Descubra os Caminhos da Liberdade em Minas em 3 novas rotas

A uma semana da Inconfidência Mineira, governo mineiro e Sebrae anunciam roteiros que revelam o quanto o estado é tudo de bom: tem passado, cafezinho e trem

“Minas são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais.” A frase de Guimarães Rosa é a síntese perfeita do estado diverso, extenso que se renova, recria e revive a história. A Minas Gerais dos vales, das cachoeiras, das montanhas, dos rios e lagos, dos povoados, da ruralidade e de seus personagens – alguns famosos, outros nem tanto. Há mais de 400 anos, os caminhos trilhados pelos primeiros exploradores das Gerais, em meados do século 17, nunca foram fáceis.

Ao desbravar a mata virgem, o terreno íngreme, escalar montanhas e serras e enfrentar animais perigosos ficaram para trás muitos nessa jornada rumo ao desconhecido. Os que foram adiante, destemidos e com fé, descobriram ouro, diamantes, esmeraldas e sabores e deram vida à identidade genuinamente mineira.
Os caminhos de terra de uma antiga estrada de ferro serão trilhados por ciclistas que buscam na natureza a razão de viver. Passando por túneis, pontilhões e cânions, a região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri renascem como proposta turística. Bem longe desse local, entre campos de trigo, soja e milho, plantações de café estarão abertas para os visitantes apreciarem a iguaria fina produzida no cerrado mineiro. Mais adiante, na ponta do nariz de Minas Gerais, as antigas pegadas de animais pré-históricos conquistaram reconhecimento internacional e, na ‘Terra dos Gigantes’, o desbravador das gerais poderá conhecer como era a fauna na região, de milhares de anos atrás.
Estamos falando das três novas rotas turísticas prioritárias de Minas Gerais, que foram apresentadas nesta segunda-feira(15/3), em São Paulo, durante a World Travel Market (WTM) Latin America – reconhecida como uma das principais feiras de viagem e turismo do setor. As rotas Bahia-Minas, Café do Cerrado Mineiro e Caminhos do Geoparque Uberaba são iniciativas do Sebrae Minas e do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), que tem o objetivo de promover o turismo do estado e atrair um número cada vez maior de visitantes interessados em explorar as riquezas naturais, culturais, gastronômicas e históricas que Minas Gerais oferece.

Minas para o mundo

Pode entrar, a casa é sua. Governo de Minas inaugura estande no Feira WTM, em SP, com cafezinho quentinho e, claro, comida mineira, uai!
Pode entrar, a casa é sua. Governo de Minas inaugura estande no Feira WTM, em SP, com cafezinho quentinho e, claro, comida mineira, uai! Saulo Carrillo/ Secult

“A promoção das rotas prioritárias, organizadas pelo Sebrae e em parceria com a Secult, vai ao encontro da nossa proposta de potencializar e fomentar o turismo em Minas Gerais, setor que gera emprego e renda e atrai investidores de todo o mundo. Minas é líder em crescimento turístico no país e as rotas, tenho certeza, serão fundamentais para nos mantermos em primeiro lugar, crescendo até o dobro da média nacional”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

“A participação de Minas Gerais em um dos eventos mais importantes da América Latina não só atrai a atenção dos principais players do setor, mas também estabelece novas conexões comerciais que podem resultar em futuras parcerias, realização de negócios e na contínua promoção do turismo do estado”, diz o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Marcelo de Sousa e Silva reconhece que os encontros com o trade turístico representam uma oportunidade para divulgar e promover os produtos e serviços das duas rotas prioritárias do estado, que vão desde a produção de cafés de excelência do Cerrado Mineiro até os passeios de bicicleta pelos vales do Jequitinhonha e Mucuri. “A intenção é fortalecer a imagem de Minas Gerais como destino turístico diversificado e de experiências únicas, fomentando o desenvolvimento econômico dos territórios e a geração de emprego e renda para a população”, finaliza Marcelo Silva.

Túnel do tempo

O visitante passará por túneis ao fazer o percurso em Teófilo Otoni
O visitante passará por túneis ao fazer o percurso em Teófilo Otoni Maria Laender/Divulgação

Projeto turístico ganha reforço com o cicloturismo nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, regiões impactadas com o fim das operações da ferrovia que ligava Minas Gerais ao Sul da BahiaPrepare-se para uma emocionante viagem de bicicleta pelos caminhos que contam mais de 100 anos de história da Estrada de Ferro Bahia-Minas, que um dia conectou Minas Gerais ao mar. Durante o percurso de 340 quilômetros, você terá a oportunidade de vivenciar as paisagens deslumbrantes e a rica cultura dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, pedalando por estradas de terra, passando por comunidades rurais, estações antigas e prédios históricos. Além disso, poderá desfrutar da deliciosa culinária regional, se refrescar em banhos de cachoeira e, quem sabe, apreciar um pôr do Sol embaixo de plantações de cacau.

A Rota Bahia-Minas, eternizada na música Ponta de Areia, na voz de Milton de Nascimento, estará de volta. A estrada da antiga ferrovia que ligava a Bahia a Minas Gerais, foi apresentada durante a WTM Latin América 2024, em São Paulo. O novo circuito turístico, desenvolvido pelo Sebrae Minas, em parceria com diversas instituições públicas e privadas, foi apresentado no Estande Mineiro, com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (SECULT) e do Circuito Turístico das Pedras Preciosas. A inclusão da rota como prioritária no estado, fortalece ainda mais o trabalho do Sebrae Minas, realizado desde 2022, para alavancar o turismo e o desenvolvimento econômico local, gerando novas oportunidades de negócios para a região.

Chegadas e partidas

A Rota Bahia-Minas, localizada a 515 quilômetros de Belo Horizonte, é um percurso de cicloturismo com paisagens naturais deslumbrantes, incluindo matas preservadas, montanhas, cachoeiras, pontilhões e túneis centenários. O destino passa por Araçuaí, Novo Cruzeiro, Ladainha, Poté, Teófilo Otoni e Carlos Chagas, contando com o apoio de diversas instituições públicas e privadas. O Sebrae Minas promove iniciativas para atrair visitantes, gerar emprego e renda nas cidades ao longo do percurso, como pedais turísticos, capacitação em gestão para pequenos negócios locais e mapeamento de atrativos turísticos.

Ao longo do caminho, você terá a chance de ouvir modas de viola, apreciar a música tradicional da sanfona, assistir às apresentações
das repentistas da Ciranda de Queixada e desfrutar de um teatro musical em uma das mais belas estações da rota – em Francisco Sá. Queijo, cachaça e carne de sol não vão faltar, mas o toque especial e inesquecível será o acolhimento típico das famílias locais, que recebem os ciclistas como velhos amigos ou parentes próximos.

A rota turística oferece a experiência de resgatar a simplicidade e a originalidade que ainda resistem no interior do Brasil – onde a natureza, a história e a hospitalidade encantam desde o aceno na estrada até as animadas conversas acompanhadas de “cafezinho com queijinho e biscoito” ao redor da mesa.

Dicas de roteiros e hospedagens, acesse o site

Cheiro e sabor mineiro

Roteiro oferece imersão exclusiva no terroir dos cafés de origem da Região do Cerrado Mineiro
Roteiro oferece imersão exclusiva no terroir dos cafés de origem da Região do Cerrado Mineiro Região do Cerrado Mineiro/Divulgação

Uma degustação harmonizada de cafés especiais ao pôr do sol, com quitandas mineiras, junto à mata nativa e nascentes, ou em meio ao cafezal. Atividades que podem ser experienciadas na Rota do Café do Cerrado Mineiro, onde os produtores abriram suas porteiras para compartilhar o universo da cadeia produtiva com os turistas. Com a valorização e o crescimento do turismo rural, o Sebrae Minas, em parceria com entidades e instituições locais e da cafeicultura da região, estruturou, junto com os cafeicultores, seis experiências que promovem uma imersão intensa em fazendas, torrefações e cafeterias da primeira Denominação de Origem (DO) de cafés do Brasil.

A Rota Café do Cerrado Mineiro, em Patrocínio, no Alto Paranaíba, foi criada no ano passado, como um destino turístico que une a produção de café de alta qualidade da região – considerada a primeira do país a receber a Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), na modalidade Denominação de Origem (DO) – com os atrativos naturais, culturais e gastronômicos locais. O objetivo é valorizar as origens e criar novas oportunidades de negócios ligadas à cadeia produtiva associada ao turismo rural e de experiência.

Nessa rota gastronômica, os turistas têm a oportunidade de conhecer pequenas e grandes fazendas da região, vivenciando, in loco, a produção de cafés de excelência e todo o processo de inovação e tecnologia utilizado pelos produtores locais. Atualmente, oferecem esse serviço as fazendas: Agro Nunes (Nunes Coffe), Bela Vista (Alado Coffee), Rainha da Paz (Famíglia Montanari), Santa Cruz da Vargem Grande (AgroBeloni), além da Cafeteria Dulcerrado by Expocaccer e Coffee Roaster Porto Feliz.

Na feira WTM , os visitantes foram surpreendidos com o espaço dedicado à cozinha mineira. O ambiente destacou a diversidade e a riqueza da culinária típica de Minas como estratégia para fortalecer o setor gastronômico local e impulsionar o turismo no estado. Os visitantes participam de degustações exclusivas dos inconfundíveis cafezinhos especiais da Rota Café do Cerrado Mineiro.

Confira a programação da Rota do Café do Cerrado

Terra de Gigantes

No Geossítio de Peirópolis, em Uberaba, o visitante se encanta com a réplica do dinossauro Uberabatitan ribeiroi, com seus 27 metros de comprimento
No Geossítio de Peirópolis, em Uberaba, o visitante se encanta com a réplica do dinossauro Uberabatitan ribeiroi, com seus 27 metros de comprimento PMU/Divulgação

Desde meados do século passado, o município de Uberaba tem sido alvo de extensas pesquisas devido à sua posição como uma das áreas mais significativas para a paleontologia no Brasil. O local abriga registros fósseis datados de 80 a 66 milhões de anos de idade, tornando-se um dos maiores e mais importantes sítios paleontológicos do país.

Após entrar oficialmente para a rede mundial de parques da Unesco, o Geoparque Uberaba –Terra de Gigantes é o sexto do país e o primeiro da região Sudeste a receber reconhecimento internacional. Com o título, Uberaba passa a fazer parte dos destinos prioritários de Minas Gerais, apoiados pelo Sebrae Minas e Secult, que vão receber incentivos para a estruturação, mapeamento, promoção e qualificação de novos produtos e experiências turísticas.

O projeto Geoparque Uberaba abrange toda a extensão do município, integrando museus, casarões, parques e geossítios que retratam as riquezas geológicas, a herança histórica e a cultura local. Esse projeto vai impulsionar o desenvolvimento regional, valorizando a vocação turística da cidade. Destacam-se os dinossauros que habitaram a região há milhões de anos, abrindo as portas para o turismo ecológico, educativo, científico e de aventuras. O patrimônio geológico de Uberaba ganha destaque mundial com os importantes achados paleontológicos da região.

Outros atrativos

O nome ‘Terra de Gigantes” é uma alusão às três principais identidades históricas e culturais uberabenses, relacionadas ao patrimônio geológico – por abrigar fósseis de dinossauros -, ao potencial agropecuário – Uberaba é reconhecida como capital mundial da raça Zebu -, e por ser a cidade onde viveu o médium Chico Xavier.

Uberaba possui um grande potencial turístico, que vai desde a valorização do artesanato até a preservação do seu patrimônio histórico e cultural. A tradição está presente em todos os cantos da cidade, e a religiosidade é representada por belas igrejas católicas, além do espiritismo, que tem como figura icônica de Chico Xavier. As expressões culturais se manifestam em festas como a folia de reis, o congado, os festivais de viola e catira, e na deliciosa gastronomia, que resgata os costumes locais e valoriza os produtos regionais.

A vocação agropecuária é uma característica marcante de Uberaba desde sua fundação. No entanto, são suas inovações tecnológicas que colocam a cidade em destaque como referência mundial no melhoramento genético e na criação de gado Zebu de elite. Os resultados dessas inovações atraem pecuaristas de todas as partes do mundo. A cidade mineira disponibiliza toda sua infraestrutura de hotéis, clubes, parques, centros de eventos e um calendário repleto de acontecimentos. Assim é Uberaba para o turista: receptiva, calorosa e encantadora, um destino marcante para visitantes do Brasil e do mundo.

 Confira o site oficial do Geoparque Uberaba

 

FONTE ESTADO DE MINAS

O que é a Quarta-Feira de Cinzas?

Tradicionalmente, é a data que marca o fim da folia e o início de um tempo de recolhimento — como se fosse necessária uma fronteira entre a festa da carne e o período de penitência chamado de quaresma. Para católicos praticantes, a Quarta-Feira de Cinzas é uma celebração rica em significado e necessária para a preparação rumo à Páscoa, 40 dias mais tarde.

Nas missas, há um momento em que o padre e seus ministros abençoam cada um colocando um pouquinho de cinzas sobre a cabeça ou fazendo uma cruz na testa. Há duas possibilidades de frase a serem ditas neste momento, cabendo ao sacerdote decidir. “Convertei-vos e crede no Evangelho” é um lembrete da necessidade cristã de mudança de vida, de abrir mão dos prazeres em prol de uma experiência mais próxima de Deus; “Das cinzas vieste, às cinzas retornarás” recorda a brevidade da vida.

“As duas possibilidades são válidas porque esses são os dois sentidos principais das cinzas”, afirma à BBC News Brasil o vaticanista Filipe Domingues, vice-diretor do Lay Centre, em Roma, e professor na Pontifícia Universidade Gregoriana, também em Roma.

“Esse dia nasceu como uma manifestação de devoção popular entre os séculos 3º e 4º. Os cristãos, nesse dia, para se prepararem para a quaresma, impunham sobre si as cinzas em sinal de penitência pública”, explica à reportagem a vaticanista e historiadora Mirticeli Medeiros, pesquisadora de História do Cristianismo na Pontifícia Universidade Gregoriana.

Para o historiador, teólogo e filósofo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, a celebração surgiu “nas comunidades cristãs primitivas” como referência ao início do período de preparação para a Páscoa.

“Nasce junto com esse costume de se guardar os 40 dias do que chamamos de quaresma”, diz ele, à BBC News Brasil. “É um período que marca momentos de reflexão, de arrependimento, de renovação espiritual.”

Papa Gregório, em imagem pintada por Francisco de Zurbarán

O rito foi oficializado na liturgia pelo para Gregório Magno (540-604), na virada do século 7º. “Foi chamada por ele de ‘capite ieiunii’, ou seja, o dia em que se começava o jejum”, pontua Medeiros.

A pesquisadora conta que, conforme relatos antigos, no início a cerimônia era realizada em Roma sempre “em silêncio” e pessoalmente pelo papa, “que organizava uma procissão nos arredores da Basílica de Santa Anastácia e Santa Sabina”.

Referências bíblicas

“As cinzas carregam duas simbologias. A primeira é a ideia da efemeridade da vida, do fato de que quando Deus disse [no Antigo Testamento] de que das cinzas viemos e às cinzas voltaremos, era para lembrar que o ser humano é pequeno diante da grandeza de Deus”, contextualiza Domingues.

“A segunda questão é a do arrependimento, da penitência. Aí é uma leitura cristã, já do Novo Testamento, porque Cristo, segundo os evangelhos canônicos questionou algumas tradições do mundo judaico […], o legalismo de alguns doutores da lei. [Nesse contexto], no período da quaresma ele começa com essa reflexão interna da importância do arrependimento, da penitência, de reformular o que nós somos e como estamos vivendo”, afirma Domingues.

Assessor da Comissão dos Movimentos Eclesiais da Diocese de Itabira, em Minas Gerais, o padre Eugênio Ferreira de Lima lembra à BBC News Brasil que inúmeras referências bíblicas baseiam esse costume litúrgico. “Nelas, o uso das cinzas aparece tanto para a purificação e a penitência quanto para lembrar a relatividade da vida”, interpreta ele.

No livro do Gênesis, o primeiro do Antigo Testamento, há a reprodução de um diálogo que Deus teria tido com Adão explicando a ele como seria a vida fora do Éden. “No suor do teu rosto comerás o pão, até voltares ao solo, pois dele foste tirado. Sim, és pó e ao pó voltarás”, diz o versículo.

Mais adiante, no mesmo livro, há uma passagem em que Abraão afirma “vou ousar falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza”.

‘Quarta-Feira de Cinzas’, óleo sobre tela feita pelo pintor Karl Spitzweg, no século 19

Já no livro de Jó, um versículo orienta “repetis à exaustão máximas de cinza, torres de argila são vossas defesas”. No segundo livro de Samuel, diz-se que “Tamar tomou cinza e derramou sobre a cabeça, rasgou sua túnica de princesa, pôs as mãos na cabeça e afastou-se gritando”.

“Ele se agarra à cinza, seu coração enganado o desvia: ele não se verá libertado”, lê-se em Isaías.

“E também como sinal de arrependimento, em [no livro de] Jonas, o povo se veste de cinzas, cobre a cabeça de cinzas em sinal de arrependimento e penitência”, comenta o padre Lima. “Eles proclamaram um jejum e se vestiram de sacos, desde os grandes até os pequenos […]. Ele se levantou do trono, tirou o manto real, cobriu-se de saco e sentou-se sobre a cinza”, diz o trecho bíblico.

No livro dos Números, está escrito que “para este homem impuro, tomar-se à cinza do brasileiro do sacrifício pelo pecado”.

O sacerdote explica que, no Novo Testamento, há relatos que associam passagens de Jesus à simbologia das cinzas. Quando ele lamenta sobre as cidades da Galileia que não se renderam à sua palavra, diz que “cobertas de saco e cinza, elas se teriam convertido”, segundo narração do Evangelho de Mateus.

Na carta aos Hebreus, diz-se que “a cinza de novilha esparzida sobre os seres maculados os santificam, purificando-lhe os corpos”.

“Ou seja, as cinzas são o convite que a Igreja faz para refletirmos sobre a brevidade e a relatividade de nossa vida aqui na Terra, dizendo o que realmente somos: humanos que vamos morrer”, pontua o padre. “Somos chamamos a entrar nesse tempo da quaresma dedicando mais tempo para a palavra da Deus e para abrir o coração e perceber a presença do Cristo no meio de nós: o Cristo que passa fome, que é torturado, que é injustiçado, que tem necessidade de roupa, de casa, de comida.”

“É uma simbologia muito bonita”, comenta o teólogo Moraes. “Marca o início de um período que conclama ao autoexame, à autorreflexão, à busca por uma renovação espiritual.”

Do que são feitas

Segundo a tradição católica, as cinzas utilizadas nessa missa de Quarta-Feira que marca o início da quaresma são obtidas a partir da queima de um produto de outra missa, realizada no ano anterior. “Pela práxis oficial, as cinzas provém das folhas do domingo de Ramos, celebrado no ano precedente. Acrescentam a elas agua benta e incenso”, diz a historiadora Medeiros.

Domingues vê também simbologia nessa origem do material. “Eles queimam os ramos usados na liturgia do ano passado e essas cinzas são guardadas para o ano seguinte. Isso mostra o ciclo da liturgia e da vida cristã, que nunca acaba, fecha um ciclo e começa outro”, acrescenta ele.

Padre Lima conta que funciona assim: “uma quantidade razoável daqueles ramos bentos no Domingo de Ramos é guardada, conservada e queimada para se transformar nas cinzas que, depois, são abençoadas na missa e, no momento certo do ritual da Quarta de Cinzas, todos os fiéis são convidados a se apresentarem para serem assinalados com elas”.

Ele enfatiza que o momento não é de ânimo negativo. “Não é tristeza. É penitência, é conversão, é mudança de vida. É preciso lembrar isso”, comenta.

Fronte com a cruz feita de cinzas em missa de Quarta-Feira de Cinzas

Outras igrejas cristãs

De acordo com o teólogo e professor Moraes, a tradição da Quarta-Feira de Cinzas não foi incorporada pelas igrejas protestantes e evangélicas.

“As igrejas do protestantismo histórico, algumas são mais litúrgicas, outras menos. Todas reconhecem o período da Páscoa e, portanto, o período que a antecede, esses 40 dias da quaresma. Mas varia de intensidade [conforme a denominação religiosa]. Numa igreja litúrgica, às vezes o pastor cita que iniciamos o período da quaresma, algumas igrejas usam cores específicas”, conta.

“Já as evangélicas pentecostais e neopentecostais geralmente são muito pouco litúrgicas, é um espontaneísmo muito grande então dificilmente você vai encontrar uma valorização desse período de tempo em relação à observância da quaresma”, acrescenta ele.

Moraes afirma que, em geral, os cristãos não católicos não têm nenhum ritual próprio para a Quarta-Feira de Cinzas.

FONTE BBC NEWS BRASIL

Descubra as belezas naturais de Capitólio (MG)!

Você já pensou em morar ou investir em Capitólio (MG)? Conheça a história desse local e descubra as suas principais belezas naturais!

A cidade de Capitólio, situada no estado de Minas Gerais (MG), é um verdadeiro oásis para os amantes da natureza. Esse é um destino ímpar para todos aqueles que buscam uma experiência única de turismo ecológico no Brasil. 

Dotado de uma geografia singular, Capitólio recebe o apelido carinhoso de “mar de Minas”. Afinal, ele apresenta uma diversidade impressionante de belezas naturais, como as águas cristalinas e os impressionantes cânions.

Que tal conhecer as belezas naturais de Capitólio? Continue a leitura e descubra a história dessa cidade e suas principais atrações!

Onde fica o Capitólio?

Capitólio está localizada no sudoeste do estado mineiro e abrange uma área de 521,802 km², fazendo divisa com os municípios de São João Batista do Glória, São Roque de Minas, Piumhi, Guapé e Alpinópolis. Além disso, a sua população é estimada em 10.380 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A cidade se destaca como um dos principais destinos turísticos de Minas Gerais. Sua popularidade cresceu substancialmente devido às famosas cachoeiras e rios de águas cristalinas que a região oferece. 

No entanto, a atração principal é o famoso Cânion de Furnas. Ele é caracterizado pelas suas paredes de pedra parcialmente submersas pelas águas do Lago de Furnas, que é formado pela represa da Usina Hidrelétrica de Furnas, resultando em uma paisagem única e deslumbrante.

Qual é a história desse lugar?

Você descobriu dados sobre Capitólio, sendo interessante também conhecer a história dessa cidade. Ela começa no Ciclo do Ouro, por volta de 1800. Nessa época, houve o esgotamento das jazidas de ouro e de diamantes na região, o que levou à migração da população urbana para a agropecuária.

O local foi inicialmente explorado por portugueses. Os imigrantes fundaram fazendas prósperas devido à abundância de cursos d’água, fauna e flora. 

Já em 1830, os irmãos João Francisco, Manoel Francisco e Antônio Francisco se mudaram para a região, formando um povoado que se tornou conhecido como Arraial dos Franciscos ou dos Cabeças. Você pode reparar que no brasão de armas da cidade, os três Franciscos são homenageados devido à importância deles para a área. 

A prosperidade nas terras atraiu mais famílias e levou ao rápido desenvolvimento do território. Na época, foram doados terreno e recursos para a construção de uma capela, erguida entre 1895 e 1900 em homenagem a São Sebastião, o padroeiro da cidade. 

A partir desse momento, a localidade passou a ser chamada de Arraial de São Sebastião dos Franciscos. Então, em 1948, o Governador Milton Campos sancionou a Lei Estadual 336, criando o município de Capitólio. 

Vale destacar que a construção da Usina Hidrelétrica de Furnas desempenhou um papel fundamental na história da cidade. Dessa maneira, a Represa de Furnas transformou a paisagem, abrindo oportunidades econômicas na agricultura, transporte, turismo e outras atividades. 

Quais são as belezas naturais de Capitólio (MG)?

Ao entender a história de Capitólio, é possível imaginar como as belezas naturais da cidade se formaram, certo? Agora, é o momento de descobrir quais são as principais atrações da cidade que atrai tantos turistas.

Confira, a seguir!

Trilha do Sol 

A Trilha do Sol é uma atração imperdível para os amantes da natureza e aventureiros. Afinal, ela é conhecida por proporcionar uma experiência imersiva na exuberante vegetação da área, permitindo que os visitantes entrem em contato direto com o ambiente.

Ao longo da Trilha do Sol, é possível desfrutar de belas paisagens, atravessar riachos e se maravilhar com a rica biodiversidade que caracteriza a região. Além disso, a variedade de flora e fauna torna essa caminhada uma experiência única.

Uma das recompensas mais gratificantes no final da trilha é a vista panorâmica de Capitólio e do majestoso Lago de Furnas. Nesse cenário, a visão é espetacular e oferece a oportunidade perfeita para tirar fotos incríveis e apreciar a beleza natural da região.

No entanto, para aproveitar ao máximo a Trilha do Sol, é importante estar preparado. Os visitantes devem usar roupas e calçados adequados para caminhadas, levar água, protetor solar e repelente de insetos. 

Cachoeira Lagoa Azul 

A Cachoeira Lagoa Azul tem esse nome devido à incrível coloração azul-turquesa das águas que fluem dela, criando um cenário mágico. Ela é acessível por uma trilha leve, tornando-a adequada para visitantes de todas as idades. 

Vale reforçar que a Cachoeira Lagoa Azul é bonita durante todo o ano, mas atinge sua máxima beleza durante a estação chuvosa. Isso porque as suas águas estão mais volumosas, proporcionando um cenário ainda mais impressionante.

Além de apreciar a cachoeira, os visitantes podem desfrutar de momentos relaxantes nas proximidades, nadar nas águas cristalinas e até mesmo fazer piqueniques. Entretanto, preservar o ambiente é fundamental, portanto, quem passa pelo local é incentivado a recolher o lixo e evitar qualquer ação que possa prejudicar a natureza.

Canyon Cascata Eco Parque 

O Canyon Cascata Eco Parque é conhecido por proporcionar uma combinação emocionante de aventura e belezas naturais. A localidade é cercada por cânions imponentes, grandes formações rochosas e vegetação intensa. 

Dessa forma, os visitantes podem explorar os cânions, praticar rapel e seguir trilhas em um cenário incrível. Além das atividades de aventura, o parque abriga belas cachoeiras e piscinas naturais, nas quais é possível relaxar, nadar e aproveitar a natureza. 

O Canyon Cascata Eco Parque costuma estar aberto o ano todo, mas a experiência pode variar de acordo com a estação. Durante a época chuvosa, as cachoeiras e os cânions atingem seu auge de esplendor, oferecendo uma vista diferenciada.

Por fim, é importante saber que guias especializados frequentemente acompanham os visitantes para garantir uma experiência segura e enriquecedora.

Mirante dos Canyons 

O Mirante dos Canyons oferece vistas panorâmicas incríveis dos cânions e do Lago de Furnas. Assim, esse é um local privilegiado que proporciona uma perspectiva única das paisagens impressionantes que caracterizam a região.

Ao seu redor, existem imponentes formações rochosas, águas cristalinas e vegetação nativa. Dessa maneira, fotógrafos e amantes da natureza frequentemente escolhem o mirante como destino para capturar a beleza cênica da região.

O acesso ao Mirante dos Canyons costuma ser fácil, o que o permite receber visitantes de todas as idades. Por isso, ele é uma parada popular para aqueles que desejam admirar a vista sem a necessidade de realizar atividades físicas intensas.

Uma experiência particularmente memorável é observar o pôr do sol no local. Afinal, à medida que o sol se põe sobre o cenário pitoresco, o céu se transforma em uma explosão de cores, proporcionando um espetáculo visual inesquecível.

Para manter a beleza natural da área e garantir uma visita segura, siga as orientações fornecidas e respeite as regras do local, combinado?

Complexo Ecológico Cachoeira da Capivara 

O complexo ecológico é outro ponto que oferece uma variedade de experiências memoráveis. Nele, a grande atração é a Cachoeira da Capivara, que é uma queda que deságua em uma piscina natural, proporcionando um lugar perfeito para se refrescar.

Além disso, os visitantes têm a oportunidade de explorar trilhas na mata, nas quais podem observar a vida selvagem e desfrutar de momentos de tranquilidade. Já para os aventureiros, o local oferece atividades interessantes, como rapel, tirolesa e escaladas em formações rochosas.

Ademais, o Complexo Ecológico Cachoeira da Capivara disponibiliza uma infraestrutura que inclui áreas para piqueniques, banheiros e locais para descanso. Desse modo, ele garante um ambiente confortável para passar o dia.

Cachoeira Fecho da Serra 

A Cachoeira Fecho da Serra é apreciada por suas belezas naturais e seu ambiente sereno. Situada em meio a uma paisagem tranquila, cercada por vegetação e formações rochosas características da região, ela é um refúgio para aqueles que buscam escapar da agitação da vida urbana.

O acesso à Cachoeira Fecho da Serra é geralmente fácil, com trilhas curtas ou caminhadas leves. Portanto, os visitantes de idades variadas podem desfrutar da vista das águas cristalinas que fluem sobre as rochas e que criam um cenário que cativa os sentidos.

Na base da cachoeira, geralmente se forma uma piscina natural, convidando os turistas a nadar e se refrescar. Logo, esse é o local perfeito para relaxar e desfrutar das águas refrescantes, em meio a um ambiente natural intocado.

Como em todas as atrações naturais de Capitólio, é essencial que os visitantes respeitem o ambiente e sigam as diretrizes locais para preservar a beleza natural da região.

Orla da Prainha 

A orla da Prainha é um dos destinos mais encantadores à beira do Lago de Furnas. Por suas características, ela oferece uma experiência única para os visitantes que desejam desfrutar das águas calmas e cristalinas do lago. 

A Prainha, uma praia artificial, é conhecida por suas areias claras, criando o ambiente perfeito para nadar e aproveitar o sol. Dessa forma, além das atividades aquáticas, ela oferece uma variedade de comodidades para os visitantes, como áreas para piqueniques, churrasqueiras, quadras esportivas e parquinhos.

Ao redor da orla, é possível encontrar uma seleção de restaurantes e bares que servem pratos da culinária local. Assim, o local é perfeito para fazer uma refeição com vista para o lago, tornando a experiência gastronômica ainda mais especial.

Para os entusiastas dos esportes aquáticos, a orla da Prainha é o lugar ideal para se aventurar em atividades como stand-up paddle, caiaque e jet ski. Nesse caso, muitos visitantes optam por alugar equipamentos e explorar o lago de maneira divertida.

Vale destacar que a paisagem ao redor da orla chama a atenção, com colinas cobertas de vegetação e o lago se estendendo até onde a vista alcança. Ademais, o local é famoso pelo pôr do sol que pinta o céu com cores vibrantes sobre o Lago de Furnas.

Dessa maneira, a orla da Prainha é um lugar adequado para famílias, grupos de amigos e todos que buscam um dia de lazer à beira do lago.

Como é a gastronomia desse lugar?

Ao descobrir as principais belezas naturais de Capitólio (MG), é possível surgir o interesse pela gastronomia local, não é mesmo? Afinal, conhecer as comidas da região é uma forma de entender melhor a sua cultura.

Na prática, a gastronomia de Capitólio é uma celebração dos sabores autênticos da culinária mineira, com um toque nativo especial. Para começar, as trutas frescas são uma das estrelas, podendo ser preparadas de diversas maneiras, desde grelhadas a fritas — e sempre acompanhadas por molhos saborosos. 

Outros peixes de água doce, como tilápia e pacu, têm presença marcante nos cardápios e são frequentemente cozidos na brasa. Além disso, eles costumam ser servidos com arroz, feijão-tropeiro e couve, oferecendo uma experiência gastronômica típica da região.

Para quem não conhece, o feijão-tropeiro, uma tradicional especialidade mineira, é uma escolha clássica. Feito com feijão, farinha de mandioca, linguiça, ovos e temperos, ele é um acompanhamento que aguça o paladar.

O frango caipira é outra iguaria da culinária mineira que os visitantes não devem perder a oportunidade de provar. Com temperos tradicionais e cozido lentamente, esse prato oferece um sabor rico e autêntico.

Os queijos também têm um lugar especial nas mesas de Capitólio, como o queijo minas fresco e o queijo Canastra. Eles são opções que combinam perfeitamente com a culinária local.

Na hora da sobremesa, o doce de leite merece destaque, podendo ser apreciado puro, com queijo ou como parte de pratos doces. Mas vale ressaltar que a região ainda oferece uma rica seleção de bebidas, incluindo a famosa cachaça — considerada um destilado típico do Brasil. 

Então os visitantes podem degustá-la pura ou experimentar coquetéis locais, como a pinga com mel. Por fim, não deixe de explorar as barracas de comida de rua, nas quais é possível encontrar petiscos como pastéis, acarajés, tapiocas e churros.

Conclusão

Capitólio (MG) oferece um equilíbrio perfeito entre aventura e tranquilidade, natureza e cultura, tornando-se um destino que satisfaz os mais variados gostos. Por isso, ao visitar essa cidade, os viajantes têm a oportunidade de vivenciar o meio ambiente e a hospitalidade da região. Como você viu, Capitólio é um local que pode ser interessante tanto para morar quanto para investir.

FONTE PORTAL LOFT

Descubra a cidade brasileira que abriga a gigantesca reserva de cristais do mundo

Município possui uma grande concentração de pedras e gemas lindíssimas.

Desde o descobrimento do nosso país, o Brasil é um lugar conhecido por sua riqueza mineral. Os colonizadores portugueses extraíram gemas extremamente valiosas do nosso solo, e algumas até mesmo decoram joias da realeza europeia.

Porém, há um estado que se destaca entre os outros quando falamos deste tema: Minas Gerais. Tal localidade possui uma abundância de minérios, e seu nome deve-se justamente a isso. Durante a época do Império, essa terra foi exaustivamente explorada à procura de ouro e outras preciosidades.

Atualmente, essa importante Unidade Federativa é responsável pela produção de 25% das gemas comercializadas no mundo todo, conforme dados do SGB (Serviço Geológico do Brasil). Este órgão ainda confirma que o Brasil é uma importante província gemológica mundial, entre as nove atualmente existentes.

Desse modo, existe uma cidade que se destaca entre as outras devido à sua abundância de cristais: Cristalina, situada no estado de Goiás, a 130 km de Brasília (Distrito Federal). Essa cidade ostenta a maior reserva de cristais do planeta.

Como os cristais movem a economia do lugar?

Há diversas minas espalhadas por Cristalina, onde é possível encontrar os mais diferentes tipos de cristais e gemas, destacando-se entre elas o Cristal de Quartzo Lemuriano. Segundo a história oficial do município goiano, a região começou a ser visitada por bandeirantes no final do século XVIII, em expedições de cunho exploratório.

Mas, naquele tempo, tais pedras não possuíam grande valor de mercado, de modo que os europeus não se interessaram por elas. Entretanto, conforme o tempo passava, esse tipo de produto começou a ser desejado, e então diversas pessoas foram se estabelecendo por lá para explorar tal recurso.

Originalmente, a região era chamada de “Serra dos Cristais“. Após inúmeros acontecimentos envolvendo o garimpo, entre os anos de 1916 e 1918, a cidade se emancipou e recebeu a denominação de “São Sebastião dos Cristais“, sendo rebatizada posteriormente como “Cristalina“.

Atualmente, segundo o censo do IBGE, o local já conta com mais de 50 mil habitantes, e a extração de cristais continua sendo a principal atividade econômica dos que vivem ali, além do turismo, impulsionado pela rica história da cidade.

“Cristalina está localizada sobre o maior domo de Cristal Lemuriano do planeta, algo realmente incrível, que delega ao município uma exclusividade no turismo. A sensibilidade do prefeito Daniel em transformar a potencialidade turística do município de Cristalina em oferta de produtos turísticos, juntamente com a iniciativa privada, permitiu que Cristalina entrasse no cenário turístico, tendo um alcance nacional e internacional.”, disse a Secretaria de Turismo da cidade, em nota.

FONTE CAPITALIST

Deixar o celular carregando a noite toda estraga a bateria? Saiba a verdade

Especialistas alertam sobre os perigos de carregar o celular durante o sono, revelando possíveis riscos à segurança e à sua saúde. Descubra como essa prática cotidiana impacta sua vida.

Assim como escovar os dentes e tomar banho, hábitos comuns do nosso dia a dia, carregar o celular pelo menos uma vez ao dia também já se tornou parte da nossa rotina.

Muitas pessoas optam por fazer isso à noite, ao se prepararem para dormir, a fim de evitar a falta de bateria durante o dia. No entanto, essa prática pode ser uma má ideia.

De acordo com estudos conduzidos pela Universidade de Cambridge, liderados pelo professor David MacKay, existem preocupações associadas à prática de carregar o celular durante a noite antes de dormir.

Além do consumo desnecessário de energia, um dos riscos mais frequentes é o superaquecimento da tomada e, em situações extremas, a possibilidade de explosão do dispositivo. Contudo, nem tudo é negativo.

É prejudicial deixar o celular carregando durante toda a noite?

Geralmente, um celular em boas condições leva de 2 a 3 horas para carregar completamente.

Considerando que uma pessoa dorme, em média, 8 horas por noite, isso significa que pelo menos 5 horas são desperdiçadas com o aparelho conectado ao carregador.

Quando questionado sobre os efeitos de deixar o celular carregando durante a noite, o professor MacKay afirmou que não há motivo para preocupação extrema nesses casos.

Ele ilustrou sua opinião com a analogia de ‘tentar salvar o Titanic com uma colher de chá’, isto é, não existe razão para preocupação exagerada.

No que diz respeito à bateria, a pesquisa mostrou que as novas tecnologias de íon de lítio evitam que esses componentes desenvolvam ‘vício’ e comecem a descarregar rapidamente.

Além disso, é improvável que um celular exploda enquanto está carregando à noite, a menos que ocorram circunstâncias excepcionais, como dias muito quentes ou instalações elétricas antigas.

Como posso carregar o celular da melhor maneira?

Há maneiras de carregar o celular que ajudam a preservar a bateria e a reduzir os riscos de incêndio ou explosão. É crucial utilizar sempre o carregador original do aparelho ou um modelo de alta qualidade.

É aconselhável evitar a compra de carregadores genéricos ou falsificados, pois têm o potencial de causar curto-circuitos, incêndios e até mesmo a explosão da bateria.

Além disso, recomenda-se evitar deixar o celular em locais excessivamente quentes ou úmidos e não mantê-lo na tomada após atingir a carga completa.

Por fim, nunca deixe o dispositivo carregando sobre superfícies inflamáveis. É importante estar sempre atento.

FONTE MULTIVERSO NOTÍCIAS

Terra atinge periélio em 2024: descubra quais são as consequências

Em 2024, a Terra alcançou o seu ponto mais próximo do Sol, conhecido como periélio. Saiba como essa proximidade influenciará a vida na Terra e o que podemos esperar desse evento astronômico.

Descobertas astronômicas sempre encantaram a humanidade, e uma delas aconteceu logo nos primeiros dias de 2024.

A cada ano, a Terra alcança o ponto mais próximo de sua órbita em torno do Sol, chamado de periélio. No dia 2 de janeiro desse ano, na última terça-feira (2/1/24), a Terra atingiu esse ponto.

O que são afélio e periélio?

afélio ocorre quando a Terra está no ponto mais distante do Sol em sua órbita, como se estivesse dando um passo para trás.

Já o periélio é quando a Terra está mais próxima do Sol em sua órbita, como se fosse o ponto mais próximo que ela alcança. É como se a Terra estivesse dando um passo à frente, aproximando-se mais do Sol.

Qual a relação disso com os eventos de 2/1/24?

Durante o periélio, o planeta fica cerca de 3% mais próximo do Sol do que a distância média entre eles. Esse fenômeno foi observado pelo site americano EarthSky.

Devido à órbita elíptica da Terra, em vez de ser circular, as distâncias entre a Terra e o Sol variam ao longo do ano.

Na data de 2 de janeiro, a Terra encontrava-se a cerca de 147 milhões de quilômetros do Sol, uma distância 5 milhões de quilômetros menor do que no afélio, o ponto de maior distância entre os dois corpos celestes.

A média da distância entre a Terra e o Sol é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros.

Durante o periélio, o Sol aparenta ser ligeiramente maior visto da Terra, um evento que ocorre anualmente no início de janeiro, coincidindo com o verão no Hemisfério Sul. Já o afélio, por sua vez, ocorre no início de julho, durante o inverno no mesmo hemisfério.

As datas precisas do periélio e do afélio mudam a cada ano, não coincidindo exatamente com o calendário. Por exemplo, no Brasil, a maior proximidade em 2024 ocorreu às 21:38 do dia 2 de janeiro. Essas variações são resultado da dinâmica orbital da Terra.

Em escalas temporais mais amplas, as datas do periélio e do afélio sofrem mudanças graduais. A cada 58 anos, essas datas avançam aproximadamente um dia.

Além disso, flutuações de curto prazo podem ocasionar variações de até dois dias entre um ano e outro.

Os especialistas em Matemática e Astronomia preveem que, daqui a 6.430 anos, ou seja, mais de 4 mil anos no futuro, o periélio coincidirá com o equinócio de março.

equinócio é um fenômeno que ocorre quando o dia e a noite têm durações iguais, cada um com exatas 12 horas.

Esse fenômeno astronômico tem impactos significativos em missões espaciais. Por exemplo, satélites que orbitam o Sol, como a Sonda Solar Parker, desenvolvida pela NASA, são afetados pelos momentos de periélio.

Lançada em 2018, a Sonda Solar Parker se aventura próxima à superfície do Sol, a uma distância de alguns milhões de quilômetros, antes de retornar à órbita de Vênus para regulação térmica. Sua missão é estudar o Sol com detalhes sem precedentes.

Outra missão notável da NASA é o Observatório de Dinâmica Solar, que também se dedica ao estudo do Sol.

FONTE MULTIVERSO NOTÍCIAS

Representante legal de um familiar pode receber benefício do INSS? Descubra aqui

Fique de olho nas regras

Risoneide de Souza, auxiliar de cozinha, vive em Manaus, no Amazonas, há 35 anos e passou a ser representante legal da irmã que recebe Benefício de Prestação Continuada (BPC) à pessoa com deficiência, ou seja, um benefício assistencial do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Antes disso, porém, Risoneide trabalhou muitos anos com carteira assinada e, por isso, surgiu a dúvida: ainda poderia continuar trabalhando de carteira assinada e se aposentar no futuro mesmo sendo representante legal do benefício da irmã?

Essa é uma dúvida muito comum para aqueles que são representantes de algum segurado do INSS.

Siga a leitura para saber então o que acontece.

Benefícios do INSS

A dúvida é se, justamente por ser representante, isso acaba impedindo de obter algum benefício do INSS, como aposentadoria, por exemplo.

A saber, a resposta é não, mas há um caso que pode gerar impedimento para o próprio beneficiário continuar recebendo seu benefício.

Isso porque, para ter direito a um benefício assistencial, um dos requisitos necessários é observar a renda do grupo familiar, ou seja, quanto ganha no total o grupo familiar que mora com a pessoa que quer esse tipo de benefício.

Na prática, segundo a legislação, esse total não pode ser maior que ¼ do salário mínimo por pessoa do grupo familiar.

Fazem parte do grupo familiar as pessoas abaixo, desde que morem com o beneficiário do BPC:

  • Cônjuge ou companheiro;
  • Pais;
  • Madrasta ou padrasto, caso ausente o pai ou mãe (nunca ambos);
  • Irmãos solteiros;
  • Filhos e enteados solteiros;
  • Menores tutelados.

Dessa forma, não há impedimento para que uma pessoa que seja designada como representante legal de um beneficiário do BPC do INSS receba uma aposentadoria, por exemplo — mas desde que a pessoa não seja um desses membros do grupo familiar do recebedor do benefício assistencial.

Afinal, caso a renda “per capita” (por pessoa) do grupo familiar supere ¼ do salário mínimo vigente, o BPC pode ser suspenso, já que um dos critérios de manutenção do benefício deixa de ser preenchido.

Dedução

No entanto, mesmo em situações que a renda supere o máximo estipulado em lei, é possível a dedução de valores, desde que comprovados gastos, por exemplo, com compra de medicamentos, fraldas e alimentação especial, realização consultas e tratamentos médicos para o titular do BPC.

No caso de Risoneide, a renda dela não será contabilizada para a renda máxima per capita do BPC de sua irmã, pois ainda que morem na mesma residência, ela é casada e, dessa forma, não integra o grupo familiar da irmã, que recebe o BPC.

Além disso, não integram o grupo familiar:

  • Pessoas, ainda que familiares, que morem em outras residências no mesmo terreno da casa do requerente do benefício assistencial.
  • Avós, tios, irmãos casados, netos, sobrinhos e primos, mesmo que morem na mesma residência da pessoa que está requerendo o benefício assistencial.

O que é um benefício assistencial?

Em geral, os benefícios do INSS são previdenciários, ou seja, é preciso que a pessoa que se filiou à Previdência Social, faça os pagamentos regularmente ao INSS para ter seu direito reconhecido.

É o caso, por exemplo, da aposentadoria, do benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), da pensão por morte ao familiar, do salário-maternidade.

Contudo, existe um tipo de benefício que é assistencial e, portanto, não requer contribuições previdenciárias para ter direito a ele.

Trata-se do Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC/Loas). Ele existe para o idoso com mais de 65 anos de idade e para a pessoa com deficiência, desde que comprovem baixa renda.

Em suma, para ter direito ao BPC, é preciso comprovar ser de baixa renda, ter inscrição no Cadastro Único e possuir renda familiar de até ¼ do salário mínimo por pessoa, calculada com as informações do CadÚnico e dos sistemas do INSS.

Mas, justamente por se tratar de um benefício assistencial, ele não dá direito a décimo terceiro e nem gera direito à pensão por morte aos dependentes do titular.

Fonte: Instituto Nacional do Seguro Social

FONTE BRASIL 123

Descubra a Rota Jaguara em Minas Gerais

Saiba o que te aguarda na nova rota turística que passa por Itabirito, Ouro Preto, Rio Acima e Santa Bárbara.

No dia 05/12, os turistas foram presenteados com mais um motivo para visitar Minas Gerais com o lançamento da nova rota turística, a Rota Jaguara. O evento foi realizado no hotel Rio das Pedras, em Acuruí, Itabirito, pertencente à rota.

Desenvolvida com foco voltado para o turismo de base comunitária, turismo sustentável e turismo de experiências, a Rota Turística Jaguara se estende por um percurso de 62km. Passa pelas comunidades de Maracujá em Ouro Preto, Acuruí, Capanema e Jaguara em Itabirito, Palmital em Rio Acima e Conceição e Galego em Bárbara. Uma região rica em tradição e cultura.

O que o turista irá encontrar

Pelo percurso da nova rota turística, se misturam paisagens compostas pela Mata Atlântica, cerrado e campos rupestres, com serras, morros e abundância em nascentes e cursos d’água que formam dezenas de cachoeiras incríveis.

Rota Turística Jaguara (Foto: Divulgação)

Além de contemplar tanta beleza, o turista poderá fazer trilhas de bicicleta que atraem desde ciclistas iniciantes aos profissionais como Marcelo Braga, Bernardo Cruz e Lúcio Otávio, campeões nacionais de montain bike. Os apaixonados por aventura ainda poderão praticar trekking, escaladas, rapel, cavalgadas e ainda, caiaque em um trecho totalmente limpo e preservado do Rio das Velhas.

Almoço de frente à cachoeira na Rota Turística Jaguara (Foto: Divulgação)

Mas, apesar de grande riqueza natural, a Rota Jaguara tem mais a oferecer. Por lá, o viajante viverá experiências diferenciadas. O visitante poderá conhecer o Recanto dos Búfalos com seus deliciosos queijos e muçarela, degustar de uma cerveja premiada na Cervejaria Uaimií enquanto visita os Jardins do Doutor, fazer um pique nique em um Olival onde se produz um puríssimo azeite e deliciosos pães artesanais, almoçar uma comida típica mineira feita em fogão a lenha, de frente à uma imponente cachoeira, entre tantas outras vivências.  

Ontem (05), os turistas foram presenteados com mais um motivo para visitar Minas Gerais com o lançamento da nova rota turística, a Rota Jaguara. O evento foi realizado no hotel Rio das Pedras, em Acuruí, Itabirito, pertencente à rota.

Desenvolvida com foco voltado para o turismo de base comunitária, turismo sustentável e turismo de experiências, a Rota Turística Jaguara se estende por um percurso de 62km. Passa pelas comunidades de Maracujá em Ouro Preto, Acuruí, Capanema e Jaguara em Itabirito, Palmital em Rio Acima e Conceição e Galego em Bárbara. Uma região rica em tradição e cultura.

O que o turista irá encontrar

Pelo percurso da nova rota turística, se misturam paisagens compostas pela Mata Atlântica, cerrado e campos rupestres, com serras, morros e abundância em nascentes e cursos d’água que formam dezenas de cachoeiras incríveis.

Rota Turística Jaguara (Foto: Divulgação)

Além de contemplar tanta beleza, o turista poderá fazer trilhas de bicicleta que atraem desde ciclistas iniciantes aos profissionais como Marcelo Braga, Bernardo Cruz e Lúcio Otávio, campeões nacionais de montain bike. Os apaixonados por aventura ainda poderão praticar trekking, escaladas, rapel, cavalgadas e ainda, caiaque em um trecho totalmente limpo e preservado do Rio das Velhas.

Almoço de frente à cachoeira na Rota Turística Jaguara (Foto: Divulgação)

Mas, apesar de grande riqueza natural, a Rota Jaguara tem mais a oferecer. Por lá, o viajante viverá experiências diferenciadas. O visitante poderá conhecer o Recanto dos Búfalos com seus deliciosos queijos e muçarela, degustar de uma cerveja premiada na Cervejaria Uaimií enquanto visita os Jardins do Doutor, fazer um pique nique em um Olival onde se produz um puríssimo azeite e deliciosos pães artesanais, almoçar uma comida típica mineira feita em fogão a lenha, de frente à uma imponente cachoeira, entre tantas outras vivências.  

Rota Turística Jaguara (Foto: Divulgação)

Além disso, na Rota Turística Jaguara o visitante ainda encontrará 3 igrejas tricentenárias, vilarejos bucólicos e uma enorme diversidade de produtos artesanais de muita qualidade.  

Enfim, parabéns ao turista, que nesse mês ganhou um presente de Natal antecipado. Novas experiências te aguardam na Rota Turística Jaguara, então, vem pra Minas!

Para conhecer mais sobre o destino, acesse aqui.

FONTE UAI

Por que 2024 é o ano das auroras boreais?

As melhores luzes do norte em duas décadas, as auroras boreais, podem impressionar os habitantes da Terra no próximo ano; leia e entenda a seguir.

Um dos melhores espetáculos da natureza são, sem dúvida, as auroras boreais, também chamadas de luzes do norte. E segundo especialistas em astronomia, o próximo 2024 será o ano em que elas ficarão ainda mais bonitas.

A aurora boreal é um fenômeno atmosférico natural que ocorre na região polar do hemisfério norte, isto é, no Ártico. Essas luzes do norte manifestam-se como ondas coloridas em tons de verde, vermelho, roxo e amarelo, movendo-se no céu escuro na forma de cortinas, faixas e arcos.

Por outro lado, a aurora austral, sua contraparte no hemisfério sul, ocorre no Círculo Polar Antártico, exibindo cores como verde, azul e violeta. A formação destas luzes ocorre devido à interação de partículas carregadas do vento solar com a atmosfera terrestre, liberando energia luminosa, cujas cores são influenciadas pela composição dos gases atmosféricos, como oxigênio e nitrogênio.

Por que os especialistas afirmam que 2024 é o ano das auroras boreais?

Os especialistas afirmam que 2024 é o ano das auroras boreais porque o sol vai atingir antecipadamente o pico do seu ciclo de atividade de cerca de 11 anos, chamado de “máximo solar”. Nesse período, a atividade solar será maior, criando condições ideais para a formação de luzes mais intensas e visíveis em regiões mais amplas da Terra.

Além disso, o último máximo solar, em 2014, foi o mais fraco em um século, o que aumenta a expectativa de que 2024 seja um ano excepcional para as auroras.

Para observá-las, é preciso estar em uma região próxima ao polo magnético da Terra, chamada de “zona auroral”. Essa área, no entanto, é dinâmica e varia conforme a força do vento solar.

Quando há mais energia, a zona auroral se expande para o sul, permitindo que as auroras sejam vistas em latitudes mais baixas. Portanto, o ano que vem pode ser uma ótima oportunidade para observar esse fenômeno incrível.

Onde é possível ver as auroras boreais?

Os melhores lugares para ver as luzes do norte incluem:

  • Fairbanks, Alasca, EUA: oferece espetáculos frequentes de auroras, especialmente durante as longas noites de inverno.
  • Tromsø, Noruega: localizado ao norte do Círculo Polar Ártico, é um ponto estratégico para a observação das luzes do norte.
  • Yellowknife, Canadá: conhecida como a capital mundial da Aurora Boreal, oferece ótimas condições para a visualização.
  • Lacônia finlandesa, Finlândia: especialmente em Rovaniemi, onde as auroras podem ser vistas até 150 noites por ano.
  • Abisko, Suécia: o Parque Nacional Abisko é um local privilegiado para apreciar as luzes em tons de verde, azul e violeta.
  • Reykjavík, Islândia: as auroras podem ser observadas na capital, mas locais afastados da poluição luminosa são ideais, como a região do Viajante do Sol (também chamado Escultura Sólfar).
  • Luosto, Finlândia: outra excelente localização na Lapônia finlandesa para a observação das auroras.
  • Cabo Norte, Noruega: uma região no extremo norte norueguês que oferece vistas espetaculares das auroras boreais.
  • Ilha de Senja, Noruega: com paisagens deslumbrantes, é um ótimo local para combinar a observação das auroras com cenários naturais incríveis.
  • Parque Nacional Vatnajökull, Islândia: além de Reykjavík, esta área oferece uma experiência única para ver as auroras boreais, especialmente no maior parque nacional da Europa.

FONTE CONCURSOS NO BRASIL

Qual é a maior dor que uma pessoa pode sentir?

A dor varia amplamente, desde a intensa dor da CRPS e picadas de insetos até a agonia de cálculos renais, refletindo sua complexidade.

Dor, uma experiência humana universal, é frequentemente envolta em mistério e subjetividade. O que uma pessoa considera levemente irritante, outra pode achar insuportável. Essa variabilidade torna a dor um tópico fascinante, embora complexo, para explorar. Começamos esta exploração mergulhando nos reinos das doenças, picadas de insetos e experiências corporais cotidianas, cada uma oferecendo sua marca única de desconforto.

O MUNDO EXCRUCIANTE DAS DOENÇAS DOLOROSAS

A Síndrome da Dor Regional Complexa (CRPS) se destaca no mundo das doenças dolorosas. Caracterizada por dor intensa, muitas vezes desproporcional, a CRPS pode surgir de lesões aparentemente menores ou mesmo sem nenhuma causa aparente.

Essa síndrome é conhecida por sua dor ardente ou pulsante implacável, frequentemente acompanhada por sensibilidade ao toque, inchaço e até mudanças na cor e textura da pele. Imagine um mundo onde até o toque mais gentil traz dor insuportável, ou onde usar meias se torna uma tarefa hercúlea. A CRPS foi classificada em impressionantes 42 de 50 na escala de dor de McGill, superando a dor de amputações sem anestesia. Esta escala quantifica a intensidade da dor, com números mais altos representando dor mais severa.

Além disso, a CRPS não é um desconforto passageiro; é uma aflição de longo prazo, muitas vezes vitalícia. Isso a torna particularmente desafiadora, pois os sofredores devem lidar com a presença contínua da dor, frequentemente levando a um significativo sofrimento psicológico.

A condição até recebeu o apelido sinistro de “doença do suicídio” devido ao seu grave impacto na qualidade de vida. No entanto, a CRPS não é a única condição que traz tanta dor intensa. Doenças como a neuralgia do trigêmeo, caracterizada por dor facial súbita e severa, e endometriose, onde tecido semelhante ao revestimento uterino cresce fora do útero, também estão na lista de condições excruciantes.

A PICADA DA DOR: VENENO DE INSETOS

Mudando de doenças para o reino animal, a dor infligida por picadas de insetos assume uma forma diferente. Justin Schmidt, um entomologista, dedicou uma parte significativa de sua carreira para entender essa dor. Ele desenvolveu o Índice de Dor de Picada de Schmidt, que categoriza a dor de várias picadas de insetos em uma escala de 0 a 4. Na extremidade inferior da escala, encontramos picadas quase imperceptíveis, como as da abelha Triepeolus, descritas caprichosamente como “um arranhãozinho que dança com cócegas”.

À medida que ascendemos na escala, as descrições se tornam mais vívidas e dramáticas. A vespa melífera e a vespa de cara branca, classificadas em dois, oferecem dor semelhante a “um cotonete embebido em molho de pimenta habanero empurrado nariz acima” ou “ter a mão esmagada em uma porta giratória”. A escala avança para o nível três com insetos como a formiga colhedora da Flórida, descrita como “audaciosa e implacável, como uma furadeira elétrica escavando uma unha encravada”.

No auge da escala, no nível quatro, reside a formiga bala, conhecida por entregar a picada mais dolorosa. Essa dor é tão intensa que Schmidt mencionou que, se houvesse um nível cinco, incluiria apenas a formiga bala. Essas descrições não apenas fornecem uma medição científica, mas também trazem um elemento humano para entender a dor, permitindo-nos quase sentir e empatizar com essas experiências.

A DOR UNIVERSAL: EXPERIÊNCIAS CORPORAIS

Finalmente, exploramos o reino das experiências corporais cotidianas, onde a dor pode atingir indiscriminadamente. Uma experiência comum, mas intensamente dolorosa, é a passagem de um cálculo renal. Essa condição ocorre quando produtos residuais no sangue formam massas duras e pedras nos rins. Enquanto nos rins, essas pedras podem não causar dor, mas a verdadeira agonia começa quando elas se movem para o ureter, o tubo que conecta o rim à bexiga. Esse movimento pode causar dor excruciante, frequentemente descrita como uma das piores dores que uma pessoa pode suportar.

No pronto-socorro, pacientes com cálculos renais são frequentemente vistos contorcendo-se em agonia. A dor é tão intensa que supera o desconforto de muitas outras condições, incluindo parto e lesões. O processo de um cálculo renal passando pelo trato urinário pode ser mais doloroso do que dar à luz ou levar um chute na virilha, dois exemplos comumente citados de dor extrema.

Fonte: IFLScience

FONTE MISTÉRIOS DO MUNDO

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