Vereador defendeu que as famílias do Triângulo II sejam transferidas para a nova área do município encerrado problema habitacional
O último dia 7 foi marcante para Lafaiete quando o Governador Fernando Pimentel (PT) devolveu uma área de 607mil m² ao Município. A solenidade aconteceu no suntuoso Palácio de Liberdade e com a presença de uma comitiva de representantes empresariais e lideranças políticas lafaietenses.
A transferência encerrou uma polêmica de mais de 5 anos, quando o final de 2012, a Cohab, dona do terreno, tomou de volta, decisão até hoje controversa e cercada de suspeitas, o terreno em questão por considerar o descumprimento do contrato entre a estatal e o Município. À época Lafaiete vivia e expectativa de um mega investimento de R$210 milhões com a construção de shopping e instalação da fábrica de parafusos com a geração de mais de 3 mil empregos. Lafaiete ficou a ver navios e caso foi parar na Justiça.
Com o retorno, o Município espera aumentar a área o distrito industrial abrigando empresas que aguardam por terrenos para a instalação em Lafaiete. A fila de espera chega a mais de 200 pedidos de empresários, ávidos em investir na cidade ou ampliar seus negócios.
O vereador Chico Paulo (PT) cobrou que parte do terreno seja destino a habitação de interesse social. Nesse sentido, há uma promessa do Estado de que uma área seria reservada a construção de um projeto de moradia popular. O vereador esteve na solenidade em Belo Horizonte, mas pediu a sensibilidade do governo municipal em doar uma área para atender a Astcol (Associação dos Sem Teto de Lafaiete) na construção de casas populares. “Estive na solenidade na doação do terreno, mas sequer citaram que este terreno da Cohab, que é nosso, fosse destinado às famílias de baixa renda para a construção de moradias. Cadê os o terreno para as casas populares? Nós vamos cobrar esta dívida e não vamos desistir. Para os interesses econômicos o governo doa terreno rapidinho e os pobres? Quase sempre sobra o barranco. Então nós vamos cobrar isso do prefeito Mário Marcus e do governador”, assinalou o petista.
Triângulo II
Segundo ele, com a devolução, a prefeitura pode resolver o problema social e humano das quase 70 famílias que moram no Triângulo II. “Agora o prefeito pode saldar esta dívida com os moradores e arrumar um pedaço da área da Cohab aos moradores do Triangulo II”, sugeriu. O líder do prefeito, o vereador João Paulo Pé Quente (DEM) defendeu que parte do terreno seja revertida para resgatar a dignidade das famílias. Os vereadores José Lúcio (PSDB) e Alan Teixeira (PHS) apoiaram a iniciativa de Chico Paulo em favor de um projeto habitacional no terreno da Cohab.
Projetos habitacionais
Paralelamente à devolução do terreno ao município de Lafaiete para empreendimento industrial e comercial há também a expectativa que na fala do governador Pimentel e do presidente da COHAB, Alexandro Marques no ato do cerimonial da transferência do terreno para o município que seja citado o compromisso em desenvolver um projeto de habitação de interesse social em parceria com a Associação dos Sem Teto de Conselheiro (ASTCOL), citada por diversas vezes pelo presidente da Cohab, como exemplo de atuação positiva em empreendimento de moradia popular em Minas Gerais.
O presidente da Cohab Minas, Alessandro Marques, na sua participação da reunião da Amalpa em março deste ano, em Ouro Branco, declarou que a COHAB tem como pilar à habitacional de interesse social como objeto de promoção social nos municípios em que forem executados. Para isso serão necessárias ações como: contratação de mão de obra local e compra de materiais no comércio das cidades. Dentre os vereadores que compõem a comitiva que irá ao evento, o Vereador Chico Paulo, é um dos mais otimistas acreditando que o Prefeito Mário Marcus não irá decepcionar a milhares de famílias que aguardam esta noticia para que possam sonhar com a sua casa própria.