Foi no Arraial do Redondo – hoje, Alto Maranhão – que a devoção à Nossa Senhora d’Ajuda começou, ainda no século 18. A fé na padroeira faz parte da história e da memória do distrito mais antigo de Congonhas, atraindo peregrinos de toda a região. Durante nove dias, fiéis católicos celebraram os 300 anos do surgimento dessa devoção. Nesta quarta-feira, 15, foi realizado o encerramento da novena, um dos momentos mais aguardados pela comunidade.
A programação começou às 6h, com o repicar dos sinos, e seguiu durante todo o dia. No salão comunitário da Igreja de Nossa Senhora d’Ajuda tiveram missas solenes, celebradas pelo reitor da Basílica, cônego Geraldo Leocádio e pelos padres Mauro de Almeida (Rio de Janeiro), Rosemberg Silva (Santa Bárbara), Paulo César Fonseca (Roraima) e Eduardo Bastos (Congonhas). Após a última delas, aconteceu o descerramento do Mastro e encerramento da festa. Os fiéis também puderam se confessar.
Para o padre Mauro de Almeida, da Paróquia Santo Afonso, Rio de Janeiro, celebrar os 300 anos de devoção à Nossa Senhora d’Ajuda é recordar a história e fazer memória. “Fazer memória é trazer aquilo de bom que nossos irmãos e irmãs, aqueles que nos precederam na fé, nos deixaram dessa devoção. Reaviva cada vez mais a nossa fé, a nossa esperança. É o terceiro ano que participo das celebrações. Marca muito. É a festa assunção de Nossa Senhora, é a festa da esperança”, destaca.
Fiel da padroeira do Alto Maranhão desde que se entende por gente, Maria Aleluia Pinto, de 80 anos, participa das celebrações todos os anos. “Tenho devoção à Nossa Senhora. Todos os pedidos que eu faço a ela, eu alcanço. É por devoção que venho. Logo que me entendi por gente sou devota a ela. Gosto da festa. A família toda é devota”, conta.
Fiéis apreciam restauração da Igreja de Nossa Senhora d’Ajuda
Durante todo o dia, a Igreja de Nossa Senhora d’Ajuda ficou aberta à visitação. O monumento, que é tombado pelo Município e o Estado, passou por uma criteriosa restauração, pois encontrava-se em um processo de degradação muito avançado, com risco de desabamento.
A beleza do bem histórico chamou a atenção de Walter de Vasconcelos, de 77 anos, que entrou na Igreja pela primeira vez após o seu restauro: “Todo ano venho rezar, eu gosto muito da parte católica da festa. Visitei a Igreja e ficou muito boa. Vi ela pela primeira vez agora. Gostei muito”.