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Único do gênero no Brasil, Museu do Escravo é revitalizado

Fachada do Museu do Escravo em estilo colonial / Foto: Tarcísio Martins

Comemorando-se os 130 anos da Abolição da Escravatura, a Prefeitura Municipal de Belo Vale entregou à comunidade no dia 19 de maio, o “Museu Municipal do Escravo Padre Dr. José Luciano Jacques Penido”, um dos mais expressivos espaços culturais do país com referências à cultura negra. O prédio projetado com tipologia em estilo colonial, concluído em 1983 e inaugurado, oficialmente, como “Museu do Escravo” em 1988, recebeu um eficiente projeto de revitalização.

O evento teve a presença do prefeito municipal, José Lapa dos Santos, e contou com Missa Afro celebrada por Padre Ivan Alves da Silva, que em brilhante homilia, chamou atenção pela igualdade das raças, e alertou que não se repitam preconceitos e fatos desumanos acontecidos contra os negros. A Secretaria Municipal de Cultura foi eficiente na programação, que contou com presenças de grupos tradicionais e populares: Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário, Coral Cantantes da Boa Morte e grupo de cantorias da Chacrinha dos Pretos.

Faz-se necessário rediscutir a história, confrontar e apresentar novos conceitos que possam contribuir e justificar a importância do representativo e vigoroso Museu do Escravo.  Não se deve pensar o negro apenas como um elemento que foi subjugado, mas algo que expresse e contemple seu Ser, sua força, seu trabalho, sua grande contribuição, e todo o esplendor da rica cultura regional africanizada que proporcionou ao país.

O Governo local investiu na recuperação de seus patrimônios culturais que há anos estavam esquecidos. Entregou à comunidade belíssimos espaços de interação com a memória da cidade, o que a colocam, não só no roteiro cultural de Minas, mas, definitivamente, como um dos municípios que mais têm investido em cultura no estado. Visitar o “Museu do Escravo” é obrigatório.

Tarcísio Martins

 

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