Diversas viaturas da Polícia Militar foram mobilizada para atendimento a uma ocorrência de suposto roubo a uma empresa de transporte de passeiros, localizada na região central de Barbacena, onde segundo a solicitante, o suposto autor, de posse de uma arma de fogo, teria lhe rendido e roubado a quantia aproximada de R$ 14 mil reais, em seguida, evadido do local.
Acionados via Centro de Operações da Polícia Militar (COPOM) no início da tarde de terça-feira (26), policiais militares imediatamente se descloram até a empresa alvo do suposto assalto onde, em contato com a solicitante (suposta vítima), de 21 anos, relatou o seguinte fato: Que estava retornando para a empresa após seu horário de almoço, e quando já estava na sala do setor financeiro da empresa foi abordada por um homem o qual, de posse de uma arma de fogo anunciou o assalto, lhe obrigando a leva-lo até o cofre da empresa onde ele teve acesso a quantia aproximada de R$ 10 mil que estavam em um envelope, em seguida, o autor teria lhe prendido no banheiro onde permaneceu por cerca de 20 minutos, e quando saiu do local ele já teria evadido.
Logo após, ela teria comunicado sobre o ocorrido para um funcionário da empresa. Em contato com o funcionário, este relatou aos policiais militares que, na hora do ocorrido ele se encontrava em um outro cômodo da empresa em horário de almoço, deitado e distraído mexendo em seu aparelho celular, e que por isso não notou nenhum barulho ou algo fora da normalidade acontecendo na empresa, e tão pouco tomou conhecimento quando do ocorrido, apenas ficou sabendo do suposto roubo a partir do momento em que a solicitante havia lhe contado.
Diante das informações, diversas viaturas iniciaram intenso rastreamento na tentativa de localizar o suspeito. Foram realizados contatos em diversas empresas e residências próxima ao local com o intuito de colher maiores característica do autor, o mesmo sua possível rota de fuga, porém não foi visualizado em nenhuma câmera o suposto autor com as características repassadas pela solicitante. As guarnições do turno chegaram a realizar abordagens de indivíduos com as características repassadas, contudo, ela não os reconheceu, sempre se mostrando evasiva.
Diante das inexistência de imagens de possível suspeito, embora os militares terem realizadas exaustivas buscas nos sistemas de monitoramento por câmeras de vizinhos e de ruas adjacentes, as guarnições empenhadas voltaram a colher informações da solicitante, a qual passou a entrar em contradições, apresentando-se visivelmente nervosa com os questionamentos, fato que gerou suspeição do crime.
Foi pedido para que autorizasse os militares a ter acessos a seu aparelho celular, tendo ela autorizado e inserido a senha, desbloqueando o aparelho, fato este, presenciado pelo funcionário da empresa. Foram verificadas no aparelho fotos da empresa, do cofre, do dinheiro, e de locais que davam acesso ao cofre, sendo constatado que tais fotos haviam sido enviadas via aplicativo WhatsApp, porém, a conversa que se referiam às imagens haviam sido apagadas.
Confrontada diante de testemunhas, ela confessou que havia mentido sobre a questão do roubo, e que ela juntamente com uma amiga haviam subtraído o montante em dinheiro da empresa. Ela contou aos militares que na segunda-feira (25) havia tirado algumas fotos da sala do “financeiro” da empresa onde fica o cofre , e também, do envelope que continha o dinheiro subtraído, e que posteriormente enviou as fotos para uma amiga a qual ela esteve em seu horário de almoço momentos antes do ocorrido, pois sabiam que ninguém estaria na empresa naquele instante.
Posteriormente na casa dela foi localizado durante buscas, um pé de maconha com aproximadamente 55 centímetros de altura, tendo ela confessado que consumia e fornecia drogas para amigos. Os militares também se deslocaram até a casa da outra envolvida, de 27 anos, e ao ser questionada sobre os fatos ela confessou sua participação no delito e apontou o local exato onde o dinheiro se encontrava.
Durante conferência da quantia roubada, chegou-se ao valor final de R$ 14.245,00 em cédulas diversas. Foi realizada varredura na casa dela, sendo localizado também, 30 pinos vazios em um prato, e uma colher contendo resquícios de cocaína.
Frente a todas diligências e fatos expostos, foi dada voz de prisão a autora (21 anos), pelos crimes de, apropriação indébita, comunicação falsa de crime, e por tráfico ilícito de drogas. Já a outra envolvida (27 anos), foi presa pelos crimes, de receptação e tráfico ilícito de drogas.
Ambas foram conduzidas até a presença da autoridade policial competente para maiores esclarecimentos. Os aparelhos celulares encontrados em posse das autoras também foram apreendidos, assim como, a quantia no valor de R$ 374,00 encontrada na bolsa de uma das envolvidas, de 21 anos.
Fonte: Vertentes das Gerais