Sim, eu vejo uma vida!
Você vê?
Quantas vidas não estão ali em meio ao abandono! Seja aqui próximo de nós ou em outras cidades, estados e países.
O abandono de animais cresce a cada instante.
A situação é muito mais séria do que parece, não são simplesmente animais vivendo nas ruas, e sim, “esses animais sobrevivem nas ruas”? Nós sobreviveríamos? E as doenças que os acometem? Os atropelamentos? As pessoas que maltratam e violentam? Que envenenam? E as fêmeas que dão cria?
Eles estão sozinhos!
São abandonados!
Nascem nas ruas!
E sim, morrem nas ruas!
E nós?!
Somos milhões, e o que fazemos?
Ignoramos?
Especialmente este mês de Outubro a coluna Anjos de Patas completa 03 anos. É com muito prazer que convidei a minha querida leitora Luciana, que vem acompanhando a coluna de desde o início, a falar um pouco sobre o abandono.
“Animais abandonados podem ser vistos como um problema de saúde pública, mas também são uma boa oportunidade de você ter aquele bichinho de estimação que sempre quis. Se preferir um par de olhos brilhando eternamente grato, vale a pena dar uma oportunidade a um animal abandonado. “Para cada vida comercializada, outra morre atropelada, envenenada, passando fome ou frio nas ruas. Amigo se conquista, não há preço que pague. Além de economizar uma quantia razoável, exercitar a cidadania e contribuir para diminuir a superpopulação de bichos errantes, você provavelmente ganhará um companheiro fiel, dócil, brincalhão e inteligente, que sabe valorizar o privilégio de acordar cercado de aconchego. “Os vira-latas costumam desenvolver maior imunidade contra doenças, por causa da diversidade genética”. Socializados, com porte e comportamento definidos, os adultos costumam ser mais tranquilos, obedientes e independentes, adaptam-se mais rápido ao ambiente e às pessoas, aprendem com mais facilidade e raramente destroem as coisas. Estima-se que 70% dos animais que vagam sem rumo pelas ruas sejam semidomiciliados e 20% domiciliados, restando apenas 10% em situação de total abandono. Os motivos para se desfazer do bicho como de uma calça velha podem variar de “bagunça na casa” à gravidez da dona, mas todos contrariam os artigos 32 da Lei Federal no 9.605/98, e 3° do Decreto-Lei no 24.645/34. Não seja indiferente com os cães abandonados. A primeira coisa que você deve fazer é NÃO agir com indiferença. Tenha em mente que um cão que vive em situação de abandono, ou está perdido, atravessa momentos extremamente traumáticos. O animal certamente terá medo, fome ou sede. E, além disso, está exposto a muitas situações de perigo, como por exemplo a possibilidade de sofrer um acidente de trânsito ou diferentes tipos de agressões. Assim, se as circunstâncias lhe permitirem, ocupe-se pessoalmente do assunto. Caso contrário, chame alguém conhecido ou alguma associação protetora para ajudar o indefeso, mas não seja indiferente. Se o animal aparenta tranquilidade, você pode tentar se aproximar com paciência e cautela para ir ganhando sua confiança. Então:
– Se você tem algum alimento, ofereça a ele, e também água fresca.
Uma ideia para diminuir a indiferença com os cães abandonados nas ruas de Conselheiro Lafaiete será a colocação de balões no pescoço dos animais, a reação das pessoas poderá ser de não passividade, mas sim de carinho para com os cães. Tente verificar se o cão está identificado, uma vez que note que o bichinho vai perdendo a desconfiança e o medo, tente acariciá-lo. Para isso, estenda sua mão com a palma para cima e deixe que ele a cheire. Se o peludo permanecer tranquilo, você poderá colocar nele uma coleira, ainda que seja uma improvisada. E, no caso de o cão possuir algum tipo de identificação, tente contatar seus donos imediatamente. De qualquer forma, a ideia é que consiga levá-lo até a clínica veterinária próxima. Na clínica, eles comprovarão se o animal possui um microchip de identificação. E, também, você poderá pedir ao profissional que verifique o estado geral de saúde do animal. Leve em conta que ainda que o cão não esteja identificado, possivelmente ele tenha um dono, por isso você pode iniciar uma “campanha de divulgação” com cartazes nas ruas ou em comércios da região e publicando a foto do animal nas redes sociais, para tentar devolvê-lo.
Se fosse seu filho iria abandonar? Por quaisquer motivos? Pense que um cão é tão puro e ingênuo como uma criança! Não é obrigado a adotar, mas se pegou é para a vida inteira. Não esqueça que a amizade é verdadeira.
A iniciativa da escritora Ully, da coluna Anjos de Patas foi um grande avanço para a conscientização e cuidados com os animais. Desejo longevidade a esse esplêndido trabalho dedicado aos animais.
Um exemplo de compaixão com os animais abandonados nas ruas é a Ong Aparc da cidade de Congonhas, realizam um trabalho espetacular”!
Leitora assídua e amante da coluna, Luciana.