GARIMPANDO NOTÍCIAS 59

Avelina Maria Noronha de Almeida

avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

BARÃO DE QUELUZ 2 (CONTINUAÇÃO)

CONTINUANDO A GENEALOGIA DO BARÃO DE QUELUZ (2), FOCALIZANDO SEUS FILHOS E NETOS, de acordo um RESUMO da genealogia BAÊTA NEVES escrita pelo grande genealogista ALLEX ASSIS MILAGRE:

Imagem da Internet:    ALLEX ASSIS MILAGRE

            No Garimpando Notícias 58 foram citados dados genealógicos de MARIA JOSÉ BAÊTA NEVES, filha do Barão. Hoje serão citados dados dos outros filhos.

            2 –  JOAQUIM LOURENO BAÊTA NEVES, o neto, nascido por volta de 1865 e falecido a 12 de novembro de 1931. Funcionário público estadual. Casou-se em Mercês do Pomba-MG, a 16 de fevereiro de 1885, com Maria Leonor Teixeira de Magalhães Tiveram os seguintes filhos:

1- Maria da Conceição Baêta Neves, casada em Queluz, a 7 de novembro de 1907, com João Pereira da Costa.

                         2- Djalma Baêta Neves, nascido a 7 de novembro de 1890 e falecido a 23 de setembro de 1933. Casou-se, em Nova Lima, com Maria José de Souza.

                        3 –  Rubens Baêta Neves, nascido a 23 de fevereiro de 1893. Casou-se com Camilla Baêta Neves.

                        4 – Zilda Baêta Neves, nascida a 27 de abril de 1902. Casou-se com Edgard Octaviano.

                         5- Maria Augusta Baêta Neves, nascida a 20 de novembro de 1903. Casou-se em Queluz, a 24 de dezembro de 1927, com Florianno Peixoto Lopes Franco, nascido em 1899.

                        6- Zolaika Baêta Neves, nascida a 28 de março de 1905. Casou-se com Benjamin Lana da Silva.

                        7- Joaquim Lourenço Baêta Neves, o bisneto, nascido a 15 de março de 1908 e falecido solteiro a 6 de julho de 1931.

                        8- Maria Auxiliadora Baêta Neves, nascida a 19 de setembro de 1911. Casou-se com Affonso Ramos Teixeira.

                        9 –  Maria Imaculada Baêta Neves, nascida a 20 de abril de 1916 e falecida a 13 de dezembro de 199… Casou-se, a 20 de abril de 1939, com Dr. José Narciso de Queiroz Neto (Dr. Zezé).

3 – DANIEL LOURENÇO BAÊTA NEVES, nascido em 1868 e falecido a 19 de julho de 1899. Casou-se, a 19 de fevereiro de 1887, com Leopoldina Amélia de Calazans que, após enviuvar-se, mudou-se com os filhos para a vizinha cidade de Barbacena.

 Imagem da Internet:       Residência de Daniel Lourenço Baêta Neves

Daniel residia com sua família numa casa de estilo suíço, à rua Direita, onde hoje se ergue o “Hospital Queluz”. Filhos: 

                              1–  Ruth Baêta Neves, nascida a 16 de maio de 1891. Professora.

                               2 –  Daniel Lourenço Baêta Neves

                               3- Maria Amélia Baêta Neves, nascida a 27 de abril de 1898. Casou-se em Barbacena, a 25 de setembro de 1914, com Octaviano Rodrigues de Paula.

            4 – HENRIQUETA MARIA BAÊTA NEVES, nascida por volta de 1870. Casou-se, a 21 de setembro de 1889, com Dr. Christianno José da Silva Penna, nascido em Lavras-MG, a 2 de maio de 1869. Filhos:

1- Maria Baêta da Silva, casada com Aristóteles Pinheiro, filho de Christóvam Pinheiro da Silva e de Marianna Pinheiro da Silva.

                        2- Augusto da Silva Penna, médico.

                        3- Henrique da Silva Penna, cirurgião-dentista.

                        4- Mário Baêta da Silva, nascido a 19 de fevereiro de 1896. Casou-se com Anna Vieira da Silva, nascida a 22 de julho de 1902, filha de Azarias de Carvalho e de Emerenciana Maria da Conceição.

                        5- Georgina Baêta da Silva

            5 – MARIA AUGUSTA BAETA NEVES, nascida por volta de 1871 e falecida a 24 de fevereiro de 1901. Casou-se, a 29 de julho de 1893, com Antônio Furtado de Mendonça, filho de Antônio Tavares Furtado de Mendonça e de Maria José de Jesus Mendonça. Filho:

                        1- Antônio Baêta Furtado de Mendonça, nascido a 8 de julho de 1897 e falecido a 24 de dezembro de 1953. Engenheiro agrimensor; Oficial do Registro de Imóveis do Termo de Queluz. Casou-se, a 10 de janeiro de 1929, com Christinna Alves Baêta.

             6 – JOSÉ FRANCISCO BAÊTA NEVES, casado  com com Julieta Augusta Teixeira de Magalhães. Filhos:

1 – Olga Baêta Neves.

2 –  Paulo Baêta Neves.

3 –  Maria Augusta Baêta Neves.

  4 –  Maria Fortunata Baêta Neves, casada com Affonso Urbano Baêta Alvim.

GARIMPANDO NOTÍCIAS 58

Avelina Maria Noronha de Almeida

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BARÃO DE QUELUZ 2 (CONTINUAÇÃO)

O BARÃO DE QUELUZ E A IRMANDADE DE SANTO ANTÔNIO

Foto: Imagem de Santo Antônio da Igreja de Santo Antônio em Conselheiro Lafaiete

MAS  QUAL  SERIA A LIGAÇÃO  DA IRMANDADE COM  O BARÃO DE QUELUZ?

Igreja de Santo Antônio em Conselheiro Lafaiete

No alto de uma colina, a igrejinha de Santo Antônio, localizada no local chamado, nos tempos passados, de Morro   das Cruzes, recentemente, voltou ao nome  do logradouro de alguns tempos passados: LARGO DE SANTO ANTÔNIO.

Este novo endereço do local está noticiado no Correio de Minas e abaixo transcrevo um trecho

“Resgate: região histórica passa ser denominada de Largo Santo Antônio

Por Redacao – 4 de agosto de 2018, 14:30

A Câmara de Lafaiete aprovou esta semana um projeto de lei que denomina de Largo de Santo Antônio o espaço público situado no entorno da Igreja de Santo Antônio, tombada pelo Município de Conselheiro Lafaiete como patrimônio histórico, que compreende a área que se inicia na confluência com as ruas Coronel João Gomes, Comendador Baêta Neves e Desembargador Dayrell de Lima, passando pela confluência com a Alameda Oswaldo Cruz e a confluência com a rua Doutor José Lopes de Assis, e termina além da confluência com a Alameda João Augusto Costa.”

            A origem daquela igreja é por volta de 1741, quando  um missionário chamado Frei Jerônimo benzeu aquele pedaço de terra, no Morro das Cruzes, para que ali fosse construída a igreja da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Passado bastante tempo e a  igreja não sendo construída, o capitão Manoel de Sá Tinoco requereu e obteve, a 14 de março de 1751, de Dom Frei Manoel da Cruz, primeiro bispo de Mariana, provisão para erigir e construir um templo em homenagem a Santo Antônio.

E QUANDO ENTRA NA HISTÓRIA DO TEMPLO O BARÃO DE QUELUZ!

Em 16 de outubro de 1870 foi fundada  a  IRMANDADE  SANTO ANTÔNIO DE  QUELUZ,  tendo como seu primeiro PROVEDOR  o ilustre BARÃO DE QUELUZ. Para que se veja significação importante do fato, a referida Irmandade, na data da fundação, 1870, além do  registro de muitos queluzianos (da sede e dos distritos), teve também  de  outras cidades: Taubaté – Província de São Paulo; Juiz de Fora; Corte, Rio de Janeiro; Taubaté; Termo; Barbacena e Pomba.

Aquele princípio abençoado por Santo Antônio frutificou, está forte e   atuante até nos dias de hoje. Depois de 150 anos de fundação, a Irmandade ainda hoje é um marco de Religiosidade, Fé, Oração, Ação Comunitária, Cultura e importante local de Turismo Religioso em Conselheiro Lafaiete.

Como o BARÃO DE QUELUZ tem   muitos descendentes residentes em Conselheiro Lafaiete, inicio um RESUMO da genealogia BAÊTA NEVES escrita pelo grande genealogista ALLEX ASSIS MILAGRE:

GENEALOGIA DE JOAQUIM LOURENÇO BAÊTA NEVES

           JOAQUIM LOURENÇO BAÊTA NEVES, o filho, (BARÃO DE QUELUZ 2), nascido em Queluz, a 25 de julho de 1834, e batizado na ermida de São José, da fazenda do “Alto da Varginha”, casou-se, em 26 de agosto de 1861, com sua prima Maria da Conceição Baêta Neves  e tiveram os seguintes filhos:

1 – MARIA JOSÉ BAÊTA NEVES, nascida por volta de 1862 e falecida a 9 de janeiro de 1902. Casou-se com Joaquim Camillo Baêta Neves. Tiveram os seguintes filhos:

1 – Melanie Baêta Neves, nascida a 8 de agosto de 1883.

                        2 – Maria da Conceição Baêta Neves,  “Marocas”.

3 — Leônidas Baêta  Neves, nascido em 16 de abril de 1886 e falecido a 30 de abril de 1932. Casado com Antônia Lúcia Chaves, filha de Pedro Teixeira Chaves e de Maria Ritta Chaves. Tiveram quatro filhos.

1 –  Sylvio Baêta Neves, nascido a 3 de março de 1887.

2 – Gastão Camillo Baêta Neves, nascido a 20 de maio de 1888.. Faleceu solteiro a 17 de dezembro de 1907.

3 –  Alexis Baêta Neves, casado, em 30 de março de 1932, com Anna Teixeira Chaves.

NO PRÓXIMO ARTIGO COLOCAREMOS A GENEALOGIA DOS OUTROS FILHOS DO BARÃO.

GARIMPANDO NOTÍCIAS 57

GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

Avelina Maria Noronha de Almeida

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BARÃO DE QUELUZ

A  doação do CHAFARIZ  ficou como marca do espírito cívico

e do amor à cidade do  Barão de Queluz, e merecidamente a praça

onde fica o chafariz,  em frente ao solar do

Barão, recebeu o seu nome.

    Imagem da Internet     Barão de Queluz

JOAQUIM LOURENÇO BAETA NEVES, o BARÃO DE QUELUZ II,  título que recebeu por Carta Imperial em 23 de maio de 1873, nasceu em Queluz, a 25 de julho de 1834, tendo sido batizado na ermida de São José, da fazenda do “Alto da Varginha”, a 5 de agosto de 1834.

POR  QUE  BARÃO DE QUELUZ II? Pelo seguinte motivo: porque, de acordo com a fonte “Página:Archivo nobiliarchico brasileiro.djvu/379 – Wikisource” houve antes um outro nobre com este título: JOÃO TAVARES MACIEL DA COSTA, 1° Barão de Queluz e 2° Visconde de Queluz com grandeza. Foi Barão pelo decreto de 18 de Outubro de 1829 e Visconde com grandeza pelo decreto de 30 de Junho de 1847. Faleceu em 9 de Dezembro de 1870, na cidade de Vassouras, na Província do Rio de Janeiro.

O BARÃO DE  QUELUZ I era filho do JOÃO SEVERIANO MACIEL DA COSTA, MARQUEZ e depois VISCONDE DE Queluz, nascido em 1769 em Mariana MG e falecido em  1833. Desembargador. Senador do Império pela Paraíba em 1826 a 1633. Ministro de Estado e Presidente da província da Bahia.

Imagem da Internet        
João Severiano Maciel da Costa

Não vamos estudar mais detalhadamente os dois nobres citados acima, pai e filho, que trazem no título nobiliárquico o nome de Queluz, porque não têm ligação especial com nossa cidade. Coloquei estas explicações porque são detalhes que esclarecem qualquer dúvida sobre um assunto não muito conhecido.

            VOLTANDO A JOAQUIM  LOURENÇO BAETA NEVES (o filho), segundo BARÃO DE QUELUZ: seus pais eram  Joaquim Lourenço Baêta Neves, nascido na Vila de Santa Maria de Góes, distrito de Coimbra, comarca de Arganil, no Reino de Portugal, em 1800, e de Ana Manuela, do Corteredor.

O Barão casou-se, em 26 de agosto de 1861, com sua prima Maria da Conceição Baêta Neves. Faleceu a 11 de agosto de 1880, com 46 anos.

Foi Tenente-coronel da Guarda Nacional e deputado provincial em Minas Gerais de 1870 a 1873, 18ª e 19ª legislaturas, Presidente da Câmara de Queluz e um dos responsáveis pelo abastecimento de água da cidade, juntamente com o Barão de Suassui e Joaquim Afonso Baêta Neves, utilizando uma nascente do Morro da Mina.

Doou um artístico chafariz para o Largo da Matriz, inaugurado em 1881, no ano seguinte a seu falecimento. Como ele ficaria feliz se pudesse assistir a essa inauguração! O CHAFARIZ  ficou como marca do espírito cívico e do amor à cidade do  Barão de Queluz, e merecidamente a praça onde fica o chafariz, em frente ao solar do Barão, recebeu o seu nome.

O CHAFARIZ DA PRAÇA BARÃO DE QUELUZ é uma  belíssima obra de arte da fundição do século XIX, pelo seu estilo um dos mais belos do interior de Minas. Tem a data de 1881 e foi feito em comemoração à reconstrução dos encanamentos de água.

            Para se aquilatar o cuidado com a bela execução da  obra, o autor chamado para fazer  o   projeto do Chafariz foi de grande gabarito,  EDGAR NASCENTES COELHO,  desenhista e arquiteto, diplomado pela Escola Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro. Ele utilizava diversos estilos arquitetônicos e ornamentais da tradição neoclássica européia. Trabalhou como desenhista na seção de arquitetura da Comissão Construtora da Nova Capital, participando, assim, da construção de Belo Horizonte, elaborando e executando plantas e projetos de vários edifícios públicos, em estilo eclético de orientação neoclássica como da Igreja de São José, em estilo neomanuelino possuindo vários elementos do gótico; a Igreja do Sagrado Coração de Jesus; o Palácio da Justiça; a fachada do primeiro hospital; fachada na Praça da Liberdade; Colégio Loyola, faixa do Grande Hotel; antiga estação Central de Minas, planta; colégio Arnaldo, capela Santa Cruz, Colégio Isabela Hendrix, Instituto da Educação, entre outros locais, inclusive de casas de moradia de grande beleza e a construção  do projeto foi encomendada  à Fundidora M.J. Medeiros Cia, em 1878, junto com o projeto de mais quatro chafarizes pequenos para serem colocados em outros pontos da cidade.

FIZ TODA  ESTA DIGRESSÃO PARAQUE SEJA BEM RECONHECIDO A IMPORTÂNCIA E O VALOR ARTÍSTICO DA  DOAÇÃO FEITA PELO BARÃO  E DEDIQUEMOS MUITO  CARINHO E ADMIRAÇÃO A ESSE MONUMENTO.

       Vejam como é bonita a parte superior do chafariz!

No passado, o chafariz  tinha acréscimos, como podemos ver no texto que transcrevi das seguintes fontes: http://conselheirolafaiete.mg.gov.br/portal/pontos-turisticos/monumentos/. Acesso em: jan. 2017.  http://migre.me/vWDSh. Acesso em: jan. 2017.

“O grande Chafariz, instalado na Praça Barão de Queluz, foi colocado sobre um pedestal formado por quatro degraus de granito (os mesmos que outrora serviram ao pelourinho, erigido a 19 de setembro de 1790), medindo aproximadamente três metros de altura, por um metro e meio de circunferência. Possuía quatro bicas de bronze, pelas quais jorrava água. Abaixo das bicas, havia quatro mesas ou banquetas, redondas, trabalhadas em ferro, para apoio de latas e vasilhas usadas no carregamento de água. Entre as mesas e as bicas havia um ornamento com folhas de fumo, em bronze. Na parte superior uma grinalda de flores , que ainda se conserva, em cima de um lado, por uma placa com a data 1881, e do lado oposto outra com a frase “Assíduo vir propositi tenax omnia vincit”. No capitel, uma fruteira contendo diversos tipos de flores e frutas, tendo ao alto um abacaxi, símbolo da realeza.

Com a instalação da luz elétrica na cidade, em 1971, foram afixados, no capitel do chafariz, quatro braços de ferro com luminárias. Com a implantação da Companhia Energética de Minas Gerais S. A. (Cemig), as luminárias foram retiradas. O monumento Chafariz é tombado pelo Município.”

TRADUÇÃO DO DÍSTICO NO CHAFARIZ   “ASSIDUO  VI R PROPOSITI  TENAX OMNIA V9NCIT.   (Pela perseverança o homem de propósito firme tudo vence.)    

 

(Continua sobre Joaquim Lourenço Baêta Neves no NÚMERO 58)

GARIMPANDO NOTÍCIAS 56

GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA

Avelina Maria Noronha de Almeida

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O BARÃO DE RIFAINA – VICENTE DE PAULA VIEIRA

“É notória, também, a luta do Barão pela obtenção de novos acessos rodoviários e fluviais em outras regiões, reivindicando estradas e pontes. Através dele, foram abertos inúmeros portos no rio Grande, visando ao intercâmbio comercial com outras regiões.”

           O BARÃO DE RIFAINA – VICENTE DE PAULA VIEIRA, importante figura no Triângulo Mineiro, era filho de Pacífico Augusto Vieira. Pacífico doou o terreno para a construção do Grupo Escolar Pacífico Vieira, em tempos de Queluz, situado na rua Wenceslau Braz, no Bairro São Sebastião.

  ESCOLA ESTADUAL “PACÍFICO Vieira”

VICENTE DE PAULA VIEIRA recebeu o título de BARÃO por decreto imperial de 11 de setembro 1888.

Para localizar os laços de parentesco em nossa cidade, vejam a genealogia do avô do Barão de Rifaina, que tem ligação com várias famílias de nossa cidade. Além da família Vieira, o Barão tem primos nas famílias Leão, Dias de Souza, Albino Cyrino, Noronha, entre outras.  Achei estes dados no testamento de SEVERINO JOSÉ VIEIRA, da Fazenda do Pequeri, escrito em 1862. Ele era casado com MARIA ANTÔNIA DE LIMA. Filhos do casal:

1.      Candida Carolina de Jesus, casada com Florentino Moreira de Souza.

2.        José Augusto Vieira (genealogia da localidade dos Violeiros).

3.      Pacífico Augusto Vieira, casado com Antônia Francisca de Sales, pais do Barão de Rifaina.

4.      Maria Cândida.

5.      Laurindo Henriques Vieira.

6.      Benjamim Augusto Vieira.

7.      Antônia, casada com Antônio Ferreira Aleixo.

         O Barão de Rifaina era casado com Maria José da Conceição, filha de Manuel Joaquim de Sant’Ana e de Maria José da Conceição. Tiveram nove filhos. Foi PRESIDENTE DA CÂMARA E AGENTE DO EXECUTIVO 1887 a 1890. Barão da Rifaina era natural de Queluz de Minas, chegou ao Desemboque como professor. Mais tarde, em Sacramento, como comerciante, tornou-se grande proprietário de terras, além de um dos prestigiosos chefes políticos, como representante do Partido Conservador. Nessa época, foi agente do Executivo, presidente da Câmara Municipal e deputado na Assembléia Legislativa da Província de Minas Gerais, onde chegou a tomar parte da Mesa Administrativa, no cargo de primeiro secretário. Graças ao seu esforço político, em dia 27 de abril de 1891, instalou-se festivamente a ‘Comarca de Sacramento.”

         Uma informação da Internet:

          “É notória, também, a luta do Barão pela obtenção de novos acessos rodoviários e fluviais em outra regiões, reivindicando estradas e pontes. Através dele, foram abertos inúmeros portos no rio Grande, visando ao intercâmbio comercial com outras regiões.”

Foi deputado na Assembleia Legislativa da província de Minas Gerais e residiu quase sempre no município de Sacramento em Minas Gerais..

         Mais informações no site www.angelfire.com › biz2 › castilho › familiaFAMÍLIAS RODRIGUES DA CUNHA MATTOS, MARTINS … ::

RIFAINA/Imagem da Internet

                                   

“A cidade de Rifaina (SP), antigo Arraial do Cervo, surgiu da povoação de Santo Antonio da Rifaina. Em 13 de maio de 1865, José Francisco de Paula Silveira e família fizeram a doação dos terrenos que constituíram, hoje, o patrimônio da cidade. Foi elevada a município no dia 21 de dezembro de 1921. O nome Rifaina, de origem tupi-guarani, significa “Caminho do Porto Rico. […] A vila de Sacramento, recebeu a partir de 1876, a designação de cidade, pela Lei Provincial 2216, de 03 de junho do mesmo ano; e Vicente de Paula Vieira teve grande atuação no processo da sua emancipação política, contribuindo inclusive, para a conclusão do Paço Municipal e a construção da cadeia pública. Foi presidente da Câmara Municipal; e nessa condição, como vereador mais votado, exerceu também, cumulativamente, a função executiva; pois não havia então, a figura do prefeito.”, que só passou a existir em 1930.

VICENTE DE PAULA VIEIRA, O BARÃO DE RIFÂNIA, SOUBE HONRAR O NOME DE SUA CIDADE NATAL, A NOSSA QUERIDA QUELUZ!

Garimpando notícias 55

                                          Avelina Maria Noronha de Almeida

                                        avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

Garimpando no arquivo Jair Noronha

“…o pranteado mineiro havia conquistado por sua inteligência, atividade e amor ao trabalho, não só elevada  posição  social e avantajados bens de fortuna, como a estima e o respeito de seus concidadãos “  (SOBRE O BARÃO DE LAMIM)

Neste artigo vamos focalizar  mais  um queluziano com título nobiliárquico: o Magistrado ALCIDES RODRIGUES PEREIRA, o BARÃO DE LAMIM, que  nasceu em 1812, na fazenda da Boa  Vista, em Santo Amaro de Camapuã (hoje Queluzito), naquele tempo Real Vila de Queluz.  

             

Matriz de Santo Amaro em Queluzito   /IMAGEM DA INTERNET

O Distrito foi criado com a denominação de Santo Amaro, pela lei provincial nº 907, de 08-06-1858, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado a vila de Queluz.   Recebeu o nome de Queluzito em  31 de dezembro de 1943 e, com este nome, foi elevado à  categoria  de  cidade em 1962. O nome Queluzito  se origina  de uma pedra, que era   abundante   na   região e se chamava  queluzita.

            O BARÃO DE LAMIM era filho de Filho do capitão João Rodrigues  Pereira . Era irmão do barão de Pouso Alegre e tio do conselheiro Lafayette. Casou-se  em  primeiras núpcias com Francisca  Amélia dos Reis e depois com Cândida Joaquina de São José.

Exerceu os seguintes cargos em Minas Gerais: Subdelegado em Lamim;  Juiz de Paz e Juiz Municipal de Queluz; Coronel da Guarda Nacional, tendo comandante  desta  na comarca de Queluz; Líder do Partido Liberal em Queluz. Na República: elegeu-se Vereador Geral da Câmara de Queluz, em 7 de setembro de 1894.

IMAGEM DA INTERNET

             CIDADE DE  LAMIM

Foi agraciado com o título de BARÃO DE LAMIM em 8 de agosto de 1889.          

               A cidade  de Lamim teve seu início em 1710 quando três bandeirantes portugueses ali chegaram: José Pires   Lamim,  Francisco de Souza Rego e Pedro José  da Ros e lá se instalaram. Quando José   Pires Lamim faleceu, os amigos resolveram dar o seu nome ao lugar, que é dedicado ao ESPÍRITO SANTO.

Faleceu, vitimado por uma pneumonia, em 9 de abril de 1897.  Vou  transcrever o texto do jornal que noticiou seu falecimento a mim enviado, gentilmente, pela historiadora  Eneida Carvalho Guimarães, e que dá uma visão de como era considerado, por seu valor, Alcides Rodrigues Pereira:

“Jornal Minas Gerais Ano 1897/Edição 00100

            Vitimado  por uma pneumonia, faleceu, a 9 do corrente, na vizinha cidade de Queluz, o prestante cidadão coronel Alcides Rodrigues Pereira (Barão de Lamim), que contava 74 anos de idade.

            Filho do finado major João Rodrigues Pereira e primo irmão dos srs. conselheiro Lafayette  e dr. Washington Rodrigues Pereira, o pranteado mineiro havia conquistado por sua inteligência, atividade e amor ao trabalho, não só elevada  posição  social e avantajados bens de fortuna, como a estima e o respeito de seus concidadãos.

            Foi assim que no tempo do Império, militando nas fileiras do partido liberal, de que era chefe, exerceu vários cargos de eleição popular e de nomeação do governo, sendo um destes o de comandante superior da Guarda Nacional da Comarca de Queluz em que prestou relevantes serviços, que lhe valeram ser agraciado com o título de Barão de Lamim.

            Proclamada  a República aceitou ele com sinceridade, as novas instituições, não lhe recusando o valioso apoio de sua influência e esforço pessoal, visto como exerceu, entre outros, o cargo de vereador geral do município de Queluz, onde se achava em serviço daquele cargo, quando foi colhido pela enfermidade que o levou ao túmulo.

            Seu enterro realizou-se às 2 horas da tarde de 10 do corrente, sendo extraordinariamente concorrido, achando-se entre as pessoas presentes o digno sobrinho do finado, sr. Dr. Antônio de  Almeida, secretário de Polícia, atualmente em exercício do cargo de Chefe de Polícia. “

GARIMPANDO NOTÍCIAS 54

Avelina Maria Noronha de Almeida

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 “Nunca deixou de exercer a medicina, o que sempre fez com enorme talento e grande amor à profissão.” 

Em 15 de junho de 1881, por carta Imperial, DOM PEDRO II, em reconhecimento de dos serviços prestados a Minas Gerais quando UM GRANDE SURTO DE VARÍOLA ACOMETEU A PROVÍNCIA, concedeu o título de NOBREZA  BARÃO DE COROMANDEL ao queluziano JOSÉ FRANCISCO NETTO. Este ilustre médico apresentou-se como voluntário e foi pessoalmente tratar dos variolosos, num isolamento que ele sugeriu que fosse feito, sendo acatada sua sugestão, junto à cidade de Mariana

Embora  tivesse ativa vida política, era imensamente dedicado à Medicina. Foi brilhante sua tese de mestrado : A FORMAÇÃO E PROPAGAÇÃO DOS SONS DA VOZ HUMANA. Em 19 de dezembro de 1850  conquistou o Doutorado na  Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro,onde fizera o curso de Medicina,  com a tese::SOBRE O PROGRESSO DO DESENVOLVIMENTO ORGÂNICO – AS IDADES PODEM SERVIR À DETERMINAÇÃO DA VASCULOSIDADE DO CORGO HUMANO E ESPECIE D’ELLA?

‘JOSÉ FRANCISCO NETTO, primeiro e único BARÃO DE COROMANDEL,  nasceu em Congonhas . em 1827,  filho  de Francisco José Netto e Maria Rita Alves.

Imagem da  Internet

Radicado em Itaverava, viveu primeiramente na sede do distrito queluziano, mudando depois para sua Fazenda do Ribeirão.  Casou-se  com Priciliana Almeida Netto e tiveram 8 filhos: Adelaide,  Francisca,  Francisco, Maria da Conceição, Prsciliana, Manoel, José e  Amélia.

No livro: “ITAVERAVA: NÚCLEO DE BANDEIRANTES” de Antônio Emídio Lana está o seguinte:

 “Nunca deixou de exercer a medicina, o que sempre fez com enorme talento e grande amor à profissão.

 Morreu a 3 de janeiro de 1886,com 57 anos, em ITAVERAVA, na Fazenda do Guarará, para onde fora em desempenho dos seus misteres profissionais.”

 Imagem da Internet:           Fazenda do Guarará

            Também consta no mesmo livro:

“SEMPRE PROCUROU PRESTIGIAR A TERRA ONDE VIVIA, TENDO MESMO, EM CERTA OCASIÃO, CONSEGUIDO VERBA SUBSTANCIAL DO GOVERNO PARA A CONSERVAÇÃO DE SUA BELA IGREJA BARROCA.”

Sua TRAJETÓRIA POLÍTICA FOI TAMBÉM BRILHANTE:

Imagem da Internet: RUA BARÃO DE COROMANDEL em Conselheiro Lafaiete

GARIMPANDO NOTÍCIAS 53

Avelina Maria Noronha de Almeida

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“Não tenho compromisso com  o erro” Juscelimo Kubitschek

            O presidente Juscelino Kubitschek uma vez foi interpelado porque voltara atrás em uma coisa que dissera. Ele então disse a quem o interpelara que voltava atrás mesmo. E dava a causa de sua atitude: “Não tenho compromisso com o erro”. Eu adoto esta frase, quando caio em erro.

Em uma fonte que julguei confiável, vi e copiei no Garimpando Notícias 51 a informação de que João Ferreira Coutinho, “Barão de Catas Altas” seria de Queluz. O QUE ESTÁ TOTALMENTE ERRADO. CREIO QUE A CONFUSÃO FOI A SEGUINTE: A Catas Altas do nome daquele barão não era a Catas Altas que fora de Queluz. ´No caso de João Ferreira Coutinho, a CATAS ALTAS é a de MATO DENTRO. A confusão foi também porque houve outro Barão de Catas Altas, o 2º, e que vai ser focalizado aqui.

O 2º BARÃO DE CATAS ALTAS e BARONESA DE CATAS ALTAS

Imagem da Internet

O 2º BARÃO DE CATAS ALTAS, ANTÔNIO JOSÉ GOMES BASTOS, tem o título realmente relacionado  a CATAS ALTAS DA NORUEGA que, naquele tempo, era anexada a Queluz.

ACHEI MUITO IMPORTANTE FOCALIZÁ-LO porque ESCLARECE OS FATOS E MOSTRA             que são muitas as ligações dele com nossa QUELUZ. VEJAMOS:

Ele recebeu  o título de 2º Barão de Catas Altas em 23 de dezembro de 1887, nome este originário de Catas Altas de Noruega, no distrito de Itaverava, no município de Queluz de Minas (hoje Conselheiro Lafaiete). Foi ele quem escolheu o título de Barão de Catas Altas em homenagem à sua esposa, que era também sua prima, nascida em Catas Altas da Noruega, Queluz, Clara Rosalina Gomes Baião, a baronesa de Catas Altas, com quem se casou na Fazenda GUARARÁ, em ITAVERAVA, Queluz, em 08 de fevereiro de 1866.  Foi o primeiro presidente da Intendência Municipal da VILA DE GUARARÁ, Município de Bicas, ONDE ELE NASCEU, e um dos maiores propugnadores de sua criação. O nome da vila  foi também homenagem dele   à Fazenda de Guarará, em Queluz, onde sua esposa nasceu e onde se casou.  VEJA O LEITOR COMO É LIGADO AO NOSSO PASSADO QUELUZIANO!

Imagem da Internet – GUARARÁ

Além disso, seu pais eram José Joaquim Gomes, de Itaverava, e  Maria Silveira Bastos, de Catas Altas. Seus pais transferiram-se, em 1833, de QUELUZ  para o então distrito do Espírito Santo do Mar de Espanha, onde abriram e fundaram, no arraial das Bicas, a “Fazenda do Campestre”  e foi aí onde ele nasceu, em 29 de junho de 1840 e faleceu em 2 de fevereiro de 1924.

Foi a mais importante figura de  relevância histórica entre 1890 a 1920 em Guarará e Bicas, na Zona da Mata mineira, grande defensor das ideias liberais, chefe político atuante e grande defensor da lavoura e das questões agrárias em toda a  região.

ASSIM, PELA SUA ESTATURA HUMANA E CIDADÃ, MERECE SER CONHECIDO POR NÓS, POIS SUAS RAÍZES REMETEM   À NOSSA QUELUZ À QUAL, SEGUNDO PODEMOS COMPROVAR NO TEXTO ACIMA, DEVOTAVA GRANDE CONSIDERAÇÃO.

GARIMPANDO NO ARQUIVO JAIR NORONHA-GARIMPANDO NOTÍCIAS 52

 Avelina Maria Noronha de Almeida

avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

            “Dado ao sonho da mineração, viveu nele, entretanto, o justo equilíbrio do colonizador reinol, para quem a lavoura representava, mais que tudo, a fiança da permanência no solo.” Washington Rodrigues Pereira falando sobre o pai.

            O primeiro BARÃO que vou focalizar é ANTÔNIO RODRIGUES PEREIRA,  primeiro e único “BARÃO DE POUSO ALEGRE”, forte proprietário rural e importante  político do Império.

            ANTÔNIO RODRIGUES PEREIRA nasceu em 1805, em  Queluz (atual Conselheiro Lafaiete, MG), na Fazenda dos Macacos, e faleceu em 22 de dezembro de 1883, em Queluz. onde sempre residiu. Os restos mortais do Barão, da Baronesa e as cinzas do Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira estão na Matriz de  Nossa  Senhora da Conceição de Conselheiro Lafaiete.

        BARÃO DE POUSO ALEGRE      BARONESA  DE POUSO A LEGRE

Imagens da Internet

            Seus pais eram o capitão Felisberto da Costa Pereira e Eufrásia Maria de Jesus. Era primo do padre inconfidente Manuel Washington Rodrigues Pereira foi advogado, juiz municipal e de órfãos, delegado de polícia em Ouro Preto, inspetor da Tesouraria Provincial, juiz de direito e promotor da Comarca de Queluz.  Rodrigues da Costa. Casou-se com Clara Rodrigues Ferreira de Azevedo, nascida em Congonhas,  19 Maio 1811, filha de Manuel Ferreira de Azevedo e Jacinta Perpétua Brandão.

            Eram filhos do Barão e da  Baronesa:

 

Washington                                          Lafayette

Imagens da Internet

  • Washington Rodrigues Pereira foi advogado, juiz municipal e de órfãos,

delegado de polícia em Ouro Preto, inspetor da Tesouraria Provincial, juiz de

direito e promotor da Comarca de Queluz.

                2) Lafayette Rodrigues Pereira Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo, no ano de 1857. Depois de formado, exerceu a Promotoria Pública em Ouro Preto e, em 1860, passou a advogar na capital do Império. Deputado Geral em 1878, renunciou no ano seguinte, ao ser nomeado Senador pela Província de Minas Gerais. Em 1880, foi Conselheiro do Imperador e do Estado. Organizou o Gabinete Liberal em 1883 e 1884 e nele ocupou a Presidência e a asta da Fazenda. No ano seguinte, foi presidente do Tribunal Arbitral.

         No livro “Minhas Recordações, Francisco de Paula Ferreira de Rezende assim descreve o Barão de  Pouso Alegre como “nho magro e teso e tinha sempre a cabeça tão erguida que incomodava extremamente a quem com ele falava. Era, entretanto, tão forte que, apesar da idade, saía da sua fazenda dos Macacos, que fica ao pé da estação de Buarque de Macedo, e chegava no mesmo dia a Ouro Preto.”

            Mas nada melhor para  dar uma visão no aspecto humano do Barão do que está no livro “O QUE MAMÃE ME CONTOU” de  MARINA MARIA LAFAYETTE DE ANDRADA IBRAHIM, quando ela cita o avô ANTÔNIO RODRIGUES PEREIRA na Fazenda dos Macacos:

            “Embora (o Barão) tivesse casa na cidade, sempre residiu na Fazenda dos Macacos. Tanto ele, como seu pai e sua mãe, por diversas vezes, tentaram mudar a denominação de Macacos para Fazenda da Constituição e Pouso Alegre, porem a denominação primitiva já estava enraizada e de nada valeram tais tentativas.

            No mesmo livro de D. Marina, encontramos também uma excelente visão das características humanas deo Barão de Pouso Alegre: “Vovô Barão olhava pessoalmente por tudo, não querendo que nada faltasse.  Havia oficina de sapataeiro, ferraria, alfaiataria, desde o tempo de seu pai, Felisberto da Costa Pereira. Eu mesma, ainda menina, vi os negros fazendo alpargatas, arreios, cangalhas, sabão e até colheres de pau.”

            Dele disse seu filho Washington: “Dado ao sonho da mineração, viveu nele, entretanto, o justo equilíbrio do colonizador reinol, para quem a lavoura representava, mais que tudo, a fiança da permanência no solo.”

            Antônio Rodrigues Pereira e no 5o. Regimento de Cavalaria Ligeira da 2a. Linha do Exército, em 1822, tendo recebido, em 1831, a patente de Alferes e, posteriormente, as de Tenente, Capitão, Major, Coronel, Chefe de Legião e Coronel Comandante Superior. Exerceu, em Queluz, os cargos eletivos de eleitor, juiz de paz, vereador, presidente da Câmara, juiz municipal e juiz de órfãos.

(Continua)

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                                                     Avelina Maria Noronha de Almeida

                                                   avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

É essencial que a comunidade conheça o mais amplamente seus vultos ilustres do passado, o que pode

até influenciar na autoestima de uma população.

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No Século XIX vários queluzianos  foram distinguidos com títulos de nobreza:

MARQUÊS: José Francisco de Mesquita, “Barão de Bonfim”.

BARÕES são os seguintes:

Joaquim Lourenço Baeta Neves, “Barão de Queluz”

Antônio Rodrigues Pereira, “Barão de Pouso Alegre”

João Ferreira Coutinho, “Barão de Catas Altas”

José Francisco Netto, “Barão de Coromandel”,

Alcides Rodrigues Pereira, “Barão de Lamim”

José Ignacio Gomes Barbosa, “Barão de Suassuí”

Vicente de Paula Vieira, “Barão de Rifaina”

Vamos focalizar cada um deles:

MARQUÊS:

José Francisco de Mesquita, “Barão de Bonfim”.

. No Império Brasileiro houve poucos homens que receberam o titulo de Marquês. Um deles era de Queluz: o MARQUÊS DE BONFIM, que teve, sequencialmente, os seguintes títulos:

1 – Barão de Bonfim, concedido em 18.06.1841

2 – Barão de Bonfim com grandeza, concedido em 15.11.1846

3 – Visconde de Bonfim com grandeza, concedido em 02.12.1854

4 – Conde de Bonfim, concedido em 19.12.1866

5 – Marquês de Bonfim, concedido em 17.07.1872

Imagem da Internet

Foi em Congonhas que nasceu o ilustre queluziano que vou focalizar hoje: JOSÉ FRANCISCO DE MESQUITA, um dos mais importantes nobres de seu tempo.

Imagem da Internet

É bom aqui focalizar a importância de Congonhas para a VILA DE QUELUZ: Foram 3 arraiaias que pediram a criação da Vila, que aconteceu em 19 de setembro de 1790: CARIJÓS, CONGONHAS E ITAVERAVA. Carijós ficou sendo a sede da vila por estar no centro da região.

JOSÉ FRANCISCO DE MESQUITA nasceu em 11 de janeiro de 1790, no então arraial de Congonhas, freguesia nesse tempo da Vila de Queluz, bispado de  Mariana, província de Minas Gerais, filho de Francisco José de Mesquita e de D. Joanna Francisca de Mesquita. Casou-se com Francisca de Paula Freire de Andrade, Baronesa de Bonfim.

Imagem da Internet             Rio de Janeiro

            Aos dez anos foi morar com o tio, o capitão Francisco Pereira de Mesquita, residente na cidade do Rio de Janeiro. Desde menino José Francisco gostava de  trabalhar e deve ter aprendido muito com seu tio, que tinha excelente reputação como respeitável homem de negócios e, com o passar do tempo, conquistou a confiança da praça daquela cidade pela sua reconhecida honradez.

Em 1818, com a vinda de D. João VI para o Brasil,  concorreu para a criação do Banco do Brasil, banco de emissão e primeira instituição de crédito desse gênero fundada no Brasil, além de prestar outros serviços,  recebendo, como prêmio, a comenda da Ordem de Cristo. Foi vereador da Câmara Municipal da Corte.

Em 1821 e 1822, o comendador Mesquita mostrou-se favorável à independência do Brasil, contribuindo com o seu prestigio e os seus haveres consideráveis e, como reconhecimento por sua ajuda, o imperador D. Pedro I o nomeou para um cargo honorífico, dando-lhe o foro de fidalgo cavaleiro da imperial casa. Criada a Caixa da Amortização, Mesquita foi nomeado membro de sua direção tendo sido tão dedicado no desempenho do cargo  que o imperador D. Pedro I o agraciou com a oficialato da Ordem Imperial do Cruzeiro. cada uma dessas honrarias foi precedida sempre por atos de patriotismo, ou de sentimentos humanitários do agraciado.

Com suas avultadas posses e  grande benemerência, o rico capitalista concorria com avultadas  somas para  instituições de caridade, para diversas despesas  do Governo, entre elas  as despesas do armamento nacional  na questão Christie (foi um  impasse diplomático ocorrido entre o Império do Brasil e o Reino Unido entre os anos de 1862 e 1865);  para a elevação da estátua equestre a D. Pedro I; auxilio das despesas do Estado na Guerra do Paraguai; para combate a mortíferas epidemias ou outras calamidade públicas;  para auxiliar a Santa Casa da capital de Minas Gerais, as Ordens Terceiras de S. Francisco da Penitência, do Carmo, de S. Francisco de Paula, os hospitais de Lázaros, os Institutos dos Cegos e dos Surdos Mudos  e para ajuda a pessoas necessitadas, o que fazia sem ostentação. Foi tambem sócio-fundador do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, e sócio benfeitor da Imperial Sociedade Amante da Instrução.

Imagem da Internet                Guerra Franco-Prussiana

            No Exterior, na Guerra Franco-Prussiana, (19 de julho de 1870 — 10 de maio de 1871), o marquês de Bonfim, no Rio de Janeiro, promoveu socorros para as familias francesas expostas à miseria e à fome e empenhou-se tanto  e de sua parte contribuiu tão generosamente que o Sr. Thier, chefe do governo da França na época, conferiu-lhe o grau de oficial da Legião de Honra. Também contribui generosamente quando o Rio de Janeiro mandou ajuda para Buenos Aires, onde reinava a terrível febre amarela. Na questão Christie (um impasse diplomático ocorrido entre o Império do Brasil e o Reino Unido entre os anos de 1862 e 1865) concorreu para as despesas do armamento nacional.

Um traço importantíssimo de sua personalidade era a independência política que lhe dava sadia convivência de ideias, sendo sua casa frequentada por notabilidades políticas de todos os partidos,  por ser considerada um campo neutro, tolerante e amigo.

Era admirado pela sua prudência, tino, habilidade, e infatigável diligência, dedicando-se ao serviço até os últimos tempos de sua vida. Faleceu em 11 de dezembro 1872, com oitenta e três anos e onze meses de idade. Obedecendo à sua última vontade, seu corpo foi sepultado em modesta sepultura, tendo seu enterro acompanhado por mais de duzentos carros de amigos. Em seu testamento contemplou muitas instituições de caridade e pessoas necessitadas do município da Corte e da Província de Minas, onde nascera.

FOI REALMENTE ILUSTRE O NOSSO MARQUÊS DA ANTIGA QUELUZ!

Na próxima semana, vou focalizar os Barões.

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                                                     Avelina Maria Noronha de Almeida

                                                          avelinaconselheirolafaiete@gmail.com

 

Imagens da Internet: A primeira foto um desenho da Estalagem da Varginha no tempo em que foi visitada por D. Pedro II. A segunda foto são as ruínas dela atualmente.

                        Quando chegou na estalagem, D. Pedro II falou que queria

repousar na cama em que seu pai, D. Pedro I dormira

quando pernoitara, no passado, naquela estalagem.

 

Concluindo o relato  da vinda de D. Pedro II ao Município de Queluz, em 1881,  vou deixar que essa passagem seja  relatada pelo próprio D. Pedro  II em seu diário.

 

“30 (4ª fª) Partida às h. Carreiras – bonita posição de  vasto horizonte para leste e sobretudo oeste. Encostada a uma tranqueira estava uma linda rapariga com sua saia e camisa revelando formas elegantes. Dava-lhe muita graça o lenço branco de pontas pendentes atado na cabeça. O caminho é bom, porém muito montanhoso. Passam-se diversos ribeirões, havendo uma ponte solidamente construída, todas as ondas do Paraopeba. Varginha, casa onde se reuniram os inconfidentes.  Pertencia, então, a  um hospedeiro de nome João da Costa. Vi a mesa e bancos corridos, de encosto, onde  se assentavam. São de maçaranduba e estão colocados na varanda. Reparando que não houvessem conversado no interior da casa, disse-me o dono dela que havia vedetas para avisá-los. Atravessada a ponte do ribeirão da Varginha, entra-se no município de Ouro Preto.

 

— Assinando José Códea, Angelo Agostini como enviado da “Revista Illustrada”, desenhou os móveis citados e escreveu: “Na casa de Manoel Alves Dutra, na Varginha, existem dois bancos e uma mesa, feitos de maçaranduba, que serviram nas conferências dos Inconfidentes, sob a direção do grande cidadão Tiradentes. Hoje, serve para comer-se boas feijoadas com cabeça de porco (tempora mutantur!).I

Imagem  da Internet:  desenho de um banco e da  mesa que eram usados nas reuniões dos inconfidentes.

 

Observação: “vedetas” quer dizer “vigias”. Li, não me lembro onde, que eram meninos que ficavam na margem da estrada, perto da entrada do caminho para a estalagem, que, ao ver ao longe aparecerem soldados, soltavam os  papagaios de papel que tinham nas mãos para avisar os inconfidentes.

          Imagem da Internet:        Viagem de D. Pedro II

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