Em mais uma reunião, o aumento do valor da tarifa de R$2,90 para R$3,82 foi alvo de protestos e repúdios na Câmara, na sessão de ontem, dia 9. A elevação de mais de 30% proposto pela Viação foi classificada como absurda e surreal.
Antes da sessão, os vereadores estiveram reunidos para discutir uma ação conjunta diante da reação popular provocada pelo pedido de aumento. Os vereadores querem investigar a fundo a planilha e discutir os índices que justifiquem o aumento.
Assim a Câmara apresentou um requerimento, a ser votado na semana que vem, para a criação de uma comissão especial para discutir detalhes e aprofundar no contrato de concessão entre a prefeitura e Viação Presidente. A comissão tem até 90 dias para apresentar um relatório.
Nos bastidores vereadores defendem contratação de um profissional técnico capaz de elucidar o emaranhando de números e índices contidos na planilha e tornar a leitura de fácil conhecimento para discutir o assunto.
Outra vertente de atuação, os vereadores vão enviar um requerimento ao Conselho de Trânsito para que defina o índice de reajuste da tarifa após a conclusão dos trabalhos da comissão especial. Os vereadores vão solicitar diversas informações também ao conselho desde sua constituição, atas, etc.
Mais críticas
O vereador João Paulo Pé Quente (DEM), líder do prefeito, cobrou, que a exemplo do poliesportivo e teatro municipal, o Corpo de Bombeiros investigue a superlotação dos ônibus, o que colocar em risco os usuários. “Em determinadas linhas e horários tem mais passageiros em pé do que sentados”, assinalou.
Ele também comentou que a Viação Presidente desde 200 0 até 2017 trabalha com 54 ônibus em Lafaiete como também adiantou que, conforme a planilha enviada a Câmara, são mais de 500 mil usuários/mês. “Um levantamento feito nesta Casa mostra que nas cidades da região o aumento da passagem não passou de 10%. Ainda com o serviço prestado é de péssima qualidade com elevadores sem funcionar, desrespeito ao idoso, atraso, superlotação. A empresa trata os lafaietenses como animais. È muito cara de pau pedir um aumento de 30%”, protestou na Tribuna.
João Paulo clamou o povo que fiscalize o Conselho Municipal de Trânsito, órgão representativo que vai definir o percentual de aumento da passagem após audiência a ser realizada no dia 24. “O conselho tem de ficar do lado do povo. A Presidente como a Copasa fazem o que querem em Lafaiete”, disparou.
Em seu discurso o vereador petista Chico Paulo pediu a quebra do monopólio no transporte público, dominado por uma empresa há mais de 25 anos.
O vereador Fernando Bandeira (PTB) também voltou a protestar contra o índice proposto. “Para mim é surreal. Até concordo com um aumento, porém dentro de exigências por qualidade. Para ele o máximo seria em torno de 7%.
Aumento do horário
O vereador Sandro José (PSDB) defendeu que a Presidente aumente em uma hora, passando das 11:00 horas até 00:00, o último ônibus a circular diariamente. “Há muitos trabalhadores que chegam tarde a Lafaiete e não transporte neste horário”, sugeriu.