Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Saúde revela que cerca de 15% da população de Lafaiete sofre com doenças crônicas em especial a diabetes e a hipertensão. Os dados foram revelados pela gerente de Atenção Básica, Rita Cássia, durante audiência realizada na Câmara municipal na última segunda feira. A cidade contabiliza 4 mil diabéticos e 15 mil hipertensos.
Segundo ela os números foram obtidos através de um novo rezoneamento e estratificação de risco promovidos pela secretaria recentemente com a população local. Rita adiantou que apenas 50% da população foi recadastrada através do e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) ferramenta que reestrutura as informações da Atenção Básica em nível nacional visando a qualificação das informações para o processo de informatização em busca de um SUS eletrônico.
Levantando-se em conta também que menos de 63% da população tem cobertura nos PSF’s, os números de diabéticos e hipertensos tende a ser ainda maior. Rita adiantou a carência de insumos em postos, porém a partir do próximo ano somente receberão aqueles que participarem dos grupos operativos.
Audiência pública
A audiência pública foi realizada a partir do requerimento do vereador Pedro Américo (PT) e discutiu o cenário dos doentes crônicos na região macro sul, com 51 município, e na micro região de Lafaiete, com 18 cidades. Um estudo elaborado pelo Superintendente Regional de Saúde, Robson Carlos, entre 2010 a 2015, aponta o crescimento de diabetes e hipertensão na população e propõe um novo modelo assistencial e a mudança de cultura da população, como os hábitos alimentares.
Segundo o estudo, as duas doenças são responsáveis por 16% das internações e correspondem a 31% das causas de óbitos na região de Lafaiete, atingindo a 55% dos homens e 45% das mulheres. Neste quesito o câncer mata 16%.
A intenção do estudo é despertar para as políticas públicas preventivas voltadas para a atenção básica com 100% de acompanhamento do paciente. Robson propõe um plano regional de enfrentamento da diabete e hipertensão, desafogando os hospitais, ofertado mais qualidade de vida a população, reduzindo custos.
Após a audiência, foi proposta a criação de uma frente para discutir e propor políticas públicas em Lafaiete e região.