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Vereadores fazem despedida com tom de “até breve”

Zezé do Salão, Tarciano Franco e Benito Laporte ensaiam disputa em 2018 para deputado estadual e federal; pastor Boaventura cobra a presença de negros na Câmara

O clima era de despedida com direito a saraivadas palmas após cada discurso na tribuna e quebra de protocolo na sessão noite de ontem, dia 20, a última da legislatura 2013/2016. Em meio a troca de fartos elogios, os vereadores Gildo Dutra e Carlos Magno, que deixam o cargo de vereador, levaram as respectivas famílias ao plenário. Entre os derrotados, a palavra de ordem era de até breve, já ensaiando uma volta em 2020.

“Abandonar, não. Mas não volto a esta Casa”, apontou Benito Laporte (PROS) que deixa o Legislativo após 4 mandatos. Ele voltou a lembrar o idealismo de seu pai, Alfredo Laporte, que este na Casa por 10 legislaturas. “Destas 9 foram sem receber nada e gostaria ver algum de nós vir a esta Casa com este idealismo”, pontuou. Benito fez elogios a diversos pares encerrando sua fala e citando Chico Xavier. “Relaxe o mundo dá volta”, citou, já ensaiando uma possível candidatura nas eleições de 2018.

Emocionado, Sandro José (PRTB) dedicou seu discurso aos 6 vereadores que não voltarão a Casa. “Me sinto orgulhoso de ter participado da vida de todos vocês. Foram 4 anos intensos”, resumiu.

Toninho do PT lembrou sua trajetória pessoal antes de assumir uma cadeira no Legislativo e adiantou que daria um tempo para decidir seu rumo político, falando das dificuldades enfrentadas pela sua sigla.

Carlos Magno (PT) disse que encerra um ciclo em sua vida e lembrou sua trajetória política em Itaverava. “Aprendi muito e cresci muito também. Saio de cabeça erguida principalmente quando comparam os políticos aos ladrões. Nosso partido sofreu muito”, comentou em meio às lágrimas.

“Não é um adeus, mas um até breve. Não volto mais a esta Casa e quem sabe vamos candidatar a deputado ou a um cargo no executivo. Todos fazem parte da minha família”, discorreu Tarciano Franco (PRTB).

O pastor Boaventura (PSDB) disse que faltará igualdade racial na próxima legislatura já que a cor negra não estará representada. “Precisamos incentivar a consciência negra. Não se voltarei a esta Casa, mas se Deus quiser, eis me aqui”, disse.

João Paulo Pé Quente (DEM) falou da integridade de seus colegas e citou o clima interno como de uma irmandade. Pedro Américo (PT) pregou a fidelidade ao seu partido e lamentou que o país está piorando.

“Vou deixar de ser chorão, mas vamos enaltecer a amizade, o respeito e dignidade desta Casa”, assinalou Fernando Bandeira (PTB). Zezé do Salão (PMN) lembrou que os escândalos em Brasília repercutiram em Lafaiete. “Não foi uma campanha fácil. Mas vamos voltar sim na próxima eleição e quem sabe chegar aos 30 mil votos”, disse, discorrendo que sua mágoa foi ser presidente da Casa em 2013, como seu passado humilde entre os quais de vendedor de picolés na adolescência.

Ele pregou uma união do seu grupo e de Gildo Dutra. Divino Pereira elogiou seus pares. “Eu sei o que faço par aos meus desfavorecidos”, comentou.

Já Gildo Dutra (PV) reforçou seu discurso em torno dos valores familiares e fez um elogiou particular ao vereador Zezé do Salão com que trocou farpas na legislatura.

Ao encerrar a fase de discursos, o presidente Pedro Loureiro (DEM) fez um balanço de seu mandato enumerando seus projetos aprovados como os não aprovados. Ele discorreu sobre os números de atendimentos do Centro Atendimento do Cidadão (CAC) que somente em 2016 chegaram a mais de 25 mil, entre os diversos serviços.

No processo legislativo foram quase 500 projetos aprovados, 801 requerimentos e 1.974 indicações. “Vamos sair com o dever cumprido”, sintetizou Loureiro

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