Estamos quase iniciando as Olimpíadas 2016 que, neste caso único, acontecerá no nosso país, com sede na cidade do Rio de Janeiro e a grande mídia faz questão de publicar noticias de violência, atraso, corrupção, incompetência e mais um inventário de porcariadas que nunca foram e nem nunca serão exclusividades da sociedade tupiniquim, aqui abaixo do equador.
Isso me faz lembrar mais uma vez o escritor pernambucano/carioca Nelson Rodrigues que cunhou o termo COMPLEXO DE VIRA-LATA. Ele deixou registrado que “por ‘complexo de vira-lata(…), (é) a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a autoestima”.
Chega a doer na hipófise, glândula pituitária localizada na parte de baixo do cérebro, a descarada intenção em nos manter sempre inferiorizados perante o resto do mundo, movida principalmente pelos grandes veículos de comunicação, liderados por Globo, Veja e veículos afins.
Definitivamente foram banidos de meu repertório…
Ora, toda sociedade, todo país, tem seus problemas, seus defeitos, seus podres, mas isso não significa que a imprensa tenha que ficar martelando a mesma tecla indefinidamente. Lá fora, quem faz isso perde credibilidade e dinheiro. Quebra.
Todos nós sabemos que temos muita coisa a melhorar e muito a evoluir, mas isso não significa que o paraíso está do lado de lá. Depois de muito viajar, até para países ditos do primeiro mundo, a conclusão de muita gente é que não há país melhor do que o Brasil para se viver. Mesmo com a confusão em que se encontra. Se melhorar… é até covardia!
Já não é segredo de Estado que as grandes corporações de mídia, dentre outras, tem seus interesses umbilicalmente vinculados aos mercados alienígenas e para tanto tudo fazem para manter algum poder de controle sobre a riqueza e seus gestores na seara destes tristes trópicos (nos dizeres do antropólogo belga Claude Levi Strauss). Mas o interessante é que mesmo com a possibilidade de leitura de centenas de outras fontes de informação muito mais fidedignas do que elas, abertas pela socialização da internet, nem assim, os dinossauros midiáticos conseguem criar coragem e produzir um jornalismo coerente com século XXI, que avança velozmente. É o triste, e breve, fim que se anuncia.
Por:Paulo Sarmento