A alusão ao nome de Desterro se refere mais ou menos em meados do século XVIII quando dois fazendeiros irmãos, donos da Fazenda do Sobrado e da Fazenda das Contendas, fazenda essa propriedade de Francisco Viçoso. Era este, um elemento dado a valentias e que vivia em constantes desavenças com os demais habitantes, motivo pelo qual sua fazenda ficara conhecida como Fazenda das Contendas, tantas eram as suas constantes brigas. O Visconde de Barbacena, conhecedor desses fatos, obrigou o turbulento fazendeiro a migrar-se da região.
Seus parentes, segundo reza a tradição local, mandaram levantar uma capela em honra à Nossa Senhora do Desterro, em decorrência do acontecido (o referido fazendeiro ter sido “desterrado” da região).
Como tantos municípios, foi em torno dessa capela que se começou a crescer e prosperar a atual Desterro de Entre Rios que levou este nome em virtude de ter sido distrito do município de Entre Rios de Minas, distrito esse criado em 1836. Algum tempo depois foi extinto, sendo restaurado em 1 de abril de 1841, com a denominação de Capela Nova do Desterro. Por ocasião, o distrito pertencia ao termo de Bonfim.
Minério
Neste contexto histórico nasceu a simpática de Desterro que há 4 anos se tornou uma cidade mineradora quando Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), chamada também de royalties da mineração cuja produção abastecem os cofres públicos. Somente em 2018, foram quase R$1,3 de receita adicional dos impostos da mineração. Nos 3 primeiros já chegaram ao município quase R$600 mil. A continuar nesta projeção, 2019 deve fechar com o dobro do arrecadação de CFEM do que no ano passado. Mas há muitas críticas pela falta de maior organização da prefeitura para aumenta esta arrecadação. “Não há qualquer fiscalização desta atividade e a prefeitura não tem um projeto para investir estes recursos em áreas prioritárias”, avaliou um cidadão desterrense que participa da política local.
Eleições
Uma consulta popular informal realizada por nossa reportagem constatou que aos menos 7 pretendentes ensaiam a disposição de entrar na disputa de 2020. Claro que as articulações, os grupos e as forças locais devem se aglutinar. O atual mandatário não pode entrar na contenda política que se avizinha. Ele chega ao 4º mandato.
Há informações de que João Azzi, o primeiro e único prefeito de Desterro cassado pela Câmara por irregularidades, está movimentando nos bastidores, mas seu retorno será impedido por decisão judicial de segunda instância. Ele também é réu em diversas outras ações judicias envolvido em irregularidades. O candidato do atual prefeito e de João Azzi seria o médico Raphael França Mendes.
Os candidatos
Em 2016, o então candidato Mocrácio (PV), que vinha para a sua segunda disputa municipal consecutiva, perdeu para o atual mandatário as eleições por apenas 49 votos. Para 2020, o nome de Mocrácio desponta na opinião pública desterrense. Mas outros nomes surgem nas conversas e bastidores políticos de Desterro, entre eles o empresário, Lair do Posto, hoje filiado ao PSDB.
O vereador Neimar Enfermeiro é também cotado para a disputa assim como também o militar da reserva, Gilson Diniz que sempre tem seu nome nas urnas. Outro pretendente cujo nome é ventilado é de Nelson Contador. As eleições em Desterro prometem ainda mais com a possível entrada na disputa do ex-vice-prefeito e atual vereador Mario de Aguiar Leite, o Mario do Gil, filiado ao PPS.
Neste clima de descortina a disputa em Desterro de Entre rios quando outros pretendentes são lembrados e especulados. Em 2020, os poucos mais de 5 mil eleitores vão definir o futuro mais próspero do Município.