A Câmara Técnica do Conselho Municipal de Saúde aprovou, na noite dia 12, o pedido da Secretaria Municipal de Saúde de prorrogação por 60 dias da implantação da agenda programada de atendimento da atenção básica. A resolução, já aprovada no conselho, previa um novo modelo de atendimento com agendamento dos pacientes em toda a rede municipal, como PSF’s e postos.
Pela proposta haveria uma rotina padrão nas unidades médicas como a criação de mecanismos nos quais os médicos contratados cumpririam 8 horas diárias de trabalho, totalizando 40 horas semanais quando atendimentos começariam às 7:00 horas e término ás 12:00 horas. No turno da tarde, o início seria às 14:00 horas e término às 17:00 horas, de segunda a sexta feira. O novo fluxo previa um atendimento de 24 pacientes ao dia através de consultadas agendadas, espontâneas e retorno. O atendimento seria por ordem de chagada. A intenção do novo sistema de agendamento é por fim a constantes reclamações de faltas de médicos nos PSF’s, eliminar as filas e estabelecer normas de controle de horário, ampliando o atendimento. A previsão inicial é que a agenda programada começasse no próximo dia 20.
Em ofício enviado ao Conselho, a Secretaria Municipal de Saúde alegou que não haveria tempo hábil para padronizar a implantação da agenda atendimento, necessitando de adequações para buscar a eficiência e a produtividade mas sem comprometer a qualidade do atendimento ao paciente. “Há necessidade de gerenciar o tempo e tentar manter um padrão nos atendimentos visando eficiência para ter maior produtividade, sem comprometimento na
qualidade, evitar atrasos visando a satisfação do paciente e também o bem estar da equipe”, justifica o ofício. A padronização dos agendamentos nos 25 PSF’s, um sistema unificado e alinhamento das equipes necessitam de um espaço de tempo maior para a implantação da agenda programada, evitando a identificação dos problemas e buscando a eficiência do programa e a satisfação do usuário do SUS. Por outro lado, há informações que o corporativismo e a pressão da classe médica pesam na implantação da agenda, que pela primeira vez em Lafaiete começa a sair do papel com sua efetiva implementação.