Depois de quase duas horas de inflamadas discussões, 6 dos 7 diretores de clubes participantes da XXIV Taça Vertentes chegaram a um consenso e defiram que nenhumas das equipes acumulará pontos com a desistência do C10 Sport, de Ouro Branco. A reunião foi realizada ontem a noite, na sede da Liga de Desportos de Conselheiro Lafaiete (LDCL).
A LDCL distribui um comunicado oficial com o posicionamento de que as equipes somariam 3 pontos com o placar de W a 0. O embate entre os clubes iniciou quando o Presidente da Liga, Adjalma Rodrigues, confirmou que o Cristianense teria direito, segundo o regulamento, aos 3 pontos. Isso porque a equipe foi a única a jogar contra o C10, na primeira rodada, no 15 de abril, com o placar empatado em 1 a 1.
O dirigente confirmou que o C10 desistira da competição por falta de pagamento integral da taxa de inscrição e da arbitragem. Segundo ele, os jogadores do C10 não tinham condições de atuar na partida, já que o regulamento prevê o pagamento das taxas, o que tornaria o jogo inválido. “O torneio está apaixonante e sem problemas. Mas a decisão está tomada”, assinalou Adjalma.
Aí entraram as discussões confrontando a posição da LDCL e clubes. O representante do Meridional, Sidclei Jorge, mais conhecido domo “Toco”, contestou a Liga e defendeu que o Cristianense não poderia ganhar os 3 pontos da partida. Ele cobrou a manutenção do resultado da partida a título de classificação.
Junto a posição do Meridional cerraram fileiras os representantes do Casa Grande, Queiróz Júnior e Aliado. A votação caminhava para um impasse.
Mas no pano de fundo das discussões estava a real possibilidade de que a soma de 3 pontos alteraria a classificação e as chances de ir às semifinal.
Suspense a reunião
Os clubes não “arredaram o pé” e mantiveram a decisão alegando que a posição da Liga estaria alterando o regulamento, fato contestado pelo Presidente Adjalma. “Não posso conceder condições de jogo uma equipe (C10) que não cumpriu o regulamento ao não quitar o valor da inscrição”, afirmou Adjalma. Serginho, do Queiróz Junior, reagiu e disse que a decisão teria implicações futuras, sinalizando até uma possíveis desistências dos clubes, inviabilizando a competição.
O caso emblemático citado pelos dirigentes foi em 2015 quando o Amador foi parar no Tribunal da Federação Mineira de Futebol, caso que se arrasta sem uma solução. “Agora está nas mãos dos clubes a decisão. Cabe a vocês decidirem pelo bem do esporte. Se for contestar está na hora”, exaltou o presidente.
Apenas o Itacolomy e o Cristianense acompanharam a decisão da Liga. Já os 4 clubes se recursaram a assinaram o documento, gerando um impasse e suspense em torno do torneio. “Temos que largar esta rivalidade e deixar a competição continuar. Vamos votar com a razão e não com o coração. O regulamento tem de falar mais alto”, disparou o representante do Itacolomy, Valdir Guerra que foi retrucado por seus colegas futebolísticos. “Não posso votar já que a posição da diretoria do Meri não concorda com Liga”, avaliou Toco.
Carta na manga
Os dirigentes já davam por encerrada a reunião, gerando um suspense no prosseguimento da competição, quando surgiu uma “carta na manga”, o último recurso. Os clubes abriram mão do W a 0 , assim nenhum deles acumulará 3 pontos, mantendo a posição atual da tabela. Já exalto o presidente comemorou o consenso. “Foi uma decisão sensata pelo futebol amador regional”, finalizou. A Liga já anunciou uma multa de R$1 mil ao C10 pela desistência.
O próximo domingo, dia 13, pela data de comemoração do Dia das Mães, não haverá rodada.
Classificação
- Itacolomy 5
- Cristianense 5
- Aliado 5
- Casa Grande 5
- Mineiro 4
- Queiróz Jr.-4
- Meridional -3
- – C10 -1