27 de abril de 2024 11:50

Cracolândia de Lafaiete: buraco na Dr. Campolina é esconderijo de drogas e prostituição

O tráfico e a prostituição tomam a parte baixa de Lafaiete. Moradores e comerciantes convivem diariamente com estes problemas. Os meliantes que comercializam drogas chegam cedo e tomam o espaço.  Eles ameaçam e intimidam mulheres, idosos, afrontam as pessoas.  A situação se arrasta há anos provocando em uma sensação de falta de segurança. Pequenos roubos e furtos são constantes.

Moradores e comerciantes pedem retiradas de muro/CORREIO DE MINAS

Nossa reportagem esteve hoje pela manhã na rua Dr. Campolina e Marechal Floriano alvos de reclamações e denúncias. Muitos comerciantes e empresários evitam comentar a situação na região com medo de represálias de usuários e até traficantes. Mas o que mais chama a atenção é um buraco feito por moradores de rua debaixo do viaduto, atrás de uma banca de revista desativada há 2 anos pela situação de perigo e insegurança nas proximidades.  O buraco, de menos de 15 metros, é esconderijo e consumo de drogas, além da prostituição.

Ele é também utilizado para pernoite e necessidades fisiológicas espalhando mau cheiro insuportável. “A nossa situação é de total risco, seja na segurança, na falta de higiene e na vigilância sanitária. O tráfico dominou a área, afugentando as pessoas. Estamos refém desta situação. É preciso uma intervenção imediata no local e vigilância constante”, comentou um comerciante pedindo o anonimato.

Os moradores contam e nossa reportagem também flagrou uma movimentação constante de entra e sai do buraco. “Já avisamos a prefeitura para derrubar este muro. Assim vamos ter mais sossego e espantar estes criminosos que provocam medo”, cobrou um morador.

Alguns empresários afirmaram que já expuseram a situação a Polícia Militar e a Prefeitura Municipal, mas o risco persiste. “De nada adianta promover uma operação para retirar os moradores e traficantes. È preciso acompanhamento constante e a presença policial. Assim vamos espantar estes meliantes que tomaram conta da região. O poder público precisa impor ordem e respeito aqui”, sugeriu um empresário.

Na Câmara

Buraco é usado para consumo,tráfico e prostituição na Dr. Campolina/CORREIO DE MINAS

O tráfico de drogas e a prostituição na parte baixa de Lafaiete protagonizaram uma longa discussão ontem, dia 9, na Câmara Municipal. Ao apresentar um requerimento cobrando uma ação imediata na Avenida Marechal e Dr. Campolina, o vereador Sandro José (PSDB) pediu segurança na região, classificado a situação no local como “libertinagem”. “É comum as pessoas verem homens com as calças arriadas e mulheres se expondo ao deixar este buraco. O que gente cobra é que a prefeitura destrua este muro para impedir o acesso este buraco. Ali dá de tudo. È uma vergonha para Lafaiete esta situação”, criticou. Sandro denunciou que a droga é comercializada à luz do dia, chocando as pessoas. “A situação é de extremo risco social. As pessoas são abordadas, sejam mulheres e idosos, e temem por roubos na região. Os comerciantes já contam quantas vezes já reclamaram sem uma solução. Onde há prostituição há tem consumo de drogas”, assinalou.

O vereador Lúcio Barbosa (PSDB) também reclamou da situação. “È realmente uma situação difícil na região. São roubos, drogas e se não agiram rápido Lafaiete pode ficar igual ao Rio de Janeiro como bem frisou o meu colega Chico Paulo”, comparou, citando o petista que denunciou o tráfico que toma conta dos bairros Linhazinha e São Jorge. O vereador João Paulo (DEM) pediu mais policiamento e relatou a situação dramática do local. “Desde cedo o tráfico invade a parte baixa, passando as pedrinhas. Os traficantes perturbam as pessoas e atrapalham o comércio Nós sofremos com esta situação. O que precisa é revitalizar aquela área”, sugeriu.

Tráfico

O vereador Chico Paulo (PT) pediu a retirada de um quebra-molas, próximo ao Residencial Dom Luciano. Segundo ele, quando motoristas e transeuntes passam pelo local são alvo de roubos. “A situação está ficando igual ao Rio de Janeiro. Ou agem ou o tráfico vai dominar a cidade”, insinuou.

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