Quem foi ao Museu de Congonhas na noite desta quarta-feira, 11, viveu uma experiência musical única: de um lado a vivência de Danilo Caymmi, do outro o frescor e a modernidade de sua filha Alice, e em ambos todo talento musical e poético da família Caymmi, que aliado ao profissionalismo e simpatia fizeram da segunda apresentação do Projeto “Poesia e Música no Museu” inesquecível.
O bate-papo musical cheio de boas histórias da MPB, lembranças e claro, boa música, começou com lotação total no anfiteatro do Museu. Danilo abriu a noite animando o público com o pot-pourri “Maracangalha/O quê que a baiana tem?/Vatapá”, enquanto Alice trouxe a força da sua interpretação nas canções “Yansã” e “Princesa”, quando o público e os artistas foram surpreendidos a chuva, o que não fez com que a noite perdesse o brilho. A equipe técnica do Museu organizou em tempo recorde um novo local para que a apresentação continuasse, o público respondeu a altura, e em massa aguardou a realocação. Os artistas aproveitaram o inesperado para se apresentarem de forma mais intimista, bem mais próximo ao público no espaço alternativo do Museu. O esforço e profissionalismo de toda a equipe proporcionaram ao público à oportunidade de viver em uma só noite duas deliciosas experiências musicais.
“Num primeiro instante, burburinhos, olhares atentos, curiosidade para o encontro de duas gerações no palco do museu de Congonhas graças ao “Poesia e Música no Museu”. De um lado a maturidade de Danilo, do outro a jovialidade Alice, pai e filha que carregam e consagram um sobrenome de peso, Caymmi. Danilo, traz o seu jeito divertido e solto de ser, enquanto Alice, traz cor, presença e muita potência visível de um corpo e voz, vivos. Este encontro só poderia resultar numa noite inesquecível na qual até mesmo Yansã, resolveu dar o ar a graça após ouvir a voz de Alice. Sim tivemos chuva, mais com uma grande competência e prontidão a equipe do Museu, disponibilizou um segundo ambiente onde os corações que lá estavam continuaram aquecidos e embalados pela música, poética e astral da família Caymmi. Graças ao esforço e profissionalismo de toda a equipe e curadoria este projeto, vem fazendo de Congonhas e do museu, verdadeiramente, um espaço de encontros e mais que isso um lugar para todos! E que venham os próximos encontros, pois Congonhas respira cultura. Evoé”, disse cheio de entusiasmo o ator e publicitário Hudson Raony.
A vendedora Marli de Castro veio de Conselheiro Lafaiete para a apresentação e saiu encantada com o que vivenciou. “Me senti em casa, em um ambiente acolhedor. O Museu de Congonhas nos proporciona momentos de cultura e nos dá a oportunidade de conhecer artistas tão influentes na música. Adorei o bate-papo, foi realmente enriquecedor”, afirmou.
“O Museu é um lugar maravilhoso, é um prazer enorme estar aqui novamente e viver essa troca com o público” disse Danilo Caymmi em sua segunda apresentação no Museu de Congonhas. Alice esteve no Museu pela primeira vez e também se encantou com local, “aqui é realmente muito especial”, disse a cantora.
A iniciativa conta com patrocínio das empresas CEMIG e CSN, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e tem a curadoria do especialista em MPB Júlio Diniz que conduz a os bate-papos. A próxima edição do projeto “Poesia e Música no Museu” será realizada no dia 23 de maio com o cantor Toni Garrido.