25 de abril de 2024 03:56

Presidente da APAC reconhece que ação de bando afrontou Judiciário já que detento resgatado iria júri em suposto homicídio e salientou poder de fogo de criminosos

  Em menos de 70 dias ocorreram 5 sucessivas fugas neste ano despertando por mais segurança na entidade

Há trinta e três dias, o recuperando Natanael Lopes de Oliveira, regastado na madrugada de ontem, dia 23, por volta das 2:00 horas, na APAC de Lafaiete, iria a júri popular sob a acusação de homicídio. Desde o último dia 5, ele aguardava recambiamento ao sistema prisional e esperava a escolta da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).

Major Marco Antônio, Presidente da APAC

O recuperado José Fernando, que fazia serviço externo de vigia, foi rendido por 2 elementos. Imediatamente surgiram mais 4 meliantes sendo que o segurança foi atingido por disparo de arma de fogo.

Em seguida o bando foi até a cela 9 na qual estava Natanel quebrou o cadeado e fugiu debandada. Durante a ação criminosa, os bandidos se referiam ao resgatado com da “família do crime”, em uma referência que pertenceria a um grupo ou gangue.

Cobrança por resposta da sociedade

Nas redes sociais a ação dos bandidos provocou uma longa discussão entre os defensores e os contrários da metodologia de reinserção social da entidade.  Por outro lado, a ousadia dos bandidos fez com que o Presidente da APAC Masculina, Major Marco Antônio, divulgasse uma nota, a qual cobrou urgência nas investigações e prisão dos elementos por se associarem a diversos crimes em Lafaiete e reconheceu “poder de fogo” do bando.  Ele afirmou que a entidade como toda a sociedade foi também vítima do um grupo armado que se propôs enfrentar o Poder Judiciário na tentativa de frustrar o cumprimento da lei em função de que o resgatado não participasse do Júri agendado.

APAC de Lafaiete é modelo para o sistema de reinserção social dos detentos

Natanael estava na APAC há pouco mais de 25 dias por designação para recuperação na entidade já que sua família é originária de Patrocínio, Sul de Minas. Ele iria Júri no dia 16 de julho.

Histórico

A questão de segurança a APAC é uma necessidade urgente diante de um histórico de fugas e outras ações mais ousadas de bandidos no local. Um levantamento feito por nossa reportagem apontou que este ano, em menos de 40 dias, foram registradas pelo menos outras 4 fugas na entidade em um período de menos de 40 dias.

O dia 20 de abril, a APAC amanheceu com pelo menos 5 disparos de arma de fogo contra o portão principal.

Dois dias depois, no dia 22 de abril, por volta das 20:00 horas, durante o jantar, o apenado M. C. B. de 30 anos natural de Conselheiro Lafaiete aproveitou que o movimento é maior no interior da unidade e fugiu pulando o muro dos fundos tomando rumo ignorado.

Cinco dias depois, após o horário do jantar o Inspetor de Segurança deu por falta do detento, R. de A. R, vulgo “Véio” de 30 anos, natural de Ouro Branco.

Menos de 30 dias, mais uma nova fuga registrada. No domingo, dia 20 de maio, dois presos, M. R. S. B de 19 anos e J. C. da Silva (21) do setor fechado da APAC agrediram a socos o agente que abriu a cela para realizar a entrega do café. Eles aproveitaram do momento e escaparam pelos fundos do estabelecimento prisional.

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