Começaram nesta sexta-feira, 19, as operações do aterro sanitário de Congonhas. Esta medida fez com que fossem encerradas as atividades do aterro controlado (lixão), que funcionava do lado desde 2008. O funcionamento do aterro cumprirá todas as normas exigidas pelo Estado e não irá contaminar as nascentes e lençóis freáticos, o que é um dos seus principais objetivos. Outro é a não exposição a céu aberto do lixo recolhido na cidade, que é compactado e assentado em camadas com terra e envolvido em uma lona de polietileno. O aterro sanitário fica no Cangalheiros, com acesso na altura pela BR-040 na altura do bairro Santa Mônica.
As licenças para a operação do aterro foram concedidas no dia 29 de dezembro de 2015 pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (SUPRAM) e pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM).
Segundo José Luiz Pereira, chefe de departamento do Aterro Municipal, “as atividades foram iniciadas nesta sexta-feira, devido a um laboratório especializado de Conselheiro Lafaiete ter realizado as análises das amostras de água das nascentes e dos piezômetros (poços tubulares utilizados para o monitoramento da água subterrânea), somente na quinta-feira, dia 18. Estamos muito gratos com essa conquista, que é aguardada há muitos anos”.
O local conta com uma estrutura adequada, uma vez que é todo amantado com material de polietileno de alta densidade, que irá receber o lixo doméstico e compactá-lo. Após a compactação, os resíduos contidos nos drenos de gás e chorume (decomposição dos resíduos sólidos domésticos) vão para as bacias anaeróbia (pré tratamento do chorume) e facultativa (lixiviado, que é um contaminante). Este material será encaminhado para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Ouro Branco, de responsabilidade do escritório da COPASA de Congonhas, através de caminhões pipa, até que a concessionária construa uma no Município. A COPASA é a responsável pelo tratamento e descarte final do chorume. Congonhas produz cerca de 32 toneladas de resíduos sólidos por dia.
“Essa conquista faz parte de um planejamento que estamos desenvolvendo e implementando no Governo Municipal. Ele engloba toda a política de resíduos sólidos na cidade. O próximo passo será regularizar e licenciar um local adequado para recebimento e beneficiamento de entulho da construção civil. Enxergamos grandes possibilidades e avanços em tudo que estamos fazendo”, afirma o Secretário de Desenvolvimento Sustentável Christian Souza Costa
Coleta Seletiva
Implantada em setembro de 2012 em Congonhas, a Coleta Seletiva é feita no aterro sanitário. Ela consiste em separar o lixo reciclável do lixo úmido. A Associação dos Catadores de Papel e Materiais Recicláveis de Congonhas (ASCACON) faz a separação, trituração e embalagem dos materiais que são vendidos para uma empresa de Belo Horizonte. A associação desconta 10% do valor e divide o restante entre os associados. Por dia, são recolhidos cerca de 500 kg de materiais. Por mês, são comercializados cerca de 50 toneladas.