Piranga registrou nos últimos meses recorrentes envenenamentos de cães e gatos que revoltaram a comunidade. Desde o ano passado, pelo menos 20 animais sofreram estes crimes até agora ainda não esclarecidos e seus autores punidos. Ainda há 3 dias, mas dois cachorros foram encontrados mortos aos arredores do Bairro Rosário, na região central da cidade, quando defensores da causa animal registraram um Boletim de Ocorrência na delegacia local para apuração fatos e punição aos autores.
Nos grupos das redes sociais os envenenamentos ganharam proporção ainda maior repercutindo além das fronteiras de Piranga. A revolta foi geral com os pequenos animais. Indignados com ações criminosas contra os indefesos animais, os moradores e defensores da causa criaram a associação Patrulha Animal Piranga cujo objetivo é proteger como também estimular a adoção de políticas públicas na cidade. “Desejamos que a nossa cidade se transforme em um lugar onde humanos e animais possam conviver em harmonia, onde a vida em sua plenitude seja valorizada, onde não haja crueldade para com os animais e, principalmente onde as leis que protegem a parte vulnerável nesta relação homem-animal sejam cumpridas e que o poder público assuma sua responsabilidade”, disseram a nossa reportagem os membros das ONG, defendendo uma integração harmoniosa entre animais e seres humano.
Os casos de violência contra os animais foram encaminhados ao Ministério Público como também a Câmara Municipal. Eles criaram o Projeto do Bem que foi protocolado a Prefeitura Municipal como também a Câmara em março do ano passado o qual sugere a criação de um centro de zoonoses e a adoção imediata um programa de castração/esterilização de animais. “Estamos aguardando atitudes pro ativas dos nossos gestores municipais para tais situações. O nossa Patrulha Animal Piranga é um grupo de cidadãos piranguenses chamados de Protetores que se unem para fazer o bem. Estamos fazendo a nossa parte”, assinalaram.
Os benefícios
Enquanto aguardam uma ação do governo municipal, a ONG trabalha na conscientização em torno da defesa dos animais. A principal meta é que o município crie um projeto público de castração/esterilização que servirá para impedir que os cães e gatos se reproduzam sem controle, principalmente aqueles em situação de abandono nas ruas. “Investir neste programa é investir na saúde dos moradores, evitando proliferação de doenças como o crescimento desordenado destes animais de rua. A castração é um meio de prevenção de doenças e questão de saúde pública”, afirmam os integrantes da ONG.
Lei federal
Em março do ao passado, o Governo Federal sancionou a Lei 13.426/2017 que criou uma política de controle de natalidade de cães e gatos. Segundo o texto, o controle de natalidade de cães e gatos em todo o território nacional será por esterilização permanente por cirurgia, ou outro procedimento que garanta eficiência, segurança e bem-estar ao animal.
O programa levará em conta o estudo das localidades com superpopulação ou quadro epidemiológico, além da quantidade de animais a serem esterilizados, por localidade. Terão prioridade também animais situados ou pertencentes a comunidades de baixa renda. Haverá campanhas educativas nos meios de comunicação, para conscientizar o público sobre a posse responsável de animais domésticos.