Empresa planeja novo ponto de captação no córrego da Varginha para ampliar abastecimento
Os serviços prestados pela concessionária Copasa foram criticados ontem à noite, dia 15, na reunião mensal da Federação das Associações de Bairros de Conselheiro Lafaiete (Famocol). Logo no início do encontro com representantes da estatal, Ariane explicou que Lafaiete não foi contemplada com recursos na ordem de R$100 mil para a contratação de mão de obra para a construção de cercamento de nascentes, plantio de mudas e instalação de bebedouros que iriam melhorar a captação de água na bacia do Almeida em diversas propriedades rurais, melhorando o reabastecimento do lençol freático.
O projeto iniciado em 2014, financiado em parte com um banco alemão, ficou pelo caminho. Segundo a Copasa todos os materiais foram adquiridos (estão guardados no almoxarifado) inclusive com o diagnóstico da bacia e cadastro dos produtores beneficiados, com todas as áreas de cercamento de nascentes delimitadas. Porém na previsão orçamentária da Copasa, o projeto em Lafaiete não foi contemplado ficando para o biênio de 2018/2019.
Lideranças comunitárias cobraram investimento no abastecimento e na ampliação da captação de água. “Infelizmente um projeto desse que iria aumentar a vazão de água ficou parado e poderia ajudar em um caso de crise hídrica. Este ano podemos sentir a falta de água como foi em 2014 e a empresa fez pouco investimento na captação”, pontuou o presidente da Famocol, Wiladerlan Alves De Souza Junior. O projeto ganhou a adesão dos moradores e produtores, conscientes na preservação das nascentes e córregos.
Já Marcelo, Presidente da Associação de Buarque de Macedo, apontou que a empresa só faz investimento à véspera de renovação de contrato como ocorreu em 2014. “Infelizmente a Copasa não honra os seus compromissos e isso podemos sentir em Lafaiete. A empresa já poderia ter focado na melhoria da captação e recuperação das bacias. Nos lafaietenses não podemos aceitar isso”. O presidente da Associação do São João, Manoel Vespúcio, cobrou apuração no cumprimento do contrato com a Copasa.
Ricardo Sales, técnico em meio ambiente da empresa, adiantou que a Copasa está em estudos para captar água do córrego da Varginha que aumentaria a oferta de água em caso de emergência.
O vereador Fernando Bandeira (PTB), sempre crítico com a empresa, disse que sua assessoria jurídica vai analisar o contrato e sua execução. “Muitas obras da empresa em Lafaiete viraram uma novela. Que dia os moradores da Barreira com o mau cheiro da ETE”, frisou. O representante do deputado Glaycon Franco (PV), Douglas Henriques, informou que o Estado está disponibilizando de R$ 2 milhões para elaboração e finalização do Plano Diretor da Bacia do Paraopeba que trará benefícios a preservação de nascentes na região.
O vereador Alan Teixeira (PHS) cobrou respostas a falta de água constante no Bairro São José e adjacências. Diversos moradores do Paulo VI pediram ligação de água em suas casas. O representante do Lima Dias II, Giovane Galdino, cobrou rede de esgoto em mais de 20 residências.
Ventura Luiz
Os representantes da Copasa informaram que até o mês de junho a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), do Ventura Luiz, a maior obra de saneamento de Lafaiete, começa a operar na fase de testes e que diversos trechos onde os interceptores foram rompidos serão refeitos pela empreiteira.