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Visita de autoridades de Matosinhos a Congonhas reforça retomada de intercâmbio com cidade portuguesa

Uma comitiva liderada pela presidente da Câmara Municipal de Matosinhos (cargo que equivale ao de prefeito no Brasil), Luísa Salgueiro, aproveitou o período de férias no País para visitar Congonhas nesta quarta-feira, 3. A devoção ao Bom Jesus na Cidade dos Profetas foi inspirada na que existe na cidade portuguesa. A visita serviu também para que o prefeito Zelinho e a chefe do executivo de Matosinhos tratassem da retomada do compromisso de geminação, que beneficiava alunos de ambas as cidades com o intercâmbio no outro País entre 1986 e 1996. Congonhas foi convidada a retribuir a visita para selar este novo acordo em maio próximo, quando acontece o Jubileu em Matosinhos.

Além de Zelinho, a primeira-dama Miriam Schwab, o vice Arnaldo Osório, o presidente da Câmara de Congonhas, Adivar Barbosa e a vereadora Patrícia Monteiro, os secretários municipais Sérgio Rodrigo Reis e Miriam Palhares, a secretária executiva da Associação das Cidades Históricas, Ana Alcântara, a servidora da Prefeitura, Vanda Lúcia, o diretor de Turismo Francisco Barbosa e o diretor de Patrimônio Histórico, Luciomar S. de Jesus, acompanham os visitantes no passeio pelo ateliê deste último que é também escultor, pelo Santuário, Alameda Cidade Matosinhos de Portugal, Museu de Congonhas e  pela Romaria. Já a comitiva lusitana contou ainda como o professor Ferreira Pinto, eleito vereador (o equivalente a secretário municipal no Brasil) de Educação, Ambiente e Obras Públicas, a engenheira Manuela Álvares e o arquiteto, urbanista e ex-vereador de Matosinhos, Antônio Carlos Coelho, brasileiro do Rio de Janeiro.

Antônio Carlos Coelho, brasileiro do Rio de Janeiro, filho de pais portugueses e que mora há 44 anos em Matosinhos, tendo sido vereador naquela cidade entre 1989 e 1993, foi quem teve a ideia de restabelecer o elo entre os dois municípios irmãos pela fé. “Quando eu conheci Congonhas em 1990, as duas cidades estavam geminadas ou, como se diz aqui, irmanadas. No dia 6 de janeiro de 2017, eu estava em Minas a trabalho e, após ouvir do vereador da Cultura de lá que havia interesse em reativar este convênio, vim a Congonhas. Três dias antes de se completar um ano daquela data, estamos aqui para mais uma investida informal para depois tratarmos das formalidades”, diz.

A presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, ainda não conhecia Congonhas. “Apesar disso, eu sabia muito do percurso da nossa relação mútua, mas o que vi hoje foi muito além das expectativas que eu trazia. Quer a preservação que está sendo feita deste patrimônio, as obras de restauro em curso, quer a valorização do coletivo, acrescido do novo Museu surpreenderam-me bastante. Conheço muitos museus sobretudo na Europa e este está ao nível dos melhores que já vi. Ele combina a preservação do patrimônio e da história com a facilidade no acesso a todos os públicos. Nós para preservarmos a memória temos de valorizar o que já existe, mas também passá-la para as novas gerações, se não ela acaba por se perder. E essa forma com que se pode visitar todo o patrimônio religioso de Congonhas à distância de um clique de um dedo com as novas tecnologias, percebendo tudo muito bem, acho que vai mudar muito a relação dos turistas com Congonhas, mudar muito a relação de Congonhas com a história do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, que é o que mais nos interessa, valorizar muito a história deste Santo, portanto Matosinhos tem muito a ganhar se vier aprender com Congonhas e vice-versa. Enquanto Matozinhos possui uma romaria com aproximadamente 1 milhão de visitantes por ano, Congonhas, como patrimônio mundial da Unesco, beneficia-se de um tipo de apoio que nós não temos e queremos a aprender a ter. Portanto, tenho muito interesse em retomar esta relação, não só pelas pessoas que tive a oportunidade de aqui conhecer, mas também pela importância de deixarmos este patrimônio partilhado para o futuro. Este e o passado combinam muito bem e devem viver de mãos dadas e devemos usar os recursos tecnológicos para promover o mais valioso da nossa história, e as duas cidades têm fantásticas condições para fazê-lo”, declarou a chefe do executivo de Matosinhos minutos após combinar com o prefeito Zelinho que esta permuta de conhecimento, como ela mesma chama, será reativada.

O prefeito Zelinho confirmou o convite feito por Luísa Salgueiro para que ele retribua a visita em maio próximo a fim de firmar este convênio entre as duas cidades irmãs. “Assim alunos de uma poderão ficar por um período estudando na outra, poderemos também trocar experiências na parte cultural”, disse.

Zelinho ficou feliz ao ouvir dos visitantes que estavam impressionados com o Museu de Congonhas e com a do patrimônio histórico da cidade. “Mostramos a eles a restauração em curso na Basílica, a Alameda que leva o nome daquela cidade e que já foi revitalizada e contamos que o trabalho está concluído na Matriz de N. Sra. da Conceição, na Igreja do Rosário, que as capelas e outras igrejas também receberam o mesmo cuidado, que em breve vamos restaurar a Romaria, sendo que esta ganhará um teatro, e que seguiremos cuidando dos bens tombados e espaços de convivência da cidade”, relatou o prefeito.

Comissão

Já existe em Congonhas uma comissão formada para tentar reativar este compromisso de geminação com Matosinhos, presidida pela secretária de Cultura, Miriam Palhares, e formada ainda pela vereadora Patrícia Monteiro, a servidora municipal Vanda Lúcia, o diretor de Turismo, Francisco Barbosa, o diretor-presidente da Fumcult e secretário de Comunicação e Eventos, Sérgio Rodrigo Reis, a secretária executiva da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais, Ana Alcântara, e o procurador jurídico da Fumcult, Carlos Felipe.

 

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