derrubado e a Cascata do Limoeiro.

“Outro passeio imperdível é o mirante natural Morro Redondo, situado a 1224 metros de altitude do nível do mar. O local proporciona 360 graus de visão de belas montanhas da cordilheira do Espinhaço, no local há o Santuário Senhor do Bonfim, local de peregrinação todo primeiro final de semana de Maio, quando a comunidade comemora o Dia da Santa Cruz. Todos os anos, mais de 500 fiéis encaram os 13 quilômetros de caminhada de Ipoema até o Morro Redondo para os festejos que, além de missa, ocorre às danças e cantigas das Guardas de Marujos e atrações culturais. Outro destaque do local é o monumento “O Destino”, uma escultura de 10 metros de altura feita pela renomada artista plástica, Vilma Nöel”, admira Roneijober.

Outros atrativos

Cachoeira dos Marques

Com aproximadamente 3 metros de altura e de fácil acesso, a Cachoeira dos Marques oferece um convite para um delicioso e relaxante banho em sua grande piscina natural.
Distância: cerca de 3 km
Tempo de caminhada aproximado: 40 minutos

Cânion dos Marques

Os cânions são extensos paredões que foram esculpidos por meio de processos erosivos, principalmente em função das águas e dos ventos, no decorrer de milhões de anos. O Cânion dos Marques, localizado logo após a Cachoeira dos Marques, é uma ótima oportunidade para contemplar de perto esta obra-prima da natureza.
Distância entre a Cachoeira e o Cânion dos Marques: cerca de 500 metros
Tempo de caminhada aproximado: 10 minutos a partir da Cachoeira dos Marques

Cachoeira do Bongue

Em Senhora do Carmo, Cachoeira do Bongue, com cerca de 50 metros de queda d’água, é refúgio de prazer
Em Senhora do Carmo, Cachoeira do Bongue, com cerca de 50 metros de queda d’água, é refúgio de prazer Roneijober Andrade/Divulgação

Com aproximadamente 50 metros de altura e piscinas naturais ótimas para banho, a Cachoeira do Bongue é uma das mais bonitas e majestosas cachoeiras da região. Localizada no Rio Tanque e de fácil acesso, esta cachoeira oferece aos visitantes uma excelente oportunidade de contemplação da natureza.

Distância: cerca de 7 km
Tempo de caminhada aproximado: 1 hora
Tempo de carro aproximado: 30 minutos

Mirante da Serra dos Alves

Conhecida por seu status de mirante natural, a “Pedra da Serra dos Alves”, como é chamada, descortina belas e estonteantes vistas de inúmeros morros que emolduram a nossa região. Um convite para prestigiar um maravilhoso pôr do sol em meio à natureza.
Distância: cerca de 3,5 km
Tempo aproximado de carro até a trilha: 20 minutos
Tempo aproximado até o topo: 30 minutos

Cânion Boca da Serra

Para quem gosta de um pouco mais de aventura, encarar o percurso repleto de surpresas até o Cânion Boca da Serra é uma excelente opção. Subida íngreme, paredões rochosos e pouca sombra fazem parte do cenário. A recompensa? Experimentar sensações únicas com o balanço do capim dourado sob a brisa constante, a vista de 360 graus de inúmeros horizontes, as canelas-de-ema gigantes, a imponência do Cânion Boca da Serra com todo seu tamanho e sua profundidade!

Distância: cerca de 9 km
Tempo aproximado: 2 horas e 30 minutos

Cachoeira dos Cristais

Uma verdadeira preciosidade de águas cristalinas. Prepare-se para se deparar com uma delicada surpresa após percorrer a subida íngreme em direção ao Cânion Boca da Serra. Com queda de aproximadamente 4 metros e delicioso poço para um mergulho refrescante e energizante.
Distância: cerca de 5 km
Tempo de caminhada aproximado: 1 hora e 20 minutos

Museu do Tropeiro

Museu dos Tropeiros, em Ipoema, resgata as tradições dos cavaleiros que exploraram Minas no século 18, Cavalgadas e festas religiosas ocorrem em frente ao local
Museu dos Tropeiros, em Ipoema, resgata as tradições dos cavaleiros que exploraram Minas no século 18, Cavalgadas e festas religiosas ocorrem em frente ao local Roneijober Andrade/Divulgação

Na parte cultural Ipoema se destaca na Estrada Real pelo Museu do Tropeiro, com seu rico acervo responsável por promover, no período de maio a outubro, a tradicional Roda de Viola, sempre sob as bênçãos da Lua cheia. “Neste evento, além de shows de viola caipira, o visitante terá a oportunidade para ver as manifestações culturais da comunidade como as Lavadeiras de Ipoema, Estaladores de Chicote e Trovadores, além das barraquinhas com comidas típicas.Ipoema também abriga um Museu da Pharmacia com acervo de uma família de três gerações de farmacêuticos”, finaliza Roneijober

Onde hospedar em Ipoema

Pousada Ipoema
Pousada Pedra que Brilha
Pousada Quadrado
Pousada Venda de Cima
Pousada Cachoeira Patrocínio Amaro

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Descubra os Caminhos da Liberdade em Minas em 3 novas rotas

A uma semana da Inconfidência Mineira, governo mineiro e Sebrae anunciam roteiros que revelam o quanto o estado é tudo de bom: tem passado, cafezinho e trem

“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” A frase de Guimarães Rosa é a síntese perfeita do estado diverso, extenso que se renova, recria e revive a história. A Minas Gerais dos vales, das cachoeiras, das montanhas, dos rios e lagos, dos povoados, da ruralidade e de seus personagens – alguns famosos, outros nem tanto. Há mais de 400 anos, os caminhos trilhados pelos primeiros exploradores das Gerais, em meados do século 17, nunca foram fáceis.

Ao desbravar a mata virgem, o terreno íngreme, escalar montanhas e serras e enfrentar animais perigosos ficaram para trás muitos nessa jornada rumo ao desconhecido. Os que foram adiante, destemidos e com fé, descobriram ouro, diamantes, esmeraldas e sabores e deram vida à identidade genuinamente mineira.
Os caminhos de terra de uma antiga estrada de ferro serão trilhados por ciclistas que buscam na natureza a razão de viver. Passando por túneis, pontilhões e cânions, a região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri renascem como proposta turística. Bem longe desse local, entre campos de trigo, soja e milho, plantações de café estarão abertas para os visitantes apreciarem a iguaria fina produzida no cerrado mineiro. Mais adiante, na ponta do nariz de Minas Gerais, as antigas pegadas de animais pré-históricos conquistaram reconhecimento internacional e, na ‘Terra dos Gigantes’, o desbravador das gerais poderá conhecer como era a fauna na região, de milhares de anos atrás.
Estamos falando das três novas rotas turísticas prioritárias de Minas Gerais, que foram apresentadas nesta segunda-feira(15/3), em São Paulo, durante a World Travel Market (WTM) Latin America – reconhecida como uma das principais feiras de viagem e turismo do setor. As rotas Bahia-Minas, Café do Cerrado Mineiro e Caminhos do Geoparque Uberaba são iniciativas do Sebrae Minas e do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), que tem o objetivo de promover o turismo do estado e atrair um número cada vez maior de visitantes interessados em explorar as riquezas naturais, culturais, gastronômicas e históricas que Minas Gerais oferece.

Minas para o mundo

Pode entrar, a casa é sua. Governo de Minas inaugura estande no Feira WTM, em SP, com cafezinho quentinho e, claro, comida mineira, uai!
Pode entrar, a casa é sua. Governo de Minas inaugura estande no Feira WTM, em SP, com cafezinho quentinho e, claro, comida mineira, uai! Saulo Carrillo/ Secult

“A promoção das rotas prioritárias, organizadas pelo Sebrae e em parceria com a Secult, vai ao encontro da nossa proposta de potencializar e fomentar o turismo em Minas Gerais, setor que gera emprego e renda e atrai investidores de todo o mundo. Minas é líder em crescimento turístico no país e as rotas, tenho certeza, serão fundamentais para nos mantermos em primeiro lugar, crescendo até o dobro da média nacional”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

“A participação de Minas Gerais em um dos eventos mais importantes da América Latina não só atrai a atenção dos principais players do setor, mas também estabelece novas conexões comerciais que podem resultar em futuras parcerias, realização de negócios e na contínua promoção do turismo do estado”, diz o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Marcelo de Sousa e Silva reconhece que os encontros com o trade turístico representam uma oportunidade para divulgar e promover os produtos e serviços das duas rotas prioritárias do estado, que vão desde a produção de cafés de excelência do Cerrado Mineiro até os passeios de bicicleta pelos vales do Jequitinhonha e Mucuri. “A intenção é fortalecer a imagem de Minas Gerais como destino turístico diversificado e de experiências únicas, fomentando o desenvolvimento econômico dos territórios e a geração de emprego e renda para a população”, finaliza Marcelo Silva.

Túnel do tempo

O visitante passará por túneis ao fazer o percurso em Teófilo Otoni
O visitante passará por túneis ao fazer o percurso em Teófilo Otoni Maria Laender/Divulgação

Projeto turístico ganha reforço com o cicloturismo nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, regiões impactadas com o fim das operações da ferrovia que ligava Minas Gerais ao Sul da BahiaPrepare-se para uma emocionante viagem de bicicleta pelos caminhos que contam mais de 100 anos de história da Estrada de Ferro Bahia-Minas, que um dia conectou Minas Gerais ao mar. Durante o percurso de 340 quilômetros, você terá a oportunidade de vivenciar as paisagens deslumbrantes e a rica cultura dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, pedalando por estradas de terra, passando por comunidades rurais, estações antigas e prédios históricos. Além disso, poderá desfrutar da deliciosa culinária regional, se refrescar em banhos de cachoeira e, quem sabe, apreciar um pôr do Sol embaixo de plantações de cacau.

A Rota Bahia-Minas, eternizada na música Ponta de Areia, na voz de Milton de Nascimento, estará de volta. A estrada da antiga ferrovia que ligava a Bahia a Minas Gerais, foi apresentada durante a WTM Latin América 2024, em São Paulo. O novo circuito turístico, desenvolvido pelo Sebrae Minas, em parceria com diversas instituições públicas e privadas, foi apresentado no Estande Mineiro, com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (SECULT) e do Circuito Turístico das Pedras Preciosas. A inclusão da rota como prioritária no estado, fortalece ainda mais o trabalho do Sebrae Minas, realizado desde 2022, para alavancar o turismo e o desenvolvimento econômico local, gerando novas oportunidades de negócios para a região.

Chegadas e partidas

A Rota Bahia-Minas, localizada a 515 quilômetros de Belo Horizonte, é um percurso de cicloturismo com paisagens naturais deslumbrantes, incluindo matas preservadas, montanhas, cachoeiras, pontilhões e túneis centenários. O destino passa por Araçuaí, Novo Cruzeiro, Ladainha, Poté, Teófilo Otoni e Carlos Chagas, contando com o apoio de diversas instituições públicas e privadas. O Sebrae Minas promove iniciativas para atrair visitantes, gerar emprego e renda nas cidades ao longo do percurso, como pedais turísticos, capacitação em gestão para pequenos negócios locais e mapeamento de atrativos turísticos.

Ao longo do caminho, você terá a chance de ouvir modas de viola, apreciar a música tradicional da sanfona, assistir às apresentações
das repentistas da Ciranda de Queixada e desfrutar de um teatro musical em uma das mais belas estações da rota – em Francisco Sá. Queijo, cachaça e carne de sol não vão faltar, mas o toque especial e inesquecível será o acolhimento típico das famílias locais, que recebem os ciclistas como velhos amigos ou parentes próximos.

A rota turística oferece a experiência de resgatar a simplicidade e a originalidade que ainda resistem no interior do Brasil – onde a natureza, a história e a hospitalidade encantam desde o aceno na estrada até as animadas conversas acompanhadas de “cafezinho com queijinho e biscoito” ao redor da mesa.

Dicas de roteiros e hospedagens, acesse o site

Cheiro e sabor mineiro

Roteiro oferece imersão exclusiva no terroir dos cafés de origem da Região do Cerrado Mineiro
Roteiro oferece imersão exclusiva no terroir dos cafés de origem da Região do Cerrado Mineiro Região do Cerrado Mineiro/Divulgação

Uma degustação harmonizada de cafés especiais ao pôr do sol, com quitandas mineiras, junto à mata nativa e nascentes, ou em meio ao cafezal. Atividades que podem ser experienciadas na Rota do Café do Cerrado Mineiro, onde os produtores abriram suas porteiras para compartilhar o universo da cadeia produtiva com os turistas. Com a valorização e o crescimento do turismo rural, o Sebrae Minas, em parceria com entidades e instituições locais e da cafeicultura da região, estruturou, junto com os cafeicultores, seis experiências que promovem uma imersão intensa em fazendas, torrefações e cafeterias da primeira Denominação de Origem (DO) de cafés do Brasil.

A Rota Café do Cerrado Mineiro, em Patrocínio, no Alto Paranaíba, foi criada no ano passado, como um destino turístico que une a produção de café de alta qualidade da região – considerada a primeira do país a receber a Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), na modalidade Denominação de Origem (DO) – com os atrativos naturais, culturais e gastronômicos locais. O objetivo é valorizar as origens e criar novas oportunidades de negócios ligadas à cadeia produtiva associada ao turismo rural e de experiência.

Nessa rota gastronômica, os turistas têm a oportunidade de conhecer pequenas e grandes fazendas da região, vivenciando, in loco, a produção de cafés de excelência e todo o processo de inovação e tecnologia utilizado pelos produtores locais. Atualmente, oferecem esse serviço as fazendas: Agro Nunes (Nunes Coffe), Bela Vista (Alado Coffee), Rainha da Paz (Famíglia Montanari), Santa Cruz da Vargem Grande (AgroBeloni), além da Cafeteria Dulcerrado by Expocaccer e Coffee Roaster Porto Feliz.

Na feira WTM , os visitantes foram surpreendidos com o espaço dedicado à cozinha mineira. O ambiente destacou a diversidade e a riqueza da culinária típica de Minas como estratégia para fortalecer o setor gastronômico local e impulsionar o turismo no estado. Os visitantes participam de degustações exclusivas dos inconfundíveis cafezinhos especiais da Rota Café do Cerrado Mineiro.

Confira a programação da Rota do Café do Cerrado

Terra de Gigantes

No Geossítio de Peirópolis, em Uberaba, o visitante se encanta com a réplica do dinossauro Uberabatitan ribeiroi, com seus 27 metros de comprimento
No Geossítio de Peirópolis, em Uberaba, o visitante se encanta com a réplica do dinossauro Uberabatitan ribeiroi, com seus 27 metros de comprimento PMU/Divulgação

Desde meados do século passado, o município de Uberaba tem sido alvo de extensas pesquisas devido à sua posição como uma das áreas mais significativas para a paleontologia no Brasil. O local abriga registros fósseis datados de 80 a 66 milhões de anos de idade, tornando-se um dos maiores e mais importantes sítios paleontológicos do país.

Após entrar oficialmente para a rede mundial de parques da Unesco, o Geoparque Uberaba –Terra de Gigantes é o sexto do país e o primeiro da região Sudeste a receber reconhecimento internacional. Com o título, Uberaba passa a fazer parte dos destinos prioritários de Minas Gerais, apoiados pelo Sebrae Minas e Secult, que vão receber incentivos para a estruturação, mapeamento, promoção e qualificação de novos produtos e experiências turísticas.

O projeto Geoparque Uberaba abrange toda a extensão do município, integrando museus, casarões, parques e geossítios que retratam as riquezas geológicas, a herança histórica e a cultura local. Esse projeto vai impulsionar o desenvolvimento regional, valorizando a vocação turística da cidade. Destacam-se os dinossauros que habitaram a região há milhões de anos, abrindo as portas para o turismo ecológico, educativo, científico e de aventuras. O patrimônio geológico de Uberaba ganha destaque mundial com os importantes achados paleontológicos da região.

Outros atrativos

O nome ‘Terra de Gigantes” é uma alusão às três principais identidades históricas e culturais uberabenses, relacionadas ao patrimônio geológico – por abrigar fósseis de dinossauros -, ao potencial agropecuário – Uberaba é reconhecida como capital mundial da raça Zebu -, e por ser a cidade onde viveu o médium Chico Xavier.

Uberaba possui um grande potencial turístico, que vai desde a valorização do artesanato até a preservação do seu patrimônio histórico e cultural. A tradição está presente em todos os cantos da cidade, e a religiosidade é representada por belas igrejas católicas, além do espiritismo, que tem como figura icônica de Chico Xavier. As expressões culturais se manifestam em festas como a folia de reis, o congado, os festivais de viola e catira, e na deliciosa gastronomia, que resgata os costumes locais e valoriza os produtos regionais.

A vocação agropecuária é uma característica marcante de Uberaba desde sua fundação. No entanto, são suas inovações tecnológicas que colocam a cidade em destaque como referência mundial no melhoramento genético e na criação de gado Zebu de elite. Os resultados dessas inovações atraem pecuaristas de todas as partes do mundo. A cidade mineira disponibiliza toda sua infraestrutura de hotéis, clubes, parques, centros de eventos e um calendário repleto de acontecimentos. Assim é Uberaba para o turista: receptiva, calorosa e encantadora, um destino marcante para visitantes do Brasil e do mundo.

 Confira o site oficial do Geoparque Uberaba

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Nem Búzios, nem Cabo Frio: outra cidade do Rio desbanca as preferidas

Toda a atenção agora se volta para Rio das Ostras, na Costa Azul. Gastronomia requintada atrai turistas amantes da boa mesa à capital fluminense do jazz e blues

 O renomado chef José Hugo Celidônio (1932-2018) era um frequentador assíduo de Rio das Ostras, tanto que deixou um discípulo por ali: o engenheiro Pedro Rodrigues, hoje proprietário e chef do restaurante Bartrô, onde aplica as lições tomadas com o mestre, sobretudo a arte de receber bem. De uns tempos para cá, a gastronomia tomou conta da localidade conhecida como a capital do jazz e do blues por onde passou Charles Darwin, com uma boa leva de bares e restaurantes chegando para ficar. Inclusive uma adega/bistrô onde foram lançados dois espumantes especialmente para o aniversário da cidade. Rio das Ostras completa 32 anos este mês, esbanjando frescor de um balneário pronto para ser um polo gastronômico da dourada Região dos Lagos.

 Escultura de uma baleia-jubarte, com 20 metros de comprimento, encanta os turistas que frequentam a Praia Costa Azul, em Rio das Ostras
Escultura de uma baleia-jubarte, com 20 metros de comprimento, encanta os turistas que frequentam a Praia Costa Azul, em Rio das Ostras Thiago Freitas/Mtur

São 17 praias em 28 quilômetros de orla. O maior (literalmente) cartão-postal é a escultura da Baleia, feita em bronze pelo artista plástico Roberto Sá,com 20 metros de simbologia: “elas vêm de Abrolhos, na Bahia, para a gestação e reprodução em Rio das Ostras”, conta o guia Marcio Cerqueira. Por isso, tudo gira em torno dela. Território de povos tamoios e goitacazes, na era Pangeia, era colada a Angola, em África. Razão ancestral de força e resistência.

Boa música

Galleria Gastrobar é novo point gastronômico localizado dentro do Hotel Atlântico, na Praia Costa Azul
Galleria Gastrobar é novo point gastronômico localizado dentro do Hotel Atlântico, na Praia Costa Azul Hotel Atlântico/Divulgação

Rio das Ostras é azul. É também a capital fluminense do jazz e do blues, segundo decreto de uma lei estadual. Anualmente, tem festival do gênero em cinco palcos pela cidade, no feriado de Corpus Christi. Mais de cem horas de música, 300 artistas, incluindo atrações internacionais. O curso de produção cultural da UFF existe em razão do jazz.

Um ponto de encontro para ouvir jazz e blues fora do festival é o Hotel Atlântico, que está fazendo 40 anos. De frente para o mar da linda Costa Azul, são 36 suítes (diárias a partir de R$ 240), piscina, sauna e um salão com centenas de fotos de relíquias da música mundial (Bob Dylan, Paul Mccartney, Madonna…) transformado no Galleria Gastrobar, porta de entrada do Atlântico, tocado com maestria pela chef capixaba Penhamara Araújo, com ajuda da sócia e chef Silvia Stanzani. Penhamara é sobrinha da sócia do Atlântico, Penha Araújo, que trouxe do exterior as imagens que estampam as paredes.

A tia cinéfila ia para os EUA todo ano e voltava com pôsteres dos artistas de Hollywood, que a sobrinha reuniu numa galeria de fotos e partir dali um gastrobar, com jazz/blues tocando o ano inteiro, tanto ao vivo quanto na caixa de som. Para sair cantarolando lararara pela rua… A moqueca capixaba (sem dendê, nem leite de coco, nem coentro) faz sucesso por ali, mas não tanto como a torta capixaba, com mariscos na massa. “Importei um pouco da culinária e cultura capixaba para cá, inclusive no preparo dos pratos, em panelas de barro, um patrimônio imaterial no Espírito Santo, fabricadas por mulheres paneleiras organizadas em cooperativas”, comenta Penharama. “Trabalhamos também com as desfiadeiras de siri.”

Circuito de sabores

 Não deixe de provar o delicioso dourado servido no restaurante Bartrô
Não deixe de provar o delicioso dourado servido no restaurante Bartrô Bruno Calixto/Esp. EM

E por conta do circuito turístico de música, a gastronomia está bombando em Rio das Ostras. Nos anos 2000, o então engenheiro Pedro Rodrigues pediu demissão do cargo que ocupava numa empresa de insumos medicinais e percorreu o Caminho de Santiago de Compostela. Logo em seguida, começou a frequentar Rio das Ostras, vendo aflorar ali uma cultura gastronômica. Das edições do Festival de Frutos do Mar com José Hugo Celidonio e outros chefes de prestígio, como claude Troisgros, até a lugar de prestígio que seu Bartrô ocupa no balneário, em 20 anos sevindo produtos frescos e insumos daquele mar: congro negro, “caviar” de tomate-seco e molho de tamarindo.

Atenção redobrada para o steak au poivre (coberto com grãos de pimenta grosseiramente quebrados), dos tempos áureos de Zé Hugo em seu Club Gourmet, irrepreensível no ponto da carne e no sabor do molho. Vem dali o prato dos 20 anos do Festival da Boa Lembrança, que traz uma mandala, a marca do Bartrô. O primeiro prato da Boa Lembrança surgiu junto com a casa, em 2001, e de lá para cá virou um cliente frequente. “Funciona como uma espécie de clube para os chefs se encontrarem e conversarem”, diz Pedro, que mantém os três filhos trabalhando no salão, que na verdade é o quintal de sua casa.

Espumante exclusivo

A sommelier Geni Machado, do charmoso Madame Merlot, apresenta o exclusivo espumante Pérola, criado para comemorar os 32 anos de Rio das Ostras
A sommelier Geni Machado, do charmoso Madame Merlot, apresenta o exclusivo espumante Pérola, criado para comemorar os 32 anos de Rio das Ostras Madame Merlot/Divulgação

E na carona, a enogastronomia também. Dois espumantes foram lançados para celebrar os 32 anos de Rio das Ostras. A iniciativa foi da Madame Merlot – personagem por trás da sommelier capixaba Geni Machado, proprietária da adega que vem colocando vinho bom na taça dos moradores e turistas. “Fui criada em Rio das Ostras, que a partir de agora vai voltar a ter ostras (risos)”, brinca, sobre as ostras que chegam de SC diretamente para seu restaurante, no interior da adega.

Os espumantes comemorativos vêm da Serra Gaúcha, feitos na Lidio Carraro, vinícola boutique no Vale dos Vinhedos que assinou os vinhos da Olimpíada no Brasil. Serão mil garrafas de cada, um será o Pérola Brut (chardonnay e pinot noir) e o outro, Pérola Moscatel.

O chef Maurimar assina o menu que tem início com arancini de cordeiro e passam por cogumelos Paris com creme de gorgonzola, fettuccine com cavaquinha (local) até chegar num prime rib duroc (corte feito na transversal incluindo o lombo e a costela) com purê de feijão branco e repolho; além de pescados daquela costa (camarão e dourado). O menu executivo sai por R$ 89.

A harmonização fica sempre a cargo da Madame, que dá o start com espumante Garbo (enologia criativa) e segue com Laroche Chablis premier cru safra 2020, Garzon tannat single vineyard safra 2020 e Domaine Seguinot bordet petit Chablis. A gigante Garzon vai servir os vinhos do jantar harmonizado (R$ 269) agendado para este sábado (13/04), no qual o stinco de cordeiro braseado lentamente com legumes e vinho tinto virá na companhia do petit verdot single vineyard.

Recanto de Darwin

A cidade da Costa Azul surgiu de uma vila de pescadores. O Rio das Ostras, que dá nome ao município, existe como rio desembocando na Boca da Barra, no mar, onde se avista o mais lindo point para o pôr do Sol. Fica ali o Quiosque da Tia Daci, que serve o inigualável kibe de peixe com camarão (R$ 10). Próximo, a festa da fauna riostrense formada por tartarugas, baleias e guaiamuns (o caranguejo azul).

Ao visitar o destino, faça passeios de barco para praias mais distantes, visite o Museu Sítio Arqueológico Sambaqui Tarioba. Charles Darwin passou por ali (o naturalista inglês, autor da teoria da evolução das espécies, passou pelo Rio de Janeiro em 1832 quando esteve no Brasil. Para guardar esse interessante momento da história, foram criados os Caminhos de Darwin, com 2,2 quilômetros).

Slow Food no meio do mato e de frente para o mar (Praia Virgem). Cozinha simples e confortável: Casa do Mar, onde se degusta camarão empanado ou flambado no conhaque no abacaxi (R$ 69,90) com catupiry e queijo canastra, muito bem acompanhando de um gim tônica de limão siciliano (R$ 38). A saideira? No Pátio Costazul, onde tem o craque Guto Chamarelli, proprietário da World Drinks, fazendo estripolias com as mãos em criações autorais.

Bate-volta a Casimiro de Abreu

Capela de São João Batista, com mais de 400 anos, fica no distrito de Barra de São João, em Casimiro de Abreu
Capela de São João Batista, com mais de 400 anos, fica no distrito de Barra de São João, em Casimiro de Abreu Capela de São João Batista, com mais de 400 anos, fica no distrito de Barra de São João, em Casimiro de Abreu PMCA/ Secom

Rio das Ostras sempre foi, mas antes de se emancipar fazia parte do município Casimiro de Abreu, onde tem a casa em que o poeta nasceu (ele escreveu apenas um livro na vida, “A casa de primavera”). O túmulo dele fica atrás da igreja, e as pessoas o visitam. Um poeta sonhador exilado em Portugal escreveu sobre seu país e um grito de saudade das terras onde passou a infância e adolescência. De volta ao Brasil, colaborou para jornais, entrou para a Academia Brasileira de Letras e passou os últimos dias de vida na casa onde viveu a infância, hoje um museu na pequena cidade que leva seu nome: Casimiro de Abreu, a 30 minutos de Rio das Ostras.

Basta um dia para percorrer a beira do Rio São João e ir parando nas construções coloniais à procura de traços da história e boa gastronomia. São ao menos seis bons restaurantes na via. O Simpatia é um dos mais antigos e o fio condutor desta renovação culinária local. É possível desfrutar de um almoço bucólico à beira do Rio, como serviço da casa que inclui cerveja gelada e um leque de opções de frutos do mar (mariscos, polvo e lula), além de pescados como pitangola, dourado e robalo.

“Existe um interesse muito grande em oferecer uma gastronomia com segurança e feita com insumos locais”, garante o proprietário, Osmar Soares. Ele mesmo prepara a comida, no caso deste jornalista que vos fala, pescada grelhada ao belle menuère (molho a base de vinho branco) servida com risoto de siciliano e batatas rústicas (R$ 176, para três pessoas).

“Simpatia é quase amor”, para quem não sabe, é o nome de um poema famoso de Casimiro.

Mais adiante, no Capri, o chef Paulo Fernandes trabalha com ostras e vieiras frescas, mexilhões de Búzios, polvo e lagosta. “O imóvel era uma casa abandonada”, conta ele. Ali também é oferecido day use (R$ 30) para usar a piscina, além de servir de galeria de arte com exposições temporárias e obras à venda. O artista da vez é Robson Fasolin. Cultura, arte, história e gastronomia. Uma viagem que vale um poema.

 

FONTE ESTADO DE MINAS

Carrancas: o paraíso das cachoeiras em Minas Gerais

Que tal conferir as cachoeiras e outras belezas naturais da cidade mineira de Carrancas?

 

FONTE BLOG IBR TURISMO

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