Provérbio chinês: Se a fortuna sorri, quem não o faz?
Se a fortuna não sorri, quem o faz?
O dinheiro é uma fantástica criação. É real e fascinante. Nasceu no berço da riqueza e do poder. É no mundo o principal manancial na subsistência e sucesso do homem. Tem semelhança com a roda. Gira em todo o mundo, e faz o mundo girar. Marca presença onde estiver presente. É a força motriz capaz de erguer construções magnificas através dos séculos sob a égide do poder da civilização; assim como também de aniquilar. As obras em nome de Deus, da conquista dos homens e reverenciados pela morte são de beleza e realeza inquestionáveis. Fonte vital de turismo e cifras. Possui a lâmina do divisor de águas no seara social. É forte, viril, frio e calculista. Pode ser insípido, mesquinho, cruel, mas, preserva o valor. No triturador do quotidiano, é necessário misturar essências essenciais para o salutar convívio com o semelhante, o que exige pitadas de amizade, consideração, respeito e outros sais naturais. Caso contrário vem o abismo da desigualdade, inimizade e solidão. É senhor de destaque em todos os quatro cantos, e onde chega é bem vindo. Muito bem vindo. O rastro que deixa passa pelo céu, terra e mar. Todo mundo o almeja. É mercadoria de linguagem de fino trato universal. Aplaude quem o utiliza comedidamente. Ardiloso e temerário. Dever ele sem condições é coisa aborrecida. Há momentos em que se faz de pobre, de mais ou menos, ou de rico, mas é o dono das cartas. Quer queira, quer não, merece respeito, e quando chega na hora certa até se respira consideração. Traz conforto, o que ninguém enjoa ou reclama. Caso haja malcriação, se torna perigoso. Ao contrário, generoso. Todo mundo em todo lugar o almeja, independente do tipo, tamanho, idade e credo. É árdua a sua conquista no trabalho, que é a fonte de emancipação e sucesso. Quando chega fácil, pode complicar. Aprecia segurança, conforto e liberdade. Às vezes prefere ficar acanhado e minguado, até mesmo escondido e demora a aparecer. Mas, é só acenar que é aplaudido. Anda pra cima e pra baixo na espreita e na espera de quem o quer e merece. Resolve tudo, ou quase tudo. Gosta de brincar e de jogar. É sério e mantém altiva a
aura de majestade. O cheiro dele novinho agrada gregos e troianos. Quando chega em forma de prêmio, traz também alívio. Tem a fama de ser a raiz do bem e do mal. É alvo de avareza, cobiça, inveja e temor. Rompe barreiras em todas as camadas sociais. Causa espanto e indignação. Impõe respeito e marca presença na politica. Opera milagres. Promove encontros e desencontros. Faz surpresas e dá coragem. A caridade e os sonhos são seus fãs. Cria exércitos de lobos e cordeiros. Faz os afortunados ser sérios e com calo sensível. É a senha para abrir portas em todo lugar. É grande o seu prazer de ser bem gasto e valorizado. Detesta ficar preso e parado. É leviano, adora passar de mão em mão. Leva consigo a máxima de que: dinheiro foi feito pra voar e moeda pra rolar. É comprometedor. Nas transações é solene e respeitado. É um senhor remédio para dor de cabeça e outros males. No palco da vida é dramaturgo de primeira linha na comédia e no drama do dia a dia. Adorna o amor. Faz e constrói histórias… belas histórias. O sol nunca se põe quando há dinheiro. A beleza é latente e risos sonoros de despreocupação desenham na atmosfera e certeza no futuro. E a vida vem de graça cheia de mistérios.
Mas, é só nascer e ele surge empertigado para os cumprimentos e o primeiro abraço. Nunca mais solta, pois, tudo quanto existe tem que pagar. E vem o tempo. O Senhor absoluto. O dinheiro, aliado fiel e escudeiro. A sua nobreza decola nas asas da serventia em custear o mais caro e primordial da vida: a subsistência. Se regozija em poder ser o anfitrião capaz de proporcionar bons momentos e faz o melhor: se esbanja de satisfação em aplaudir e ser imprescindível na comemoração das grandes passagens de todos na estrada da vida. É quando desponta o brilho e o verdadeiro valor pela existência e realidade do homem. Brindar a vida!
ReuberLA/16 (escritor lafaietense)