5 de maio de 2024 20:54

Operação Belerofonte: Delegado revela que anabolizantes contrabandeados em Lafaiete eram de uso animal

Nova fase da operação será desencadeada e os possíveis

focos podem ser as academias

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O delegado Rodrigo Bustamante que coordenou a operação

O Delegado Rodrigo Bustamante revelou durante entrevista a imprensa na tarde de hoje, dia 14, que muitos dos remédios usados por pessoas e apreendidos pela PM, durante a Operação Belerofonte, desencadeada em diversas cidades, inclusive em Lafaiete, são de uso exclusivo para animais sendo alguns injetáveis. “O que pudemos constatar que os remédios de uso medicinal e terapêuticos eram produtos de contrabando e eram comercializados sem qualquer registro ou controle dos órgãos sanitários. Eles eram usados, segundo as testemunhas ouvidas, para o embelezamento do corpo, mas com efeitos nocivos a saúde humana”, adiantou Rodrigo que é delegado regional em Ouro Preto de onde iniciaram as investigações há mais de 6 meses.  A Operação aconteceu concomitante em Juiz de Fora, Três Corações, Mariana e em uma cidade de São Paulo.

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Na operação foram conduzidos 8 envolvidos nos crimes de contrabando e podem pegar de 10 a 15

Segundo o Bustamante foram cumpridos 11 Mandados de Busca e Apreensão em Lafaiete culminando com 8 pessoas conduzidas a delegacia de Lafaiete. Um dos acusados havia sido liberado na parte da manhã. Muitos que ainda prestam depoimentos devem ficar presos. Além de um comércio, diversas residências foram alvo da Belerofonte, batizada em analogia ao deus grego que matou o cavalo Pégasus.

O delegado considerou emblemático o resultado da operação que envolveu um aparato de pelo menos 50 homens e um helicóptero que dava cobertura a ação policial.

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Produtos contrabandeados apreendidos em residência e comércio de Lafaiete

Bustamante revelou que a Belerofonte desencadeará fases cujo alvo próximo podem ser as academias. “Claro que este é primeira fase da operação que vai desencadear outras com novos focos para chegarmos na ponta do contrabando e da quadrilha que comercializa estes produtos”, frisou.

Ele não quis revelar os nomes dos envolvidos justificando que os inquéritos não foram concluídos. Mas pela dimensão do crime, considerado bem maior do que o tráfico de drogas, os autores podem se condenados de 10 a 15 de prisão.

Fotos:CORREIO DE MINAS

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