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Ministério Público quer de volta supostos recursos desviados da obra do hospital regional

Ação proposta pelo Ministério Público quer reparação de danos e suposto desvio de recursos o hospital regional/Arquivo

E lá se vão mais de 6 anos desde que a novela da construção do hospital regional iniciou mas sem um capítulo final. A promotora Danielle Vignoli Guzella Leite, curadora de Patrimônio Público da Comarca de Conselheiro Lafaiete, esclareceu de que a obra é alvo de duas ações judiciais movidas pelo Ministério Público (MP).

Uma delas se refere ao suposto desvio de recursos públicos que abasteceu o chamado “elefante branco”. Segundo o secretário municipal de saúde, Alessandro Gláucio, técnicos do Estado avaliaram que apenas 52% da obra foi concluída. Ele antecipou que todas as prestações de contas do hospital regional foram reprovadas pelo Governo de Minas e que os gestores serão responsabilizados com a devolução dos recursos. O Estado já oficializou 2 ex prefeitos sobre a prestação de contas e alertou sobre a possibilidade de ações judiciais, sejam cíveis e criminais, caso seja comprovada a má aplicação de verbas destinadas a obra.

Uma auditoria, realizada a gestão do ex prefeito Ivar Cerqueira (PSB) apontou suposto desvio de mais de R$ 5 milhões. Na Câmara, os fatos tiveram desdobramentos com inúmeras audiências e comissões especiais para investigar a situação do hospital.

Outra ação

Outra ação judicial movida pelo MP se refere a responsabilização do Estado na conclusão da obra que teria consumido mais de R$13 milhões. A promotora Danielle Vignoli desabafou de que as negociações com o Governo de Minas foram a exaustão na tentativa de se encontrar uma alternativa para retomada e posterior funcionamento do hospital. “Foram mais de 5 anos de discussão com o Estado”, comentou.

Ela disse que o próprio Estado reconheceu que houve erro na concepção do projeto e na execução da obra. Segundo a promotora, ainda em 2014, durante audiência pública da Assembleia de Minas, em Lafaiete, quando ficou acertada a devolução da área ao Estado para facilitar a retomada da obra, ela ainda acreditava na conclusão do hospital.

O secretário Alessandro Gláucio avaliou que não há esperança na conclusão das obras e funcionamento do hospital diante da escassez de recursos para o seu financiamento. Ela acredita que lá seriam instalados uma Unidade de Pronto Atendimento 24 horas (UPA) e centro de especialidades médicas. O segundo andar funcionaria um cetro de reabilitação. “Tudo isso são propostas verbais”, resumiu.

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