Secretário de Saúde disse que já enviou mais de 70 pedidos de levantamento de obras de PSF’s, mas aguarda respostas da secretaria de obras
O orçamento previsto da saúde para o maior que vem será o maior investimento da área na história recente de Lafaiete. Ele consumirá quase R$100 milhões o que representa mais de 37% do orçamento geral de R$260 milhões para 2018.
Na quarta feira a noite, dia 22, apesar das ameaças de reprovação, o Conselho Municipal de Saúde aprovou durante reunião mensal, o Plano plurianual (PPA) para os próximos 4 anos. O Parecer da Câmara Técnica pedia a devolução ao Executivo e à Câmara Municipal para detalhamentos e origem das fontes de investimentos, porém por unanimidade os conselheiros optaram por manter o texto original do PPA. Houve um embate técnico entre o presidente do Conselho de Saúde, Roberto Santana, e o secretário municipal Alessandro Gláucio, que divergiram sobre o PPA da saúde. O conselho argumentava que a proposta era genérica, enquanto Alessandro alertava que as mudanças apontadas poderiam engessar o orçamento da saúde. Até o final de dezembro a Câmara deve aprovar o PPA.
Recursos de R$575 mil e secretário reclama de pedidos não atendidos
O Conselho de Saúde autorizou também a utilização de uma verba do fundo municipal de saúde. Há pelos menos 3 meses, este recurso foi pleiteado para o rateio entre os hospitais porém, após polêmica, sua utilização ficou destinada exclusivamente a atenção básica. R$ 500 mil serão direcionados para assistência farmacêutica e o restante para aquisição de dois carros para uso exclusivo dos PSF’s.
Alessandro Gláucio explicou que há recursos para investimentos nas reformas PSF’s, demandas tão cobradas, porém neste momento a compra dos medicamentos seria prioritária para evitar o desabastecimento nos primeiros meses de 2018. Ele explicou que houve um crescimento das demandas por remédios, após a transferência da farmácia central, facilitando o acesso dos pacientes. Este ano foram gastos cerca de R$1,3 milhão a compra de remédios, sem contar a compra extraordinária através de decisões judiciais que chegam a quase R$170 mil.
Ao ser questionado sobre investimentos na reforma de PSF’s, Alessandro adiantou que há recursos em caixa para estas obras, porém esbarra no setor de obras. Somente neste ano foram enviados 70 ofícios de pedidos de levantamentos de reforma de imóveis, mas não executados nem planilhados. O Conselho solicitou cópias dos ofícios para cobrar agilização e execução das obras.
Vereadores reclamam
Ontem a noite, dia 23, durante sessão da Câmara, os vereadores reclamaram a aprovação do destino da verba. “Me espanta o Conselho, que tanto nos cobrou para não aprovar o projeto para envio dos recursos aos hospitais, agora aprova para compra de remédios. Não estou julgando a secretaria, mas precisamos entender a utilização desta verba”, frisou o vereador e líder do prefeito, João Paulo Pé Quente (DEM).
Já o vereador Fernando Bandeira (PTB) questionou a aprovação e destino da verba. “Acredito que para compra de carros e medicamentos há verbas específicas para tal, através de emendas parlamentares e programas. Me intriga esta utilização do recurso”, questionou.
Pedro Américo volta a criticar situação dos PSF’s
Nas duas últimas reuniões semanais o vereador Pedro Américo (PT) criticou a situação dos PSF’s. Segundo ele, faltam insumos como papel higiênico, material para curativos e até mesmo blocos de receita azul. Em alguns casos, segundo ele, os funcionários se desdobram e promovem “vaquinhas para compra de produtos”. “Olha temos que entender as dificuldades de um administrador a frente de uma prefeitura”, sugeriu o vereador Darcy da barreira (SO).
O vereador Lúcio Barbosa (PSDB) pediu atenção a longa espera por consulta de oftalmologia. Carlos Nem (SO) antecipou que até janeiro a secretaria de saúde vai implantar um PSF no bairro Arcádia.