A Prefeitura está promovendo ações para controlar a população canina e felina em Congonhas. Cães e gatos abandonados e recolhidos das ruas já estão sendo castrados na Unidade de Vigilância de Zoonoses Sebastião Maurício. Também está sendo feito o acompanhamento desses animais, preservando a saúde deles e a dos cidadãos. Posteriormente, o procedimento será realizado em animais domiciliados, pertencentes aos beneficiários do Bolsa Família.
A castração, iniciada em março deste ano, está sendo realizada durante um curso de atualização, com duração de três meses. Nesse período, os veterinários da Secretaria de Saúde vão acompanhar cerca de 400 cães e gatos de rua. Os animais passam por avaliação, recebem chip, vermífugos, vacina contra a raiva e são testados para leishmaniose visceral canina. Em seguida, são castrados e depois devolvidos para o local de captura, conforme determina a legislação.
A técnica utilizada pelo Município é, segundo a médica veterinária Thamires Espinha, a mais utilizada em projetos de castração. O procedimento, no caso das fêmeas, é realizado na lateral, com retirada do útero e ovários. Já nos machos, os testículos são retirados. “Com essa técnica, conseguimos fazer um número maior de cirurgias, a um custo menor. Em casos de animais de rua, ela tem o benefício na questão de minimizar os casos de ruptura de pontos e a recuperação é mais rápida”, diz a profissional, que está ministrando o curso de atualização.
A veterinária do Município, Marise Moraes, destaca que as ações para controle populacional por meio da prática de castração de cães e gatos é recente no âmbito da saúde pública. “Com o maior número de animais nas ruas, existe maior possibilidade de transmissão de doenças. A castração não limita ou impede as zoonoses, mas a partir do momento em que fazemos o controle da população de animais, com a esterilização consequentemente, a longo prazo, também diminuímos a transmissão de doenças”, explica.
Serviço
Conforme o Ministério da Saúde, o recolhimento de cães e gatos das ruas será destinado àqueles considerados de relevância para a saúde pública, ou seja, animais suspeitos de serem vetores e portadores de alguma zoonose que pode ser transmitida à população. Os animais de rua que não se encaixam neste perfil podem ser atendidos por instituições de proteção e cuidado animal.
Os cães de rua estão sendo registrados e identificados com microchip, que terá informações sobre o animal, facilitando o monitoramento de sua saúde. Esse mesmo serviço será oferecido em um primeiro momento aos animais castrados no programa e posteriormente e, em uma segunda etapa, será estendido aos demais cães do Município.