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Gerdau antecipa funcionamento de laminador de chapas grossas para julho deste ano em Ouro Branco

Gerdau Ouro Branco/Foto:Reprodução
Gerdau Ouro Branco/Foto:Eduardo Rocha RR/Reprodução

Depois de apresentar uma queda de 42,5% no lucro líquido em 2015 frente

a 2014, ao passar de R$ 1,19 bilhão para R$ 684 milhões, o grupo

siderúrgico Gerdau já inicia 2016 com o pé no freio. Além de um volume

de investimentos 35% inferior ao previsto para este ano, estão em estudo

alternativas como paradas técnicas da produção – já ocorridas no

exercício anterior ¬, além de readequação dos ativos à nova realidade do

mercado que pode incluir formação de joint ventures, venda e até

fechamento de parte das operações, segundo o diretor¬ presidente da

empresa, André Gerdau Johanpetter. “Não temos decisões tomadas mas

seguimos na reavaliação dos ativos na busca de melhor rentabilidade para

cada um deles”, disse o executivo ontem, em teleconferência de

divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2015 da companhia.

A produção do aço no mundo teve redução de 2,8% em 2015 e a utilização

da capacidade instalada passou de 73,4% em 2014 para 69,7% no exercício

passado. No caso da Gerdau, esse indicador está entre 65% e 70%. Mas,

apesar do cenário mundial desafiador, o principal motivo para que a

empresa apresentasse queda foi o mercado interno. No Brasil, a demanda

por aço despencou no último ano em função de menor atividade na

construção civil e no setor automotivo.

Planta de Ouro Branco

  Boa parte dos investimentos foi direcionada para os três principais

projetos que são a construção da aciaria na Ar-gentina, a entrada em

operação da planta de perfis estruturais do México e a instalação do

laminador de chapas grossas na usina de Ouro Branco. Esse último terá

início de operação antecipada para julho deste ano. A programa-ção

inicial era que o equipamento entrasse em funcionamento no fim deste

ano. A capacidade instalada será de 1,1 milhão de toneladas de chapas

grossas por ano, que será adicionada a 800 mil toneladas que o outro

laminador, que iniciou atividades em 2013, pode produzir. Dessa forma, a

capacidade do grupo em aços planos será de 1,9 mi-lhão de toneladas.

Apesar da maior capacidade produtiva, Gerdau admite que 2016 é um ano de

incertezas e, possivelmente, de desempenho negativo para o setor em todo

o mundo. Por essa razão, a empresa está passando por uma revisão dos

ativos, com possíveis vendas ou fechamento de parcerias. As paradas

técnicas que ocorreram ao longo de 2015 deverão ser mantidas neste

exercício. Dentre as prioridades para o ano estão a geração de caixa

livre, redução dos custos, restrição dos investimentos e da alavancagem

financeira.

Fonte:Diário do Comércio 

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