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Em meio a críticas, denúncias e sugestões, saúde domina os debates na Câmara e vereadores voltam a apontar e cobram melhorias

Vereadores relatam a “via crucis” de pacientes aos seus gabinetes pedindo doações para pagamento de exames e cirurgias diante da longa fila de espera de atendimento

A saúde é o carro chefe de uma administração e nestes 130 dias de governo Mário Marcus (DEM) as principais críticas a sua gestão estão centradas no setor.

Ontem na sessão da Câmara, dia 16, a saúde monopolizou os debates. Apesar do frio, o clima esquentou as discussões.

O vereador José Lúcio (PSDB) cobrou a execução de uma lei, de autoria do ex vereador Zezé do Salão, que obriga a secretaria de saúde tornar transparente a lista de espera de exames e consultas para o acompanhamento público. “A gente desconhece por que ainda não foi implantada”, reclamou em tom de cobrança.

O vereador Pedro Américo (PT) leu uma denúncia encaminhada a Câmara pela associação de moradores do São João em que relata a falta de médicos no “PSF 1” no Linhazinha há mais de 60 dias e que os funcionários exercem funções que não de suas competências. “Eu estive lá e vi que faltam médicos. Funcionários ou enfermeiros têm de fazer limpeza ou invés de visitarem as residências. Faltam medicamentos, instrumentos de trabalho e outros produtos. Não só lá não e em todos os postos. Tem funcionários que compram produtos para fazer curativos nos pacientes”, relatou Américo.

O vereador Sandro José (PSDB) saiu em defesa do secretário de saúde informando que esteve reunindo com ele quando soube que foram entregues a secretaria de obras para a licitação o memorial descritivos dos postos de saúde e PSF’s. Também comentou que a policlínica passará por uma ampla reforma e que durante as obras ela será transferida para outro local. Sandro lembrou que na gestão passada a prefeitura perdeu o valor de R$600 mil de um convênio para a policlínica. Ele acredita que em breve as obras de reforma dos postos iniciem.

Vereadores cobraram melhorias na saúde/Arquivo

Requerimento

Um requerimento de Fernando Bandeira (PTB) em que solicitava a lista de todos os pacientes que esperam na fila por exames e cirurgias gerou mais discussões acaloradas. Ele comparou a uma “caixa preta” a não divulgação da ordem de espera. “O que defendo é a igualdade e a transparência”, afirmou. Sandro José lembrou a peregrinação de muitos pacientes que procuram os gabinetes pedindo ajuda a exames e cirurgias. “Dói no coração as pessoas fazendo vaquinha para pedir recursos para ajudar os pacientes”, lamentou.

“Esta é uma situação recorrente diariamente em nossos gabinetes das pessoas cobrando uma ajuda para um exame ou cirurgia”, frisou Carla Sassi (PSB).

José Lúcio lembrou que na gestão de José Milton (2009-2012) um mutirão zerou as filas de espera por exames de média complexidade. Ele pediu a presença do secretário na Câmara para explicar a situação Geral da saúde e a demanda reprimida. “Dinheiro tem às vezes falta gestão’, pontuou.

Chico Paulo (PT) recorreu a sua história pessoal para contar que saúde depende de dinheiro. “Na maternidade se não tiver dinheiro nem entra e nem vai ser atendido”.

O vereador João Paulo Pé Quente (DEM) alertou que pouco adiantaria o enviou à Câmara da lista de pacientes nas filas.  Ele também pontuou que a secretaria não teria a lista completa e que a implantação do sistema para tornar pública a espera vai depender de critérios. “O que precisamos saber são quantos exames são liberados ao mês. O que deveria fazer era um mutirão para zerar a fila”, comentou.

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