Qual teria sido o caminho que levou a fazenda das mãos do Inconfidente até o Barão?
A Avenida Santa Matilde tem um passado muito importante porque foi um dos berços da Inconfidência Mineira por causa da Estalagem das Bananeiras. Vimos isso em artigo anterior, comprovamos que a estalagem que existia na Fazenda das Bananeiras era de João Dias da Motta.
Em documento do Arquivo Mineiro, consta que a fazenda das Bananeiras pertencia ao Barão de Suassuhí (forma do sobrenome assim grafada no documento). Esse documento é sobre as fazendas de Queluz, realizado a partir de 1856, por ordem do Presidente da Província.
Qual teria sido o caminho que levou a fazenda das mãos do Inconfidente até o Barão?
No meu entendimento, a fazenda chegou até o Barão por herança. Assim resolvi fazer um pequeno esboço genealógico o qual pode, até, levar algum leitor que se interesse por genealogia verificar-se parente do Inconfidente.
Antes quero dar informações exatas sobre a localização da estalagem. Ela ficava localizada na Avenida Santa Matilde, em frente à Escola Estadual Luiz de Mello Vianna Sobrinho, onde hoje há construções mais atuais.
De acordo com pessoas que conheceram o local, havia umas gameleiras na frente da fazenda.
Agora começa a ligação do Barão com o Inconfidente. Embora eu possua muitos dados, vou apenas fazer um esboço para não ocupar demasiado espaço. O que vou apresentar faz parte de estudos minuciosos do grande historiador e genealogista Joaquim Rodrigues de Almeida, Quincas de Almeida, como o chamavam.
João Dias da Mota, casado com Maria Angélica Rodrigues de Oliveira, não teve filhos. Seus pais eram Tomás Dias da Mota e Antônia Mariana do Sacramento.
Vou transcrever um documento para, depois, fazer os comentários e mostrar como acontece a ligação entre o João Dias da Mota, Inconfidente, com o Barão de Suassuí.
“Em 1792, o vigário de Queluz, Padre Fortunato Gomes Carneiro, deu certidão dizendo que: No livro 3º de casamentos da Matriz encontra-se o registro do casamento, em 1777, na fazenda do Engenho, na capela particular da fazenda, o reverendo doutor Francisco Pereira de Santa Apolônia casou a Martinho Pacheco Lima, filho legítimo da Manuel Pacheco de Faria e de Francisca de Castro, natural da Ilha Terceira, da freguesia de S. Antônio, do bispado de Angra; com Joaquina Rosa de Jesus, filha legítima de Tomás Dias da Mota, defunto e de Antônia Maria do Sacramento 1848. Faleceu deixando os filhos: José Tomaz de Lima; Antônia Francisca de Paula, casada com Joaquim José Vieira; Maria Inácia Rodrigues; Ana Quirubina dos Anjos; Martinho Pacheco de Lima; Leocádia Felisberta de S. José. Fazenda da Rocinha.
Esse Martinho Pacheco de Lima (1) filho me Manuel Pacheco de Faria e de Francisca de Crastro (em alguns lugares Castro), neto pelo lado paterno de Antônio Pacheco Machado e de Anna Ferreira, neto pelo lado paterno de Manoel Correia Gomes e de Ursula de Crasto.”
Avelina Maria Noronha de Almeida