Não está fácil escrever nestes tempos bicudos. Os temas estão totalmente polarizados em prós e contras, nisso ou naquilo e no país não se discute os assuntos que realmente são importantes para o dia a dia do cidadão. Para o bem e para o mal, a Operação Lava Jato se tornou o centro da vida política no Brasil. Sim, porque o mundo real corre mesmo é aqui em baixo e as nossas necessidades são outras, muito além daquelas exploradas e alimentadas à exaustão pelos interesses escusos da grande mídia e de seus proprietários. E tem mais ainda, posso estar enganado, ser humano que sou, mas nunca vi tanta energia concentrada em um assunto só pelos órgãos de imprensa do meu país. Revirando livros de história, o momento político nos transporta para a Era Vargas em que, o presidente Getúlio não aguentando tamanha pressão contra ele movida principalmente pelo político e jornalista Carlos Lacerda, levou-o ao suicídio. E nada foi provado contra o gaúcho. Já disse e repito, quem tem culpa no cartório que pague na justiça, mas 15 meses em cima do mesmo assunto, sinceramente é atraso de vida.
Muitas cidades pelo mundo afora exibe lixeiras em espaços públicos, mas uma grande exceção são as cidades japonesas, pois eles dizem que cada um é responsável pelo seu lixo, pois quanto mais lixeiras, maior a coleta e os mecanismos inerentes a ela e, consequentemente, mais despesas para o gestor público. Ou seja, nosso próprio bolso. Analistas internacionais não se cansam de dizer que nós brasileiros em geral somos muito dependentes do poder público, exigimos tudo do estado (governo), seja ele municipal, estadual ou federal. A questão do lixo é bem marcante, pois todo mundo fica gerando lixo e o lançando nas ruas o tempo todo, mas é a prefeitura que se vire para manter limpo o espaço comum. A qualquer hora. Pode? Como se diz por aí, todo mundo defende trabalho para o coveiro, mas morrer que é bom ninguém quer, não é mesmo?