A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada em setembro do ano passado para investigar possíveis irregularidades em licitações e na contratação de empresas pelo Consórcio de Administração do Serviço de Iluminação Pública (Casip) na prestação de serviços, como também a Lafaiete, a chamada “CPI do Poste” vem causado um furor os bastidores da Câmara e entre os citados nos documentos de farto teor até agora produzidos.
Agora, a CPI foi parar na delegacia de polícia. Em meados deste mês, José Lúcio de Souza, André Luis Menezes, Darcy José de Souza e Washington Fernando Bandeira registram um Boletim de Ocorrência pedindo a investigação da Polícia Civil sobre o sumiço de pen drives. Ouvida por nossa reportagem, a delegada Juliana Leijoto, que cuida do caso, disse que os dispositivos continham informações de reuniões e inúmeros depoimentos prestados a “CPI do Poste”. Também é alvo de investigação pela Polícia Civil uma denúncia recebida os gabinetes dos vereadores de suposta irregularidade a licitação no CASIP.
A CPI do Poste continua seus trabalhos e ainda ganhou mais 90 dias para apuração das possíveis irregularidades levantadas.
Histórico
Foi a partir de insinuações feita pelo prefeito Mário Marcus durante discurso na Câmara, em meados de agosto, apontando supostas irregularidades em licitações do CASIP, um dos motivos que teria levado o Município de Lafaiete a se desligar do CASIP, motivaram a abertura da CPI. À época, o prefeito explicou que a prefeitura pagava por cada ponto de luz, de um total de 12 mil que compõem o parque de iluminação, o valor de R$7,60. No total o valor do repasse mensal ao CASIP seria em torno de mais de R$110 mil. Porém outros consórcios dos quais vários municípios da região fazem parte o valor é vantajosamente bem inferior, por isso a prefeitura de Lafaiete “bateu o pé” e forçou uma negociação cujo valor chegando a um impasse que durou 4 meses. O prefeito defendia o valor de R$4,,99, mas as partes não chegaram a um acordo e Lafaiete deixou o CASIP.
A disputa foi parar na Justiça já que o consórcio cobra um restante do contrato ainda não quitada. Por outro lado, a prefeitura alega que não há dívida com o consórcio. Lafaiete ficou por 4 meses sem o serviço de manutenção de iluminação pública, resolvido em outubro com a contratação emergencial direta de uma empresa, até a realização de um processo licitatório.
Leia também: