19 de abril de 2024 12:18

Para onde vai o Barco chamado Brasil

Estamos na provisoriedade de um governo, cujas tramas internas e cujas entranhas estão respingados de sangue de inocentes. Onde está o Brasil pós impedimento de um presidente legitimamente eleito? Onde estão os progressos, o bem estar da população? Estamos vendo um lamaçal de denúncias dentro do próprio Congresso, não nos esquecendo de que o país ficou à revelia de um tresloucado presidente da Câmara atolado até às sobrancelhas de corrupção e posando ainda como salvador da Pátria. O governo impedido cometeu vários graves erros, não resta a menor dúvida. Os desencontros e os desacertos foram tantos. Um governo sem uma base parlamentar sólida é um governo fadado ao fracasso e às artimanhas de pessoas inescrupulosas que não se cansam de encher suas burras com o herário público. O cenário internacional nos leva a crer que haverá uma grande reviravolta nos governantes de plantão. A América Latina está, na verdade, em polvorosa, porque os descaminhos políticos e sociais estão mais à flor da pele. Existe uma insatisfação generalizada. Hoje entramos num denuncismo famigerado. Uma insatisfação completa e trasmudada numa falsa concepção de que mudanças são necessárias e indispensáveis, com o quê concordo, plenamente, desde que as regras do jogo não sejam trocadas durante a partida como foi aqui no Brasil. Exige-se uma revisão constitucional imediata, uma vez que a população não suporta mais o espúlio político e eleitoral a que está submetido. É preciso rever quanto antes os salários de nossos políticos. Ganham muito para produzir tão pouco em nível de município, estado e país. A desproporção entre o assalariado e o político traz em seu bojo uma injustiça social das mais clamorosas, como se a solução fosse o que se está fazendo no país. Haverá um momento em que esta tensão vai se transformar em tragédia ou derramamento de sangue. A CNBB tem nos alertado a todos para que não quebremos o ritmo e o bom andamento das instituições, uma vez que é tarefa de todos preservar as instituições, por mais que elas estejam fragilizadas ou desacreditadas. Vamos ver que tipo de país vai sair de toda esta confusão institucionalizada. Ainda à deriva num mar de incertezas, não sabemos para onde vai este barco sem timoneiro legítimo….

Por: Pe. Jose Maria Coelho da silva

pe.jmcs@yahoo.com.br

Imagens:Reprodução- 23/06/2016

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