Já eram pouco mais de 6:00 horas, de quinta feira,dia 15, quando os foguetes começaram a pipocar em Lafaiete. Distante daqui, 77 senadores votaram, sendo 55 pela admissibilidade e 22 contra.
À noite, na sessão da Câmara de Lafaiete, decisão dos senadores repercutiu na Casa. Pastor Boaventura (PSDB) fez um paralelo entre a realidade local e a nacional. “Hoje é um dia triste e angustiante para mim diante do momento por que nosso país. Tomara Deus que tudo se resolva dentro da normalidade, mas precisamos por um basta a tanta sujeira que aconteceu no Brasil. Minha preocupação é para que evitemos que o mesmo aconteça em Lafaiete”, comparou.
Mais ao seu estilo, Toninho do PT fez um pronunciamento inflamado. “Eles enterraram mais de 54 milhões de votos dos brasileiros. Agora eles vão acabar com tudo o que os pobres conquistaram, como Minha Casa, Minha Vida, PROUNI, Bolsa Família. A mídia golpista participou ativamente desta campanha para derrubar a Presidenta Dilma. Foi uma campanha infâmia e cheia de ódio”, protestou. Em seguida finalizou: “Prendam o Lula. Caso contrário ele volta em 2018”. Para ele tudo não passou de uma encenação midiática promovida pelos grupos de direita e dos oligopólios.
Mais ponderado, Gildo Dutra (PV0 revelou que acordou bem cedo, lá pelas 5:00 horas, quando resolveu escrever um texto sobre o atual momento.
“Não há vencedores, nem vencidos. È um momento para reflexão e é hora de levarmos a boa nova”, discursou.
Entenda o processo
Com o placar pela admissibilidade, caso seja repetido na votação final a presidenta Dilma Rousseff perderá, definitivamente o cargo de presidente da República.
A partir de agora a Comissão Especial do Impeachment voltará a funcionar pelo prazo de até 180 dias e nesse período, a referida comissão vai julgar o mérito do impeachment, com produção de provas por ambas as partes, ou seja, pela acusação e pela defesa.
Enquanto durar o processo de julgamento, que pode durar até 180 dias, a presidenta Dilma Rousseff ficará afastada da função de Chefe do Poder Executivo, que será ocupada pelo vice-presidente Michel Temer. Nesse período a presidenta afastada Dilma Rousseff continuará residindo no Palácio da Alvorada, tendo à sua disposição todo tipo de assistência concedida ao presidente da República, inclusive com transporte aéreo e terrestre. Dilma vai agora cuidar exclusivamente de sua defesa e para tal terá que arcar com as despesas de advogados, que poderá ficar a cargo do agora ex Advogado Geral da União, Eduardo Cardozo.
O vice presidente Michel Temer comandará o Governo através do Palácio do Planalto enquanto sua residência oficial continuará sendo o Palácio do Jaburu, onde residente desde o início de 2011, quando assumiu o cargo de vice presidente da República. Temer tomou posse hoje.